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Viviane Batista RA: 424851-1

Campinas - Setembro/2009

RESUMO DO TEXTO:
POLÍTICAS PÚBLICAS UM DEBATE CONCEITUAL E REFLEXÕES
REFERENTES À PRÁTICA DA ANÁLISE DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO
BRASIL

UNIVERSIDADE PAULISTA
CAMPUS MAGALHÃES TEIXEIRA
CAMPINAS
2009
‘Policy Arena’ refere-se aos processos de conflito e de consenso dentro da política, as
quais podem ser distinguidas de acordo com seu caráter distributivo, redistributivo,
regulatório ou constitutivo.
Políticas Distributivas são caracterizadas pelo baixo grau de conflito dos processos
políticos, visto que só parecem distribuir vantagens e não acarretam custos – pelo
menos percebíveis
Políticas Redistributivas são orientadas para o conflito. O objetivo é “o desvio e o
deslocamento consciente de recursos financeiros, direitos ou valores da sociedade”.
Políticas Regulatórias trabalham com ordens e proibições, decretos e portarias. Custos
e benefícios não são determináveis; dependem da configuração das políticas.
Políticas Constitutivas ou políticas estruturadoras – Beck fala de “políticas
modificadoras de regras” – as que determinam as regras do jogo e com isso a estrutura
dos processos e conflitos políticos, isto é, as condições gerais sob as quais vêm sendo
negociadas as políticas distributivas, redistributivas e regulatórias.

A política estruturadora diz respeito a política e suas instituições – refere-se à criação e


modelação de novas instituições, à modificação do sistema de governo ou eleitoral, à
determinação e configuração de negociação, de cooperação e de consulta entre os
políticos. A distinção entre política estruturadora e sócio-regulatória é importante em
relação aos efeitos de conflito e de consenso, que são interesse para a ‘policy analysis’.
Enquanto políticas sócio-regulatórias versam sobre questões morais e vêm sendo
discutidas de forma controversa na sociedade, as políticas estruturadoras costumam
provocar menos impacto na esfera pública. Embora possam implicar conseqüências para
o processo político, em geral costuma-se discutir e decidir sobre modificações do
sistema político-administrativo. Raramente discussões envolvendo a sociedade. O
interesse da opinião pública é mais dirigido aos conteúdos da política e bem menos aos
aspectos processuais e estruturais.
Políticas Estruturadoras do Sistema não visa apenas a manutenção ou conservação do
sistema existente, mas também pode ter por objetivo a modificação ou transformação do
sistema político atual.
É necessário ressaltar a suposição básica da abordagem, segundo a qual “existe uma
inter-relação entre a percepção de uma ‘policy’ por parte das pessoas afetadas e a
estrutura da arena política”. Esse fato se baseia no pressuposto “de que as pessoas
afetadas associam custos ou benefícios às respectivas medidas”.[Windhoff-Héritier].
‘Policy Cycle’ é um elemento importante da ‘policy analysis’. Devido as arenas das
políticas sofrerem modificações durante o processo de elaboração, é importante ter-se
em conta o caráter dinâmico ou a “complexidade temporal” do processo político-
administrativos. Ao subdividir o agir público em fases do processo político-
administrativo de resolução de problemas, o ‘policy cycle’ acaba de revelando um
modelo para a análise da vida de uma política pública. As fases correspondem a uma
seqüência de elementos e podem ser investigadas no que diz respeito às constelações de
poder, às redes políticas e sociais e às práticas político-administrativas que se encontram
em cada fase.
As tradicionais divisões se diferenciam apenas gradualmente. Comum são as fases da
formulação, do controle dos impactos das políticas. O autor propõe uma subdivisão
mais sofisticada com as seguintes fases: percepção e definição de problemas, ‘agenda-
setting’, elaboração de programas e decisão, implementação de políticas e, finalmente, a
avaliação de políticas e a eventual correção da ação.
A ‘Policy Analysis’ Realidade Brasileira

