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TEMPO PASCAL. OITAVA DA PÁSCOA.

SEGUNDA-FEIRA

48. A ALEGRIA DA RESSURREIÇÃO


– A alegria verdadeira tem a sua origem em Cristo.

– A tristeza nasce do descaminho e do afastamento de Deus. Ser pessoas optimistas, serenas,


alegres, mesmo no meio da tribulação.

– Dar paz e alegria aos outros.

I. O SENHOR RESSUSCITOU dos mortos, como havia anunciado,


alegremo-nos e regozijemo-nos todos, porque Ele reina para sempre. Aleluia!1

A alegria está sempre presente no decorrer do ano litúrgico, porque tudo


nele está relacionado de um modo ou de outro com a solenidade pascal, mas é
nestes dias que esse júbilo se manifesta especialmente. Pela Morte e
Ressurreição de Cristo, fomos resgatados do pecado, do poder do demónio e
da morte eterna. A Páscoa lembra-nos o nosso nascimento sobrenatural
através do Batismo, por meio do qual fomos constituídos filhos de Deus, e que
é figura e penhor da nossa própria ressurreição. Deus nos deu a vida por
Cristo e nos ressuscitou com Ele2, diz-nos São Paulo. Cristo, que é o
primogénito dos homens, converteu-se em exemplo e princípio da nossa
glorificação futura.

A nossa Mãe a Igreja introduz-nos nestes dias na alegria pascal através dos
textos da liturgia – leituras, salmos, antífonas... – e neles pede sobretudo que
essa alegria seja antecipação e penhor da nossa felicidade eterna no Céu.
Suprimem-se neste tempo os jejuns e outras mortificações corporais, como
sinal externo dessa alegria da alma e do corpo. “Os cinquenta dias do tempo
pascal – diz Santo Agostinho – excluem os jejuns porque se trata de uma
antecipação do banquete que nos espera lá em cima” 3. Mas de nada serviria o
convite litúrgico à alegria se não se produzisse na nossa vida um verdadeiro
encontro com o Senhor. Os evangelistas fazem constar em cada uma das
aparições que os Apóstolos se alegraram vendo o Senhor. A sua alegria brotou
de terem visto o Senhor, de saberem que Ele vivia, de terem estado com Ele.

A alegria verdadeira não depende do bem-estar material, da ausência de


dificuldades, do estado de saúde... A alegria profunda tem a sua origem em
Cristo, no encontro com Ele, no amor de que Deus nos rodeia e na nossa
correspondência a esse amor. Cumpre-se – também agora – aquela promessa
do Senhor: E o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa
alegria4. Ninguém nem nada: nem a dor, nem a calúnia, nem o desespero...,
nem as fraquezas próprias, se retornamos prontamente ao Senhor. Esta é a
única condição da verdadeira alegria: não nos separarmos de Deus, não deixar
que as coisas nos separem d’Ele; sabermo-nos em todos os momentos filhos
seus.
II. DIZ-NOS O EVANGELHO da Missa de hoje: As mulheres afastaram-se a
toda a pressa do sepulcro e, impressionadas e cheias de alegria, correram a
dar a boa nova aos discípulos. De repente, Jesus apresentou-se diante delas e
disse-lhes: Alegrai-vos! Elas aproximaram-se e, prostradas, beijaram-lhe os
pés5.

A liturgia do tempo pascal repete-nos em mil textos diferentes essas


mesmas palavras: Alegrai-vos, não percais nunca a paz e a alegria; servi o
Senhor com alegria6, pois não existe outra forma de servi-lo. “Estás passando
uns dias de alvoroço, com a alma inundada de sol e de cor. E, coisa estranha,
os motivos da tua felicidade são os mesmos que em outras ocasiões te
desanimavam! – É o que acontece sempre: tudo depende do ponto de mira. –
“Laetetur cor quaerentium Dominum!” – Quando se procura o Senhor, o
coração transborda sempre de alegria”7.

Na Última Ceia, o Senhor não tinha ocultado aos Apóstolos as contradições


que os esperavam; mas prometera-lhes que a sua tristeza se converteria em
alegria: Assim também vós, sem dúvida, agora estais tristes, mas hei de ver-
vos outra vez, e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa
alegria8. Estas palavras, que naquela ocasião lhes podiam ter parecido
incompreensíveis, cumpriam-se agora ao pé da letra. E, pouco tempo depois,
os que até então estavam acovardados sairiam do Sinédrio alegres por terem
padecido alguma coisa pelo Senhor9. A origem da alegria profunda do cristão
está no amor a Deus, que é nosso Pai, e no amor aos outros, com o
consequente esquecimento próprio10. Esta é a condição normal dos que
seguem a Cristo. O pessimismo e a tristeza devem ser sempre algo
absolutamente estranho ao cristão, algo que, se viesse a acontecer,
necessitaria de um remédio urgente.

O afastamento de Deus, a perda do caminho, é a única coisa que poderia


intranquilizar-nos e tirar-nos esse dom valioso. Lutemos, portanto, por procurar
o Senhor no meio do trabalho e de todas as nossas tarefas, por mortificar os
nossos caprichos e egoísmos. Este esforço mantém-nos atentos às coisas de
Deus e a tudo o que pode tornar a vida mais amável aos outros. É uma luta
interior que confere à alma uma especial juventude de espírito, pois não há
maior juventude que a daquele que se sabe filho de Deus e procura comportar-
se de maneira consequente.

