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O TRATAMENTO DA DISLEXIA NA SALA DE AULA

FAP - CENTRO DE ENSINO SUPERIOR PIAUIENSE


COORDENAÇÃO DOS CURSOS DE PÓS – GRADUAÇÃO EM
PSICOPEDAGOGIA
Valquíria Maria de Sousa Lima

RESUMO:

Este artigo tem como objetivo identificar e estudar as causa e sintomas, características
desta síndrome, diagnóstico e tipos de dislexia. Ainda feito uma identificação dos
principais profissionais envolvido com a equipe multidisciplinar, e será abordado os
códigos CID 10 Organização Mundial de Saúde. Este permite reconhecer quais são os
critérios utilizados para determinar o diagnostico de crianças disléxicas, com o intuito
de encontrar subsídios de como trabalhar com alunos com esse transtorno de
aprendizagem na escola. Sendo assim, chega-se um processo de profunda reflexão
critica frente à necessidade de um trabalho pedagógico e eficaz, e que possibilite o
sucesso escolar de uma criança com dislexia. Sabemos que essa pesquisa pode ser
importante para todos os educadores, pois é grande a dificuldade em encontrar
alternativas que ajudem a identificar as causas o os sintomas da dislexia

Palavras Chave: dislexia, fracasso escolar, dificuldades escolares

ABSTRACT

This article aims to identify and study the causes and symptoms, characteristics of this
syndrome, diagnosis and types of dyslexia. Also made an identification of key
professionals involved with the multidisciplinary team, and ICD-10 World Health
Organization code will be addressed. This allows us to recognize what the criteria used
to determine the diagnosis of dyslexic children are, in order to find subsidies as to how
to work with students with this disorder of learning in school. So, we arrive at a process
of deep critical reflection on the necessity of an effective teaching job, that allows the
school success of children with dyslexia. We know that this research may be important
for all educators, since the difficulty in finding alternatives to help identify the causes of
the symptoms of dyslexia is great.

Keywords: Dyslexia. dyslexia, school failure, school difficulties

A dislexia é uma dificuldade específica na aprendizagem. Os alunos disléxicos


na idade escolar apresentam dificuldade em fazer o reconhecimento da palavra escrita,
não conseguindo transformar um conjunto de letras em sons compatíveis com a fala; ou
fonemas da língua como: semivogais e consoantes. Esta incapacidade do aluno
disléxico em ler compreender o que foi escrito, apesar deste ter inteligência, audição e
visão dentro de padrões normais.
Estes alunos que estão matriculados em escolas públicas, e tem uma tendência a
se agravar se essa dificuldade não for tratada, e esta agravar esse transtorno de
linguagem na fase adulta desse estudante.

Pode-se conjecturar que apesar da dislexia ser estar em todas as classes sociais, e
foram identificadas nas classes sociais: miseráveis, classe media baixa e classe média.

As escolas e os pais desses alunos têm papel importante, em identificar essas


dificuldades nos alunos, bastante cedo, permitindo o encaminhamento para seu
diagnóstico, junto a uma equipe de médicos e psicopedagógico, no inicio da
alfabetização desse aluno. Deve-se difundir o conceito do aluno disléxico,
desmistificando e informando, que os alunos que tem um baixo rendimento, podem
estar sendo acometido por esta síndrome, devendo ter um acompanhamento de um
psicopedagogo em cada escola, tentando minimizar este problema.

Para ALVES (2009, p.117) A leitura significa muito mais que um simples
processo, pelo qual a criança decifra os sinais ou símbolos, como, por exemplo, as
palavras e as letras, e reproduz o som. Ela sabe ler quando compreende o que lê, quando
retira o significado do que lê , interpretando os sinais escritos.

1) DEFINIÇÃO DE DISLEXIA

Dislexia é uma palavra grega que quer dizer distúrbio de linguagem.


Abrangendo: leitura escrita e soletração, ou uma combinação destas dificuldades, é um
problema que quando mais cedo for detectado melhor.