No BRASIL a recíproca entre as instituições políticas, os processos políticos e os


conteúdos concretos das políticas [Scharpf, 1985, p. 165]. Faz-se necessário um certo
grau de deslocamento do foco dos estudos da parte dos programas, planos e resultados
materiais para os pontos de interseção entre estes por um lado e os processos e
instituições por outro, dependendo a necessária intensidade do grau de deslocamento do
próprio grau de fluidez que caracteriza estes pontos de interseção.
É imprescindível uma adaptação às particularidades da situação política e institucional
do País.
A ‘policy analysis’ tradicional pressupõe que a estrutura institucional do sistema
político-administrativo, deve ser constantes e conhecidas nas suas características e
princípios básicos.
A realização de estudos sobre a dimensão de políticas públicas pressupõe um
conhecimento geral de resolução de problemas, porque só no caso de um conhecimento
suficiente é que estes podem servir como referência para a análise de cada campo da
política.
Os estudos enfocam casos empíricos e seus resultados têm apenas validade situacional.
A medida que cresce os estudos no campo político, aumenta não apenas o conhecimento
referente às políticas específicas, mas também o conhecimento teórico referente às inter-
relações entre estruturas e processos do sistema político-administrativo por um lado e os
conteúdos da política estatal por outro. Levando-se em conta por meio do ciclo político
a dinâmica temporal dos processos, abrem-se possibilidades para uma compreensão
mais consistente de processos transicionais de caráter dinâmico.
Um exemplo é a política municipal defronte a vários problemas. Primeiro, temos que
levar em conta que o conhecimento científico no tocante à configuração institucionais e
das características dos processos políticos municipais é limitado. Existem poucos
estudos sobre a política municipal.
Segundo, é preciso considerar a autonomia dos municípios tanto financeira e
administrativa como políticas. O direito de outorgar sua constituição local, concedido
pela Constituição Federal de 1988, é sintomático dessa autonomia que acarreta uma
variedade de arranjos institucionais nas Constituições municipais e leis
complementares. A realização de pesquisas na esfera municipal é dificultada pela
multiplicidade institucional da relação entre executivo e legislativo, às formas de
negociação nos municípios e acima de tudo os múltiplos regulamentos referentes à
inserção da comunidade no processo político. O “caráter fluido” das estruturas
institucionais que, conforme Couto (1988), caracteriza o sistema político brasileiro é
mais evidente nos estados e, sobretudo, nos municípios, em que observamos uma
efervescência de experimentação democrática.
Terceiro elemento que dificulta a pesquisa é as modificações das forças políticas
atuantes na política municipal. Devido à transição democrática o país está vivenciando
um período dinâmico e agitado de sua história. Apesar da inércia ideológica das
oligarquias conservadoras tradicionais ante o processo de democratização, as forças
políticas sofreram transformações devido ao surgimento de grupos interessados na
modernização e democratização do Estado e da sociedade. Nem o arcabouço
institucional e a rede dos atores políticos nem os padrões de conduta político-
administrativa chegaram a se consolidar sob as novas condições democráticas.
O quarto elemento que contribui para esta instabilidade é a falta de consolidação e
consumação da “determinação político-ideológica” da população, do eleitorado, dos
políticos e dos partidos. É preciso analisar as dificuldades que essa falta de consolidação
traz para a prática da ‘policy analysis’.
Em contraposição aos países consolidados, os governos brasileiros devem ser
considerados menos resultado da orientação idelógico-programática da população ou
dos partidos. O carisma do candidato pesa mais que a orientação programática do seu
partido. Os cidadãos ao costumam se organizar e torno de interesses específicos, mas
deixam se levar pelas paixões e emoções instantâneas. Decorrem dessa inclinação
mudanças repentinas e radicais, dos rumos políticos, que se manifestam não apenas na
descontinuidade político-administrativa na transição de um governo para o outro, mas
que ocorrem inclusive no decorrer das gestões.
Essa “fluidez generalizada” dificulta chegar a afirmações de caráter teórico o maior
generalização.
No Brasil onde as estruturas e processos são sujeitos a uma dinâmica peculiar e uma
transformação contínua, o pesquisador pode se valer apenas de uma forma restrita de
estudos primários preexistentes.
Um estudo de políticas públicas que quer fazer justiça à realidade empírica,
dificilmente, pode, no caso da existência de déficits de informação, deixar de dirigir
uma parte dos esforços para levantamentos primários, ainda que isso signifique,
limitações de capacidades e recursos disponíveis. Só desta maneira é possível
corresponder à pretensão de analisar as interdependências entre as instituições políticas,
os processos políticos e os conteúdos concretos das políticas. As características básicas
devem ser as condicionantes para a configuração final da pesquisa. Porém, as
particularidades institucionais e culturais de cada tipo de sociedade podem nos
proporcionar elementos para uma correspondente adaptação da abordagem da ‘policy
analysis’.

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