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Genaro Galli
Diante deste contexto muitos profissionais passaram a questionar tanto o ato de planejar
quanto a ferramenta planejamento estratégico, onde é comum escutar gestores
esbravejando: “Para que dedicar horas de grupos de trabalho montando planejamentos
que vão por água abaixo diante de acontecimentos que não foram previstos?¨. Saliento
que a falha pode não estar na função de planejar ou na ferramenta de planejamento
estratégico, mas na pretensão do ser humano, e neste caso especifico dos gestores e
acadêmicos de administração em prever e controlar o futuro.
Segundo Born e Galli (2007), existe um racionalismo que facilmente se observa nas
escolas de negócios e nas empresas e de sua pior conseqüência, a racionalização. Morin
(1981, p. 102) destaca que “o excesso de lógica em relação ao empírico e a recusa pela
complexidade do real” são os maiores responsáveis pela não aceitação do acaso e do
não saber, que acabam por conduzir o indivíduo a uma construção simplificada e
equivocada da realidade.
Por tanto, o ensino de administração deve estar aberta a outras formas de conhecimento,
a pluralidade de saberes. A interpretação do mundo por uma única ótica é restrita e
limitada. O excesso de especialização acaba deixando o campo de visão dos
profissionais muito estreito. Para Sousa Santos (2006, p.51), “A simplificação arbitrária
da realidade nos confina a um horizonte mínimo para além do qual outros
conhecimentos da natureza, provavelmente mais ricos (…) ficam por conhecer“.
Bertrand (2001), ressalta que o progresso rápido dos conhecimentos nas diversas áreas e
o excesso de especialização torna cada vez mais difícil a visão do todo.
Senge (2004) destaca que o atual ambiente econômico apresenta um grande desafio para
as organizações do mundo todo. Neste cenário de mudanças continuas e intensas, surge
à necessidade das organizações que aprendem, ou seja, empresas que utilizam o
conhecimento para inovarem constantemente e adaptarem-se as transformações do
ambiente.
Referencias Bibliográficas
MINTZBERG, Henry. MBA, Não Obrigado – Uma Visão Crítica sobre a gestão e o
desenvolvimento de gerentes. São Paulo; Bookman, 2006.
SENGE, Peter M. A Quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende. São
Paulo: Editora Nova Cultural, 2004.
SOUZA SANTOS, Boaventura. Um Discurso sobre as ciências. 4ed. São Paulo: Cortez
Editora, 2006.