Assim há possibilidade de uma intervenção terapêutica, assim podendo ajudar a


criança a se desenvolver melhor, sendo capaz de amenizar as dificuldades e desenvolver
novas habilidades que possam fazer com que ela não sofra tanto na escola e também em
outras situações nas quais depende da leitura e escrita.; segundo a avaliação do
orientador educacional, fundador e membro da diretoria da ABD - Associação Brasileira
de Dislexia, Mario Ângelo Braggio. Outro fato muito importante sobre esta síndrome,
é a indicação da não dominância hemisférica cerebral – o que pode estar associado às
dificuldades no estabelecimento da lateralidade o que traz também transtornos na
aprendizagem. A dificuldade da dislexia não está na audição ou no reconhecimento das
formas gráficas, também não está na memorização dos nomes das letras. O que
acontecem com eles é que não conseguem, digamos assim traduzir de forma adequada e
imediata, as unidades mínima da fala que são fonemas, para os sinais gráficos

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convencionais como seus representantes, falta para a criança presteza nessa tradução
(FAGUNDES, 2002 p.71).

Esta é uma síndrome de origem neurológica, ela pode ser genética, desenvolvida
ou adquirida. O disléxico é potencialmente um mal leitor, embora a criança consiga ler,
mas lê mal, sua leitura é lenta é sofrível. Só um neurologista, a rigor, tem a competência
técnica, em equipe multidisciplinar, juntamente com os psicólogos e pediatras podem
confirmar se uma criança é ou não disléxica.

Sendo uma síndrome para tratamento médico, embora não seja como um tipo de
uma doença para os educadores, que podem ser incluído: pedagogos, psicólogos
psicopedagogos e outros profissionais da área médica no ensino

2) O QUE É DISLEXIA?

O termo dislexia refere-se: a dificuldades de leitura na ausência de qualquer


outra limitação ou alteração das capacidades intelectuais. Esta perturbação pode ainda
ser classificada como: dislexia adquirida, de desenvolvimento, central, periférica, de
superfície e profunda.

E esse transtorno é uma dificuldade específica na aprendizagem da leitura com


repercussão, muitas vezes na ortografia, é acometido por uma deficiência disortográfica.

Os primeiros sinais de que a pessoa pode apresentar dislexia, tendem


manifestarem-se através de problemas de aprendizagem, dificuldades na linguagem
oral.

Em seguida, quando não há associação de símbolos gráficos às suas


componentes auditivas, dificuldades em seguir orientações e instruções, dificuldades de
memorização auditiva, problemas de atenção e ou de lateralidade.

E a partir dos quatro anos, na leitura ou na escrita, e aluno pode confundir


algumas letras, como por exemplo: “f “ com o “v”; “p” com o “b”; “ch” com o “j”; “p”
com o “t”; “v” com o “z”, “b” com o “d”, entre outros; ou, fazer possíveis inversões,
tais como: “ai” com o “ia”; “per” com o “pré”; “fla” com o “fal”; “cubido” com a
palavra “bicudo”, entre outras; podendo fazer ainda omissões tais como: “livo” que

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tinha um significado “livro’; “bata” que tinha um significado “batata”; estes são alguns
exemplos na leitura de uma pessoa disléxica.

De acordo com Vygotsky (1984 p.109) o domínio da escrita é o resultado de um


longo processo de organização da capacidade de simbolizar, ou seja, é o resultado do
desenvolvimento da linguagem-fala, que permeia a construção de gestos significativos,
começando com a brincadeira de faz de conta, desenhos, até mesmo a escrita
propriamente dita, portanto dominar o código escrito,e implica no domínio da
possibilidade de simbolizar. Essa evolução do processo de transformação da escrita
acompanha o desenvolvimento em todo o seu processo, passando por fases especificas
que levam em conta também o desenvolvimento social e cultural da criança.

3) COMO SE IDENTIFICA A DISLEXIA?


O objetivo desse trabalho é dar a conhecer os conceitos básicos deste transtorno,
de maneira a permitir aos médicos e a família conhecer e identificar, nas crianças, os
sinais de riscos mais precoces, e encaminharem para que seja feito um diagnostico com
uma avaliação, encaminhando para uma intervenção especializada.

A indicação do diagnóstico deve ser sugerida por um psicopedagogo, e devem


ser levantados os seguintes pontos: a história familiar desse aluno, casos na família
atividades correlatas da dificuldade de aprendizagem, e se na história desenvolvimento
mental da criança ocorreu um atraso na aquisição da linguagem.

