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O PROFESSOR E A UTILIZAÇÃO
DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
Valença – Bahia
Fevereiro/ 2002
Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Departamento de Educação – Campus XV
Curso de Pedagogia na Escola e na Empresa
O PROFESSOR E A UTILIZAÇÃO
DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
Monografia apresentada ao
Curso de Pedagogia na Escola e
na Empresa, da Universidade do
Estado da Bahia – UNEB,
Departamento de Educação -
Campus XV, como requisito
para obtenção de Graduação.
Valença – Bahia
Fevereiro/ 2002
COMISSÃO EXAMINADORA
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Fernando Pessoa
Ao meu pai, João Cardoso dos
Santos, exemplo de vida e
dignidade.
Enilda
A Deus,
Braço forte que nos guia nas barreiras do nosso caminhar, amigo
eternamente presente em nossas vidas.
Aos nossos cônjuges e filhos,
Por suportar e seguir conosco nessa árdua jornada, pelo amor e pelo
companheirismo.
Aos professores,
Que nos incentivaram e nos orientaram pelo caminho que deveríamos
seguir.
Ao professor Valério,
Sempre paciente, nos incentivou a buscar o conhecimento e ,questionando,
nos fez chegar aos nossos objetivos. Eterna gratidão.
A todos aqueles que, amigos, confiaram e torceram pela nossa vitória.
RESUMO
This work intends to analise and emphasize the necessity to utilize new tecnoly in
education. It will be showed historically by the way of its course until it reaches a new
educational tecnology for development principaly in a national scope. It will be also
showed what kind of educational tools has been used in the educational area and how they
are acting in students life. Some questions about this subject will be observed, showing up
the necessity for a educative work different from a tecnic and formal teaching that in
nowadays are utilized principally in a formation of professionals in the educational area. In
as much as the educational tecnology development and its use in the school must be
understoud in its close relation with the social, politics and cultural determination always
contribute to finish the false simplicity and some ilusions about those new educational
paragous.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................08
CAPÍTULO 1: A HISTÓRIA
1.1. O Caminhar da Humanidade............................................................13
1.2. A Política de Informática no Brasil..................................................19
1.3. A Política de Informática Educativa no Brasil.................................21
CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................50
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................52
ANEXOS.......................................................................................................................55
INTRODUÇÃO
Além disso, devemos observar os benefícios que essas novas ferramentas trazem
no desenvolvimento cognitivo dos educandos. Mas, acima de tudo, devemos analisar a
necessidade de preparar corretamente os profissionais da educação para utilizarem dessas
novas ferramentas para que ocorra o pleno desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem.
“No início da introdução dos recursos tecnológicos e
comunicação na área educacional, houve uma tendência a
imaginar que os instrumentos iriam solucionar os problemas
educacionais, podendo chegar, inclusive, a substituir o professor.
Com o passar do tempo, não foi isso que se percebeu, mas a
possibilidade de utilizar esses instrumentos para sistematizar os
processos e a organização educacional e uma reestruturação do
papel do professor” (Tajra, 2001, p. 45).
Pensando no valor do tema abordado, é que cremos que esse desafio ao qual nos
propusemos a escrever deve tornar-se o de toda a comunidade escolar, para que realmente
possamos construir uma nova realidade educacional, não só conteudista como nos dias
atuais, mas que realmente venha a ajudar a formar cidadãos aptos a construir uma
sociedade mais justa e igualitária.
CAPÍTULO 1
A HISTÓRIA
1. 1. O Caminhar da Humanidade
Até o final do Século XIV vivia-se um mundo cujo valor fundamental era Deus,
Ser supremo e único, o qual todas as pessoas deveriam ser submissas, cabendo-lhe única e
exclusivamente a obediência. Esse é o mundo teocêntrico em que ao homem não é dada a
liberdade de pensar, imaginar, desafiar ou conquistar, mas sim ser apenas um ser submisso
e obediente. Não tendo o direito de questionar nem duvidar do poder supremo, tornando-se
apenas um seguidor de Deus e seus representantes na terra, o que obviamente limitava o
desenvolvimento do homem, fosse na área intelectual, político ou cultural.
