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A MENSAGEIRA DO SENHOR

O Último Engano Dentro do Professo Povo de Deus


Aproximamo-nos a passos gigantescos do fim do tempo do fim. Satanás
procurará enganar, “se possível fora… até os escolhidos” Mt. 24:24. Um dos
principais enganos e erros dos últimos dias é a rejeição dos testemunhos dos
profetas, tendo como consequência também a rejeição da Bíblia.

“O derradeiro engano de Satanás será anular o testemunho do Espírito


de Deus. "Não havendo profecia, o povo se corrompe" [no inglês, "o povo perece"].
Prov. 29:18. Satanás operará habilmente de várias maneiras e por diferentes
instrumentalidades, para perturbar a confiança do povo remanescente de Deus no
verdadeiro testemunho.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 48, (1890).

“O plano de Satanás é enfraquecer a fé do povo de Deus nos


Testemunhos. Em seguida vem o cepticismo no tocante aos pontos vitais de
nossa fé, as colunas de nossa posição, depois as dúvidas acerca das Escrituras
Sagradas, e então a caminhada descendente para a perdição. Quando os
Testemunhos, nos quais se acreditava anteriormente, são postos em dúvida e
rejeitados, Satanás sabe que as pessoas enganadas não pararão aí; e ele redobra os
seus esforços até lançá-las em rebelião aberta, que se torne irremediável e termine
em destruição.” Testemunhos para a Igreja, vol. 4, pág. 211.

Isto sucederá – e já agora se começa a ver o cumprimento dessas palavras –


dentro do professo povo de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, começando
pelos dirigentes, nas escolas de teologia, casas publicadoras, etc. Sabemos
perfeitamente que assim como no passado a maioria dos profetas foram mal
recebidos, desrespeitados, maltratados, perseguidos e alguns até mortos,
semelhantemente acontecerá nos últimos dias.

Infelizmente, para vergonha do povo de Deus e desonra do Seu nome, Ellen


White – a “Mensageira do Senhor” – enviada nestes últimos dias, tem sido rejeitada
pela grande maioria dos que dizem ser parte desse povo. Nos votos baptismais faz-
se afirmar aos membros, que sim, que aceitam o dom do Espírito de Profecia como
uma das características do povo remanescente de Deus, mas parece que as lições
dos estudos bíblicos não foram suficientemente claras. Pois na rotina diária, o
testemunho dado pelos membros de igreja indica um claro menosprezo à serva do
Senhor, “tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.” 2 Tm. 3:5.

Filosofias de Homens ou um Assim Diz o Senhor?


Mas não é de surpreender que assim seja, pois tal rebeldia é, desde há
muito, um dos sintomas verificados em nossas escolas de teologia, a começar pelos
professores. E para que sejam “verdadeiras” escolas de teologia – pensam os
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líderes da igreja – importa sobretudo conhecer as filosofias e os pensamentos
“estranhos”, dos teólogos adventistas, protestantes e católicos.

"SATANÁS SE ESFORÇA CONSTANTEMENTE POR ATRAIR A ATENÇÃO


PARA O HOMEM, EM LUGAR DE DEUS. INDUZ O POVO A OLHAR PARA OS BISPOS,
PASTORES, PROFESSORES DE TEOLOGIA, COMO SEUS GUIAS, EM VEZ DE
EXAMINAREM AS ESCRITURAS A FIM DE, POR SI MESMOS, APRENDEREM SEU
DEVER. ENTÃO, DOMINANDO O ESPÍRITO DESSES DIRIGENTES, PODE
INFLUENCIAR AS MULTIDÕES A SEU BELPRAZER." O Grande Conflito, pág. 601,
(cap. 37:"A Nossa Única Salvaguarda").

Assim era nas escolas dos rabis; dava-se mais importância às ideias dos
homens do que à “Lei e ao Testemunho!”. É por isso que muitos pastores têm
medo, ou vergonha, de pregar nas igrejas, acerca da “Mensageira do Senhor”. Mas
lá fora, no mundo, há aqueles que estão desejosos de conhecer e ler mais acerca de
Ellen White, por meio dos livros do Espírito de Profecia deixados nos lares pelos
verdadeiros colportores evangelistas.

Infelizmente, o professo povo de Deus, ao mesmo tempo em que perece por


falta de conhecimento (Os. 4:6), acha-se tão sábio que não sente mais necessidade
de abrir os empoeirados livros da irmã White. Verdadeiramente, como temos
estudado nas lições da escola sabatina, Jesus “veio para o que era seu, e os seus não
o receberam.” Jo. 1:11. Jesus, a “luz do mundo” é, na realidade, Aquele que é
rejeitado e negado, ao se desprezarem e espezinharem as verdades contidas em
Seus testemunhos a Sua serva e mensageira Ellen White, “porque o testemunho de
Jesus é o espírito de profecia.” (Apo. 19:10).

“Se rejeitardes os mensageiros delegados por Cristo, rejeitais a Cristo.”


Testemunhos Para Ministros, pág. 97.

Seguidamente, apresento algumas citações do Espírito de profecia, que nos


mostram e advertem, claramente, para este tipo de enganos DENTRO da igreja:

“Temos muito mais a temer de dentro do que de fora. Os obstáculos à


força e ao êxito são muito maiores da parte da própria igreja do que do
mundo. Os incrédulos têm direito de esperar que os que professam observar os
mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus, façam muito mais que qualquer outra
classe para promover e honrar mediante sua vida coerente, seu exemplo piedoso,
sua influência activa, a causa que representam. Mas quantas vezes se têm os
professos defensores da verdade demonstrado o maior entrave ao seu
progresso! A incredulidade com que se contemporiza, as dúvidas expressas,
as sombras acariciadas, animam a presença dos anjos maus, e abrem o
caminho para a execução dos ardis de Satanás.” Mensagens Escolhidas, vol. 1,
pág. 122, (1887).

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“Uma coisa é certa: Os adventistas do sétimo dia que se colocam sob o
estandarte de Satanás abandonarão primeiro sua fé nas advertências e
repreensões contidas nos Testemunhos do Espírito de Deus.” Mensagens
Escolhidas, vol. 3, pág. 84, (1903).

Uma Luz Menor?


O pior de tudo é que essa rejeição passa muitas vezes despercebida, pela
contínua e tendenciosa insistência na expressão “luz menor”, referente a Ellen
White. As suas palavras foram: “Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu
uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior.” Mensagens
Escolhidas, Vol. 3, pág. 30, (1903).

