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EUTANÁSIA

Escolhi o tema “Eutanásia”, pois é um tema debatido na actualidade


que levanta muitos problemas éticos e o qual pode afectar profundamente
as relações familiares assim como a relação médico – doente. Sempre
houve doentes e velhos, mas antigamente eram considerados um tesouro.
Agora não passam de um estorvo... E é só por isso que hoje se fala em
eutanásia, quando no passado havia apenas o suicídio: o suicídio é uma
decisão pessoal; a eutanásia acabará por ser uma imposição da
sociedade.

Há em muitas cabeças uma noção da vida que é chocantemente


pobre, desagradavelmente falsa, tristemente vazia. Consiste em olhar
para a vida de uma forma utilitária, com base numa concepção egoísta e
em critérios apenas económicos: se uma vida não é útil - se não é
produtiva, se não proporciona todo o prazer - então não tem razão de ser.

A grande questão da eutanásia não consiste em se cada pessoa


pode, ou não, ter a liberdade de escolher o seu destino. E também não
reside em se uma pessoa pode pedir a outra que a mate. A questão está
em que o triunfo desta visão de utilidade de vida, levaria à eliminação de
pessoas que, não querendo elas mesmas acabar com a vida, são
consideradas inúteis por uma sociedade que se tornou materialista
perdendo a vontade de viver (a decisão é transferida para os médicos e
para os familiares, e para os parlamentos).

Para elaborar este trabalho sobre um tema polémico, que é a


Eutanásia, além da minha opinião pessoal, socorri-me a várias pesquisas,
desde bibliográficas, jornais e na Internet.

A minha reflexão e pesquisa sobre a Eutanásia, foi elaborada sob


várias perspectivas, fazendo uma breve alusão ao que pensam os
Portugueses.
O QUE É A EUTANÁSIA?

“Qual é o lugar do homem?


Onde os seus irmãos precisarem dele.
(Madre Teresa de Calcutá) ”

A eutanásia representa actualmente uma complicada questão, pois


enquanto o Estado tem como princípio a protecção da vida dos seus
cidadãos, existem aqueles que, devido ao seu estado precário e terminal
de saúde, e sem nenhuma qualidade de vida, desejam dar um fim ao seu
sofrimento antecipando a morte.

A eutanásia é o acto de, invocando compaixão, matar


intencionalmente uma pessoa, ajudando-a nos seus últimos de minutos de
vida.

A palavra "EUTANÁSIA" é composta de duas palavras gregas ― "eu"


e "thanatos" ― e significa, literalmente, "uma boa morte".

Na actualidade, entende-se geralmente que "eutanásia" significa


provocar uma boa morte ― "morte misericordiosa", em que uma pessoa
acaba com a vida de outra pessoa para benefício desta. Este
entendimento da palavra realça duas importantes características dos
actos de eutanásia. Primeiro, que a eutanásia implica tirar
deliberadamente a vida a uma pessoa; e, em segundo lugar, que a vida é
tirada para benefício da pessoa a quem essa vida pertence ―
normalmente porque ela ou ele sofre de uma doença terminal ou
incurável. Isto distingue a eutanásia da maior parte das outras formas de
retirar a vida.

Todas as sociedades que conhecemos aceitam algum princípio ou


princípios que proíbem que se tire a vida. Mas há grandes variações entre
as tradições culturais sobre quando é considerado errado tirar a vida. Tirar
uma vida humana inocente é, nas tradições ocidentais, que é roubar o
direito de Deus de dar e tirar a vida.
Aqueles que defenderam a aceitação moral da eutanásia,
apresentaram como principais razões a seu favor, a misericórdia para com
pacientes que sofrem de doenças para as quais não há esperança e que
provocam grande sofrimento e, no caso da eutanásia voluntária, o
respeito pela autonomia.

A oposição religiosa oficial (por exemplo, da Igreja Católica Romana),


no entanto, manteve-se inalterada, e a eutanásia activa continua a ser um
crime em todas as nações, à excepção da; Holanda, primeiro país do
mundo a exercer a eutanásia, mas só em 2000 é que foi legalizada,
Bélgica e Suíça.

Foram estabelecidas as condições de acordo com as quais os


médicos, e apenas os médicos, podem praticar a eutanásia: a decisão de
morrer deve ser a decisão voluntária e reflectida de um paciente
informado; tem de existir sofrimento físico ou mental considerado
insuportável por aquele que sofre; não haver outra solução razoável
(aceitável pelo paciente), consultando profissionais superiores.

A eutanásia pode ser encarada de várias formas, forma voluntária ou


um suicídio assistido, em que uma pessoa ajuda outra a acabar com a
sua vida (por exemplo, quando A obtém os medicamentos que irão
permitir a B que se suicide). Um exemplo deste caso é o de Ramón
Sampedro, um espanhol, tetraplégico desde os 26 anos, que solicitou à
justiça espanhola o direito de morrer, por não mais suportar viver.