A História que, no antropocentrismo já era vista pelo homem como sendo capaz
de ser mudada a escrita através de sua influência, no mundo tecnocêntrico torna-se passível
de mudanças, como cita Pretto (1996) “transforma-se em conceito superado”,
principalmente com a influência dos meios de comunicação de massa e do
desenvolvimento tecnológico.
Mesmo com todas essas mudanças de paradigmas, em que o homem deixa de ser
o centro de tudo, não implica em dizer que a máquina passa a assumir o seu lugar. Ocorre,
sim, inúmeras transformações na estrutura da sociedade, em que a relação homem máquina
passa ser um dos pressupostos mais importantes, num momento histórico e significativo.
Tornando-se, dessa maneira, de relevante importância para a expansão do conhecimento e
da informação.
Até então o País não possuía nenhum tipo de normas que regessem as questões de
importações e exportações de materiais e tecnologias relacionadas a essa área, o que levou
o país, em 1977, a confrontar-se com “interesses explícitos de reserva de mercado em
relação aos mini e microcomputadores IBM e Burroghs.” (Tajra, 2001, p.28).
Essa lei tornou-se realidade em 1984 quando então foi aprovada e impunha
restrições ao capital estrangeiro a sua grande influência. Essa lei tinha como principal
mérito, a tentativa de tornar a indústria nacional mais madura e competitiva em relação às
indústrias internacionais.
Ainda nos anos 80, mais especificamente no ano de 1983, foi criado o projeto
EDUCOM (Educação com Computadores), sendo considerado como a primeira ação
oficial do Estado com o intuito de levar os computadores para as salas de aula de 1º a 2º
graus, das escolas públicas. A partir de então, foram criados vários centros de estudos para
o desenvolvimento e implantação da informática na educação do Brasil, que, “apesar de
terem uma espinha dorsal comum, tiveram caminhos diferentes” (Tajra, 2001, p. 33).
O Projeto EDUCOM teve como centros responsáveis pelas pesquisas (sobre o uso
dos computadores na educação no país) várias universidades: a UFRJ, considerada pioneira
na utilização de computadores na área acadêmica. Trabalhando em áreas como tecnologia
educacional como também no impacto social, cultural e ético dessas novas tecnologias no
sistema educacional e na formação do educando.
A UFMG, que atua nas áreas de informatização das escolas, capacitação dos
profissionais da educação e também na utilização da informática na educação especial,
procurando facilitar nessa área o relacionamento de crianças com paralisia cerebral com o
mundo que as rodeia.
Porém, esse projeto não chegou a atingir muitas escolas, pois sempre priorizou a
pesquisa, não trabalhando diretamente com os recursos humanos, (os educandos). A
realidade entre tecnologia e as precárias condições físicas e financeiras das instituições
escolares públicas, tornava a implantação dessas novas tecnologias um processo se não
doloroso, provavelmente difícil e fatalmente ineficaz.
Mas, um dos projetos mais ambiciosos que foram criados no país, tendo como
principal incentivador o governo Federal, é o PROINFO (Programa Nacional de
Informática). Criado em 1995, visava a formação de Núcleo de Tecnologias Educacionais
(NTEs) que tem por objetivo a formação de profissionais capacitados na área da tecnologia
educacional. Isso visava a disseminação dos computadores nas escolas públicas de 1º e 2º
graus.
Podemos observar que, nos últimos anos no país, ocorreram grandes mudanças
tecnológicas, que afetaram diretamente outros setores, como o social e econômico.
Decorrente dessas mudanças, também surgiu a necessidade de assegurar tanto a autonomia
nacional na área em questão, quanto na formação de mão-de-obra para o pleno
desenvolvimento tecnológico do país. Diretamente ligada a essas questões está a
necessidade da adaptação das escolas a essa nova realidade.
TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
A partir do momento que se torna necessário observar que existem meios para
determinados conteúdos e vice-versa, torna-se recomendável que se faça a seleção de
meios de linguagem em função de cada conteúdo trabalhado. Dessa maneira, devemos
deduzir que, tanto os meios mais modestos quanto os mais sofisticados devem ter o mesmo
valor na elaboração dos conteúdos. Torna-se importante, também, que a abordagem de um
mesmo conteúdo a partir de perspectivas diferentes e complementares, acaba por
enriquecer o processo de aprendizagem.
O Quadro de Giz, que é o meio mais acessível, econômico e fácil de ser utilizado.
Comumente usado para esquematizar ou transmitir informações simples. O Retroprojetor,
considerado como o único instrumento audiovisual realmente criado para atender as
necessidades do ensino. As transparências podem ser preparadas antecipadamente, e
guardadas para serem reutilizadas. Particularmente utilizado para esquematizar conteúdos.
Slides, fáceis de elaborar, tem o inconveniente de precisarem de uma sala escura
para serem projetados. São versáteis e permitem o acesso a experiências inacessíveis
diretamente. Murais, posters e cartazes, são meios também bastantes utilizados, tendo uma
grande aceitação entre os alunos, sendo considerado como meios que representam uma
oportunidade para a aprendizagem. Vídeo, considerado como um recurso audiovisual
moderno, engloba três elementos: a câmera de vídeo, o videoteipe e uma televisão.
Tecnologia bastante versátil e útil, com muitas possibilidades de uso, dependendo também
da preparação e criatividade do professor ao se utilizar de tal ferramenta para desenvolver
o conteúdo trabalhado.
Vale a pena salientar que, apesar desses meio audiovisuais mais modernos serem
de grande valia para o enriquecimento do trabalho dentro de sala de aula, para o
enriquecimento do conteúdo trabalhado, eles só serão devidamente bem utilizados na
educação se os mesmos forem bem sedimentados e acompanhados dos devidos meios
expressivos de utilização e sua boa aplicação didática. Essa boa aplicação didática vai
desde a preparação do educador na maneira em que o mesmo deve trabalhar para o
enriquecimento do material que vá ser estudado, até mesmo ao manejo e conservação
desde material pedagógico.
“Para que o processo comunicativo seja eficaz, é fundamental
adequar os meios e as linguagens não somente aos conteúdos que
devem ser transmitidos, mas também ao tipo de destinatários. E o
destinatário do processo de ensino-aprendizagem tem sido
profundamente transformado pelo contexto social no qual nasceu
e cresceu, um contexto no qual a comunicação audiovisual é
hegemônica” (Sancho, 1998, p. 136).
A despeito desses meios audiovisuais, podemos destacar, entre eles, meios que
são considerados como interligadores diretos entre escola e a realidade do educando,
conhecidos também como “meios de comunicação de massa”. Talvez, até mesmo, como
meios que abram uma janela direta com a realidade. São eles a televisão, o computador e a
Internet.
• A Televisão
Referente a televisão, longe de ser considerada como um “canal” para a realidade,
admite-se, nos dias de hoje, que a televisão nos transmite, como Rezende (2000, p.42)
comenta, uma
“leitura da realidade que pressupõe um processo de construção
de significado por parte do ‘produtor’...O mesmo processo é
vivido pelo receptor que constrói o significado do que está
assistindo em função de vários fatores, entre eles, de sua
experiência prévia” .
Que tudo seria uma questão de dominar a linguagem televisiva para utilizá-la, em
específico, com fins educativos. Mera ilusão, pois como diz Rezende (2000, p.42) “ Logo
as correntes teóricas críticas apontaram os meios de massa como mecanismos de
alienação da população e de imperialismo cultural” (grifo nosso).