O que é uma “luz menor”? Em que sentido é Ellen White uma “luz menor”, e
porque insistir tanto em catalogá-la como tal, se essa expressão aparece apenas
uma única vez em todos os seus escritos? É verdade que ela aplicou esse título a si
mesma mas ela também afirmou, inúmeras vezes, ser “a mensageira do Senhor”.
Então, porque não considerá-la e aceitá-la, verdadeiramente, como a
mensageira do Senhor? Ou será que algumas pessoas preferem olhá-la como
uma “luz menor2”, simplesmente porque lhes convém, devido a seus maus
propósitos, paixões, apetites pervertidos e pecados acariciados?! Antes de
analisarmos esta citação do Espírito de Profecia, seria interessante considerar algo
mais.

Muito Mais do Que Profetas


Jesus disse de João Baptista: “Mas, então que fostes ver? um profeta? Sim,
vos digo eu, e muito mais do que profeta; Porque é este de quem está escrito: Eis
que diante da tua face envio o meu anjo [mensageiro], que preparará diante de ti
o teu caminho. Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não
apareceu alguém maior do que João o Baptista; mas aquele que é o menor no
reino dos céus é maior do que ele.” Mt.11:9-11.

“Como percursor do Messias, João era “muito mais do que profeta”.


Enquanto os profetas tinham visto de longe o advento de Cristo, João pôde
contemplá-l’O, ouvir do Céu o Testemunho da Sua messianidade e apresentá-l’O a
Israel como o Enviado de Deus. Todavia, Jesus disse: “Aquele que é o menor no
reino dos Céus é maior do que ele”. O profeta João foi o elo que ligou as duas eras.
Como representante de Deus, apresentou-se para mostrar a relação da lei e dos
profetas para com o Evangelho. Era a luz menor, que havia de ser seguida por
outra maior. A mente de João era iluminada pelo Espírito Santo, para projectar luz
sobre o seu povo; mas nunca nenhuma outra luz brilhou nem nunca brilhará tão
claramente sobre os homens caídos, como a que emanou dos ensinos e exemplo de
Jesus. (…) [João] não teve o privilégio de estar com Cristo, e testemunhar a
manifestação do poder divino que acompanhava a luz maior.” O Desejado de Todas
as Nações, pág. 174, 175.

É dito de João Batista ser “muito mais que um profeta”, “o meu anjo
[mensageiro]”, “o qual preparará o teu caminho diante de ti”, “Era a luz menor, que

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havia de ser seguida por outra maior”. Além do mais subentende-se claramente
que não houve maior profeta que João. (Mt. 11:11). Desta forma, podemos concluir
que todos os profetas anteriores a ele, canónicos ou não, foram luzes menores, os
quais também apontaram para Cristo.

É bastante interessante compararmos estas descrições de João Baptista com


aquilo que Ellen White diz de si mesma, nas seguintes citações: “Durante o
discurso eu disse que não reclamava ser profetisa. Alguns ficaram surpreendidos
ante esta declaração, e como tanto se está falando sobre isto, darei uma explicação.
Outros me têm chamado profetisa, eu, porém, nunca me atribuí esse título. Não
tenho sentido que fosse meu dever designar-me assim. Os que se arrogam
ousadamente serem profetas nesses nossos dias são muitas vezes uma ofensa à
causa de Cristo. Minha obra inclui muito mais do que esse nome significa.
Considero-me uma mensageira a quem o Senhor confiou mensagens para Seu
povo.” Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 35, 36, (1905).

“Alguns tropeçaram no fato de haver eu dito que não reivindico ser


profetisa; e têm perguntado: Por que é isto?
Não tenho tido reivindicações a fazer, apenas que estou instruída de que
sou a Mensageira do Senhor, de que Ele me chamou em minha mocidade para
ser Sua mensageira, para receber-Lhe a Palavra, e dar clara e decidida mensagem
em nome do Senhor Jesus.
Cedo, em minha juventude, foi-me perguntado várias vezes: Sois uma
profetisa? Tenho respondido sempre: Sou a mensageira do Senhor. Sei que muitos
me têm chamado profetisa, porém eu não tenho feito nenhuma reclamação desse
título. Meu Salvador declarou-me ser eu Sua mensageira. "Teu trabalho",
instruiu-me Ele, "é levar Minha palavra. Coisas estranhas surgirão, e em tua
mocidade te separei para levar a mensagem aos errantes, levar a Palavra ante os
incrédulos, e pela pena e pela voz reprovar pela Palavra acções que não são
direitas. Exorta pela Palavra. Expor-te-ei Minha Palavra. Ela não será como língua
estranha. Na verdadeira eloqüência da simplicidade, pela voz e pela pena, as
mensagens que dou serão ouvidas, vindas de uma pessoa que nunca aprendeu nas
escolas. Meu Espírito e Meu poder serão contigo.
Por que não tenho eu reivindicado ser profetisa? - Porque nestes dias
muitos que ousadamente pretendem ser profetas são um opróbrio à causa de
Cristo; e porque meu trabalho inclui muito mais do que a palavra "profeta"
significa.” Mensagens Escolhidas, Vol. I pág. 31, 32.

“Reivindicar ser profetisa, é uma coisa que nunca fiz. Se outros me chamam
assim, não discuto com eles. Mas minha obra tem abrangido tantos ramos que
não me posso chamar outra coisa senão mensageira, enviada a apresentar
uma mensagem do Senhor a Seu povo, e a empreender trabalho em qualquer
sentido que Ele me indique.” Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 34.

Mensageiros do Senhor em Tempos de Apostasia


É pertinente notarmos as semelhanças que existem entre João Baptista e
Ellen White. Depois de um longo período pós-exílio de cerca de 4 séculos sem
haver nenhum profeta, tendo sido o último Malaquias, surge então João Baptista, “a
voz do que clama no deserto”, o Elias que havia de vir, (Ml 4:5). Também Ellen

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White, após “o profeta de Patmos”, depois de um longo período de cerca de 17
séculos sem haver manifestação do dom de profecia, é chamada para ser a
“mensageira do Senhor”, no espírito e poder de Elias, (Luc. 1:17).

Tanto João Baptista como Ellen White eram muito mais do que
profetas; eles foram mensageiros do Senhor. Ambos surgem numa época de
grandes trevas espirituais.

João foi o precursor do Messias, o último profeta antes da primeira vinda de


Jesus, numa época em que o professo povo de Deus estava em completa apostasia.
Desde a terrível “máfia”dos saduceus, os quais exploravam o povo como “cães
gulosos”, o ultra-legalismo e hipocrisia dos fariseus, à corrupção geral entre o
povo, o panorama era o de uma nação completamente possuída por Satanás.