Ramón Sampedro permaneceu tetraplégico por 29 anos. A sua luta


judicial demorou cinco anos. O direito à eutanásia activa voluntária não
lhe foi concedido, pois a lei espanhola caracterizaria este tipo de acção
como homicídio. Com o auxílio de amigos planejou a sua morte de
maneira a não incriminar sua família ou os seus amigos. Em Novembro de
1997, mudou-se de sua cidade, Porto do Son/Galícia-Espanha, para La
Coruña, 30 km distante. Tinha a assistência diária dos seus amigos,
Ramóm não era capaz de realizar qualquer actividade devido à
tetraplagia.

No dia 15 de Janeiro de 1998 foi encontrado morto, de manhã, por


uma das amigas que o auxiliava. A autópsia indicou que a sua morte foi
causada por ingestão de cianeto. Ele gravou em vídeo os seus últimos
minutos de vida. Nesta gravação, fica evidente que os amigos
colaboraram colocando o copo com um canudo ao alcance da sua boca,
porém fica igualmente documentado, que foi ele quem fez a acção de
colocar o canudo na boca e sugar o conteúdo do copo.

O impacto que o caso de Ramóm teve foi mundial, tendo tido


destaque na imprensa como morte assistida.

A amiga de Ramón Sampedro foi incriminada pela polícia como


sendo a responsável pelo homicídio. Um movimento internacional de
pessoas enviou cartas "confessando o mesmo crime". A justiça, alegando
impossibilidade de levantar todas as evidências, acabou por arquivar o
processo.

Mesmo que a pessoa já não esteja em condições de afirmar o seu


desejo de morrer, quando a sua vida acabou, a eutanásia pode ser
voluntária! Pode-se desejar que a própria vida acabe, no caso de se ver
numa situação em que, embora sofrendo de um estado incurável e
doloroso, a doença ou um acidente tenham tirado todas as faculdades
racionais e já não seja capaz de decidir entre a vida e a morte.

Se, enquanto ainda capaz, tiver expresso o desejo reflectido de


morrer, quando numa situação como esta, então a pessoa que, nas
circunstâncias apropriadas, tirou a vida de outra actua com base no seu
pedido e realiza um acto de eutanásia voluntária.

No entanto e por outro lado, a eutanásia é não voluntária quando a


pessoa a quem se retira a vida não pode escolher entre a vida e a morte
para si mesmo ― ou porque é, um recém-nascido fatalmente doente ou
incapacitado, ou doença ou um acidente, tornaram incapaz uma pessoa
anteriormente capaz, sem que tenha previamente indicado, se e sob
certas circunstâncias quereria ou não praticar a Eutanásia.

A Eutanásia é involuntária quando é realizada numa pessoa que


poderia ter consentido ou recusado a sua própria morte, mas não o fez ―
seja porque não lhe perguntaram, seja porque lhe perguntaram mas não
deu consentimento, querendo continuar a viver. Embora os casos claros
de Eutanásia involuntária, possam ser relativamente raros, há quem
defenda, que existem práticas médicas largamente aceites, (como as de
administrar doses cada vez maiores de medicamentos contra a dor que
porventura causarão a morte do doente, ou a suspensão não consentida
do tratamento) equivalem a eutanásia involuntária.

A sociedade tem-se manifestado nestes 15 anos tanto a favor,


quanto contra, à retirada da sonda de alimentação e suspensão de vida
artificial, a um doente, através de manifestações públicas e acções
continuadas. Alguns questionam o direito de uma outra pessoa poder tomar
esta decisão, por representação tão importante, em nome de outra. Outros
discutem a questão de recursos já gastos na manutenção de um doente
sem possibilidade de alterar o seu quadro neurológico.

A Eutanásia permite abordagens múltiplas, em que a questão central


pode ser a de tomar uma decisão desta grandeza, por um representante
legal que tem questionado a sua defesa dos melhores interesses do
doente. Vários significados e interpretações, tem a Eutanásia para várias
pessoas, desde a má prática profissional, conflitos de interesses de
profissionais, familiares, políticos, advogados, juízes, privacidade,
autodeterminação, veracidade, justiça, beneficência, eutanásia versus
homicídio, eutanásia versus retirada de tratamento… podem ser
levantadas!

A Eutanásia é um exemplo da transformação, em que uma decisão


privada, que deveria ter sido tomada no âmbito familiar, vem ser divulgada
a público, em que atender ao melhor interesse do doente, passou a
transformar-se num “espectáculo”.

As omissões, tal como as acções, podem constituir eutanásia.


Disparar sobre alguém é uma acção que poderá levar à morte. Não
conseguir ou não querer ajudar a vítima de um tiroteio é uma omissão,
pois deixou o outro morrer. Mas nem todas as acções ou omissões que
resultam na morte de uma pessoa são de interesse, quando se aborda o
assunto da eutanásia. O debate da eutanásia diz respeito a acções e
omissões intencionais, isto é, com mortes deliberadas e intencionalmente
provocadas, numa situação em que a pessoa poderia ter agido de outro
modo.

