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N° 3 — 4-1-1990 _DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE 23 ee) MINISTERIO DA INDUSTRIA E ENERGIA Decreto-Lei n.° 8/90 do 4 de Ja A utilizagdo cada vez maior de detergentes é uma das causas da poluicfo do meio natural em geral ¢ das 4guas em particular. Na verdade, a formagao abun- dante de espuma € um dos efeitos poluentes dos deter- gentes sobre as Aguas, pois limita 0 contacto entre a Agua ¢ 0 ar, torna dificil a oxigenacdo daquela, per- turba a navegacdo, compromete a fotossintese neces- stria a vida da fauna ¢ da flora aquaticas, incide des- favoravelmente nas diferentes fases do processo de depuragio das dguas residuais, prejudicando o funcio- namento das respectivas estagdes de tratamento, € cons- titui um risco microbiolégico indirecto, devido ao pos- sivel transporte de bactérias ¢ virus. Convém, pois, ‘manter uma percentagem média de biodegradabilidade dos produtos tensoactivos contidos nos detergentes da fordem dos 90%, que os conhecimentos técnicos ¢ as ‘capacidades industriais permitem, devendo, no entanto, evitar-se que as eventuais imprecisdes dos métodos de controlo conduzam a decisdes de rejeigdo, com conse- quéncias econémicas importantes. Com este objectivo foram elaboradas as Directivas n° 73/404/CEE, do Consetho, de 22 de Novembro, 82/242/CEE, do Conselho, de 31 de Marco, & 86/94/CEE, do Conselho, de 10 de Margo, as quais © presente diploma visa transpor para a ordem juri- dica interna. Foram ouvidos os érgdos de governo prOprio das Re- ides Autonomas dos Agores ¢ da Madeira. Assim: Nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituicdo, 0 Governo decreta o seguinte: Artigo 1.° Entende-se por detergente, para os efei- tos do presente diploma, todo 0 produto cuja compo- sigdo compreenda como componentes essenciais produ- {os tensoactivos e como componentes complementares, produtos adjuvantes, intensificadores, cargas, aditivos € outros componentes acessérios. Art. 2.° E proibido produzir, vender ¢ utilizar de- tergentes que contenham produtos tensoactivos anié- nicos, catidnicos, ndo iénicos ou anfélitos cuja biode- gradabilidade média seja inferior a 90%. Art. 3.° A verificagao do limite de biodegradabili- dade fixado no artigo anterior serd realizada mediante ensaios em laboratérios de qualificagao reconhecida, nos termos legais, segundo a metodologia de execugio a aprovar por portaria do Ministro da Indiistria e Ener- gia, que fixard ainda as tolerancias apropriadas. ‘Art. 4.2 — | — As embalagens em que os detergen- tes so apresentados 20 consumidor devem indicar, em lingua portuguesa e de forma legivel, visivel e indelével:, 4) A denominacao do produto; }) O nome ou firma e 0 endereco, ou a marca do responsével pela comercializacao. 2. — As indicagdes referidas no mimero anterior de- vem figurar nos documentos que acompanham os de- tergentes transportados a granel. Art. 5.° — 1 — A fiscalizagdo do cumprimento do disposto no presente diploma incumbe as delegagdes re- 24 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE gionais do Ministério da Industria e Energia, sem pre- juizo das competéncias atribuidas por lei a outras en- tidades. 2 — Das infracgdes verificadas sera levantado auto de noticia, nos termos do artigo 243.° do Cédigo de Processo Penal 3 — Os autos relativos a infraccdes verificadas por outra entidade serao enviados Aquela a quem compete a aplicagdo da sancdo, depois de devidamente ins- truidos. 4 — As entidades fiscalizadoras podem colher amos- tras e exigir dos agentes econémicos referidos no n.° 1 as informagdes ¢ demais apoio imprescindiveis a0 exer- cicio das suas fungdes e solicitar das entidades policiais todo 0 auxilio de que necessitem para o mesmo efeito. Art. 6.° — 1 — A inobservancia do disposto no ar- tigo 2.° constitui contra-ordena¢do punivel com coima, cujo montante minimo seré de 5000S cujo montante maximo sera de 200 000$ quando se trate de pessoas singulares e de 3 000 000$ quando se trate de pessoas colectivas. 