Ellen White surge como mensageira do Senhor no chamado tempo do fim,


logo após o desapontamento de 1844. As igrejas protestantes tinham rejeitado a
primeira e a segunda mensagens angélicas e, logo depois do desapontamento,
milhares abandonaram sua fé, não só na vinda de Cristo, mas alguns também em
Deus. Neste período surgiram as mais terríveis e falsas teorias como, por exemplo,
a teoria da evolução, de Charles Darwin e o Espiritismo Moderno, pelas irmãs Fox.

Missão: Preparar o Seu Povo Para a Sua Vinda


Como João Baptista, Ellen White teve um ministério dedicado a preparar o
povo de Deus para a vinda de Jesus Cristo – desta vez a segunda vinda. Depois de
1844, o seu ministério foi de vital importância para a consolidação do povo de
Deus – vindo dentre as diversas igrejas protestantes – na verdade e para o
surgimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia. João foi considerado por Jesus o
maior profeta, apesar de ter sido um profeta não canónico, isto é, não
escreveu nenhum livro bíblico.

Ellen White, apesar de ser uma mulher de fraca saúde, desenvolveu seu
ministério ao longo de cerca de setenta anos, tendo escrito cerca de 100 mil
páginas. Nenhum profeta, canónico ou não, teve o privilégio de escrever tantas
páginas. Nenhum profeta teve a oportunidade de viajar e pregar em tantos lugares
distintos. Além do mais, a irmã White teve o privilégio de ver cumpridas as mais
importantes profecias da Bíblia e algumas delas, mesmo em seus dias. Nunca o
povo de Deus teve o privilégio de compreender tão claramente a Sua
vontade, como por meio dos testemunhos de Ellen White.

“Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de Seus profetas e
apóstolos. Nestes dias, Ele lhes fala por meio dos Testemunhos do Seu Espírito.
Não houve ainda um tempo em que mais seriamente falasse ao Seu povo a respeito
de Sua vontade e da conduta que este deve ter.” Testemunhos Selectos, vol. 2, pág.
276, (1876).

Finalmente, tanto João Baptista que “era a luz menor, que havia de ser
seguida por outra maior”, como também Ellen White, pois o “ Senhor deu uma luz
menor para guiar homens e mulheres à luz maior”, tiveram o privilégio de serem
luzes menores, para guiarem o povo à luz maior. Que, da mesma forma, cada

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um de nós busque ser uma luz menor para guiar o povo à luz maior, pois o
mesmo Jesus disse: “Vós sois a luz do mundo” Mt. 5:14. Quem é a luz maior?

A Luz Maior
“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo;
quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” Jo. 8:12.

“Nunca nenhuma outra luz brilhou nem nunca brilhará tão claramente
sobre os homens caídos, como a que emanou dos ensinos e exemplo de Jesus.
(…) [João] não teve o privilégio de estar com Cristo, e testemunhar a manifestação
do poder divino que acompanhava a luz maior.” O Desejado de Todas as Nações,
pág. 175.

Jesus Cristo é, na verdade, a luz maior. E se nós estivermos ligados a


Ele, como luzes menores reflectiremos a Sua luz, a glória do Seu carácter e da
Sua justiça. Mas a luz maior é também a Bíblia, a Sua Palavra dada em
testemunho aos profetas, onde estão registados os seus “ensinos e exemplo”:
“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” Sl. 119:105

Ellen White foi de facto uma luz menor, como também o foi João
Baptista, em relação a Jesus e à Sua Palavra, a Bíblia. Na Bíblia temos um
conjunto de cerca de quarenta luzes menores, que formam uma grande luz,
apontando para Cristo. Não é Daniel ou Ezequiel, ou mesmo Moisés que são a luz
maior! A luz maior é, verdadeiramente, a revelação do carácter de amor e
justiça de Deus dada em partes, isto é, ao longo de cerca de 1600 anos, a
diferentes pessoas. Essa luz teve o seu brilho máximo em Jesus.

“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e
mais até ser dia perfeito.” Pv. 4:18

“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos


pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”. Hb. 1:1

Bíblia – a Nossa Regra de Fé


O conjunto de verdades apresentadas pelos escritores bíblicos são
suficientes como regra de fé e autoridade doutrinária para todo aquele que
quiser fazer a vontade de Deus e conhecer o Seu amor, bem como o plano da
salvação. Pelas verdades reveladas e estabelecidas por estes escritores, devem ser
provados todos os demais escritos, pensamentos, ideias e espíritos. Temos assim a
revelação de Deus adequada para todos os tempos.

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar,


para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus
seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” 2 Tim. 3: 16,17.

“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas
os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” 2 Pe. 1:21

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Guiados Pelo Espírito
“Todavia, o fato de que Deus revelou Sua vontade aos homens por meio
de Sua Palavra, não tornou desnecessária a contínua presença e direção do
Espírito Santo. Ao contrário, o Espírito foi prometido por nosso Salvador
para aclarar a Palavra a Seus servos, para iluminar e aplicar os seus ensinos.
E visto ter sido o Espírito de Deus que inspirou a Escritura Sagrada, é impossível
que o ensino do Espírito seja contrário ao da Palavra.
O Espírito não foi dado – nem nunca o poderia ser – a fim de sobrepor-Se à
Escritura; pois esta explicitamente declara ser ela mesma a norma pela qual todo o
ensino e experiência devem ser aferidos. Diz o apóstolo S. João: “Não creiais a todo
o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas
se têm levantado no mundo.” I S. João 4:1. E Isaías declara: “À Lei e ao Testemunho!
Se eles não falarem segundo esta palavra, não haverá manhã para eles.” Is. 8:20.” O
Grande Conflito, pág. 9, (Introdução).

Porque Precisamos dos Testemunhos


Ellen White nunca pretendeu substituir as Escrituras, nem que seus escritos
fossem agregados à Bíblia ou que estivessem acima dela. Nem tão pouco pretendeu
trazer nova luz: “Não estais familiarizados com as Escrituras. Se tivésseis feito da
Palavra de Deus o objecto de vossos estudos, com o propósito de atingir o padrão
bíblico e a perfeição cristã, não necessitaríeis os Testemunhos. É porque
negligenciastes familiarizar-vos com o Livro inspirado de Deus, que Ele
procurou chegar até vós por meio de Testemunhos simples e directos,
chamando a vossa atenção para as palavras da inspiração às quais
negligenciastes obedecer, e insistindo convosco para modelardes vossa vida de
acordo com Seus ensinamentos puros e elevados.” Testemunhos Selectos, vol. 2,
pág. 280, (1889).