Mas, apesar de todas essas críticas, a televisão não perdeu a sua importância e
poder no meio da sociedade. Pelo contrário, a sua influência tornou-se ainda maior. Ela,
hoje, é considerada como uma das três atividades em que os indivíduos mais ocupam o seu
tempo.
Podemos observar, também que a televisão pode ser uma arma pedagógica de
grande importância. Muitas são as possibilidades de sua utilização, dentre as quais o estudo
da nossa língua materna. O estudo da Língua Portuguesa talvez seja uma das maiores
contribuições que o uso da televisão pode possibilitar à educação brasileira.
Também a cultura do país, com suas diversas manifestações, das mais variadas
formas, poderá vir a ser melhor trabalhada em sala de aula., além de poder gerar algum
tipo de produção audiovisual que possa vir a ser utilizada na escola. Pode-se trabalhar, a
partir desse instrumento, com a linguagem da Matemática, da Geografia, ou da Física.
E, mais do que nunca, torna-se necessário que o educador tenha, nesse novo
século, capacidade de entender as várias mudanças que vem ocorrendo no âmbito nacional
(e também internacional), na educação, e que ele possa identificar os problemas e as
condições decorrentes dessas mudanças, apontando alternativas educacionais que nos
levem por caminhos de construção de uma educação voltada para a constituição do
cidadão.
• O Computador
Ao se introduzir o uso do computador na educação, deve-se levar em
consideração a necessidade de se associar as ações inovadoras do uso desse meio com a
realidade sócio-pedagógica do ambiente escolar. Porque, todo o processo de inserção dessa
ferramenta deve ser, como nos diz Almeida (2000, p.123),
Várias são as vantagens e desvantagens que esse tipo de programa vem a trazer.
Entre as vantagens podemos citar a memorização da informação, o atendimento
individualizado do aluno, ajuda aos alunos mais atrasados na turma. Entre as desvantagens
estão: a falta de interação entre os alunos, limitação da criatividade dos alunos, o elevado
custo na preparação dos programas e compra dos computadores, etc.2
Deve-se tomar cuidado, porém, para que o aluno tenha consciência que, o
material com o qual ele está trabalhando é apenas uma maneira de se mostrar a realidade.
Essas simulações devem estimular a interação do mesmo com o sistema,
2
Tais dados, referentes à vantagens e desvantagens da Instrução programada, foram colhidos no livro de
Ramon de Oliveira: Informática Educativa.
computacionais, a linguagem LOGO se aproxima muito da linguagem comumente
utilizada pela criança.
Mas, uma das vantagens apresentadas por este tipo de linguagem é que, devido as
suas características na facilidade de entendimento pela criança, é que se torna possível a
sua utilização em várias disciplinas diferentes. Pode ser utilizado desde o trabalho com
notas musicais até com números, palavras e listas, permitindo, dessa maneira, que sejam
feitas atividades com frases, operações matemáticas, além de articulações destas com a
parte gráfica.
Várias são as barreiras existentes para a implantação desse tipo de sistema, entre
elas está a financeira. Mas, mesmo assim, vem se destacando em algumas áreas; destaque
especial a linguagem Logo em sua utilização na educação especial. E é nessa área que essa
linguagem vem obtendo os seus maiores êxitos.
• A Internet
A Internet é uma das maiores inovações na área da comunicação que ocorreu na
Segunda metade do século XX. Pois, a mesma rompe as fronteiras físicas existentes entre
continentes e países. A qualquer momento, de dia ou a noite, as pessoas podem se
comunicar com outras em diversas partes do planeta, passear por museus, fazer compras,
ver noticias dos principais jornais do mundo.
Não há de se querer substituir por completo a utilização de antigos recursos didáticos utilizados
nas escolas, porque “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (idem p. 25), mas
sim potencializá-los, e inserir neste novo contexto de educação, as novas tecnologias e recursos dessa nova
revolução industrial: a revolução da microeletrônica /informática.
