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Caminhos e descaminhos
ACOMPANHAMENTO TERAPUTICO AJUDA PESSOAS COM DISTRBIOS GRAVES A RETOMAR
LAOS SOCIAIS E A DESENVOLVER PROJETOS DE VIDA
VIVER MENTE&CREBRO
descreve a existncia de uma seqncia de trs etapas na aproximao do beb a um objeto (uma esptula brilhante, usada
para empurrar a lngua e examinar a garganta dos pacientes)
colocado em seu campo de viso. Primeiro surge a hesitao,
o beb atrado pelo objeto, mas se v num dilema, dividido
entre a possibilidade de peg-lo ou no. Durante o conito
fundamental que no haja interferncia e o beb possa dirigir
sua prpria experincia. Depois, surge o momento da posse,
da apropriao do objeto, no qual a criana demonstra novo
interesse por ele, pega-o e o leva boca. E, nalmente, aparece
a agressividade: o beb se desfaz da esptula, joga o objeto no
cho e, se algum o entrega novamente, ele o joga outra vez,
mostrando sentir prazer nesse ato. Gradualmente, a criana
passa a se interessar por outros objetos. Winnicott diz que se
as trs etapas fossem completadas se daria a experincia total,
muito teraputica, pois funcionaria como uma aula sobre o objeto; cada etapa vencida aumentaria o sentimento de estabilidade
total e forneceria as bases do desenvolvimento emocional.
Tomando por base os trs momentos, podemos perceber a
importncia, nesses casos, de esperar e permitir que o paciente,
em seu ritmo, escolha os objetivos que quer atingir, aproprie-se
deles e de suas conquistas e, nalmente, os deixe aps t-los
cumprido ou t-los transformado em outros projetos. Pensando
no trajeto no apenas fsico percorrido pela paciente em
busca de um local e de uma pessoa que j tinham feito parte de
sua histria e aos quais queria retornar, possvel estabelecer
uma comparao com as etapas propostas por Winnicott.
Hoje, Jeanne tem um projeto mais amplo: ir casa de outros
amigos que no v h mais de 15 anos. Agora tem menos medo
do trnsito das sinalizaes que a confundiam e est mais
rpida no raciocnio ao volante. Sabe que h caminhos nem
sempre fceis e que no preciso cumpri-los de uma s vez.
Mas possvel percorr-los, principalmente se ela puder contar
VMC
com acompanhantes em sua jornada.
PARA CONHECER MAIS
Acompanhantes teraputicos e pacientes psicticos. Susana
Mauer e Silvia Resnizky. Editora Papirus, 1987.
A rua como espao clnico: acompanhamento teraputico.
Equipe de ATs de A Casa (org.). Editora Escuta, 1991.
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