“Os Testemunhos escritos não se destinam a comunicar nova luz. (…) Não se
trata de apresentar outras verdades; mas, pelos Testemunhos, Deus simplificou
importantes verdades já reveladas, pondo-as diante de Seu povo pelo meio que
Ele próprio escolheu, a fim de despertar e impressionar com elas o seu espírito,
para que todos fiquem sem escusa.” idem, pág. 280, 281, (1889).

No entanto, não podemos esquecer que, falando Ellen White como


mensageira do Senhor, devemos considerar também os seus escritos como
Palavra de Deus neste tempo, e de uma forma particular, para o professo
povo de Deus. São um suplemento escrito, para um povo que não tendo
compreendido determinadas coisas, por falta de estudo da Bíblia, continua a não
querer compreender, simplesmente porque não lhes convém. Na realidade, são
eles também, um reflexo da grande misericórdia de Deus, para que não lhe reste
desculpa nenhuma!

A Mesma Autoridade… Comprovada!


Podemos perguntar: o que significa a palavra autoridade? No dicionário
Priberam da Língua Portuguesa obtemos quatro significados diferentes: 1) Direito
legalmente estabelecido de se fazer obedecer; 2) A pessoa que tem esse direito; 3)
Valor pessoal, importância; 4) Autorização.

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O que foi para os profetas – canónicos ou não – e neste caso para a própria
Ellen White, a autoridade do Espírito Santo? Foi, em primeiro lugar, ter o direito de
se pronunciarem em nome de Deus, ao serem inspirados pelo Espírito Santo; de se
fazerem obedecer por possuírem esse direito e, em segundo lugar, uma clara
autorização que os colocou numa posição priveligiada de “satélites” da mensagem
de Deus para o Seu povo. Obviamente que todos tiveram uma missão diferente,
mas a autoridade para a cumprirem e desempenharem foi e ainda é a mesma.

Na introdução das Lições da Escola Sabatina do 1º trimestre de 2009 pode


ler-se o seguinte: “Se proclamamos que a Bíblia é a nossa autoridade máxima, a
última palavra, que autoridade tem (se deve ter alguma) o Espírito de Profecia?
Como é que devem ser interpretados estes escritos?” Lições da Escola Sabatina
(Monitor) – 1º trimestre de 2009, pág. 4.

O Senhor responde: “O Espírito Santo é o autor das Escrituras e do


Espírito de Profecia. Estes não devem ser torcidos e levados a indicar o que o
homem quer que indiquem, para cumprir as ideias e os sentimentos dos homens,
para levar avante os seus desígnios sob todos os riscos.” Mensagens Escolhidas, Vol.
3, pág. 30, (1900). Se o Espírito Santo é também o autor do Espírito de
Profecia, então de quem é a autoridade? D’Ele, obviamente. Logo, deve ou não
o Espírito de Profecia ter alguma autoridade? Claro que sim! Exactamente a
mesma da Bíblia. E, já agora, os escritos da irmã White não precisam de ser
interpretados, mas sim de ser estudados!

Como lemos ainda há pouco, “visto ter sido o Espírito de Deus que inspirou
a Escritura Sagrada, é impossível que o ensino do Espírito seja contrário ao da
Palavra” e é também impossível que seja inferior ou menos importante que a
Palavra! O mesmo Espírito que inspirou “os homens santos de Deus” a escrever, é o
mesmo que nos ensina, é o Autor e também o Professor. Uma vez provados os
escritos ou mensagens de qualquer profeta não canónico, segundo a Palavra
de Deus, estes passam a estar em pé de igualdade com a mesma Palavra. A
sua função, diferente da Palavra de Deus é de “aclarar a Palavra (…)para
iluminar e aplicar os seus ensinos.”

Mais à frente, no mesmo trimensário, lemos: “De que modo devemos nós
pôr à prova os escritos de Ellen White?” Idem, Pág. 80 (auxiliar do monitor). É um
erro grave, de muitos, que depois de Ellen White ter sido provada segundo as
normas e princípios da Palavra de Deus, isto é, o conjunto de livros que formam a
Bíblia, se continue a duvidar da Palavra de Deus dada por Ellen White de uma
forma específica para a Igreja Adventista, e querendo continuar a pôr à prova
aquilo que já foi provado.

No referido trimensário, pode ler-se ainda: “A autoridade de Ellen White


pode ser comparada à autoridade dos profetas extra-canónicos. As mensagens que
ela recebeu para a igreja não são acréscimo ao cânone. Os seus escritos não são
outra Bíblia, nem têm o mesmo tipo de autoridade que se encontra na Bíblia. Em
última instância, a Bíblia e só a Bíblia constitui a nossa autoridade suprema.”
“Embora acreditemos que a sua inspiração, não a sua autoridade, está ao mesmo

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nível da dos profetas do Velho e do Novo Testamentos, … os princípios de
interpretação da Bíblia podem ser aplicados quando se interpretam os escritos de
Ellen White, ainda que a autoridade da Bíblia esteja acima da autoridade do
Espírito de Profecia.” Idem, pág. 104, (lição 8, quinta-feira), e pág. 138 (lição 11,
sábado à tarde).

Estas afirmações não têm base bíblica! Até porque é uma incoerência
dizer que a autoridade da Bíblia está acima da do Espírito de Profecia,
quando a própria Bíblia também é, em si mesma, resultado do Espírito de
Profecia – manifestado nos seus 40 escritores. Lembrem-se que o autor é o
mesmo – o Espírito Santo.

Ellen White, João Batista e muitos outros casos de profetas não


canónicos, foram mensageiros de Deus, e a mensagem que eles apresentaram,
vinda de Deus, foi uma mensagem especial, adequada a determinadas
circunstâncias, uma verdade presente exclusiva para uma determinada época, mas
cada um deles foi inspirado e também autorizado pelo Espírito Santo, tendo
assim, a mesma inspiração e autoridade que as Escrituras.

É óbvio que cada um destes profetas, ao surgirem, foi provado pelos escritos
bíblicos já existentes. E neste ponto temos que compreender que, tantos escritores
canónicos como não canónicos, todos foram provados pelas normas e princípios de
Deus, revelados nas Escrituras existentes no seu tempo. Por exemplo, o livro de
Daniel, incluído no cânone sagrado, e o livro de Tobias que foi rejeitado por não ser
inspirado e autorizado por Deus para fazer parte dos escritos sagrados, foram
provados segundo os livros aceites, até então, como inspirados e autorizados por
Deus e conforme os Seus princípios e verdades aí revelados.

