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N.

o 85 — 10 de Abril de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2355

MINISTÉRIO DAS CIDADES, ORDENAMENTO QUERCUS — Associação Nacional de Conservação da


DO TERRITÓRIO E AMBIENTE Natureza, DECO — Associação Portuguesa para a
Defesa do Consumidor, LPN — Liga para a Protecção
da Natureza, CAP — Confederação dos Agricultores de
Decreto-Lei n.o 72/2003 Portugal, CONFAGRI — Confederação Nacional das
de 10 de Abril Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Por-
tugal, CNA — Confederação Nacional de Agricultura,
A protecção da saúde humana e do ambiente exige AJAP — Associação de Jovens Agricultores de Portu-
uma atenção particular aos riscos relacionados com a uti- gal, CIB — Centro de Informação de Biotecnologia,
lização das biotecnologias, em particular dos novos pro- OMAIA — Observatório dos Mercados Agrícolas e das
dutos que resultam da alteração genética de seres vivos.
Importações Agro-Alimentares e Colégio de Engenharia
A libertação no ambiente de organismos geneticamente
modificados (OGM) e a comercialização de produtos que Agronómica da Ordem dos Engenheiros.
contenham ou sejam constituídos por OGM devem ser Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das
acompanhadas de instrumentos que proporcionem uma Regiões Autónomas.
avaliação rigorosa dos riscos envolvidos. Assim:
Assim, tomando em consideração o princípio da pre- Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da
caução e a clarificação do âmbito de aplicação da Directiva Constituição, o Governo decreta o seguinte:
n.o 90/220/CEE, a União Europeia adoptou a Directiva
n.o 2001/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 12 de Março, relativa à libertação deliberada no CAPÍTULO I
ambiente de OGM e que revoga a Directiva Disposições gerais
n.o 90/220/CEE, do Conselho, de 23 de Abril.
O presente diploma transpõe para a ordem jurídica Artigo 1.o
interna a Directiva n.o 2001/18/CE e revoga, entre
outros, o Decreto-Lei n.o 126/93, de 20 de Abril, diploma Objecto
que regula a utilização e libertação no ambiente de 1 — O presente diploma regula a libertação delibe-
OGM, bem como a comercialização de produtos que rada no ambiente de organismos geneticamente modi-
contenham ou sejam constituídos por OGM, instru-
ficados para qualquer fim diferente da colocação no
mento jurídico que, pela primeira vez, transpôs para
o ordenamento jurídico português as disposições comu- mercado, bem como a colocação no mercado de pro-
nitárias nesta matéria, dotando os serviços com as neces- dutos que os contenham ou por eles sejam constituídos,
sárias competências para procederem às autorizações em conformidade com o princípio da precaução e tendo
indispensáveis à libertação daqueles organismos. em vista a protecção da saúde humana e do ambiente.
Tendo em conta as alterações que a União Europeia 2 — Este diploma transpõe para a ordem jurídica
introduziu no ordenamento jurídico comunitário através interna a Directiva n.o 2001/18/CE, do Parlamento Euro-
da Directiva n.o 2001/18/CE, no que respeita à libertação peu e do Conselho, de 12 de Março, relativa à libertação
no ambiente dos OGM, do presente diploma constam, deliberada no ambiente de organismos geneticamente
nomeadamente: modificados.