Alunos disléxicos pensam primariamente através de imagens e sentimentos, e


não, com sons e palavras, se tornando assim intuitivos.

Na leitura notam-se as confusões de grafemas cuja correspondência fonética,


pode existir as inversões, as omissões e as substituições de letras e silabas na frase.

Existe uma grande dificuldade nas pausas, e no ritmo como revelam uma análise
compreensiva da informação lida.

Essa informação é muito deficitária, onde os alunos com esse transtorno tem
muita dificuldade em compreender o que lêem. As principais manifestações da dislexia
nas competências da leitura e escrita; velocidade de leitura bastante lenta para a idade e
para o nível escolar desses alunos; leitura silábica sem ritmo; problemas na

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compreensão semântica e na análise compreensiva de textos lidos; substituição de
palavras inteiras por outras semanticamente vizinhas; dificuldades em exprimir as suas
idéias e pensamentos em palavras; dificuldades acentuadas ao nível da consciência
fonológicas descodificação, decodificação de grafema-fonema; confusão entre letras
silaba ou palavras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço: b-d; d-p;
b-q; d-q; n-u; a-e.; inversões parciais ou totais de silabas ou palavras: ai-ia; per-pré; fla-
fal; me-em; sal-las; pla-pal; ra-ar; substituição de palavras por outras de estrutura
similar, porém com significado diferente: saltou-salvou; cubido-bicudo.

A ilegibilidade da escrita: letra rasurada, disforme e irregular, presença de


muitos erros ortográficos e dificuldades da estruturação e seqüencia lógicas das idéias, o
que fazem essas formas serem desordenadas e sem nexo.

Outros sintomas que podem estar associados são: dificuldades na memória


auditiva imediata; problemas ao nível da motricidade fina e do esquema corporal;
problemas na percepção visuo-espacial; problemas na orientação espaço-temporal; a
escrita pode surgir em espelho; problemas ao nível da dominância lateral: lateralidade
difusa confunde a direita e esquerda.

Identificar as deficiências de leitura é de suma importância, pois ao detectar o


quanto antes fica mais fácil criar métodos eficazes para auxiliar as crianças que
apresentam tais problemas.

Pois somente mediante a uma compreensão minuciosa do problema, com coleta


de dados e analises de casos, é que se pode pensar em como agir dependendo de cada
caso, devendo-se encontrar uma melhor forma de minimizar esse transtorno.

4) TIPOS DE DISLEXIA

A seguir exemplificaremos alguns tipos de dislexias:

DISLEXIA CONGÊNITA:

É a dislexia que o aluno pode ter a mais variadas causas, e tem características,
como uma comprovada alteração hemisférica cerebral, aonde estes encontram-se com

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tamanho invertido e exatamente iguais., normalmente, é que o esquerdo seja maior que
o direito.

Em conseqüência dessa alteração, o individuo disléxico tem pouca ou nenhuma


habilidade para a aquisição de leitura ou escrita, geralmente não chega a ser alfabetizado
e, quando chega não consegue ler ou escrever por muito tempo, e quando termina de
escrever, já não se lembra de mais nada. Este tipo de dislexia é incurável, deve ser
tratada por uma junta de profissionais, a qual que chamamos de tratamento
multidisciplinar, envolvendo sempre psicopedagogos, neurologistas e psiquiatras,
podendo depender da gravidade do caso. Em casos onde haja também um distúrbio de
fala e audição, serão diagnosticados por um fonoaudiólogo; caso haja dificuldades
motoras de lateralidade serão diagnosticado por um psicomotricista, e, nestes casos,
também é aconselhável que um psicólogo acompanhe o tratamento, e desenvolva
atendimento paralelo.

DISLEXIA ADQUIRIDA:

Segundo Olivier (2008 p.54) a dislexia adquirida que vem através de um


acidente vascular cerebral, e também, outros acidentes ou distúrbios que podem causar a
dislexia adquirida. Neste caso, o individuo antes escrevia e lia normalmente, mas passa
a ter períodos de dislexia, ele não consegue ler ou escrever, fazendo com algumas
dificuldades. e podem apresentar falhas na lateralidade.

