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çar para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os seus movimentos c
orporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé: corre, salta, arrem
essa, trepa, empurra, puxa e etc.
A prática de actividades físico-desportivas foi e continua a ser uma das consta
ntes do comportamento humano. A manifestação cultural da actividade física produ
ziu-se de formas diferentes, em função das necessidades sociais e dos objectivos
estabelecidos em cada período histórico e civilização: assim, tem sido vista co
mo actividade utilitária que possibilita a sobrevivência; como preparação para a
guerra; como meio de invocação religiosa; como jogo ou actividade recreativa e
de ócio; como método de educação física para a saúde; ou então como desporto esp
ectáculo e de competição. Hoje em dia, para poder entender o conceito de educaçã
o física é conveniente conhecer a influência que as distintas civilizações exerc
eram sobre ela ao longo dos séculos. Dependendo do seu objectivo, cada cultura e
stabeleceu um modelo de educação física diferenciado, que em muitas ocasiões ain
da perdura.
Por outro lado, Platão (427-347 a. C.), que tinha sido um lutador notável, deu g
rande importância ao desporto na educação dos jovens helenos. Na sua obra 1Repúb
lica defende que a música e a ginástica harmoniosa e simples - por esta ordem -
são as duas disciplinas educativas que devem combinar-se para alcançar a perfeiç
ão da alma. Desta forma é visível formar jovens equilibrados, que não serão nem
brandos nem brutos. Neste caso, trata-se de uma ginástica com objectivos filosóf
icos e, como tal, oposta ao culto do corpo (aspecto este criticado pelo filósofo
de Atenas). O objectivo é impelir a alma para o bem através de um conceito esté
tico e higiénico.
Aristóteles (384-322a. C.) considerava como disciplinas educativas a escrita, a
leitura, a ginástica, a música e, por vezes, o desenho. Acreditava que a ginást
ica era útil porque fomentava o valor, pela sua vertente competitiva, melhorava
a saúde (ideia que o afastava do seu mestre Platão ) e aumentava a força, protót
ipo das qualidades físicas. É curioso constatar como o grande filósofo de Estagi
ra já alertava na sua época contra o perigo da especialização precoce e da busca
prematura de campeões a qualquer preço (um tema tão em voga actualmente). Segun
do ele, as crianças não deviam realizar treinos duros antes da puberdade, nem no
s três anos seguintes, uma vez que isso prejudicava o seu desenvolvimento biológ
ico; e lembrava que eram muito poucos os desportistas que, tendo sido destacados
na idade juvenil, conseguiram ser depois campeões olímpicos.
Pelo contrário, os Espartanos (Lacedemónios ou Lacónios) eram a favor de submete
r as crianças a intensivos treinos.
O pedótriba dirigia a instrução na palestra e era ajudado pelos alunos mais velh
os. Utilizava sistemas de ensino autoritários baseados no «certo-errado». Cumpri
dos os 18 anos, o jovem passava para o colégio dos efebos e, a partir de então,
o Estado encarregava-se da sua educação. Após a sua passagem pela palestra, os j
ovens atenienses dirigiam-se aos ginásios, que viveram uma época de esplendor a
partir do século IV a. C.
O ambiente dos ginásios culturalmente não podia ser melhor: eram utilizados para
a preparação física dos efebos e dos atletas, exibiam obras dos melhores artist
as (que tinham como modelos os próprios atletas) e reuniam os filósofos, que pre
cisamente ali ensinavam as suas doutrinas (como Platão na Academia e Aristóteles
no Liceu, dois dos principais ginásios atenienses). O ginasiarca encarregava-se
de dirigir o ginásio, e o ginaste, treinador, ensinava os exercícios físicos. E
ste último tinha também uma formação completa em medicina, fisiologia e dietétic
a.
A escola alemã