Uma avaliação de riscos ambientais de acordo com Artigo 2.o
princípios previamente estabelecidos; Definições
A consulta do público durante a tomada de decisão
relativa aos pedidos de autorização para a liber- Para efeitos da aplicação do presente diploma, enten-
tação de OGM, bem como a informação do de-se por:
mesmo relativamente às decisões de comerciali- a) «Organismo» qualquer entidade biológica dotada
zação e aos resultados da monitorização efec-
tuada; de capacidade de se reproduzir ou de transferir
A consulta, por intermédio da Comissão Europeia, material genético;
de quaisquer comités éticos e científicos existen- b) «Organismo geneticamente modificado» (OGM)
tes na União Europeia; qualquer organismo, com excepção do ser
A necessidade de o notificante pôr em prática um humano, cujo material genético foi modificado
plano de monitorização para detectar e iden- de uma forma que não ocorre naturalmente por
tificar quaisquer efeitos directos ou indirectos, meio de cruzamentos e ou de recombinação
imediatos, diferidos ou imprevistos dos produtos natural, entendendo-se que:
que contenham ou sejam constituídos por OGM i) A modificação genética ocorre, pelo
sobre a saúde humana e o ambiente, após a sua menos, quando são utilizadas as técnicas
colocação no mercado;
O estabelecimento de um prazo fixo para a primeira referidas na parte 1 do anexo I-A do pre-
autorização para colocação no mercado; sente diploma;
A exigência de que o rótulo ou o documento que ii) As técnicas referidas na parte 2 do
acompanha o OGM refira claramente a expres- anexo I-A do presente diploma não são
são «este produto contém OGM». consideradas como dando origem a modi-
ficação genética;
Foram ouvidas as seguintes entidades: Instituto
Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Instituto do Con- c) «Libertação deliberada» qualquer introdução
sumidor, Instituto de Biologia Molecular e Celular, Ins- intencional no ambiente de um OGM ou de
tituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial uma combinação de OGM sem que se recorra
(INETI), IACA — Associação Portuguesa dos Indus- a medidas específicas de confinamento com o
triais de Alimentos Compostos para Animais, objectivo de limitar o seu contacto com a popu-
FIPA — Federação das Indústrias Agro-Alimentares, lação em geral e com o ambiente e de pro-
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porcionar a ambos um elevado nível de segu- CAPÍTULO II


rança; Libertação deliberada de OGM para qualquer fim
d) «Colocação no mercado» a colocação à dispo- diferente da colocação no mercado
sição de terceiros, quer a título oneroso quer
gratuito, excluindo-se as seguintes operações: Artigo 4.o
Libertação deliberada de OGM para qualquer fim
i) A disponibilização de microrganismos diferente da colocação no mercado
geneticamente modificados para activi-
dades regulamentadas pelo Decreto-Lei 1 — A libertação deliberada no ambiente de um
n.o 2/2001, de 4 de Janeiro, que regula OGM ou de uma combinação de OGM está sujeita à
a utilização confinada de microrganismos autorização prévia da autoridade competente, ouvida
a Direcção-Geral da Saúde (DGS).
geneticamente modificados, transpondo 2 — Na libertação deliberada no ambiente de plantas
para a ordem jurídica interna a Directiva superiores geneticamente modificadas (PSGM) deve ser
n.o 98/81/CE, do Conselho, de 26 de igualmente ouvida a Direcção-Geral de Protecção das
Outubro, que altera a Directiva Culturas (DGPC).
n.o 90/219/CEE, do Conselho, de 23 de 3 — As disposições do presente capítulo não se apli-
Abril, incluindo a constituição de colec- cam às substâncias e compostos medicinais para con-
ções de culturas; sumo humano que consistam num OGM ou numa com-
ii) A disponibilização de OGM que não sejam binação de OGM ou que os contenham, desde que a
os microrganismos referidos na subalínea sua libertação deliberada para qualquer fim diferente
anterior, a utilizar exclusivamente em acti- da colocação no mercado seja autorizada ao abrigo de
vidades em que sejam tomadas medidas legislação específica que preveja:
adequadas de confinamento rigoroso, a) Uma avaliação específica dos riscos ambientais
baseadas nos princípios de confinamento em conformidade com o anexo II do presente
estabelecidos no Decreto-Lei n.o 2/2001, diploma e com base no tipo de informações
de 4 de Janeiro, com o objectivo de limitar especificadas no anexo III do presente diploma,
o seu contacto com a população em geral sem prejuízo dos requisitos adicionais previstos
e com o ambiente e de proporcionar um na legislação específica aplicável;
elevado nível de segurança; b) Uma autorização explícita prévia à libertação;
c) Um plano de monitorização em conformidade
iii) A disponibilização de OGM a utilizar com as partes pertinentes do anexo III do pre-
exclusivamente para libertações delibera- sente diploma, com o objectivo de identificar
das que cumpram os requisitos estabe- os efeitos do OGM ou dos OGM sobre a saúde
lecidos no capítulo II do presente humana ou sobre o ambiente;
diploma; d) Requisitos relativos ao tratamento de novos ele-
mentos de informação, informação ao público,
e) «Notificação» a apresentação das informações informação sobre os resultados das emissões e
exigidas no presente decreto-lei à autoridade troca de informação pelo menos equivalentes
competente; às constantes no presente diploma.
