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Narrador:
Em 2008, quase toda a Europa estava sob as ordens da França, restando apenas uma
única potência: a Inglaterra. E as outras nações que não haviam sido conquistadas
estavam obedecendo as ordens do Imperador francês, Napoleão Bonaparte. A ilha
britânica era muito bem protegida, devido à poderosa armada inglesa, superior à
francesa e à própria localização, já que o Canal da Mancha evitava invasões terrestres.
Um ano antes, o império francês havia criado um bloqueio continental, que serviria
para sufocar a economia inglesa. Para isso ser possível, seria necessário fechar os
principais portos das nações para os britânicos e aliados deles. A Rússia e quase todo
o resto já tinham se tornado signatários do bloqueio, mas o grande problema era a
posição de Portugal, que relutava em acabar com a forte aliança com a Grã-Bretanha.
Início da Peça:
General Junot: Bom dia, meu General. Mandou me chamar para (...)?
Napoleão: Eu não estou conseguindo montar meu bloqueio continental por causa dos
portugueses. Eles não querem aceitar a minha estratégia porque são aliados dos
ingleses. Eu ordenei que enviem um e-mail para o português. Prepare as tropas para o
caso de uma resposta negativa. Eu sei que a Espanha vai deixar a passagem de suas
tropas.
General Andoche Junot bate continência, pede permissão e sai do gabinete. Napoleão
volta a andar em círculos e coçar o queixo.
João VI está sentado em uma cadeira próxima à sua escrivaninha. Ele estava pensativo
e checava seu e-mail no notebook. De repente, ele recebe uma mensagem que o deixa
intrigado. Ele clica nela e fala.
Ele fica mais nervoso ainda e começa a andar pelo quarto. Após alguns instantes, ele se
retira e retorna com o Ministro Antônio Araújo de Azevedo.
João VI: É por isso que eu gostaria de convocar uma reunião, onde vamos decidir o
que iremos fazer com relação a isso.
Antônio: Sim, Excelentíssimo. Saiba que a reunião será no dia 18 de Agosto. Mas o que
quer Napoleão?
João VI: Ainda não sei. Mas devemos agir com cautela até a descoberta das
intenções francesas. Pode ir.
Narrador: Diversos dias se passaram, mas nenhum deles sem que um pensasse nos
próximos passos do outro.
Inglês 1: Meu senhor, quando zarparás para Portugal? Ouvi falar que vai defender os
interesses do governo, intermediando as negociações com o presidente portuga. A
vitória da guerra não depende apenas da nossa marinha e de nosso dinheiro, mas sim
de muito dinheiro.
Narrador: No dia 18, a reunião convocada pelo Presidente João VI selaria o destino
de toda a nação portuguea.
Cenário: A Câmara
Na câmara estavam muitos homens bem vestidos. Todos eles falando bem alto, mas
ordenadamente.
Político 2: Será que é uma vantagem ganhar um túmulo quando a França invadir?
Antônio de Araújo: Acalmem-se, devemos pensar no que será melhor para o povo, não
o que será melhor para os outros. Eu acho melhor aceitarmos o que a França nos
impõe, mas não aceitar alguma coisa que quebre completamente nosso vínculo com a
Inglaterra. Uma guerra seria desastrosa tanto para a população quanto para o
governo. Levaríamos muito tempo pra construir tudo de novo.
Político 3: Ele está certo. Vamos nos unir ao bloqueio continental e salvar nossas
vidas, digo, o povo.
Rodrigo de Sousa: Isso é loucura! Estaremos rompendo uma relação com nosso aliado
mais forte! É verdade que poderemos levar anos pra reconstruir uma relação tão forte
quanto a que temos com os ingleses. E temos mais a ganhar lutando, pois o nosso
respeito para as outras nações aumentará. E poderemos vencer caso a Inglaterra nos
apóie. Imaginem a glória e o prestígio.
Antônio de Araújo: Ninguém morrerá ou menos morrerão se minha idéia for acatada.
A França nos acatará se nos inclinarmos para o seu lado sem retirar o pé do lado
inglês.
Político 1: Então você está do lado de Napoleão, já que teima em afirmar que devemos
nos unir ao bloqueio continental.
Antônio de Araújo: Eu só sirvo ao governo português e ao povo. Acho que é melhor
ficarmos neutros.
João VI, que não havia dito nada, olha para todos os cantos e fala.
