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1) Descartes utilizou a dúvida metódica para rejeitar tudo o que não pode ser confirmado como verdadeiro, de modo a encontrar algo irrefutável como base para todo o conhecimento. 2) Ele concluiu que sua existência era permitida pelo pensamento, introduzindo o dualismo entre res cogitans (substância do pensamento) e res extensa (substância material). 3) Descartes argumentou que a ideia de perfeição dentro dele só poderia vir de um ser superior e perfeito - Deus.
1) Descartes utilizou a dúvida metódica para rejeitar tudo o que não pode ser confirmado como verdadeiro, de modo a encontrar algo irrefutável como base para todo o conhecimento. 2) Ele concluiu que sua existência era permitida pelo pensamento, introduzindo o dualismo entre res cogitans (substância do pensamento) e res extensa (substância material). 3) Descartes argumentou que a ideia de perfeição dentro dele só poderia vir de um ser superior e perfeito - Deus.
1) Descartes utilizou a dúvida metódica para rejeitar tudo o que não pode ser confirmado como verdadeiro, de modo a encontrar algo irrefutável como base para todo o conhecimento. 2) Ele concluiu que sua existência era permitida pelo pensamento, introduzindo o dualismo entre res cogitans (substância do pensamento) e res extensa (substância material). 3) Descartes argumentou que a ideia de perfeição dentro dele só poderia vir de um ser superior e perfeito - Deus.
1.Que entende por dvida metdica? Enuncie os argumentos de
Descartes a favor da dvida. Descartes utilizou a dvida metdica como mtodo de investigao para chegar a um princpio de verdade que sustentasse todo o seu conhecimento e servisse de princpio sua filosofia. No se baseando apenas em opinies, aplicou a sua dvida a si prprio e ao mundo sua volta. A dvida metdica consiste portanto em rejeitar tudo o que conhecemos, incluindo todos os nossos sentidos, raciocnios e sonhos, ou seja, consiste em rejeitar tudo o que no se pode confirmar a veracidade, de modo a encontrar algo to certo e irrefutvel do qual no se pode duvidar, algo que possa ser demonstrado e que utilize premissas verdadeiras e vlidas, construindo-se a partir da todo o conhecimento. Esta dvida metdica pois parte de ideias mais simples e concretas e chega a ideias mais gerais e abstratas, chegando a um ponto em que no se tem certezas de nada, pois todo o conhecimento pode ser falso, e duvida-se de tudo (dvida hiperblica). Descartes, com base na experincia utilizou argumentos que fundamentam o ato de duvidar. Comeou por enunciar que os sentidos erravam algumas vezes, o que dava origem a imagens incorrectas da realidade, e por isso no poderamos confiar neles. Continuou dizendo que havia homens que se enganavam ao raciocinar e, por isso, no podamos confiar na nossa razo. Por fim, acrescentou que se no podia confiar nos sentidos nem na razo, no poderia tambm confiar nos sonhos, pois estes so pensamentos falsos que temos enquanto estamos a dormir, e que nos dificultam a identificao da verdade, pois por vezes no distinguimos os sonhos da realidade. Ao utilizar a dvida metdica, Descartes chegou concluso que se duvidava de tudo, era porque ele existia e no vivia num mundo virtual, descobrindo assim que se duvidava era porque pensava. Assim, a sua primeira e irrefutvel certeza foi Eu penso, logo existo, e constituiu o princpio da sua filosofia e a base do seu conhecimento. 2. Que entende por dualismo de substncia? Que significa res extensa? E res cogitans? Descartes, depois de chegar concluso Eu penso, logo existo, concluiu que a sua existncia era permitida pelo seu pensamento e razo e, como este estava ligado alma e esta estava separada do corpo, reforou a ideia de dualismo. Considerou que era possvel duvidar do corpo mas no do que pensava e, ps em causa a existncia do corpo e do mundo sua volta, pois podiam engan-lo. Assim, admitiu que ele mesmo era constitudo s por pensamento e chegou concluso de que era uma substncia que pensava (res cogitans), e que para existir no dependia de uma substncia material
(res extensa), sendo portanto distinta do corpo. Descartes considerou assim
que, mesmo que o corpo desaparecesse, a alma subsistia, pois mesmo que o corpo e toda a matria fossem uma iluso, a razo continuava a existir. Introduziu assim a ideia de dualismo de substncia, admitindo que a realidade humana era dupla, sendo constituda por duas substncias: res extensa (substncia fsica e material; corpo) e res cogitans (substncia no fsica; espiritual; psicolgica), sendo que estavam separadas.
3. Qual a argumentao utilizada para provar a existncia de Deus?
Descartes, depois de ter concludo que existia e tinha um pensamento, que por vezes duvidava e se enganava, acrescentou que isso acontecia porque ele era um ser imperfeito. No entanto, apesar de imperfeito, ele tinha a ideia de perfeio, uma ideia que j tinha nascido com ele e, por isso, era uma ideia inata. Disse que se aquela ideia era melhor do que aquilo que ele era, no poderia ter sido originada por ele, porque era um ser imperfeito, mas tambm no poderia ter surgido do nada. Colocou ento a hiptese da origem desta ideia de perfeio no estar nele prprio, mas num ser superior e mais perfeito que ele, surgindo assim o princpio da causalidade, em que uma realidade pode existir se a sua causa for maior, mais perfeita ou mais evidente. Assim, s um ser perfeito como Deus poderia ter colocado a ideia de perfeio nele. Alm de que como havia perfeies que no possua, tinha de aceitar a existncia de um ser que fosse a causa dele. E, se ele fosse o nico ser, poderia ter todas as perfeies que atribua a Deus, como a imutabilidade, a omniscincia e omnipotncia. Descartes disse que, derivado desta perfeio, Deus existe. Descartes, grande matemtico, aplicou o mtodo matemtico filosofia, em que s se podia aceitar como verdadeiro o que era evidente, claro e distinto. Encontrou assim um mtodo que permitiu unir todo o conhecimento a partir de um modelo matemtico, e acreditou que s a razo pode encontrar fundamentos inquestionveis do conhecimento. Assim, Descartes rev as verdade associadas geometria para as confirmar e, aceitou-as porque eram evidentes e irrefutveis. No entanto, concluiu que apesar de compreender bem porque que os trs ngulos de um tringulo eram iguais a dois retos, no tinha garantias da existncia de qualquer tringulo e, por isso, chegou concluso que algo que existe no pensamento no tinha de existir no mundo. No entanto, o mesmo no acontecia com a ideia de perfeio, pois para esta existir, o ser perfeito necessariamente tinha tambm de existir, sendo esta a prova ontolgica da existncia de Deus. 4. Porque que se diz que, para Descartes, Deus garante da verdade? Descartes considerou que Deus existia, e que era um ser perfeito, bom e verdadeiro, no nos enganava, pois no poderia querer enganar-nos a cerca da existncia do mundo que ele mesmo criou. Se o fizesse no seria bom
nem verdadeiro, e a bondade e a verdade so perfeies, logo conclumos
que o mundo existe e podemos conhec-lo. Deus, quando nos criou, deu-nos ideias que nasceram connosco, ideias inatas, verdadeiras e perfeitas. Estas ideias so perfeitas pois so provenientes de Deus e, por isso, so claras e distintas, pois era impossvel um Deus perfeito e verdadeiro no conceber os seres semelhantes com semelhantes ideias. Deus garante assim a verdade das ideias que todos ns concebemos clara e distintamente e dos nossos raciocnios. a garantia de que o conhecimento aprendido com evidncia verdadeiro, isto , garante que o conhecimento claro e distinto, ou deduzido deste verdadeiro.