f) «Notificador» a pessoa, singular ou colectiva,
que apresenta a notificação; Artigo 5.o
g) «Produto» um preparado ou substância que con- Notificação
tenha ou seja constituída por um OGM ou uma 1 — O interessado na libertação deve submeter à
combinação de OGM e que seja colocado no autoridade competente uma notificação prévia que
mercado; contenha:
h) «Avaliação dos riscos ambientais» (ARA) a ava- a) Um dossier técnico que forneça as informações
liação dos riscos para a saúde humana e para especificadas no anexo III do presente diploma
o ambiente, directa ou indirectamente, a curto e necessárias para a avaliação dos riscos ambien-
ou a longo prazo, que a libertação deliberada tais da libertação deliberada do OGM ou da
de OGM no ambiente ou a sua colocação no combinação de OGM, em especial:
mercado possam representar, efectuada em con-
formidade com o anexo II do presente diploma; i) Informações de ordem geral, incluindo
informações sobre o pessoal e respectiva
i) «Autoridade competente» o Instituto do Am-
formação;
biente (IA). ii) Informações relativas ao(s) OGM;
Artigo 3.o iii) Informações relativas às condições de
libertação e ao potencial meio receptor;
Âmbito de aplicação iv) Informações sobre as interacções do(s)
OGM com o ambiente;
Excluem-se do âmbito de aplicação do presente v) Um plano de monitorização e avaliação,
diploma: em conformidade com as partes pertinen-
tes do anexo III do presente diploma, dos
a) Os organismos obtidos através das técnicas de efeitos do(s) OGM para a saúde humana
modificação genética enumeradas no anexo I-B ou para o ambiente;
do presente diploma; vi) Informações sobre controlo, métodos de
b) O transporte por via ferroviária, rodoviária, remediação, tratamento de resíduos e
marítima, fluvial ou aérea de organismos gene- planos de emergência;
ticamente modificados. vii) Um resumo do dossier;
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b) A avaliação dos riscos ambientais efectuada em e) Adoptar de imediato as medidas necessárias


conformidade com o anexo II do presente para proteger a saúde humana e o ambiente
diploma e as conclusões requeridas na parte D no caso de alterações ou novas informações nos
do anexo II do presente diploma, juntamente termos referidos no n.o 1 do artigo 10.o
com quaisquer referências bibliográficas e com
indicação dos métodos utilizados. Artigo 9.o
Procedimentos diferenciados de autorização
2 — O notificador pode referir dados ou apresentar
resultados constantes de notificações anteriormente 1 — No caso de a autoridade competente considerar
apresentadas por outros notificadores, desde que as que adquiriu experiência suficiente de libertação de cer-
informações, dados ou resultados não sejam confiden- tos OGM em determinados ecossistemas e se os OGM
ciais ou que os outros notificadores tenham dado o seu em questão preencherem os critérios do anexo V, a auto-
consentimento por escrito, ou pode ainda apresentar ridade competente pode apresentar à Comissão uma
dados adicionais que considere pertinentes. proposta fundamentada para a aplicação de procedi-
3 — Em casos justificados, a autoridade competente mentos diferenciados a esses tipos de OGM.
pode aceitar que as libertações deliberadas do mesmo 2 — Relativamente a cada proposta apresentada, é
OGM ou de uma combinação de OGM no mesmo local, tomada uma decisão pelo comité que assiste a Comissão,
ou em locais diferentes mas para o mesmo efeito, e nos termos do n.o 1 do artigo 30.o da Directiva
num período de tempo definido, possam ser objecto n.o 2001/18/CE, de 12 de Março, a qual deve indicar
de uma única notificação. a informação técnica mínima, nos termos do anexo III,
necessária para avaliar quaisquer riscos previsíveis resul-
tantes da libertação.