João VI: A opção apresentada pelo ministro Antônio é a mais segura para o nosso
país, porém, é a mais arriscada para as nossas relações diplomáticas com a Inglaterra.
Eu gostaria da opinião dos ministros. Votem.
Uma barulheira começa, e um jovem aparece com poucos papéis nas mãos. Ele
distribuiu os papéis e sentou-se em uma cadeira escondida. Após uns instantes, o
mesmo rapaz volta, pega os papéis e entrega-os para João VI, que após contá-los,
pigarreia.
Antônio: Vossa Excelência, agradeço o apoio de hoje, mas e os outros? O que será que
eles acham disso? O que o senhor acha disso?
João VI: A idéia de Sousa está furada. Lutar seria um desperdício de vidas. Porém, a
idéia da fuga pode até ser útil.
Antônio: Duvido, senhor. Isso só seria um motivo para o ataque das tropas francesas.
Narrador: Após a reunião, um e-mail foi enviado para o governo francês, informando
que Portugal aceitava os termos exceto seqüestrar pessoas ou bens ingleses.
Porém, a posição anormal que a França tomou, evidenciou a necessidade de uma nova
reunião.
A família real jantava numa grande mesa de madeira e o General Lammes conversava
sobre a pesada ordem que João dera noutro dia.
João VI: O meu ministro já enviou um e-mail sobre isso para todos que deveriam
saber. Estamos reunidos para um jantar, não para discutir sobre as posições políticas
de Portugal, caro Lammes.
General Lammes: O grande problema é que meu imperador está ficando impaciente
com a demora da chegada dos e-mails.
João VI: De quem será a culpa? Eu enviei a mensagem ao seu e-mail e você não
encaminhou para Napoleão. Que incompetência da sua parte. Aposto que Napoleão
reconsiderará suas decisões após saber de seu erro.
General Lammes: Então quer dizer que vossa Excelência está ofendendo toda a
França! Eu sou o representante do meu país. Eu não vim até aqui para escutar ofensas.
Com a licença de todos vocês, estou me retirando.
General Lammes se levanta e sai da sala. Todos os que estavam à mesa, olharam para
João Vi, sabendo o que iria ocorrer.
Todos no recinto cochichavam sobre o que havia ocorrido enquanto o jantar ocorria e
D. Maria, a Louca, parecia estar alheia à situação.
João VI: O general francês disse uma coisa feia. Depois eu te conto.
Narrador: Depois desse incidente, nada mais ocorreu de anormal e João resolveu
conversar com os mais próximos a ele.
Narrador: Após uma longa conversa com seus ministros e com sua família, João havia
marcado uma reunião e alertado sobre uma possível transferência de governo. Então
no Dia 30 de Agosto, a tal reunião ocorreu.
Cenário: A Câmara
Político 1: Por que temos que fazer outro conselho, já que decidimos ficar do lado da
França?
João VI: Silêncio! A seção do conselho será iniciada. Nós estamos aqui reunidos pela
absurdas acusações do embaixador Lannes. Como Napoleão poderia estar nervoso se o
prazo era até Setembro? Algo está sendo planejado pelos franceses e será mais
inteligente de nossas partes repensar as nossas decisões. Gostaria de ouvir as
sugestões de cada um.
Político 2: Penso ser melhor para nossa nação a manutenção da decisão anterior. O
diplomata francês apenas deveria estar mal informado sobre os fatos. A França não
cometeria algo contra um país aliado.
Político 1: Não. Devemos lutar contra a França caso haja algum atentado contra a
nossa soberania, ainda há tempo para nos redimir com a Inglaterra.
Antônio: Então você sugere que matemos nosso exército para daí enviarmos nossos
governante para o exterior? E o povo como fica? Devemos aceitar os termos, e no
caso de uma invasão, uma rendição incondicional seria uma ótima idéia.
João VI: Essa discussão infundada não nos levará a lugar algum. Rodrigo, por que sua
opção seria a melhor?
Rodrigo: A minha posição é a melhor porque... Porque ela é a única que pode defender
realmente a soberania portuguesa, pois se derrotarmos Napoleão, nosso país ganhará
prestígio e será apoiado pelo resto das nações livres.
João VI: Interessante proposta. A quem você se refere quando diz “nossa nobreza
mais alta”?
João VI: Eu estou de acordo com o que o senhor ali sentado propõe, mas gostaria de
saber a opinião de todos os respeitáveis membros do governo. Eu gostaria de ouvir a
opinião de Antônio (apontando pra ele) e Rodrigo (também é apontando).