Não obstante, esse seqüencial de aprendizagem não deixa abrir uma nova perspectiva no
processo: a necessidade de um curto intercâmbio afetivo-lógico. Alguns objetivos educacionais só
conseguem ser alcançados com a socialização. A individualidade criada pela ligação computador/aluno pode
provocar o isolamento do sujeito e não é essa a intenção.
“Os professores são profissionais que devem ter uma função (re) criadora
sistemática. Esta é a única forma de proceder quando se tem alunos e contextos
de ensino com características tão diversificadas, como sucede em todos os
níveis de ensino” (Teodoro, 1995, p. 9).
O uso dos meios tecnológicos deve oferecer ao aluno um tipo de informação mais completa e
atualizada mas não deve descartar o professor como facilitador dentro desse novo procedimento pedagógico.
É claro que o professor não deve descartar os fenômenos reais – meio mais seguro e eficaz de se proceder à
aquisição do conhecimento.
O ser humano, é um sujeito que em toda sua vida passa por um processo de busca contínua do
conhecimento. O uso extensivo de alta tecnologia pode não significar qualidade em termos de aquisição do
conhecimento, podendo gerar conflito, como o que Montaigne vaticinou no Século XVI: “Assim como a
lâmpada se apaga devido ao excesso de óleo, também a mente se extingue por excesso de conhecimento”.
( Revista Veja, Ano 28, n.º 48. Dez 1995. p. 66).
Ele deve ser o condutor do processo de interação computador/ aluno, o elo entre o
conhecimento (não apenas a informação) e o educando, e isso o faz um ser forte,
grandioso, insubstituível no desempenho de seu papel de agente transformador do quadro
educacional do Brasil. Isso faz parte do sistema de formação do conhecimento, já que a
pessoa bem formada é capaz de assimilar mudanças científicas e tecnológicas com
velocidade. Valorizar o embasamento tem tudo a ver com a formação da pessoa, que,
obviamente, depois disso, absorve tecnologia com maior facilidade.
Dessa forma, temos então o indivíduo preparado para enfrentar os novos desafios
tecnológicos. Além do mais, o professor é um sujeito ímpar: sofre com sua incapacidade
para aceitar o novo, o moderno; recusa-se, interioriza-se com medo de perder seu espaço.
Ele ainda não percebeu que a banalização das novas tecnologias de comunicação eletrônica
e de informação fez com que a atual sociedade se modernizasse, captando novas formas de
viver, trabalhar, se divertir, de representar a atualidade e realidade. E isto é fazer um novo
tipo de educação, e para que esse novo tipo de educação seja eficiente, duradouro e
sobretudo
Tal formação deve incluir vários fatores preponderantes para o crescimento desse
profissional. Devendo, pois, existir, a interação entre o que o professor ensina e a
necessidade do uso da tecnologia para enriquecer o conteúdo trabalhado. Tais fatores são
relevantes na formação profissional,
“tais como: conhecimentos básicos de informática; conhecimento
pedagógico; integração de tecnologia com as propostas
pedagógicas; formas de gerenciamento da sala de aula com os
novos recursos tecnológicos em relação aos recursos físicos
disponíveis e ao ‘novo’ aluno, que passa a incorporar e assumir
uma atitude ativa no processo; revisão das teorias de
aprendizagem, didática; projetos multi, inter e transdisciplinar”
(Tajra, 2001, p. 113).
3.2. E o Futuro?
E, no âmbito desta análise, isso ainda não foi conseguido. Dados foram
computados, e observou-se que os laboratórios de informática se concentram nas escolas
que oferecem da 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental, e Ensino Médio, que pode acarretar
no “(...) analfabetismo digital, a pobreza e lentidão comunicativa, o isolamento e o
impedimento de exercício da inteligência coletiva” (Silveira, 2001, p. 18).
