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OS DESAFIOS PARA PORTUGAL DO

ALARGAMENTO DA UNIÃO EUROPEIA

 Como se fez a preparação dos últimos alargamentos da UE e quais os principais apoios


comunitários à sua adesão?
 Que países iniciaram negociações para a adesão e a que região da Europa pertencem os países
candidatos e potenciais candidatos a uma futura adesão?
 Que desafios e oportunidades se colocam à UE e a Portugal perante os últimos alargamentos e a
previsível abertura a novos países?

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Doc. 1

Os últimos alargamentos da União Europeia (UE),


UE), por envolverem um grande conjunto de países,
constituíram um grande desafio que implicou uma adequação das instituições e das políticas
comunitárias à nova dimensão territorial e demográfica da Comunidade e a plena integração
desses países.
países. As oportunidades surgem do espaço comum alargado e da sua maior importância a
nível mundial,
mundial, mas também do enriquecimento da União com novos recursos naturais, novos parceiros
económicos e novas perspectivas culturais e humanas (Doc. 1).
Em 2004
2004,, deu-
deu-se o maior alargamento da história da União Europeia,
Europeia, com a adesão de dez novos
Estados.. Para a Roménia e a Bulgária,
Estados Bulgária, o processo de preparação da adesão foi mais demorado mas, em
1 de Janeiro de 2007,
2007, também aderiram, elevando para 27 o número de Estados-
Estados-membros da UE
(Doc. 2).

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Doc. 2 – A União Europeia em 2007 e perspectivas de futuras adesões

Apesar de a Turquia ser o país candidato mais antigo (desde 1987),


1987), as negociações para a sua adesão
apenas foram formalmente iniciadas em Outubro de 2005, juntamente com a Croácia.
A União Europeia segue uma política de alargamento gradual aos países da Europa do Sudeste,
Sudeste,
que se encontram em diferentes fases de aproximação à União. No seguimento desta política e em
resposta à candidatura apresentada em Março de 2004, o Conselho Europeu (conjunto de todos os
Chefes de Estado e do Governo dos países da UE. A sua reunião também se designa cimeira) concedeu à
República da Macedónia o estatuto de país candidato,
candidato, em Dezembro de 2005. Porém, as negociações
de adesão ainda não tiveram início.
Um alargamento constitui um grande desafio para a União Europeia e para cada um dos Estados-
Estados-
membros,, sobretudo para os mais periféricos,
membros periféricos, como Portugal.

A PREPARAÇÃO DO ALARGAMENTO A LESTE

A decisão de abrir a União Europeia aos países da Europa Central e Oriental (PECO
PECO),
), tomada após
vários anos de negociações, só foi possível graças à viragem histórica ocorrida no final da década de 80 e
princípio da de 90, com a queda dos regimes comunistas desses países, muitas vezes designados por
Países de Leste (Doc.
(Doc. 3).
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Doc. 3

A adesão dos novos Estados-


Estados-membros, tal como a dos novos países candidatos dependem de
determinadas condições a cumprir antes da adesão. Estas condições dizem respeito a aspectos
políticos e económicos e à capacidade de transposição, para o direito interno de cada país de
todas as normas políticas comunitárias (acervo comunitário), de modo a não colocar em causa os
objectivos comunitários de caminhar no sentido de uma união cada vez mais efectiva e
profunda (Doc. 4). _________

Doc. 4
Com base nestes critérios, a preparação da adesão da Roménia e da Bulgária foi prolongada até ao seu
cumprimento, em 2007 e, no caso da Turquia, as negociações de adesão só tiveram início em 2005. A
Turquia constitui um caso específico tanto pela sua localização geográfica como pelos aspectos
económicos, políticos, culturais e sociais que ainda a distanciam da União Europeia.
Europeia.