Artigo 6.o 3 — A decisão referida no n.o 2 deve determinar que
Decisão da autoridade competente o notificador só possa proceder à libertação depois de
ter recebido por escrito a aprovação da autoridade com-
1 — A autoridade competente acusa a recepção da petente e deve proceder à libertação em conformidade
notificação, verifica a sua conformidade com as dispo- com todas as condições impostas nessa autorização.
sições do presente diploma e comunica, por escrito, a 4 — A decisão referida no n.o 2 pode determinar que
sua decisão no prazo de 90 dias a contar da data da a libertação de um OGM ou de uma combinação de
recepção da notificação, tendo em conta as eventuais OGM no mesmo local, ou em locais diferentes mas para
observações pertinentes de outros Estados membros o mesmo efeito, e num período de tempo definido, pos-
apresentadas nos termos do artigo 14.o sam ser notificadas numa única notificação.
2 — A decisão de recusa da notificação carece de 5 — Sempre que a autoridade competente decida
fundamentação. fazer ou não uso de um procedimento estabelecido na
decisão referida no n.o 2 para libertações deliberadas
Artigo 7.o de OGM, deve informar desse facto a Comissão.
Suspensão dos prazos

1 — A autoridade competente pode solicitar funda- Artigo 10.o


mentadamente ao notificador informações complemen- Alterações e novas informações
tares, suspendendo-se, entretanto, a contagem do prazo
1 — Em caso de superveniente alteração ou modi-
previsto no artigo anterior até à recepção de resposta. ficação não intencional da libertação que seja susceptível
2 — Quando a autoridade competente entenda recor- de pôr em risco a saúde humana ou o ambiente, ou
rer à consulta pública prevista no artigo 11.o, suspen- de reavaliação desses riscos com base em informações
de-se igualmente a contagem do prazo referido no artigo obtidas após a notificação ou a autorização, o notificador
anterior, não podendo esta suspensão prolongar-se por deve de imediato adoptar todas as medidas necessárias
mais de 30 dias. para proteger a saúde humana e o ambiente, informar
Artigo 8.o a autoridade competente da alteração sobrevinda e das
novas informações colhidas, bem como rever as medidas
Deveres do notificador especificadas na notificação.
Constituem deveres daquele que pretenda libertar 2 — No caso de a autoridade competente obter novas
OGM: informações que possam ter consequências significativas
quanto aos riscos para a saúde humana e o ambiente
a) Proceder à avaliação dos eventuais riscos para ou nas circunstâncias referidas no n.o 1, deve proceder
a saúde humana e para o ambiente resultantes à avaliação da referida informação e torná-la acessível
da libertação deliberada de OGM, tendo por ao público, podendo exigir que o notificador altere as
base pelo menos os elementos constantes do condições de libertação deliberada, a suspenda ou lhe
anexo III do presente diploma; ponha termo, devendo do facto informar o público.
b) Facultar à autoridade competente as informa-
ções que lhe sejam solicitadas, bem como for- Artigo 11.o
necer oficiosamente todas as informações per-
Consulta pública
tinentes;
c) Proceder à libertação só após ser notificado por 1 — A autoridade competente deve promover, pre-
escrito da autorização pela autoridade compe- viamente à tomada de decisão, a consulta do público
tente e de acordo com as condições por ela ou, quando adequado, de grupos de interesse, colo-
impostas; cando, por um período inferior a 60 dias, à disposição
d) Elaborar o relatório das libertações nos termos dos interessados as partes constantes da notificação
do artigo 12.o; apresentada, sem prejuízo do disposto no artigo 28.o
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2 — As exposições apresentadas pelo público nos ter- CAPÍTULO III


mos do número anterior devem ser tidas em conside-
ração pela autoridade competente na tomada de decisão. Colocação no mercado de produtos que contenham
3 — Para efeitos da publicitação da informação refe- ou sejam constituídos por OGM
rida no n.o 1 do presente artigo, a autoridade competente
Artigo 15.o
publica um anúncio em dois jornais de âmbito nacional
e, sendo possível, num de âmbito regional ou local, em Colocação no mercado de produtos que contenham
que conste o endereço do local onde pode ser consultada ou sejam constituídos por OGM
a notificação efectuada, bem como informação relativa 1 — A colocação no mercado de produtos que con-
ao início e termo do prazo de consulta, informações tenham ou sejam constituídos por OGM está sujeita à
que devem igualmente ser disponibilizadas por meios autorização prévia da autoridade competente, ouvida a
electrónicos, tais como a Internet. DGS.
