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Do acadiano µmar¶; é o Dragão primordial do caos original, que é derrotado pelo deus Marduk e de cujas
duas metades este forma o céu e a terra.
Originalmente, era a deidade tutelar da cidade da Babilônia; depois da ascensão ao trono do rei
Hamurabi, foi promovido à função tutelar do Império Babilônico. Exercia as características de um deus
do julgamento e de portador da luz, assim como da arte, da sabedoria, da cura e do exorcismo; senhor dos
deuses.
Um monstro do caos no Antigo Testamento, figura dos poderes hostis a Deus. Visualizado como uma
serpente marinha.
a
construção, o ato exemplar dos deuses, graças ao qual o Mundo tomou nascimento do
corpo de um Dragão marinho ou de um Gigante primordial.
A habitação não seria um objeto em si, uma maquina para habitar, ao contrario, é
o Universo que o homem construiu para si imitando a Criação exemplar dos deuses, a
cosmogonia. Mesmo nas sociedades modernas, tão fortemente dessacralizadas, as festas
e os regozijos que acompanham a instalação numa nova morada guardam ainda a
reminiscência da exuberância festiva que marcava, outrora, o
.
Dado que a morada constitui um
, ela se situa simbolicamente no
³Centro do Mundo´. A multiplicidade, até mesmo a infinidades de centros de mundo,
não traz quaisquer dificuldades para o pensamento religioso, uma vez que não se trata
do espaço geográfico, mas de um espaço existencial e sagrado, que apresenta uma
estrutura totalmente diferente e é suscetível de uma infinidade de roturas, e, portanto, de
comunicações com o transcendente.
Em relação ao Templo, nas grandes civilizações orientais, recebeu ele uma nova
e importante valorização, não sendo então somente um
, mas também a
reprodução terrestre de um modelo transcendente. Se o templo é um
, é
porque o mundo, como obra dos deuses, é Sagrado. Neste sentido, é graças ao templo
que o mundo é ressantificado na sua totalidade. Seja qual for seu grau de impureza, o
mundo é continuamente purificado pela santidade dos santuários.
Para o povo de Israel, os modelos do tabernáculo, de todos os utensílios sagrados
e do Templo foram criados por Jeová desde a eternidade, e foi Jeová que os revelou aos
seus eleitos, para que fossem reproduzidos sobre a Terra. Já, a basílica cristã, e mais
tarde a catedral, retoma e prolonga todos esses simbolismos, pois por um lado a igreja é
concebida como imitação da Jerusalém celeste, e isto desde a antiguidade cristã; por
outro lado, reproduz igualmente o Paraíso ou o mundo celeste.
A manifestação do sagrado no espaço tem como conseqüência, uma valencia
cosmológica: toda hiefonia espacial ou toda consagração de um espaço equivalem a
uma cosmogonia, o mundo deixa-se perceber como mundo, como Cosmos, à medida
que se revela como mundo sagrado. E o homem religioso só pode viver num mundo
sagrado porque somente tal mundo participa do ser, existe realmente.
Essa necessidade religiosa exprime uma inextinguível sede ontológica. Essa sede
ontológica manifesta-se por sua vez, de múltiplas maneiras. No caso do espaço sagrado,
é a vontade do homem religioso de situar-se no próprio coração do que lhe é real, no
³Centro do Mundo´: quer dizer, lá onde se está mais próximo dos deuses.
LURKER, Manfred.
. São Paulo: Martins Fontes,
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