Incoerência ainda maior, da parte dos diversos dirigentes, sejam da união,


da publicadora, da divisão ou da conferência geral, é que, nos trimensários, esteja
escrito uma coisa, e no livro “A Mensageira do Senhor”, esteja escrito outra. Este
último livro explica claramente, e de uma forma coerente, que não só a
inspiração mas também a autoridade de Ellen White, é a mesma que a da
Palavra de Deus, pois é o mesmo Deus que fala. Aconselho-vos a estudarem os
capítulos 16, 35 e 36 desse livro.

A obra e o propósito com que cada um dos profetas é chamado pode ser
diferente No entanto, a Palavra de Deus é uma só, como o Espírito Santo é um
só, portanto é pecado, falarmos de diferentes autoridades, quando Aquele
que inspira e autoriza é o mesmo. “Porque eu, o Senhor, não mudo” Ml. 3:6;
“Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.” Hb. 13:8.

Para Que Não Restem Dúvidas


Para que não reste nenhuma dúvida, vamos comprovar pela Palavra de
Deus e o Espírito de Profecia que também os profetas não canónicos são
verdadeiramente inspirados por Deus, tendo portanto a Sua autoridade.

De JOÃO BATISTA – profeta não canónico – foi dito: “Porque será grande
diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito

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Santo, já desde o ventre de sua mãe.”; “E irá adiante dele no espírito e virtude de
Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos
justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.” Lu. 1: 15, 17

“A mente de João era iluminada pelo Espírito Santo, para projectar luz sobre
o seu povo.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 175.

ELLEN WHITE afirmou: “Tenho escrito muitos livros, e tem-lhes sido dada
ampla circulação. De mim mesma eu não poderia haver salientado a verdade
contida nesses livros, mas o Senhor tem-me dado o auxílio de Seu Santo Espírito.
Esses livros, transmitindo as instruções a mim dadas pelo Senhor durante os
sessenta anos passados, contêm esclarecimentos do Céu, e resistirão à prova da
investigação.” Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 35, (1906).

“O Espírito Santo é o autor das Escrituras e do Espírito de Profecia.


Estes não devem ser torcidos e levados a indicar o que o homem quer que
indiquem, para cumprir as ideias e os sentimentos dos homens, para levar avante
os seus desígnios sob todos os riscos.” Mensagens Escolhidas, Vol. 3, pág. 30,
(1900).

“Ou Deus está ensinando a Sua igreja, reprovando os seus erros e


fortalecendo a sua fé, ou não está. Esta obra é de Deus ou não o é. Deus nada faz de
parceria com Satanás. Minha obra… ou traz o cunho de Deus ou o cunho do
maligno. Não há meio-termo neste caso. Ou os Testemunhos procedem do
Espírito de Deus ou do diabo.” Testemunhos Selectos, vol. 2, pág. 286, (1862).

O que é dito sobre a Palavra de Deus, (em 2 Tim. 3: 16,17 e em 2 Pe.


1:21), é dito também de João Baptista e Ellen White, isto é, eles possuíam a
mesma inspiração e autoridade, as quais lhes foram concedidas pelo Espírito
Santo.

Para Tal Tempo Como Este


Não nos podemos esquecer que cada profeta é chamado com um propósito
e funções diferentes. Alguns apenas profetizaram, outros, além de profetizarem
foram mensageiros, isto é, transmitiram, e em alguns casos escreveram,
mensagens específicas para a sua época. Outros ainda, cujas profecias e mensagens
importava ficarem registadas para todas as épocas e povos, escreveram livros, os
quais, pela direcção do Espírito Santo sobre homens escolhidos, foram incluídos no
cânone sagrado.

No entanto, o Espírito que concedeu o dom de profecia a Enoque, a Samuel,


a Natã, a Elias, a David, a Hulda, a Daniel, a João Batista, e a Ellen White era o
mesmo. “E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo
em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.
Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria… e a outro a profecia…
Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo
particularmente a cada um como quer.” 1 Cor 12:6-11. Desta forma é
completamente descabido dizer que a autoridade entre estes homens e
mulheres fossem dadas em níveis diferentes.

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“É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua
casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse
ao porteiro que vigiasse.” Mc. 13:34.

Este homem que se ausenta de casa, e do seu próprio país, simboliza Cristo,
o qual, dá “autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra”. Embora o contexto
aqui se refira à segunda vinda de Cristo, podemos fazer aqui uma comparação com
o tema que estamos a tratar. Os servos de Cristo recebem todos a mesma
autoridade, mas cada um tem uma obra ou responsabilidade diferente. Nem
todos são profetas ou escritores bíblicos, mas todos receberam a mesma
autoridade – porque a receberam da mesma pessoa – para efectuarem a obra
que lhes foi confiada, conforme o Espírito Santo os capacitou.

Em Actos 11: 27, 30 fala-nos do profeta Ágabo, que profetizou que haveria
“uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Claúdio César”.
Lucas 21:11 diz-nos que “haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e
pestilências”. O primeiro caso trata-se de uma profecia dada por um profeta não
canónico, que tinha uma aplicação a um futuro próximo, a qual se cumpriu algum
tempo depois.

O segundo caso trata-se, não de um profeta mas sim de um escritor


canónico, o qual, por inspiração de Deus escreveu, havendo-se previamente
“informado minuciosamente de tudo desde o princípio”. Luc. 1:3. Qual deles teve
maior inspiração e autoridade: o profeta Ágabo ou Lucas, que não era profeta?!
Ágabo recebeu inspiração e autoridade para profetizar, enquanto Lucas para
investigar e escrever. Ambos possuíam a mesma inspiração e autoridade, mas para
desempenharem funções diferentes!

Rejeitando o Senhor dos Profetas


Quando em determinado momento os fariseus se aproximaram de Jesus
para lhe perguntar: “Com que autoridade fazes isto? E quem te deu tal
autoridade?” (Mt. 21: 23), Jesus de uma forma sábia contornou esta pergunta,
demonstrando que assim como João Batista, tendo a autoridade de Deus para ser
um profeta, foi rejeitado, também Ele, o próprio Filho de Deus, tendo a mesma
autoridade, estava a ser rejeitado.

O problema de muitos, que procuram pela astúcia maligna de seus corações


diminuir Ellen White, a mensageira do Senhor, era o mesmo problema dos fariseus,
que diminuindo João Baptista, o precursor do Messias, não só o rejeitaram a ele,
mas também ao próprio Messias. E o problema é o seguinte: “os homens
amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque
todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas
obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a
fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo.
3:19-21.