Dependendo do grau de dificuldade é também necessário um tratamento


multidisciplinar, mas neste caso,.é bem provável que somente o psicopedagogo e o
neurologista, ou psiquiatra sejam solicitados.

Caso o acidente também tenha afetado a lateralidade, será necessário um


psicomotricista, ou, se a fala e audição estiverem comprometidas também o
fonoaudiólogo. Seguindo o tratamento, pode obter a cura ou melhora do paciente, já que
a dislexia não envolve alterações hemisféricas.

Este distúrbio surge na seqüência de um traumatismo ou lesão cerebral, onde a


pessoa lia bem, mas depois com o surgimento deu algum problema e passou a ter a
perturbação.

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DISLEXIA DE DESENVOLVIMENTO:

É definida como um distúrbio neurológico de origem congênita que acomete


crianças com potencial intelectual normal, sem déficits sensoriais e com suposta
instrução educacionais apropriada, mas que não conseguem adquirir ou desempenhar
satisfatoriamente a habilidade para a leitura e, ou, a escrita.

Mesmo a criança tendo o Q.I acima da media, ocorre um distúrbio de leitura;


geralmente, a criança tem dificuldades em aprender a ler e a escrever, e especialmente,
em escrever corretamente sem erros ortográficos.

DISLEXIA OCASIONAL:

É a dislexia causada por fatores externos e que aparece ocasionalmente. Pode ser
causado por esgotamento do sistema nervoso, por intermédio de estresse ou excesso de
atividades. Se esse tipo de dislexia for diagnosticado, não há necessidades de grandes
tratamentos, e em alguns casos, apenas repouso, uma mudança de horários ou rotina e
tudo voltará ao normal. É preciso deixar definitivamente de imaginar que a dislexia faça
troca de letras, o que acontece com os disléxicos é que na maioria dos casos, ele não
identifica sinais gráficos, letras ou qualquer código escrito.

É aconselhável que qualquer tipo de dislexia seja praticado um tipo de esporte,


onde será desenvolvido a sua coordenação motora, o raciocínio e a agilidade.

DISLEXIA VISUAL:

Ocorre quando há imprecisão de coordenação viso-espacial, é manifestada na


confusão de letras com semelhanças gráficas. Então, quando se manifesta alguma
confusão no campo visual, o primeiro procedimento dos pais, ou educadores, será
encaminhar a criança ao medico especializado um oftalmologista.

Este tipo de dislexia é o mais fácil de correção, e pode ser por meio de exercícios
adequados, podendo aprender os signos gráficos com precisão, e gradualmente,
aprender seqüências, porém, a lentidão pode persistir. Características da dislexia visual:
problemas de orientação direita ou esquerda; disgrafia ou fraca qualidade da letra; erros

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de leitura que implicam aspectos visuais, inversão de letra “p” com “q”; erros
ortográficos; QI de realização inferior ao verbal.

DISLEXIA FONOLÓGICA:

De grande interesse para a Pedagogia, refere-se à incapacidade de ler em voz alta


as não-palavras e as pseudo-palavras, por exemplo, "bur", "páquina", enquanto se
mantém intacta a capacidade de leitura do vocabulário corrente. Consiste na
incapacidade de decodificação fonológica, em danos na via de conversão grafema-
fonema. O indivíduo pode acusar igualmente outros sintomas, por exemplo, erros
visuais ao produzir pseudo-palavras na leitura em voz alta, em vez da palavra existente,
"páquina" em vez de "máquina"; e erros derivacionais também podem surgir na leitura.

DISLEXIA PERIFÉRICA:

São transtornos nos quais os danos localizam-se no sistema de analise visual,


provocando uma série de prejuízos na percepção da letra. Assim, os danos podem
ocorrer no nível de identificação de letras, ou seja, dislexia por negligencia, no nível de
analise visual, dislexia de atenção, ou, no nível do processamento global e do
reconhecimento de palavras como todo, como por exemplo, letra por letra.