Há alguns problemas em distinguir, entre matar e deixar morrer, ou,


querer morrer e pedir para matar.

Será que a distinção entre matar e deixar morrer, é moralmente


significativa? Matar uma pessoa é sempre moralmente imperdoável!

No entanto, uma pessoa que deixa morrer, permite apenas que a


natureza siga o seu caminho.

Mas mesmo que às vezes se possa traçar uma distinção moralmente


relevante entre matar e deixar morrer, é claro que isso não significa que a
distinção se aplique sempre. Pelo menos às vezes somos tão
responsáveis pelas nossas omissões quanto pelas nossas acções.

O homem começa a morrer na idade


Em que perde o entusiasmo.
(Balzac)
O que não provoca minha morte faz
Com que eu fique mais forte
(Friedrich Nietzsche)

No entanto, se admitirmos a legitimidade da vida humana quer se


trate de embrião indefeso, do deficiente, ou de um doente incurável, faz
sentido a reflexão sobre os valores que a sociedade defende e até a
própria legislação – como defesa exemplar ética para os homens.
Considerado ser o primeiro direito do homem – o direito à vida – na sua
realidade profunda, desde o nascimento até à morte e cujo
desenvolvimento e identidade há que respeitar, então a aceleração da
morte de um doente incurável ou terminal não pode ser desejável, através
da eutanásia, voluntária ou involuntária, contribuindo para a eliminação de
seres humanos, quer se trate de adultos com mente sã e portadores de
doença incurável, crianças ou doentes mentais. Em ultima análise, é a
morte que dá sentido à vida, tornando-a qualquer coisa de precioso a
conservar, a defender, a prolongar, a enriquecer.

A esperança constante sobre a vida, e que popularmente dizemos:


“enquanto há vida há esperança”, mas se não houver dignidade mínima
de vida com qualidade, será Humano esse doente continuar a viver?

Os gestos de amor são humildes.


(E. Clemente)

Por diversos momentos, nos últimos tempos, o mundo tem debatido


sobre a Eutanásia. Opiniões dividem-se, afinal de contas seria lícito e
moralmente correcto proceder com a antecipação da morte, a fim de
conferir a um doente incapacitado ou terminal o suposto alívio do corpo?

A minha opinião pessoal

A vida é um processo que não pára: começa na concepção e


continua até à morte natural. O processo de redução da vida humana,
quando começa, também vai até o fim. Geralmente, este processo
começa trazendo a aceitação social e legal do aborto, e termina trazendo
a aceitação social e legal da eutanásia. Uma sociedade que assume o
direito de eliminar bebés na barriga de suas mães - porque eles são
indesejados, imperfeitos ou simplesmente inconvenientes - achará difícil
eventualmente não justificar a eliminação de outros seres humanos,
principalmente os idosos, os doentes terminais e incapacitados e os
deficientes. Se a lei permite a eliminação da vida antes do nascimento,
por que não permiti-la também, pelas mesmas razões, depois do
nascimento?

A eutanásia passará a ser uma solução…

As pessoas admitem frequentemente que pode não haver nenhuma


diferença moral essencial na eutanásia com meios normais e
extraordinários, e entre mortes que são directamente desejadas e mortes
que são apenas previstas.
Não há fundamento lógico para que as razões que justificam a
eutanásia, também justifiquem logicamente mortes que não são nem
piedosas nem mostram respeito pela autonomia.

Se a prática da eutanásia for legalizada haverá revolta por parte das


igrejas, as quais se mantêm irredutíveis em suas posições. Além disso, o
parente que autorizar a eutanásia de um ente querido pode vir a sofrer um
forte sentimento de culpa.

Depende apenas da vontade da pessoa, suicida ou não, induzida ou


não, de eliminar a própria vida.

O que eu faria se alguém ao meu encargo, já não pudesse sorrir,


comer, beber, sentir ou mexer, me pedisse com lágrimas nos olhos para lhe
tirar este peso da vida? Não seria desumano negar? É errado interceder
com a tristeza dando um alento absoluto ao doente e à família? Não
entendo e espero não precisar da Justiça ou da Igreja para decidir a minha
vida. A Eutanásia é muito controversa, pois quem passa pela infeliz
situação de ser, ou doente terminal ou incapacitado para o resto da vida e
deseja acabar com o seu próprio sofrimento, quando a sua qualidade de
vida e dignidade já não é nenhuma! È uma dura decisão de ser tomada,
mais pela pessoa que porventura a terá que tomar…

Viver é poder ver, cheirar, olhar e ouvir, e quando tudo isto acaba,
perde-se toda a razão de querer continuar a viver!

Uma alma livre é uma alma com mais oportunidades de crescimento!

Sandra Silva

TAG Azambuja

21 De Julho de 2009

Formadora: Bibiana Gonçalves

CLC, cultura Língua e Comunicação

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