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Impedimento ou Vacância?
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HIPPOLITO, Lúcia. Na velha República, as viagens do Presidente. Blog Prosa e Política.
Disponível em: <http://pep-home.blogspot.com/2008/01/na-velha-repblica-as-viagens-do.html>.
Acesso em: 02 de ago. 2008.
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REZEK, J. F. Direito Internacional Público: curso elementar. 10ª ed., 3ª tiragem. São Paulo:
Saraiva, 2007.
Por conseguinte, no tocante às prerrogativas e imunidades do Chefe de
Estado, o Presidente da República, ao viajar a país estrangeiro, em visita
oficial, no exercício da chefia de Estado, goza de certas prerrogativas e
imunidades. Por prerrogativas e imunidades entende-se: inviolabilidade de sua
pessoa, da residência temporária no país visitado, sua família e comitiva
(comitas gentium); liberdade absoluta de comunicar-se com seu Estado,
inclusive usando códigos secretos, através de malas diplomáticas especiais;
imunidade de jurisdição, civil e penal e imunidade fiscal. Estaria, então, o
Presidente que viaja, tendo transmitido o cargo ao Vice-Presidente da
República, amparado legalmente por tais prerrogativas e imunidades? O
Presidente que viaja, tendo transmitido o cargo ao Vice-Presidente, não se
encontra legalmente amparado por tais prerrogativas e imunidades, sendo o
Vice-Presidente detentor de tais prerrogativas e imunidades, uma vez ter
recebido o cargo.
Ensina, ainda, com relação ao princípio da extraterritorialidade das leis,
preconiza Caio Nelson Vono de Azevedo:
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AZEVEDO, Caio Nelson Vono de. Teoria Geral do Estado. Poços de Caldas: Soluções em
MultiMídias, 2006.
Quadros, o primeiro exemplo que vem à mente, ficou 207 dias na
Presidência. Delfim Moreira, que era vice e assumiu por causa da
doença de Rodrigues Alves em 1918, presidiu o país por 255. Um vice
no poder – Alencar: nos quase seis anos de Lula, ele ficou onze meses
presidente”. 5
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JARDIM, Lauro. Quase um ano como presidente. Veja, ed. 2083, ano 41, n° 43. São Paulo,
22.10.2008.
6
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Vade
Mecum Universitário. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
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TOLEDO, Roberto Pompeu de. A crise e o ministro que finge sê-lo. Veja, São Paulo, abril
2007. Disponível em: <http://www.veja.abril.com.br/110407/Pompeu.shtml>. Acesso em 23 ago.
2007.
do país. E ainda pior: o vice, brincando de presidente, assina uns
projetos nada urgentes, visita o torrão natal – inesquecível, durante o
governo Sarney, a excursão de Paes de Andrade a Mombaça. E é só.
Os Estados Unidos, matriz do presidencialismo, o presidente jamais
passa o cargo quando viaja. Continua governando mesmo a bordo do
avião presidencial. Nada acontece, a não ser o aumento da vigilância
do Serviço Secreto sobre o vice, que fica quieto no seucanto. O vice-
presidente americano só assume em caso de morte ou renúncia do
titular. Já no Brasil, deve constar de algum livro de recordes a figura
folclórica de Ranieri Mazzili (PSD-SP), presidente da Câmara (1958-
64), que assumiu 16 vezes a presidência da República. Já que o
Aerolula é moderníssimo, equipado com os mais avançados
instrumentos de navegação e comunicação, por que o presidente Lula
não pode continuar governando a bordo? Nesta semana, chegamos ao
cúmulo da perversidade. O presidente Lula vai passar dois dias no
exterior, e o vice-presidente José Alencar é obrigado a assumir o
cargo. Perverso, porque José Alencar está internado num hospital,
lutando bravamente contra um câncer complicado. Como não pode, ele
também, sair do território nacional, terá que assumir a presidência da
República e despachar dentro do quarto do hospital. Está mais do que
na hora de o Brasil abandonar a era da presidência a vapor e ingressar
de vez no século XXI”. 8
8
HIPPOLITO, Lúcia. Presidência a vapor. CBN, Blog Lucia Hippolito. Disponível em:
<http://www.luciahippolito.globolog.com.br/archive_2008_01_21_24.html>. Acesso em: 03 de
nov. 2008.