Ao fazermos a computação dos dados (grifo nosso), constatamos que 50,45% dos
alunos matriculados no ano de 2001 (Anexo 02), na rede estadual de ensino de Valença, o
estão em Escolas que oferecem laboratório de informática mas não dispõem de professor
habilitado em tal área.
Nós brasileiros, embora tardiamente, não poderíamos ficar à parte neste processo.
A nossa entrada no processo de desenvolvimento tecnológico deu-se com imensas
dificuldades. Os interesses estrangeiros sobrepunham-se aos interesses nacionais. Ao
libertarmo-nos dessas amarras de jogos de interesses político-econômicos, conseguimos
iniciar o nosso desenvolvimento na área tecnológica e, consequentemente, no meio
educacional, ao introduzirmos a tecnologia no âmbito escolar. Embora tenhamos um longo
caminho a percorrer, estamos modificando, através da educação, nossa própria realidade
social, econômica e política.
O êxito no desenvolvimento da tecnologia educacional no nosso país ainda não é
maior por fatores que vão desta a falta de equipamentos nas escolas, ao próprio processo
político de informatização na educação, até e, principalmente, a formação do educador.
Essa formação, que até os dias de hoje, não se estruturou de maneira tal que venha a
formar profissionais com competências que os tornassem aptos a se utilizar dessas novas
ferramentas em sala de aula.
Também devemos levar em consideração que, as novas ferramentas que nos são
oferecidas pela tecnologia só serão bem utilizadas, dentro da sala de aula, a partir do
momento que os nossos educadores estiverem preparados para exercer o seu papel de
educar usando a tecnologia como mais um meio de desenvolver o seu trabalho de maneira
mais eficiente, e que essas ferramentas possam ser utilizadas como “pontes” para facilitar o
trabalho do educador e a aquisição de conhecimento pelo educando.
Obviamente que não é tão fácil se realizar tais mudanças na estrutura de
preparação do profissional da educação. Mas, devemos levar em conta essa necessidade de
mudanças, pois o mundo globalizado exige que sejamos cada dia mais profissionais
multifuncionais. E, nesse contexto, que o educador seja não só um transmissor de
conhecimento, mas e, principalmente, um facilitador no processo ensino-aprendizagem,
que envolve o nosso maior bem: o educando. Futuro cidadão, formador de opinião. Ator e
autor de sua própria realidade.
E, só conseguiremos esse crescimento, ficando par a par com outros países ditos
desenvolvidos, se os grilhões que nos prendem a paradigmas tradicionais do ensino forem
quebrados, e nosso povo tenha aquilo que lhe é de direito, que não pode ser tomado: a
Educação.
BIBLIOGRAFIA
• LIVROS:
ALMEIDA, Maria Elizabeth de. ProInfo: Informática e Formação de
Professores- vol.1/ Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da
Educação e do Desporto, SEED, 2000.
PRETTO, Nelson de Luca. Uma Escola Sem/ Com Futuro: educação e multimídia,
2.ed.. São Paulo: Papirus, 1996.
• FONTES ELETRÔNICAS:
FIGUEIREDO, A. Dias. O Futuro da Educação Perante as Novas Tecnologias
[on line]. Coimbra: Universidade de Coimbra/ Departamento de Engenharia
Informática. Novembro de 1995. [Consulta: 07/08/01].
FALZETTA, Ricardo. Na Era das Tecnoaulas. Revista Nova Escola, São Paulo:
Editora Abril, Ano 15, n. 138, Dezembro de 2000.
• MONOGRAFIAS:
SOUZA, Lêda Bulcão & BATISTA, Maria Carolina Pimenta. O Uso da
Informática na Sala de Aula: caminhos e descaminhos. Valença, 2001,
monografia de graduação.
ANEXOS
ANEXO I
TOTAL (13) 45 02 04 29 21 20
Fonte: DIREC 05
ANEXO II
Distribuição dos Alunos nas Escolas Estaduais de Valença - Bahia de acordo com as
Ferramentas Tecnológicas Encontradas
Ano Base - 2001