2 — Na libertação deliberada no ambiente de PSGM
Artigo 12.o deve ser igualmente ouvida a DGPC.
3 — As disposições do presente capítulo não são apli-
Relatório das libertações cáveis a produtos que contenham ou sejam constituídos
por OGM, desde que tenham sido autorizados por legis-
Terminada a libertação, o notificador elabora e lação comunitária que preveja uma avaliação específica
remete à autoridade competente no prazo fixado na dos riscos ambientais efectuada em conformidade com
autorização um relatório, de acordo com um modelo os princípios e informações estabelecidos nos anexos II
a estabelecer, dos resultados relativamente a qualquer e III do presente diploma, que preveja requisitos em
risco para a saúde humana ou para o ambiente referindo, matéria de gestão dos riscos, de rotulagem, de moni-
em especial, os tipos de produtos que pretende notificar torização adequada, de informações a fornecer ao
posteriormente. público e de cláusula de salvaguarda, pelo menos equi-
valentes aos previstos no presente diploma, sem prejuízo
Artigo 13.o
dos requisitos adicionais previstos naquela legislação.
Competências da autoridade competente 4 — As disposições do presente capítulo não são apli-
cáveis aos produtos que contenham ou sejam consti-
No âmbito da libertação deliberada no ambiente de tuídos por OGM, desde que tenham sido autorizados
OGM, cabe à autoridade competente, ouvida a DGS ao abrigo do Regulamento (CE) n.o 2309/93, do Con-
e, no caso de se tratar de PSGM, ouvida igualmente selho, e tenha sido efectuada uma avaliação específica
a DGPC: dos riscos ambientais em conformidade com os prin-
cípios e informações estabelecidos nos anexos II e III
a) Autorizar a libertação; do presente diploma, sem prejuízo de outros requisitos
b) Inspeccionar e controlar, coadjuvada pela Ins- em matéria de avaliação e gestão dos riscos, de rotu-
pecção-Geral do Ambiente (IGA), as operações lagem, de monitorização, de informações a fornecer ao
de libertação; público e de cláusula de salvaguarda, previstos em legis-
c) Suspender a autorização ou revogá-la quando lação comunitária para os produtos medicinais para uso
o interesse público o imponha, de acordo com humano e veterinário.
o referido no n.o 2 do artigo 10.o; 5 — Até à entrada em vigor do regulamento do Par-
d) Dispor de registos públicos com informação lamento Europeu e do Conselho, previsto no n.o 3 do
sobre a libertação dos OGM abrangidos por este artigo 12.o da Directiva n.o 2001/18/CE, de 12 de Março,
capítulo, nomeadamente com a indicação da que introduza os procedimentos destinados a assegurar
localização da sua libertação; que a avaliação dos riscos e os requisitos em matéria
e) Suspender a libertação para a qual não foi con- de gestão dos riscos, de rotulagem, de monitorização ade-
cedida autorização, garantir a adopção de medi- quada, de informações a fornecer ao público e de cláusula
das necessárias para eliminar os danos causados de salvaguarda sejam equivalentes aos previstos na Direc-
e informar o público, a Comissão e os restantes tiva n.o 2001/18/CE, quaisquer produtos que contenham
Estados membros; ou sejam constituídos por OGM, desde que estejam auto-
f) Assegurar que os OGM autorizados a serem rizados por outra legislação comunitária, só serão colo-
libertados ao abrigo do capítulo II não são colo- cados no mercado depois de terem sido aceites ao abrigo
cados no mercado, salvo se o forem nos termos da Directiva n.o 2001/18/CE, de 12 de Março.