APOIOS COMUNITÁRIOS À ADESÃO DOS PAÍSES DE LESTE E DOS NOVOS ESTADOS

O Conselho Europeu do Luxemburgo definiu, em Dezembro de 1997,


1997, uma estratégia de pré-
pré-
adesão que previa, para os países do PECO (ou de Leste):
 a criação de Parcerias de Adesão,
Adesão, a celebrar com cada país, que integram todas as formas de
assistência da União Europeia num quadro único, definindo as prioridades nacionais de preparação para a
adesão, designadamente a adopção do acervo comunitário (conjunto de leis e normas da UE que cada país
deve transpor para a sua legislação nacional), e os meios financeiros para tal disponíveis;
disponíveis;
 a definição de novos instrumentos de apoio técnico e financeiro à preparação dos países candidatos
à adesão.
adesão.
A Comissão Europeia (instituição da União Europeia constituída pelos seus Presidente e Vice-
Vice-Presidente,
Presidente,
pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros da UE e pelos Comissários Europeus, um de cada Estado-
Estado-membro.
membro.
A Comissão Europeia fiscaliza a aplicação do direito da União, executa o Orçamento e gere programas.
Exerce funções de coordenação, execução e gestão) propôs a criação da Conferência Europeia para
debate de numerosas questões, no âmbito da Política Externa e de Segurança Comuns e da Justiça e
Assuntos Internos.
Prosseguindo esta estratégia, o Conselho Europeu de Berlim,
Berlim, em Março de 1999:
1999:
 aumentou substancialmente as ajudas financeiras de pré
pré--adesão
adesão;;
 abriu alguns programas comunitários (em matéria de educação e de investigação) aos Estados
candidatos;;
candidatos
 criou dois novos instrumentos específicos:
específicos:
• o IEPA - Instrumento Estrutural de Pré
Pré--adesão - destinado a financiar a convergência com
as normas comunitárias de infra-
infra-estruturas em matéria de transportes e ambiente;
• o SAPARD - Programa Especial para a Agricultura e o Desenvolvimento Rural;
Rural;
 reforçou o programa PHARE - Polónia e Hungria: Assistência para Recuperar a Economia
Economia.. Lançado
em 1989, após o colapso dos regimes comunistas da Europa Central e Oriental, teve como principal
finalidade ajudar estes países a reconstruir as suas economias. Inicialmente, abrangia apenas a Polónia e a
Hungria, mas foi sendo progressivamente alargado, passando a englobar os dez países da Europa Central e
Oriental (PECO).
Como Chipre e Malta não beneficiaram do PHARE, receberam uma ajuda de pré-
pré-adesão ao abrigo de
um regulamento específico do Conselho Europeu. Esta ajuda centrou-
centrou-se no apoio aos processos de
convergência económica e de transposição e aplicação das normas comunitárias
comunitárias..
Para os próximos processos de adesão,
adesão, foi definida uma nova «Estratégia de Alargamento»
Alargamento»,
adoptada pela Comissão Europeia, em Novembro de 2006.
2006.
As negociações de adesão desenvolvem
desenvolvem--se de acordo com regras bem definidas,
definidas, baseadas na
adopção e na aplicação do acervo comunitário e na adesão aos objectivos políticos dos Tratados.
Tratados.
O início das negociações de adesão é um incentivo para que os países que pretendem aderir à UE
implementem as reformas necessárias.
A Turquia
Turquia,, a Croácia
Croácia,, a República da Macedónia e os países potenciais candidatos beneficiam de uma
estratégia de pré-
pré-adesão (participação em Programas, Agências e Comités da UE, relatórios periódicos e
balaço…) e de instrumentos de apoio próprios [como o Instrumento de Pré-
Pré-Adesão (IPA
IPA)) e o
programa CARDS (Assistência Comunitária para a Reconstrução, o Desenvolvimento e a
Estabilização),
Estabilização), que visa apoiar os países da Europa do Sudeste no processo de estabilização política e
social e de aproximação à UE]
UE].
ALARGAMENTO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A UE

O alargamento foi um acontecimento crucial para a construção da União Europeia à escala continental e
representou uma oportunidade política e económica essencial, tendo em conta:
 a expansão do Mercado Único (MU
MU),
), que passou de cerca de 370 milhões para quase 500 milhões de
consumidores;
 o reforço da posição da União no contexto político internacional e no mercado mundial.
mundial.
O alargamento foi também um desafio para a União Europeia
Europeia::
 a superfície e a população total aumentaram significativamente;
 deu
deu--se um empobrecimento, em termos
gerais,, pois, na maioria dos novos países-
gerais países-
membros, o PIB por habitante era bastante inferior
à média comunitária (Doc. 5);
5);
 a maior heterogeneidade económica, social e
cultural implica,
implica, agora, maiores esforços de
conciliação de interesses, na procura de consensos
e na tomada de decisões.
decisões.