Rodrigo: Sou contra, pois isso subverterá os nossos fortes laços comerciais com a
Inglaterra.
Antônio: Agora você está interessado na economia inglesa? Pensei que você estivesse
preocupado com a paz no continente. Parece-me até que você é um funcionário da
Inglaterra. ESPERO que seja apenas minha impressão.
Narrador: Após uma curta vitória, a posição do aliado de Antônio prevalece e é aceita
e no mesmo dia a seleção e o carregamento dos barcos escolhidos é iniciado. Após o
término da preparação dos navios e dos militares, uma outra reunião foi feita, e
Rodrigo mais Pina Manique foram expulsos de seus cargos.
General Junot: Meu General, o e-mail que você tanto esperava chegou.
Napoleão: Sim, meu senhor. Já estou me dirigindo para a Espanha como já havia me
deixado de aviso. Trinta mil homens. A vitória é certa caso eles tentem alguma coisa.
Apesar de eles terem feito tudo o que exigimos agora, sinto que planejam algo. Eles
até demitiram o chefe de polícia deles. Agora vá. Os homens o esperam.
Narrador: Longe dali, e algum tempo depois, mais uma reunião estava para ser
realizada, só que dessa vez muito mais breve que as demais anteriores.
Jovem: MAJESTADE! Arf... arf... Nossos espiões informaram que uns trinta mil
homens foram avistados! Arf... Arf...
Todos os presentes começaram a comentar sobre o novo fato, o que fez um barulhão.
João VI: Meus caros, Napoleão vai nos atacar se tomarmos o rumo errado em nossas
decisões. Vamos tomar nossas decisões baseados na pior hipótese possível, na de um
ataque. Eu irei odernar que fechem os portos.
João VI: Lembra-se das tropas que aquele senhor sugeriu que fossem selecionadas
para a defesa?
João VI: Diga ao general para retirá-las das fronteiras e deixá-las em estado de
espera.
Strangford: Por que vocês demoraram tanto? Eu fiquei esperando aqui por horas
inteiras.
Narrador: E nessa noite, ficou decidida a transferência da famíliar eal, que viria a
ser apoiada pela Inglaterra.
João VI: Vocês da Inglaterra estão muito interessados nisso. Não é só dinheiro e o
mercado que vai ser aberto que vocês querem, correto?
Strangford e Antônio saíram, deixando João VI, que andava em círculos. Chamou
Antônio de novo.
João VI: Meu ministro, quero que você vá até o Conselho, forme uma junta
governante e entregue as seguintes ordens: Os portos devem permanecer fechados, e
que eles finalizem os preparativos para a saída e que eles recebam bem as tropas de
Napoleão, evitando qualquer conflito.
Ele saiu junto a João Vi, que entrou no quarto de sua mãe.
João VI: Mãe? A senhora deve saber que faremos uma viagem bem curtinha de férias
ao Brasil.
Maria: Brasil? Aquela colônia atrasada? Nunca! Prefiro ir a Paris. Eu não piso lá nem
que um monte de soldados esteja vindo para tomar o poder.
João VI: Mas estão! É por isso que temos que tirar umas férias de Portugal.
João VI: Mas mãe, fique avisada que sairemos. Vou avisar os outros.
E ele vai para o quarto onde a mulher, Carlota e os seus filhos estavam.
João VI: Bom, não sei como dizer, mas vamos viajar para o Brasil por tempo
indeterminado.
Narrador: Os dias que se seguiram foram de muita tensão, e quanto chegou o dia da
invasão, os políticos e empregados já embarcavam.
Soldado Francês: Droga! Ele não sabe de nada e também não entende nada do que ue
falo!
Almirante: Mas será impossível zarpar hoje. O capitão está com dor de barriga.
Narrador: E no outro dia eles não puderam chegar. A penas quando as tropas inimigas
já podiam ver Lisboa é que eles conseguiram zarpar.
João VI: Finalmente! Agora sim podemos garantir a continuidade de nosso império.
Narrador: E assim começa a grande viagem que causa mudanças maiores ainda nos
dois atuais países, Brasil e Portugal.
General Junot: OH! Droga! Napoleão vai comer meu rim! Eles escaparam!
Cena Final: Os barcos se deslocando pelo mar até chegar em terra firme, trocando as
máscaras de luzes para dar o efeito de dia e noite.