Os fariseus, tendo rejeitado João Baptista – assim como todos aqueles que
hoje rejeitam Ellen White – foram assim responsabilizados pelo sangue de todos os
profetas anteriores, (o próprio Jesus o disse em Mat. 23:29-36), e acabaram por

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rejeitar Alguém que, não só como homem, tinha a autoridade de Deus, mas ainda
mais a possuía como Criador, podendo também autorizar. Desta forma, tanto João
como os demais profetas, canónicos ou não, todos têm a mesma autoridade.
Portanto, aqueles que procuram rejeitar os escritos da serva do Senhor
rejeitam o próprio Senhor, que por meio dela falou! “E disse o Senhor a
Samuel: … não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado”. I Sm. 8:7.

As Dúvidas Saem Caras


Queridos irmãos, as dúvidas expressas pelo povo hebreu, no deserto, em
relação a Moisés, custaram a vida de milhares de pessoas. As dúvidas expressas
pelos dez espias que espiaram a terra de Canaã com Josué e Calebe, e na
murmuração contra Moisés (Núm. 13 e 14), custou-lhes perder o direito de
entrar em Canaã e aos seus filhos, 40 anos a vaguear no deserto.

Nomeadamente o caso da rebelião de Coré, Datã e Abirão (Num. 16), custou


a vida de várias centenas de mortos. A rejeição da Palavra de Deus dada por
Jeremias ao povo, custou a deportação para Babilónia. A rejeição de João Baptista
por parte dos fariseus, custou-lhes o endurecimento do coração e a rejeição das
Escrituras. Isto resultou na rejeição do próprio Filho de Deus e, em consequência, o
povo Judeu também foi rejeitado como povo exclusivo de Deus. Finalmente,
Jerusalém foi destruída e houve milhares de mortos, e foi o fim da história
deste povo, que teve tantos privilégios, como nação escolhida de Deus.

Desde que Ellen White teve a sua primeira visão em 1844, até à data da sua
morte, não obstante ter sido provada pela Palavra escrita de Deus, muita foi a
oposição que enfrentou entre o professo povo de Deus. Não obstante falar em
nome de Deus, murmuraram contra ela, como fez o povo de Israel, no passado,
contra Moisés.

Ele havia transmitido ao povo que o alimento que Deus providenciara para
eles era o maná, mas eles preferiam carne. (Êx. 16:4; Nm. 11:4, 6). A serva do
Senhor transmitiu a mensagem da reforma da saúde, mas passados mais de
cem anos, o povo de Deus continua a achar que a carne é melhor, e a
desprezar os demais conselhos sobre a saúde.

A Palavra de Deus dada à igreja, por meio de Ellen White, foi desprezada
duma maneira especial, na rejeição da mensagem da justificação pela fé, que foi
defendida por Jones e Waggoner, na assembleia de Mineápolis, em 1888, (Para
saber mais sobre este importante tema, aconselhamos a leitura do livro “Cristo,
Nossa Justiça”, de Arthur G. Danniels, testemunha ocular da referida assembleia).
Tal como Jones e Waggoner, haviam Josué e Calebe defendido o mandato do
Senhor e acreditado na vitória sobre os gigantes, tendo a sua mensagem sido
rejeitada, pelos seus dez companheiros, e também pelo povo.

Exilada para a Austrália

Por terem rejeitado a mensagem da justificação pela fé, os dirigentes


da igreja de então afastaram do cenário a própria Ellen White , “deportando-

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a” para a Austrália, pois tinha-se tornado para eles numa espécie de “dor de
cabeça”.

"O Senhor não estava dirigindo nossa saída da América. Ele não revelou que
era Sua vontade que eu deixasse Battle Creek. O Senhor não planejou isso, mas
permitiu que agissem segundo vossa própria imaginação. O Senhor desejava que
W. C. White, sua mãe e seus obreirospermanecessem na América.

Nós éramos necessários no centro da Obra, e tivesse vossa percepção


espiritual discernido a verdadeira situação, nunca teríeis consentido com as
medidas tomadas. Mas o Senhor lê os corações de todos. Havia tanta disposição
para que partíssemos que o Senhor permitiu que esse evento tivesse lugar. Aqueles
que estavam cansados com os testemunhos dados foram deixados sem as pessoas
que os transmitiam. Nossa separação de Battle Creek foi para deixar os homens
cumprirem sua própria vontade e maneira, que julgavam superior à maneira do
Senhor.

O resultado está perante vós. Tivessem permanecido do lado certo, tal


decisão não teria sido tomada neste tempo. O Senhor teria trabalhado pela
Austrália por outros meios, e uma forte influência teria sido mantida em Battle
Creek, o grande coração da Obra.

Lá teríamos permanecido ombro a ombro, criando uma atmosfera saudável


a ser sentida em todas as nossas associações. Não foi o Senhor quem planejou essa
questão. Não pude obter um raio de luz quanto a deixar a América. Mas quando o
Senhor apresentou-me essa questão tal como realmente era, não abri os lábios
para ninguém porque eu sabia que ninguém discerniria a questão em todas as suas
implicações. Quando partimos, alívio foi sentido por muitos, mas não tanto por ti
mesmo, e o Senhor não Se agradou disso, pois Ele havia nos colocado junto às
rodas do maquinismo de Battle Creek.

Oh, quão terrível é tratar o Senhor com dissimulação e negligência, zombar


de Seu conselho com orgulho devido à sabedoria do homem parecer tão superior."
(Carta 127,a O. A. Olsen, Presidente da Associação Geral, (1896); em 1888
Materials, pág. 1622-1623).

A essência da justificação pela fé continua a ser rejeitada pela maioria


do povo de Deus, pelo seu modo de viver. Continuamos “no deserto”… Não
obstante, e infelizmente, o professo povo de Deus continua a murmurar
contra a serva do Senhor.

“A indisposição de ceder a opiniões preconcebidas, e de aceitar esta verdade


[a justificação pela fé], estava à base de grande parte da oposição manifestada em
Mineápolis contra a mensagem do Senhor através dos irmãos Waggoner e Jones.
Excitando aquela oposição, Satanás teve êxito em afastar do povo, em grande
medida, o poder especial do Espírito Santo que Deus anelava comunicar-lhes.
O inimigo impediu-os de obter a eficiência que poderiam ter tido em levar a
verdade ao mundo, como os apóstolos a proclamaram depois do dia de
Pentecostes. Sofreu resistência a luz que deve iluminar toda a Terra com a sua

13
glória [Ap. 18:1], e pela acção de nossos próprios irmãos tem sido, em grande
medida, conservada afastada do mundo.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 234,
235.