Sabe-se hoje que a dislexia ainda não tem cura, e a criança vai aprender de
acordo com o seu tempo, não existe um único método pra tratar a mesma, o que deve
ser feito é considerar a dificuldade de cada um e estipular um plano de trabalho, que
podem ser multisensorial, gradativo e acumulativo. O tratamento é longo, e sistemático,
sendo que o melhor tratamento para a dislexia seria nutrir corretamente e fazer um
treinamento, várias vezes por dia, de dez a quinze minutos, tanto para a leitura quanto
para a escrita e a fala. Quanto mais estimulo à criança receber melhor será o seu
desenvolvimento, avanços na compreensão da neurologia dos processos de
desenvolvimento da linguagem, e aprendizagem, certamente irão contribuir para uma
melhoria na abordagem terapêutica desses pacientes. A sistemática da investigação em
busca do diagnóstico preciso, pode direcionar o profissional de saúde na escolha do
melhor caminho indicado para cada caso.

5) EQUIPE MULTIDISCIPLINAR E A AJUDA AO ALUNO DISLÉXICO

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Esta síndrome caracteriza-se pela dificuldade do aluno entender
diferentes formas da linguagem, de leitura, de escrita e até mesmo, de soletração. Para
detectar esse distúrbio é preciso uma avaliação multidisciplinar, que diferencie a
dislexia de outras disfunções como, por exemplo, um retardamento mental leve.
Entretanto, é necessário ter muito cuidado para não rotular toda e qualquer alteração de
leitura com a dislexia. A seguir faremos uma descrição desses profissionais:

FONOAUDIÓLOGO

Atuam em pesquisas, prevenção e terapia fonoaudióloga na área de comunicação


oral e escrita, voz e audição. Podem atuar sozinhas, ou em conjunto, com outros
profissionais de saúde em clínicas, creches, escolas comuns, especiais, e comunidades.
Incluindo o PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, é ele quem reabilita pacientes
neuropatas na área da linguagem, essa ciência se volta especificamente para psicologia.

Ela aborda os distúrbios de voz, audição e da linguagem: no caso, trata-se de


problemas e saúde, tais como: gagueira, dislexia, ou seja, dificuldade de leituras, afasia
ou dificuldade e compreensão da fala e rouquidão. As quatro maiores áreas abordadas
pela fonoaudióloga são, portanto: voz, audição, linguagem e motricidade oral. A
consulta à um fonoaudiólogo pode ajudar a discernir o que faz parte de um
desenvolvimento saudável da linguagem, daquilo que necessita de intervenção
profissional. Nem sempre a dificuldades e erros são sinônimos de problemas que
precisam de tratamento fonoaudiólogos. Mas somente uma consulta com o profissional
pode auxiliar a adotar uma conduta mais adequada, e encontrar soluções para a
dificuldade que se apresente no momento

NEUROLOGISTA

Na avaliação neurológica no pré- escolar ou no escolar, é essencial ter uma idéia


clara do que vai revelar o exame neurológico, este deveria detectar falhas funcionais,
identificando os sinais de comprometimentos neurológicos, que podem ser provenientes
do resultado de uma lesão cerebral. O exame neurológico deveria ser uma avaliação
ampla das funções neurais. Deve-se ser mais completa possível, a fim de ser
diagnosticado pelos examinadores; e deve ser baseados em critérios objetivos; como por
exemplo: a função sensória motora, a postura e movimento, as reações e as respostas.
Esses exames capacitam os especialistas a avaliarem pelo menos, parte da integridade

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do cérebro. A seguir, será mostrado que o processo diagnóstico neurológico tem fases
distintas: historia clinica, que busca pesquisar dados de caráter pessoal e familiar da
criança; exame físico, que avalia o crescimento físico e maturacional; exame
neurológico, que avalia o nível neuromaturacional da criança, procurando desvios
grosseiros responsáveis por patologias especifica; exames complementares que auxiliam
na elucidação do diagnóstico.

OFTALMOLOGISTA

Com a intenção minimizar os problemas com alunos disléxicos; é sugerido os


óculos com lentes prismáticas. Essa nada difere de um óculo normal, sendo que, a
diferença básica está na confecção da lente, que é tipo triangular. Essas lentes devem ter
seu uso um acompanhamento terapêutico adequado, além de receber atendimento
diferenciado no ambiente escolar. As adaptações do uso de óculos de lentes prismáticas
trazem uma significativa melhora no tratamento dessa síndrome.

