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O livro analisa o conceito de arte moderna e contemporânea, argumentando que a arte contemporânea deve ser entendida como um desdobramento da arte moderna. O autor defende que o espaço é fundamental para entender a arte moderna, especialmente como um "espaço em obra" que interage com o mundo comum. A obra também discute figuras como Picasso, Duchamp e movimentos como o Cubismo, que foram fundamentais para a arte moderna.
Descrizione originale:
Resenha do livro "O Espaço Moderno" de Alberto Tassinari - por Alexandre dos Reis.doc
O livro analisa o conceito de arte moderna e contemporânea, argumentando que a arte contemporânea deve ser entendida como um desdobramento da arte moderna. O autor defende que o espaço é fundamental para entender a arte moderna, especialmente como um "espaço em obra" que interage com o mundo comum. A obra também discute figuras como Picasso, Duchamp e movimentos como o Cubismo, que foram fundamentais para a arte moderna.
O livro analisa o conceito de arte moderna e contemporânea, argumentando que a arte contemporânea deve ser entendida como um desdobramento da arte moderna. O autor defende que o espaço é fundamental para entender a arte moderna, especialmente como um "espaço em obra" que interage com o mundo comum. A obra também discute figuras como Picasso, Duchamp e movimentos como o Cubismo, que foram fundamentais para a arte moderna.
Alberto Tassinari Alexandre dos Reis ofizine.wordpress.com/2014/09/26/o-espaco-moderno-uma-resenha-da-obra-de-alberto-tassinari/
A obra O Espao Moderno (Cosac Naify, 2001, 165 pginas) do doutor em
Filosofia pela Universidade de So Paulo e crtico de arte Alberto Tassinari, apresentada como gnero ensastico, analisa criticamente o conceito de arte moderna e contempornea, suas problemticas, continuidades, e a importncia do conceito de espao para o seu entendimento. Para Tassinari, o entendimento adequado da arte moderna e seu dilogo com a arte contempornea devem observar duas proposies bsicas. A primeira delas reside no fato de que a arte normalmente considerada como contempornea deve ser entendida objetivamente como um desdobramento da arte moderna, observando-se neste processo no o trmino de uma poca, mas sim a depurao de seus aspectos conceituais, formais e poticos. A segunda proposio do autor reside na enftica importncia atribuda ao conceito de espao. A arte moderna, especialmente na sua fase de desdobramento, poder ser mais bem entendida quando mediada pela conceituao do espao no qual se apresenta.
Observa-se nos captulos iniciais da obra uma retrospectiva histrica da arte,
permeada pelos nomes e movimentos mais representativos do perodo conhecido como o Modernismo do sculo XX. Nesta perspectiva o autor nos prope que a consolidao da arte moderna representa um momento demasiadamente profcuo podendo ser equiparado Itlia do sculo XV, tamanha a sua fecundidade e inventividade. Novos paradigmas so estabelecidos nestas conjunturas marcantes da histria, se no Renascimento a imagem perspectiva de uma pintura se afirmava como uma espcie de janela, na pintura moderna ela se altera e comea a se afirmar com uma espcie de anteparo. Estes conceitos de Modernismo e de um eventual Ps-Modernismo so extensa e criticamente analisados por Tassinari. Para o autor, Modernismo, anti-naturalismo e novas abordagens da temporalidade representam um padro indissocivel. Se a temporalidade do Renascimento apresentava uma tendncia mais cclica do que evolutiva (basta observar a incessante busca pelos padres da Antiguidade Clssica), no Modernismo observa-se uma reorientao da temporalidade histrica, abandonando os vieses cclicos ou evolutivos. O conceito da temporalidade na modernidade da arte algo ainda a ser definido e isto somente ser possvel aps a destruio total de qualquer empreendimento naturalista. A efervescncia de movimentos artsticos no incio do sculo XX, movimentos estes que ocorreram de forma concomitante, foi decisiva para a arte moderna. Esta diversidade, por sua vez, impossibilitou uma conceituao unificada do espao nesta conjuntura moderna. Desta forma, a inteno de ordenao revelou-se um objetivo inalcanvel na arte moderna. Esta nova arte apenas poderia ser apreendida em suas partes e fragmentos. Focando-se na anlise da conjuntura moderna, Tassinari atribui importncia capital ao Cubismo como movimento formador e fecundador, que serviu de matriz para os diversos movimentos que surgiriam ao longo do sculo XX. Alm do Cubismo, o autor tambm ressalta a importncia da Colagem como a mais importante inveno de toda a arte moderna. Vale ressaltar aqui a especial abordagem dedicada pelo autor obra Guitarra de Picasso. Picasso e Braque se firmariam como os responsveis por desnudar a imaginao, colocando a arte como fenmeno do devir, a arte como algo que se encontrava nossa frente. A abordagem crtica sobre a importncia da colagem possibilitou a relao direta com outro conceito chave proposto pelo autor: o espao.