Ellen White e os que viveram em seus dias, poderiam ter visto Jesus Cristo
voltar nas nuvens do céu, poderiam ter entrado na Canaã celestial. “Houvesse a
igreja de Cristo feito a obra que lhe era designada, como Ele ordenou, o
mundo inteiro haveria sido antes advertido, e o Senhor Jesus teria vindo à
Terra em poder e grande glória.” Eventos Finais, pág. 34.

Quantos “Corés”, “Datãs” e “Abirões” se têm levantado contra Ellen White!


Hoje em dia essa revolta dá-se de uma forma mais camuflada. Fala-se muito
de Ellen White, mas nunca o povo de Deus esteve tão distante da luz revelada
através dela.

"Voltastes as costas, não a face, ao Senhor... O Espírito de Deus está partindo


de muitos dentre o Seu povo. Muitos avançam por veredas escuras e secretas, e
alguns desses nunca regressarão... Eles não só recusaram aceitar a mensagem, mas
odiaram a luz... Estão votando ao desprezo o Seu Espírito Santo." Testemunhos para
Ministros, págs. 89-91; (1895).

“Os preconceitos e opiniões que prevaleciam em Mineápolis de modo algum


estão mortos; as sementes ali semeadas em alguns corações estão prestes a saltar
para a vida e a dar idêntica colheita. A copa foi cortada, mas as raízes nunca foram
desarraigadas”. Idem, pág. 467.

Existem muitos livros de Ellen White, centros de pesquisa “White”,


Meditações de Ellen White e agora até existem os comentários de Ellen White aos
temas das lições da escola sabatina. Mas o que é estranho, mais uma vez, é que nem
por isso o povo anda mais conforme a luz que ela deu. Isto lembra-me o que se
passou no tempo de Jesus.

Os fariseus caiavam os sepulcros dos profetas, e lamentavam que os


seus pais os tivessem morto e diziam que se tivessem vivido no seu tempo,
nunca o teriam feito (Mt. 23:29-31). Mas as suas vidas denunciavam a
hipocrisia dessas palavras, pois a sua atitude de rejeição de Cristo não
demonstrava melhor aceitação dos profetas que os seus pais.

Aquilo que Satanás não conseguiu fazer antigamente, ao tentar privar


da Bíblia o povo, alcançou agora, ao fazer com que as pessoas estivessem tão
ocupadas que não tivessem tempo para estudá-la, ou através da
incredulidade e de falsas interpretações dos textos bíblicos.

“Satanás não pôde, como nos séculos anteriores, privar o povo da Palavra de
Deus; esta foi posta ao alcance de todos; com o intuito, porém, de ainda cumprir o
seu objectivo, levou muitos a tê-la em pouca conta. Os homens negligenciavam
pesquisar as Escrituras, e assim continuaram a aceitar falsas interpretações e
acalentar doutrinas que não tinham fundamento na Bíblia.” O Grande Conflito, pág.
296.

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De facto, nunca houve tantas Bíblias como nos nossos dias, no entanto,
nunca as pessoas estiveram tão afastadas de Deus. O mesmo se está a passar com
os livros da irmã White. Pois estando estes, mais do que nunca, ao alcance do
povo, permanecem empoeirados nas casas publicadoras e na casa dos
membros, enquanto o testemunho das suas vidas nega os seus ensinos.
Podem até ir à igreja cada semana, “tendo aparência de piedade, mas negando a
eficácia dela.” 2 Tm. 3:5.

É triste que nas lições da escola sabatina predominem os comentários


dos homens, em detrimento dos comentários da serva do Senhor, que são
colocados num livrinho à parte. Deveria ser ao contrário! Essas lições
deveriam estar baseadas num “assim diz o Senhor” e não num “assim dizem
os homens”.

Quem Tem Preparado o Caminho


Mas isto não é senão a operação do erro, cuja diligência adestrou homens
para enganar. “O inimigo tem envidado seus magistrais esforços para abalar a fé de
nosso próprio povo nos Testemunhos. (...) Isto é exactamente como Satanás
tencionava que fosse, e os que têm preparado o caminho para o povo não dar
atenção às advertências e repreensões dos Testemunhos do Espírito de Deus
verão surgir uma torrente de erros de toda a espécie”. Mensagens Escolhidas, vol. 3,
pág. 83, (1890). Quem são esses “que têm preparado o caminho para o povo não
dar atenção às advertências e repreensões dos Testemunhos do Espírito de Deus”?

Esses homens pertencem a duas classes diferentes: a dos jesuítas, que


se vestem com “pele” de adventistas, ou a dos incrédulos. São agentes de
Satanás, fazendo-se passar por irmãos, sendo lobos devoradores (Mt. 7:15; At.
20:28-31). “Diz o grande enganador: (…) devem nossos esforços contra os
observadores dos mandamentos ser incansáveis. Devemos estar presentes em
todos os seus ajuntamentos. Terei no terreno, como meus agentes, homens que
mantenham falsas doutrinas misturadas com justamente suficiente verdade
para enganar almas. Também terei presentes pessoas incrédulas, que
expressarão dúvidas quanto às mensagens de advertência do Senhor à Sua
igreja.

Lesse o povo e cresse essas admoestações, e pouca esperança poderia ter de


vencê-los. Mas se pudermos desviar-lhes a atenção dessas advertências,
permanecerão ignorando nosso poder e sagacidade, e finalmente os ganharemos
para as nossas fileiras.” Testemunhos para Ministros, pág. 472, 474, 475.

Estes homens enganadores apresentam uma tese, neste caso, a crença na


irmã White como mensageira do Senhor; depois apresentam a antítese, ou seja,
que ela não tem a mesma autoridade que os escritores bíblicos; e qual é a síntese,
isto é o resultado? Descrédito, incredulidade, e menosprezo dos seus escritos,
banalizando-os. Posso citar um caso muito particular do pouco tempo (felizmente!)
que passei na escola de teologia em Collonges. Um professor tratou de apresentar a

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ideia de que o nome Miguel (Jd. 9) não se referia a Jesus. De imediato eu lhe disse
aquilo que a serva do Senhor esclareceu acerca do assunto, isto é, que o arcanjo
Miguel é Jesus:

“Cristo é chamado o Verbo de Deus. João 1:1-3. E é assim chamado porque


Deus Se revelou ao homem, através de todos os tempos, por meio de Cristo. (…)
Foi- lhes revelado como sendo o Anjo de Jeová, o Capitão do exército do
Senhor, o Arcanjo Miguel.” Patriarcas e Profetas, pág. 324, (cap. “A Lei e os
Concertos”).