OTORRINOLARINGOLOGISTA

Seu campo de atuação envolve as doenças do ouvido, do nariz e seios


paranasais, faringe e laringe. Este especialista deve ser responsável por parte desse
processo, fica sobre sua responsabilidade a detecção precoce da perda auditiva, o
tratamento da doença quando possível, e a orientação como deve ser feito a sua
reabilitação. São recomendáveis testes específicos para pesquisa de distúrbio de vias
auditiva, e se a suspeita é de distúrbios fora da esfera auditiva, como disfunção
psicológica, neurológica congênita ou associação desta síndrome. Existem varias
submodalidades de sintomas, como baixa perda da audição: distração, desatenção e
compreensão auditiva deficitária.

PSICÓLOGO

Este profissional estuda os sentimentos, as emoções, as atitudes, os pensamentos,


as representações mentais, as fantasias, as percepções; isto é, os processos mentais que
não podem ser observados diretamente. Estuda também, os conteúdos emocionais que
possam estar interferindo, de modo negativo, no processo de aprendizagem no
desenvolvimento do aluno. Os aspectos investigados pelos psicólogos serão associados
aos profissionais das demais áreas citadas, com objetivo de compor o diagnóstico sobre
dislexia. Deve-se buscar e identificar as origens das dificuldades de aprendizagem de

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um aluno, e tem como objetivo conhecê-la em suas especificidades, o que possibilita
escolher os modos mais indicados de intervenção.

PSICOMOTRICISTA - Para saber se uma criança tem problemas de


psicomotricidade, é preciso fazer uma avaliação psicomotora, através de exercícios
específicos, que verifiquem esses aspectos como: qualidade tônica - rigidez ou
relaxamento muscular; qualidade gestual - dissociação manual e dos membros
superiores e inferiores; agilidade; coordenação; lateralidade; organização tempo
espacial; e grafomotricidade. Essa avaliação pode revelar na criança, as características
próprias do seu desenvolvimento, se existem atrasos no desenvolvimento motor e
perturbações de equilíbrio, coordenação, lateralidade, sensibilidade, esquema corporal,
estrutura e orientação espacial, grafismo e afetividade. Tais problemas observar-se tanto
na pré-escola como nas series iniciais, e podem ser de intensidades variadas, e decorre
das mais variadas causas, como por exemplo: debilidades intelectuais, retardos de
maturação, e desarmonias tônico-motoras. A reeducação psicomotora é um processo
lento, esta requer uma terapia programada que visa modificar o comportamento. Parte
dessa atuação é privativa do especialista em psicomotricidade, no entanto, as atitudes do
professor têm de estar relacionadas com a orientação do profissional habilitado.

PSICOPEDAGOGO – Esse profissional estuda a atividade da criança e dos


princípios que daí decorre, para regular a ação educativa do indivíduo.

Diante de tais contribuições, BOSSA (1994, p.8) afirma que “... a


psicopedagogia vem constituindo seu corpo teórico na articulação da psicanálise e
psicologia genética. Articulando que fica evidente quando se trata de observar os
problemas de aprendizagem, que é um pilar da teoria da psicopedagogia.

No campo psicopedagógico situa-se tanto no âmbito da educação, da prevenção


como na reeducação. Ela atua como educativa, quando procura compreender, promover
e favorecer um melhor desenvolvimento integral do aluno: é preventiva quando tenta
evitar algumas desadaptações nas escolas, na medida em que orientam professores,
assessora escolas, organiza estratégias de ensino. Trata-se também, do processo
educativo, especificamente dos problemas de aprendizagem, e procura descobrir e
minimizar as causas do fracasso escolar. Não se pretende que o psicoeducador se
preocupe unicamente em catalogar ou diagnosticar as causas que determinada criança
apresenta para culpar os responsáveis. Mas, é importante que ele reconheça que existem

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algumas dificuldades que impedem uma criança de alcançar seu pleno desenvolvimento
escolar.

De posse dessas informações o psicopedagogo tem condições de corrigir, ou


minimizar, algumas dificuldades por meio de uma intervenção eficaz. Quando este
profissional faz um diagnóstico, ele tem como objetivo realizar uma investigação, com a
finalidade de conhecer melhor o aluno aos seus cuidados, descobrir o que está
interferindo no processo de aprendizagem, para depois estabelecer outras estratégias de
atuação. Um diagnóstico bem feito e estruturado é um passo fundamental para a
intervenção eficaz.