_________

Doc. 5 – Alterações na população e


no PIB por habitante,
habitante, na União
Europeia, devido aos alargamentos
de 2004 e 2007

Outro desafio,
desafio, que se mantém, é a adaptação das principais políticas comunitárias e da
composição e funcionamento das instituições da União Europeia.
Europeia. Os esforços no sentido da
adaptação institucional iniciaram-
iniciaram-se com o Tratado de Amesterdão, assinado em 1997,
1997, tendo sido
aprofundados com o Tratado de Nice,
Nice, em vigor desde Fevereiro de 2003 (Doc
Doc.. 6).

_________

Doc. 6
Em Dezembro de 2007,
2007, O Tratado de Lisboa definiu novas formas de participação e
funcionamento das instituições que reuniram o consenso dos 27 Estados-
Estados-membros.
ALARGAMENTO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA PORTUGAL

Com o alargamento, Portugal


Portugal,, país de localização periférica no contexto europeu, com uma economia de
mercado aberta e situado na ponta ocidental de uma Europa que se “desloca” para Leste,
Leste, viu-
viu-se então
confrontado com enormes desafios,
desafios, devido às suas vulnerabilidades. Geograficamente, tornou
tornou--se mais
periférico e, desde logo, viu reduzidos os fundos estruturais (instrumentos de co
co--financiamento a que
os Estados-
Estados-membros podem candidatar-
candidatar-se para, conjuntamente com os recursos nacionais públicos e
privados, apoiar, ao longo de períodos plurianuais definidos
definidos,, os esforços nacionais de desenvolvimento,
desenvolvimento,
com vista à realização plena da coesão), já que a média comunitária do PIB por habitante baixou (para os
22.700€
22.700 €, em 2005) e algumas regiões portuguesas situam-
situam-se, agora, acima dela (Doc. 7), e deparou-
deparou-se
com a deslocalização de algumas empresas (processo que tem a ver com o facto de uma empresa ter
uma ou várias unidades produtivas localizadas em determinado país e decidir transferir, total ou
parcialmente, essas unidades de produção para outro país) até então implantadas em território nacional.
Além disso, ficou exposto a maior concorrência
para as exportações portuguesas e na
captação de investimento directo estrangeiro
(IDE – Doc. 8), pois os novos Estados-
Estados-membros
têm algumas vantagens
vantagens::
 encontram
encontram--se
se,, de um modo geral, mais perto
dos países da UE com maior poder de compra;
compra;
 possuem mão
mão--de-
de-obra mais instruída e
qualificada e, em alguns casos, com
remuneração média inferior
inferior;;
 alguns desses países apresentam uma maior
produtividade do trabalho (Doc. 9).

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Doc. 7 – Dimensão económica (PIB/


(PIB/hab
hab.)
.)
do alargamento de 2004 e 2007

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Doc. 8 – Evolução do Investimento Directo Estrangeiro (IDE), em Portugal, 1996


1996--2005
_________

Doc. 8 –
Produtividade do
trabalho, na UE-
UE-25,
em 2006

No entanto, os novos Estados-


Estados-membros têm economias menos desenvolvidas e Portugal apresenta
algumas vantagens atractivas para o investimento estrangeiro e importantes para a
competitividade das empresas:
empresas:
 melhores infra
infra--estruturas e estruturas produtivas mais organizadas;
organizadas;
 maior desenvolvimento social;
social;
 maior estabilidade política e económica;
económica;
 um sistema bancário mais eficiente e credível
credível..
Para vencer o desafio, há que aproveitar as oportunidades e mais
mais--valias do alargamento:
alargamento:
 maior possibilidade de internacionalização da economia portuguesa (ou seja, o incremento da
capacidade exportadora) e alargamento do potencial mercado consumidor de produtos portugueses;
 participação no maior mercado comum do mundo,
mundo, que abre oportunidades a Portugal,
Portugal, tanto na
Europa como a nível mundial.
mundial.
O alargamento previsto, à Croácia e à Turquia, ainda sem data agendada, virá também colocar novos
desafios e oferecer novas oportunidades à União Europeia e a Portugal.

http://geoclick.blogspot.com/
Fonte: Adaptado de ARINDA, Rodrigues [et
[et al
al],
], Geografia A 11.º Ano,
Ano, 1.ª Edição, Texto Editores, 2008. prof.geo.fernando@sapo.pt

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