2— As coimas previstas no nimero anterior sto aplicadas pelos directores das delegagdes regionais do Ministério da Industria e Energia, sendo a respectiva receita distribuida da seguinte forma: @) 30% para 0 Orcamento do Estado; ) 40% para a entidade que levantou 0 auto; ©) 15% para a direcgdo regional do Ministério da Industria e Energia respectiva; @) 15% para a Direcgdo-Geral da Industria. 3 — Com a aplicagao da coima poderd ser ainda de- terminada a apreensto dos detergentes que representem um perigo para a saide humana ou animal, a titulo de sangdo acessria e nos termos da lei geral. 4—A negligéncia e a tentativa sdo puniveis. 5 — Em tudo 0 que em matéria de contra-ordenagdes nao estiver previsto no presente diploma aplicar-se-4 0 disposto no regime geral do ilicito de mera ordenag&o social. Art. 7.° — 1 — As atribuigdes ¢ competéncias cor feridas as delegacdes regionais do Ministério da Indus tria e Energia e aos seus directores sero exercidas nas Tegides auténomas pelos respectivos servigos e entid: des correspondentes. 2— Constituem receita das regides auténomas as coimas nelas aplicadas ao abrigo do presente diploma, Art. 8.° O presente diploma entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 1990. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de Outubro de 1989. — Anibal Anténio Cavaco Silva — Vasco Joaquim Rocha Vieira — Lino Dias Mi- guel — Miguel José Ribeiro Cadithe — Luis Francisco Valente de Oliveira — Luis Fernando Mira Amaral — Maria Leonor Couceiro Pizarro Beleza de Mendonca Tavares. Promulgado em 14 de Dezembro de 1989. Publique-se. O Presidente da Repiblica, MARIO SOARES. Referendado em 18 de Dezembro de 1989. O Primeiro-Ministro, Antbal Anténio Cavaco Silva, N° 3 — 4-1-1990 MINISTERIOS DA INDUSTRIA E ENERGIA, DA EDUCAGAO E DO EMPREGO E DA SEGURANGA SOCIAL Despacho Normativo n.° 1/90 A recente reestruturagdo do Fundo Social Europeu (FSE) determinou a necessidade de proceder a revisio do conjunto normativo disciplinador, no plano nacio- nal, do acesso aos apoios concedidos por aquele fundo comunitério. A aprovacio de um quadro comunitario de apoio para Portugal, visando a implementacdo do Plano de Desenvolvimento Regional (PDR), conduziu igualmente & necessidade de reformulacio do Programa de For- macdo Profissional do PEDIP. Assim, procedeu-se, designadamente, a eliminacdo das acgdes de sensibilizacdo e formagdo de curta dura- so (medida A), que passam a ser apoiadas pelos pro- ‘gramas operacionais geridos pelo Instituto do Emprego € Formacao Profissional (IEFP), ao alargamento do Ambito da medida D, que passa a incluir também o apoio aos programas integrados do PEDIP, bem como a reas e sectores industriais passiveis de apoio especi- fico enquadravel no PEDIP, ¢ ainda ao alargamento do ambito da medida E, que passa igualmente a con- templar o apoio & formaco de jovens que optaram pe- las vias profissionalizantes e também & especializacao de licenciados em dominios de relevancia estratégica Para a modernizacao da indiistria portuguesa. Considerando 0 disposto no artigo 20.° do Despa- cho Normativo n.° 94/89, de 13 de Outubro, determina-se: Artigo 1.9 Ovjecto presente diploma tem por objecto a regulamenta- 80 do Programa 2 do PEDIP — Formagio Profissio- nal, visando a formac&o de empresérios, gestores € qua- dros empresariais, para o que apoiard cursos para quadros médios © superiores, de média ¢ longa dura- 40, e dinamizara, nomeadamente, a formacdo de in- vestigadores para as empresas, a especializacdo de li cenciados em dreas de gestdo e de tecnologia e ainda uma rede de escolas profissionais de tecnologia. Artigo 2.° Ambito Podem ser apoiadas através deste Programa accées, que se integrem nos objectivos gerais do PEDIP, liga- das, designadamente, a criagdo de infra-estruturas tec- nol6gicas, a contratos de modernizagdo industrial a0 abrigo do sistema de incentivos financeiros do PEDIP, a misses de produtividade, de qualidade e design in- dustrial ou que correspondam a uma das seguintes me- didas: 4) Formagao em dreas de gestdo para quadros su- periores ¢ intermédios (medida B); ») Formagao em novas tecnologias para quadros superiores e intermédios (medida C);

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