do capítulo III do presente diploma. 6 — Os produtos cuja colocação no mercado tenha
sido objecto de uma autorização escrita por parte de
uma autoridade competente de outro Estado membro
Artigo 14.o
poderão ser utilizados desde que as condições especí-
Informações a prestar à Comissão da União Europeia ficas de utilização e a protecção de ecossistemas/ambien-
tes e ou zonas geográficas estipuladas na mesma auto-
1 — A autoridade competente deve enviar à Comis- rização sejam estritamente respeitadas.
são, no prazo de 30 dias a contar da sua recepção, um 7 — Os produtos que contenham ou sejam constituí-
resumo de cada notificação recebida nos termos do dos por OGM, cuja colocação no mercado tenha sido
artigo 5.o autorizada por uma entidade competente de outro
2 — Os Estados membros podem apresentar obser- Estado membro, em conformidade com as disposições
vações no prazo de 30 dias. da Directiva n.o 2001/18/CE, não podem ser proibidos,
3 — A autoridade competente deve informar a restringidos ou impedidos ressalvada a excepção prevista
Comissão da decisão final, incluindo os motivos de na alínea b) do artigo 25.o
recusa de uma notificação, bem como dos resultados 8 — Neste último caso, a autoridade competente
das libertações recebidos nos termos do artigo 12.o informará imediatamente a Comissão, que deverá pro-
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nunciar-se no prazo de 60 dias, bem como os restantes apresentadas por outros notificadores, desde que as
Estados membros, da medida tomada, indicando as informações, dados ou resultados não sejam confiden-
razões da sua decisão. ciais ou que os outros notificadores tenham dado o seu
consentimento por escrito.
Artigo 16.o 6 — A utilização de um OGM ou de uma combinação
de OGM de forma diferente da já notificada carece
Notificação da apresentação de nova notificação.
1 — O interessado na colocação no mercado pela pri-
meira vez de produtos que contenham ou sejam cons- Artigo 17.o
tituídos por OGM deve submeter à autoridade com-
petente uma notificação prévia que contenha: Relatório de avaliação

a) As informações exigidas nos anexos III e IV do 1 — A autoridade competente, após acusar a recep-
presente diploma, que terão de tomar em con- ção da notificação, analisa o processo de notificação
sideração a diversidade geográfica da utilização avaliando a sua conformidade com o disposto no pre-
dos produtos que contenham ou sejam cons- sente diploma, podendo solicitar ao notificador infor-
tituídos por OGM e incluir informações sobre mações adicionais, e remete cópia do processo à
os dados e resultados, obtidos a partir de liber- Comissão.
tações para fins de investigação e desenvolvi- 2 — No processo de análise da notificação, a auto-
mento, relativos ao impacte da libertação sobre ridade competente informa a DGS e, sempre que se
a saúde humana e sobre o ambiente; trate de PSGM, informa igualmente a DGPC do con-
b) A avaliação dos riscos ambientais, efectuada em teúdo da mesma e recolhe os respectivos pareceres.
conformidade com o anexo II do presente 3 — No prazo de 90 dias a contar da data da recepção
diploma e as conclusões requeridas na parte D da notificação, a autoridade competente envia ao noti-
do anexo II do presente diploma; ficador um relatório de avaliação elaborado em con-
c) As condições para a colocação do produto no formidade com o anexo VI do presente diploma, no qual
mercado, incluindo as condições específicas de
indica o seu parecer desfavorável à colocação do produto
utilização e manipulação;
d) Uma proposta de prazo de validade da auto- no mercado e a recusa da notificação ou o seu parecer
rização, que não deverá exceder 10 anos; favorável, remetendo, neste caso, o relatório à Comissão.
e) Um plano para a monitorização, em conformi- 4 — A decisão de recusa da notificação carece de
dade com o anexo VII do presente diploma, fundamentação.
incluindo uma proposta de prazo para o plano 5 — No caso de parecer desfavorável o relatório de
de monitorização que poderá ser diferente do avaliação deve ser remetido à Comissão 15 dias após
prazo de validade da autorização; ter sido enviado ao notificador.