A sua resposta foi: “Ellen White não é a última palavra.” Mas ele, dizendo-se
doutor em teologia, errou, não conhecendo, ou melhor, não querendo crer nas
Escrituras e no Espírito de Profecia! “Errais, não conhecendo as Escrituras.” Mt.
22:29.

Ellen White é, na verdade, a última palavra. E porquê? Primeiramente


surgiu a Bíblia, a Palavra de Deus, e, por último Ellen White, a mensageira do
Senhor, que vem explicar e aclarar a Palavra de Deus. Aquilo que nos é difícil de
entender, ela veio aclarar, sendo desta forma, de facto, a última palavra em
qualquer questão de interpretação da Palavra de Deus, que pelo Espírito Santo lhe
tenha sido revelada.

Estamos nós dispostos a aceitar verdadeiramente a mensageira do Senhor?


Ou correremos nós o risco de também sermos rejeitados como igreja ou
individualmente? “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as
primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu
castiçal, se não te arrependeres.” Ap. 2:5.

Em Conclusão
Já o disse anteriormente, mas repito mais uma vez. Para se escrever a
Bíblia, foi necessária a autoridade do Espírito Santo. Para se poder explicá-la,
e ampliar as verdades que nela encontramos foi também necessário a
autoridade do Espírito Santo, não uma autoridade inferior! No livro “A
Mensageira do Senhor”, no início do cap. 35 há uma analogia que nos ajuda a
entender o papel de Ellen White. É interessante que no seu tempo, uma outra
mulher, S.M.I. Henry chegou à compreensão de que a sua função como
mensageira do Senhor era semelhante a um telescópio, por meio do qual se
consegue compreender melhor a Bíblia. Ellen White admitiu que ainda ninguém
tinha expressado e compreendido tão claramente o seu papel, e a relação entre a
Bíblia e a sua obra, como essa mulher. Inclusivamente pediu que esse artigo fosse
publicado na Austrália.

Deus chama a cada um para uma missão diferente. Elias, embora não tenha
escrito nenhum livro, chegou a escrever uma carta ao rei Jeorão (2 Cr. 21:12-15),
que foi incluída no cânone sagrado. Para que o autor de Crónicas tenha sido
inspirado e autorizado a transcrever esta carta é porque ela foi, na verdade,
inspirada e autorizada pelo Senhor. No entanto, ele não escreveu nenhum livro –
não porque possuísse inferior inspiração ou autoridade, mas simplesmente porque
essa não era a sua missão. João Baptista foi o maior profeta, mas também não

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escreveu nenhum livro. Paulo escreveu várias cartas, no entanto, uma dessas
cartas (Cl. 4:16), não foi incluída no cânone sagrado – não porque possuísse
inferior inspiração ou autoridade, mas porque o seu conteúdo inspirado e
autorizado era específico para aquele tempo. Paulo ordenou aos Colossenses que
lessem, não só a respectiva epístola, mas também “a dos de Laodicéia”, colocando-
as no mesmo patamar de importância.

De igual forma, Ellen White tem uma mensagem específica para um


determinado tempo, o tempo do fim e mais concretamente para a igreja de
Laodiceia. Ela, é a mensageira do Senhor, para este tempo. Ela possui a
inspiração e autoridade do Senhor, não para nos revelar novas verdades, mas para
ser um “comentário” fidedigno à Palavra de Deus, um “telescópio” ou uns “óculos”
que nos permitam discernir claramente a verdade e a vontade de Deus para o Seu
povo, escrever cartas tal como Elias e Paulo, para repreender o povo de Deus como
Natã fez com Davi, para conduzir o povo de Deus pelo “deserto” como Moisés, e
preparar o povo de Deus para segunda vinda de Jesus como João Baptista no
passado. Em resumo, Ellen White falou em nome de Jeová, não para apresentar
uma nova verdade, mas para defender e exaltar as verdades já reveladas, e
expô-las bem alto diante do povo.

“…o Espírito foi prometido por nosso Salvador para aclarar a Palavra a Seus
servos, para iluminar e aplicar os seus ensinos.” O Grande Conflito, pág. 9,
(Introdução)

“…pelos Testemunhos, Deus simplificou importantes verdades já reveladas.”


Testemunhos Selectos, vol. 2, pág. 280, (1889).

"Teu trabalho", instruiu-me Ele, "é levar Minha palavra. Coisas estranhas
surgirão, e em tua mocidade te separei para levar a mensagem aos errantes, levar a
Palavra ante os incrédulos, e pela pena e pela voz reprovar pela Palavra acções que
não são direitas. Exorta pela Palavra. Expor-te-ei Minha Palavra. Ela não será como
língua estranha.” Mensagens Escolhidas, Vol. I pág. 31, 32.

Por meio de mim, e de todo aquele que estiver disposto a clamar, Deus está
buscando chamar a atenção para a Bíblia e os testemunhos do Espírito Santo dados
a Ellen White, tal e qual Josafá, no meio de um grande conflito no qual também nós,
hoje, estamos envolvidos, clamou no passado:

“Ouvi-me, ó Judá, e vós, moradores de Jerusalém: Crede no Senhor


vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis”. II Cr.
20:20.

Enquanto Jesus, montado num jumentinho, se aproximava de Jerusalém,


chorou amargamente! O Seu amor, cuidado e preocupação demonstrados pelo
povo hebreu durante tantos séculos, tinham sido desprezados. O tempo de graça
para este povo, um povo escolhido, terminaria no pôr-do-sol daquele dia. Tudo
quanto Ele poderia ter feito, o fez. Se tão-somente tivessem dado ouvidos aos
profetas…!!

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Queridos irmãos e irmãs, o pôr-do-sol da graça divina para a Sua igreja está
quase a chegar. Seremos nós selados eternamente para Deus, ou, continuaremos a
rejeitar os apelos de misericórdia divinos, sendo assim rejeitados e ficando
perdidos para sempre?! Está nas nossas mãos o decidirmos, qual o caminho que
seguiremos.

Saulo, não sabia que perseguindo os cristãos, perseguia o próprio Deus,


Jesus Cristo. Sabes tu que “apedrejando” Ellen White, estás apedrejando Jesus? Por
favor, larga essas “pedras”, para que no dia do juízo não incorras na mesma
condenação daqueles que crucificaram e entregaram Jesus Cristo à morte.

Aos Adventistas do Sétimo Dia: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os


profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus
filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!”
Mt. 23:37.

Sérgio Ventura

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