PSIQUIATRA – Especialidade da medicina que lida com a prevenção,


atendimento, diagnóstico, tratamento e reabilitação das doenças mentais. Seja elas, de
cunho orgânico ou funcional, tais como: depressão, doença bipolar, esquizofrenia e
transtornos de ansiedade. A meta principal é o alivio do sofrimento psíquico e o bem-
estar do individuo, para isso é necessário uma avaliação completa do doente, co
perspectivas biológicas, psicológicas e outras áreas afins. As manifestações
psiquiátricas das alterações cerebrais, em crianças, constituem uma área interessante e
vasta, porém, pouco exploradas. A compreensão das relações entre o funcionamento
cerebral e os problemas de comportamento na infância é particularmente incipiente,
parte devido ás próprias limitações da psiquiatria e da neurologia da infância. Quanto às
alterações cerebrais que ocorrem em crianças, vale lembrar que não são apenas tipo
lesionais. A idéia de lesão sugere que o cérebro se desenvolveu adequadamente por um
determinado período, até que o evento ocorresse, causando danos estruturais; o que é
verdade em algumas situações, como: epilepsia após traumatismo craniano, hidrocefalia
após meningite. Entretanto, alterações cerebrais também podem acontecer devido a
fatores genéticos.

TERAPEUTA OCUPACIONAL - Pertencente ao campo da reabilitação, e


assim, trabalhando conjuntamente com a fonoaudióloga, ela procura fornecer ao seu
cliente o máximo de qualidade de vida possível, executando de maneira clara e
totalitária um novo conceito de saúde. Utiliza-se a atividades diversas para restaurar a
capacidade dos indivíduos em realizar também atividades, os terapeutas ocupacionais
têm como especificidade de seu trabalho a atividade ou ocupação humana. O
especialista atua nas escolas, no trabalho e em situação de vida comunitária, ou em

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estado de saúde de um indivíduo, onde possa afetar suas capacidades mentais, motoras
ou psíquicas impedindo de realizar certas atividades necessárias para de sentir
competente e com qualidade de vida. Esta Terapia apóia o paciente, a ligar as suas
capacidades para que ele volte a desempenhar as suas atividades diária, para que ele
volte de forma desejada aos seus papeis na sociedade e outros contextos.

6) CID10 DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE

Esses profissionais utilizam o código CID10, e a dislexia foram identificados da


seguinte forma:

CID10 F81.0: Transtorno Específico de Leitura, “... a principal característica é


um específico e significativo no desenvolvimento das competências de leitura que não é
apenas explicada pela idade mental, problemas de acuidade visual, ou escolaridade
inadequada. Habilidade compreensão de leitura, o reconhecimento palavra lidas, a
habilidade leitura oral e desempenho de tarefas que requerem leitura, podem todos ser
afetados. Dificuldades ortografia são freqüentemente associados com distúrbio
específico leitura e, muitas vezes, permanecem na adolescência, mesmo após alguns
progressos na leitura. Distúrbios específicos de desenvolvimento da leitura, são
comumente precedidos por uma história de distúrbios na fala e linguagem
desenvolvimento. Associado distúrbios emocionais e comportamentais, e são comuns
durante o período escolar.”

CID10 R48.0: Dislexia e Alexia, transtornos específicos do desenvolvimento


das habilidades escolares, Dislexia e outras disfunções simbólicas, não classificadas em
outra parte.

7) COMO DIAGNOSTICAR A DISLEXÍA

A principal questão abordada será como diagnosticar esta síndrome, e como


auxiliar o processo de ensino-aprendizagem de um aluno disléxico. Por ser uma
incapacidade de aprender, e de origem neurológica e genética, caracterizada por
dificuldade na leitura e na escrita. A criança tem problemas para codificar

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automaticamente as palavras e realizar uma codificação fluente, correta e compreensiva;
embora tendo uma baixa capacidade em ler, seu cérebro pode ser considerado normal.