O espao moderno, mais do que o espao da colagem ou o espao
mensurvel, transforma-se num espao em obra, resultando no dificultoso exerccio de distingui-lo do espao comum. Para Tassinari, esta ser uma das principais questes a serem analisadas na arte contempornea. O entendimento do espao moderno necessita, impreterivelmente, da distino entre o imitante (espao em obra) e o imitado (fazer da obra).
Guitarra, 1913. Pablo Picasso.
Papel colado, carvo, giz, nanquim sobre papel montado em tela. 66,4 x 49,6 cm. The Museum of Modern Art, New York
O entendimento do conceito deste espao
moderno se torna mais complexo na medida em que se observa um processo de secularizao radical da arte, excluindo qualquer possibilidade de um suporte religioso ou mgico em que se possam fixar as suas bases conceituais na atualidade. Para o autor, na arte moderna as obras comunicam muito mais que apenas um esquema espacial ptico ou qualquer outro esquema espacial. Elas tambm expem os passos e procedimentos necessrios para que as obras sejam adequada e integralmente compreendidas. O prprio Tassinari cita a aridez e a dificuldade de apreenso do conceito de espao em obra (ou espao na contemporaneidade) proposto. Ao afirmar que um espao em obra imita, por meio dos sinais do fazer, o fazer da obra, faz questo de complementar, logo na seqncia, a necessidade de decifrar tal proposio. O autor afirma que a comunicao na modernidade realizada por um espao em obra, localizado entre o espao do mundo comum e o espao da obra, resultando em algo inteiramente novo na arte ocidental. J no cabe mais obra contempornea transformar o mundo em arte, mas sim solicitar o espao comum para se instaurar como arte, sendo o mundo da arte contguo ao mundo no qual vivemos.
Uma obra contempornea no se destaca inteiramente do mundo em
comum, agora o espao em comum tangencia e interage com a obra. neste cenrio que o espectador deixa de lado qualquer trao de passividade e participa num espao em obra dentro de um vis intersubjetivo no qual ele apenas uma das partes na relao. Vale lembrar que o autor faz questo de ressalvar que pinturas figurativas contemporneas, como a de Eric Fischl, no se aplicam adequadamente ao conceito de espao em obra e que necessitam de uma abordagem crtica distinta, alm dos limites do referido ensaio. Outro artista abordado com especial ateno por Tassinari Duchamp, considerado figura capital no desencadeamento de inquietaes e crticas acerca do sentido da arte moderna. Numa poca de dilacerao e crtica do conceito de arte, por meio de seu readymade, Duchamp inventou uma espcie de colagem de arte com no arte, especialmente no dilogo com as instituies artsticas e pela possvel perda de sentido da obra e da prpria criao artstica.
In Advance of the Broken Arm, 1915. Marcel
Duchamp. Madeira e ao galvanizado. Altura 121 cm. Yale University Art Gallery, New Haven, Connecticut.
nesta lgica que a arte contempornea
descarta a ideia da obra original pura e em seu lugar empreende um esforo de ressignificar aquilo que j conhecido, atribuindo-lhe novas configuraes. Esta obra agora permeia o mundo e estas novas conexes e interfaces agora trazem novos impactos no fazer artstico. Exemplo desta proposio pode ser evidenciado no estatuto artstico possibilitado abstrao. A abstrao tornou-se equiparvel arte figurativa. As ideias sobre significao e representao j no podiam mais impedir a apreciao da arte. As contradies se tornaram possveis e permitiam a juno de aparncias discrepantes. No encerramento da obra, Tassinari ressalva que as complexidades, indefinies e dvidas atualmente existentes podem nos levar, erroneamente, a uma postulao do fim da arte. Afirma tratar-se de um erro
de interpretao, pois, na sua viso, tudo depender do desenvolvimento
futuro, no qual o autor observa uma possibilidade de transmigrao das diferentes poticas, inclusive as tecnolgicas, para a espacialidade de determinada obra, acrescentando a isto a importncia da mudana de vis, de subjetivo para intersubjetivo, de todos os atores que se comunicam e mediam com a obra de arte. Tassinari ainda refora, ao final da obra, que a arte transita de forma reservada em uma esfera autnoma, complexa e problemtica, que requer um incessante processo de anlise e redefinio. Obra: O Espao Moderno. TASSINARI, Alberto, So Paulo: Cosac Naify Edies, 2001, 165 pginas.
Um Mapeamento Dos Fanzines Impressos Sobre Música No Brasil de 1989 A 2009 - Monografia de Conclusão de Curso de Graduacao Rodrigo Lariu (Prod. Editorial)