f) Uma proposta de rotulagem que respeite os
requisitos definidos no anexo IV do presente Artigo 18.o
diploma, devendo o rótulo referir claramente
a presença de OGM; a expressão «Este produto Decisão da autoridade competente
contém organismos geneticamente modifica-
dos» deve constar do rótulo ou de documento 1 — Na falta de indicações em contrário das auto-
de acompanhamento; ridades competentes de outros Estados membros, no
g) Uma proposta de embalagem que incluirá os prazo de 60 dias contados da data da distribuição do
requisitos definidos no anexo IV do presente relatório de avaliação pela Comissão, a autoridade com-
diploma; petente autoriza a colocação no mercado, dá conhe-
h) Um resumo do dossier, em modelo a fornecer cimento da decisão ao notificador e, no prazo de 30 dias,
pela autoridade competente. informa os restantes Estados membros e a Comissão.
2 — No caso de a autoridade competente de outro
2 — Após a recepção da notificação, a autoridade Estado membro ou a Comissão solicitarem informações
competente envia de imediato às autoridades dos res- complementares ao notificador ou levantarem dúvidas
tantes Estados membros e à Comissão o resumo do que obstem à autorização, que não sejam resolvidas no
dossier referido na alínea h) do número anterior. prazo de 105 dias contados da data da distribuição do
3 — A autoridade competente pode aceitar que o relatório de avaliação, a autoridade competente sus-
notificador não seja obrigado a fornecer toda ou parte pende o processo de notificação até à decisão da
da informação requerida na parte B do anexo IV do Comissão.
presente diploma nos casos em que, com base nos resul- 3 — Quando as objecções a que se refere o artigo
tados de qualquer libertação notificada nos termos do anterior forem resolvidas no prazo de 105 dias, a auto-
capítulo II ou noutros casos cientificamente justificados, ridade competente autoriza a colocação no mercado,
o notificador considere que a colocação no mercado dá conhecimento da sua decisão ao notificador e, no
e a utilização de um produto que contenha ou seja cons- prazo de 30 dias, informa os restantes Estados membros
tituído por OGM não representa risco para a saúde e a Comissão.
humana e para o ambiente.
4 — O notificador deve incluir na notificação infor- Artigo 19.o
mações relativas a dados ou resultados de libertações Suspensão dos prazos
do mesmo OGM ou da mesma combinação de OGM,
já notificados ou com a notificação em curso por ele Os prazos previstos no n.o 3 do artigo 17.o e no n.o 2
realizadas dentro ou fora da Comunidade. do artigo 18.o suspendem-se nos períodos em que a auto-
5 — O notificador poderá referir dados ou apresentar ridade competente aguarda as informações complemen-
resultados constantes de notificações anteriormente tares fundamentadamente solicitadas ao notificador.
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Artigo 20.o tiva n.o 90/220/CEE, devendo o interessado submeter


Autorização
à autoridade competente uma notificação que contenha:
a) Uma cópia da autorização de colocação do
1 — A autorização de colocação no mercado de pro- OGM no mercado;
dutos que contenham ou sejam constituídos por OGM b) Um relatório com os resultados da monitorização
deve ser objecto de publicação no Diário da República. realizada nos termos da alínea d) do artigo 22.o
2 — O notificador só pode proceder à colocação no que, no caso das autorizações concedidas ao
mercado de produtos que contenham ou sejam cons- abrigo da Directiva n.o 90/220/CEE, deve ser
tituídos por OGM depois de ser notificado da auto- entregue aquando da realização da monitori-
rização pela autoridade competente e de acordo com zação;
as condições por ela impostas. c) Qualquer nova informação que tenha surgido
3 — A autorização deve indicar explicitamente: em relação aos riscos do produto para a saúde
a) O âmbito da autorização, incluindo a identifi- humana e ou para o ambiente;
cação dos produtos a colocar no mercado que d) Se necessário, uma proposta que altere ou com-
contenham ou sejam constituídos por OGM e plemente as condições da autorização inicial,
a sua identificação específica; nomeadamente as condições relacionadas com
b) O prazo de validade da autorização, que não a futura monitorização e o prazo de validade
pode exceder o período de 10 anos a contar da autorização.
da data da sua emissão;
c) As condições de colocação do produto no mer- 2 — A autoridade competente analisa o processo de
cado, incluindo quaisquer condições específicas notificação avaliando a sua conformidade com o dis-
de utilização, manipulação e embalagem de pro- posto no número anterior e envia de imediato cópia
dutos que contenham ou sejam constituídos por da notificação à Comissão.