Se alguma vez tivermos a desgraça de afastar-nos de Deus, lembremo-nos


do filho pródigo e, com a ajuda do Senhor, voltemos novamente para Ele com o
coração arrependido. Nesse dia, haverá uma grande festa no Céu e na nossa
alma. É o que acontece todos os dias quando fraquejamos em pequenas
escaramuças e nos levantamos com muitos actos de contrição; a alma está
então habitualmente cheia de paz e serenidade.

III. ESTAR ALEGRE é uma forma de dar graças a Deus pelos inumeráveis
dons que Ele nos concede; a alegria é “o primeiro tributo que devemos a Deus,
a maneira mais simples e sincera de demonstrar que temos consciência dos
benefícios da natureza e da graça, e que os agradecemos”11. O nosso Pai-
Deus está contente connosco quando nos vê felizes e alegres, com a felicidade
e a alegria verdadeiras.

Com a nossa alegria, fazemos muito bem à nossa volta, pois essa alegria
leva os outros a Deus. Comunicar alegria será, com frequência, a melhor
maneira de sermos caridosos com os que estão ao nosso lado. Reparemos nos
primeiros cristãos; a sua vida atraía pela paz e alegria que irradiavam.
“Famílias que viveram de Cristo e que deram a conhecer Cristo. Pequenas
comunidades cristãs que actuaram como centros de irradiação da mensagem
evangélica. Lares iguais aos outros lares daqueles tempos, mas animados de
um espírito novo, que contagiava os que os conheciam e com eles se
relacionavam. Assim foram os primeiros cristãos e assim havemos de ser nós,
os cristãos de hoje: semeadores de paz e de alegria, da paz e da alegria que
Jesus nos trouxe”12.

São muitas as pessoas que podem encontrar a Deus através do nosso


optimismo, do nosso sorriso habitual, da nossa atitude cordial. Esta prova de
caridade – a de nos esforçarmos por afastar sempre o mau-humor e a tristeza,
removendo as suas causas – deve manifestar-se especialmente com os que
temos mais perto de nós. Concretamente, Deus quer que o lar em que vivemos
seja um lar alegre, nunca um lugar sombrio e triste, cheio de tensões geradas
pela incompreensão e pelo egoísmo. Uma casa cristã deve ser alegre porque a
vida sobrenatural leva a viver as virtudes da generosidade, da cordialidade, do
espírito de serviço..., que estão intimamente unidas à alegria. Um lar cristão dá
a conhecer Cristo de modo atraente, entre as demais famílias e na sociedade.

Devemos procurar também levar esta alegria serena e amável ao nosso


lugar de trabalho, à rua, às relações sociais. O mundo está triste, inquieto, e
tem necessidade, antes de mais nada, do gaudium cum pace13, da paz e da
alegria que o Senhor nos legou. Quantos não encontraram na conduta
sorridente de um bom cristão o caminho que os conduziu a Deus! A alegria é
uma enorme ajuda na acção apostólica, porque nos leva a apresentar a
mensagem de Cristo de uma forma amável e positiva, como fizeram os
Apóstolos depois da Ressurreição.

Necessitamos também de alegria para nós mesmos, para crescer na vida


interior. São Tomás diz expressamente que “todo aquele que deseja progredir
na vida espiritual necessita de estar alegre”14. A tristeza deixa-nos sem forças;
é como o barro grudado às botas do caminhante que, além de manchá-las, o
impede de caminhar.

Esta alegria interior é também o estado de ânimo necessário para o perfeito


cumprimento das nossas obrigações. Quanto maiores forem as nossas
responsabilidades (de sacerdotes, pais, superiores, professores...), maior há de
ser também a nossa obrigação de ter paz e alegria para dá-la aos outros, maior
a urgência de recuperá-la se se nublou.

Pensemos na alegria da Santíssima Virgem. Ela está “aberta sem reservas à


alegria da Ressurreição [...]. Ela recapitula todas as alegrias, vive a perfeita
alegria prometida à Igreja: Mater plena sanctae laetitiae. E é com toda a razão
que os seus filhos na terra, voltando os olhos para a Mãe da esperança e Mãe
da graça, a invocam como causa da sua alegria: Causa nostrae laetitiae”15.

(1) Antífona de entrada da Missa da segunda-feira do Tempo Pascal; (2) Ef 2, 6; (3) Santo
Agostinho, Sermão 252; (4) Jo 16, 22; (5) Mt 28, 8-9; (6) Sl 99, 2; (7) São Josemaría Escrivá,
Sulco, n. 72; (8) Jo 16, 22; (9) At 5, 40; (10) cfr.Santos Evangelhos, Edições Theologica, Braga,
1985; (11) P. A. Reggio, Espíritu sobrenatural y buen humor, Rialp, Madrid, 1966, pág. 12; (12)
São Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 30; (13) Missal Romano, Preparação da Missa,
Formula intentionis; (14) São Tomás, Comentário à carta aos Filipenses, 4, 1; (15) Paulo VI,
Exort. Apost. Gaudete in Domino, 9-V-1975, IV.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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