Segundo LAURENTI (2004, p.38), muito freqüente nas falas dos profissionais
que trabalham com educação, a expressão “distúrbios de aprendizagem”, que vem a ser
conceitualmente uma disfunção cerebral mínima (DCM), tem como manifestações,
alterações no comportamento ou na cognição, instabilidade no humor, agressividade,
hiperatividade e outros. Porém, qualquer uma dessas manifestações, apesar de ainda não
estar bem definido, qualquer um dos sinais tem sido suficiente para considerá-lo uma
disfunção.

Esse é feito a partir do momento que a criança se alfabetiza, geralmente por


volta dos seis ou sete anos, porém, alguns profissionais nos dias de hoje já fazem o
diagnostico antes da idade, e fazendo uma posterior confirmação..

Os sintomas variam de criança para criança, mas os principais indícios podem


ser: demora em aprender a falar, em reconhecer as horas, fazer laços os sapatos, em
pular corda; dificuldade de escrever números e letras corretamente; dificuldade em
ordenar as letras do alfabeto, meses do ano e silabas das palavras polissílabas;
Dificuldade de distinguir entre direita e esquerda.

Conforme CONDEMARIN (1987, p 23), outras perturbações da aprendizagem


podem acompanhar os disléxicos: alterações na memória; alterações na memória de
séries e seqüências; linguagem e escrita; dificuldades na matemática; Confusões em
relação a tarefas escolares; Limitação das palavras conhecidas no vocabulário.

O professor ao perceber alguma dificuldade em seu aluno deve encaminhá-lo a


profissionais especializados. O aluno disléxico irá apresentar prejuízos na sua parte
emocional, mas isso será conseqüência e não causa da dislexia, e outros distúrbios de
aprendizagem, como o déficit de atenção a hiperatividades, ambas podem correr juntas,
essa será chamada de DAAH – Déficit de Atenção e Aprendizagem com hiperatividade:
lembrando que a hiperatividade também pode ocorrer em conjunto com a dislexia.

O diagnóstico deve ser significativo para os pais e educadores, assim como para
a criança, ou seja, simplesmente encontrar um rótulo não deve ser o objetivo da
avaliação, mas tentar estabelecer um prognóstico, e encontrar elementos significativos
para o programa de reeducação. É de grande importância que sejam obtidos

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informações sobre o potencial da criança, bem como, sobre todas as características
psiconeurológicas de sua atuação e seu comportamento já adquirido.

8) CONCLUSÃO

Muitos trabalhos têm sido desenvolvidos em busca de uma melhor compreensão


de fatores que implicam no baixo rendimento e desempenho escolar. O fracasso nas
séries iniciais tem sido comparado diversos fatores , porém, o problema permanece e
persiste a intrigar os educadores e diversos profissionais que trabalham na área da
educação. A dislexia não pode ser entendida como todo e qualquer distúrbio que afeta a
capacidade de ler e escrever, essa visão é ampla demais e recai sobre o engano dos
falsos diagnósticos, simplistas e genéricos.

A escola tem um importante papel, devendo proporcionar um ambiente que


trabalhe a auto-estima, o respeito pelas diferenças, a autoconfiança, a aceitação do erro
como condição normal à aprendizagem. Estimular a curiosidade, ouvir as crianças
naquilo que elas desejam saber e incorporar estes desejos ao currículo, realizar projetos
que possam trazer assuntos, para serem incorporados à realidade do aluno são atitudes
que ajudarão o aluno a compreender melhor os temas abordados, fazendo sentido para
sua aprendizagem.

O psicopedagogo que trata a criança estar contribuindo com a escola, propondo


mudanças necessárias no currículo, na pratica pedagógica ou mesmo na avaliação, para
o tratamento clinico tenha melhor resultado. Não é raro o psicopedagogo encontrar
barreiras na escola, impedindo que a situação que a situação seja modificada. Mas
deveremos com psicopedagogo fazer um esforço continuo para minimizar esses
transtornos encontrados junto ao aluno disléxico.

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, Geraldo Peçanha. Dificuldades de aprendizagem, em leitura e escrita:


método fônico para tratamento/ Geraldo Peçanha de Almeida- Rio de Janeiro: WAK
Ed., 2009
ALVES, Fátima (org). Como aplicar a psicomotricidade, uma atividade multidisciplinar
com amor e união, WAK Editora 3ª edição, 2009
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