OGM, bem como as condições para a protecção 3 — Após a recepção da notificação, a autoridade
de ecossistemas/ambientes e ou zonas geográ- competente, depois de ouvida a DGS e, no caso de
ficas específicos; se tratar de PSGM, ouvida igualmente a DGPC, envia
d) O dever de o notificador disponibilizar amostras ao notificador e à Comissão um relatório de avaliação
de controlo a pedido da autoridade competente onde indica o seu parecer favorável ou desfavorável à
sem prejuízo do disposto no artigo 28.o; continuação do produto no mercado.
e) Os requisitos em matéria de rotulagem, em con- 4 — No caso de parecer favorável e na falta de indi-
formidade com os requisitos constantes do cações em contrário das autoridades de outros Estados
anexo IV do presente diploma, devendo o rótulo membros ou da Comissão, no prazo de 60 dias contados
referir claramente a presença de OGM; a da data da distribuição do relatório de avaliação, a auto-
expressão «Este produto contém organismos ridade competente autoriza a continuação da colocação
geneticamente modificados» deve figurar quer no mercado, dá conhecimento da decisão ao notificador
num rótulo quer num documento de acompa- e, no prazo de 30 dias, informa os restantes Estados
nhamento do produto ou produtos que conte- membros e a Comissão.
nham ou sejam constituídos por OGM; 5 — No caso de a autoridade competente de outro
f) Os requisitos em matéria de monitorização nos Estado membro ou a Comissão levantarem dúvidas que
termos do anexo VII do presente diploma, obstem à renovação da autorização, que não sejam resol-
incluindo a obrigação de apresentar relatórios à vidas no prazo de 75 dias contados da data da distri-
Comissão e às autoridades competentes dos Esta- buição do relatório de avaliação, a autoridade compe-
dos membros, o prazo para o plano de moni- tente suspende o processo de notificação até à decisão
torização e, se for caso disso, as obrigações de da Comissão.
qualquer pessoa que venda ou utilize o produto, 6 — Quando as objecções a que se refere o artigo ante-
nomeadamente no caso de OGM cultivados, refe- rior forem resolvidas no prazo de 75 dias, a autoridade
rentes a um nível de informação considerado ade- competente autoriza a renovação, dá conhecimento da
quado quanto à respectiva localização. sua decisão ao notificador e, no prazo de 30 dias, informa
os restantes Estados membros e a Comissão.
4 — Para efeitos de aprovação de um OGM ou de 7 — A recusa da notificação para a renovação de auto-
uma descendência desse OGM exclusivamente para fins rização carece de fundamentação.
de colocação no mercado das suas sementes, o período 8 — Enquanto decorrer o processo de notificação
da primeira autorização termina o mais tardar 10 anos para a renovação de uma autorização e até à decisão
após a data da primeira inclusão da primeira variedade final, o notificador pode continuar a colocar no mercado
vegetal que contenha o OGM no Catálogo Nacional o OGM objecto de notificação, de acordo com as con-
de Variedades Vegetais, em conformidade com o Decre- dições especificadas na respectiva autorização.
to-Lei n.o 268/2000, de 24 de Outubro. 9 — A autorização não deve ser concedida por prazo
superior a 10 anos, podendo, no entanto, este prazo
Artigo 21.o ser restringido ou alargado por motivos específicos.
Renovação da autorização
Artigo 22.o
1 — A renovação das autorizações para colocação no Deveres do notificador
mercado de produtos que contenham ou sejam cons-
tituídos por OGM, concedidas ao abrigo dos artigos 16.o Constituem deveres daquele que pretenda colocar no
a 25.o do presente diploma, deve ser solicitada no prazo mercado produtos que contenham ou sejam constituídos
máximo de nove meses antes da caducidade das res- por OGM:
pectivas autorizações ou até 17 de Outubro de 2006, a) Proceder à avaliação prévia dos eventuais riscos
no caso das autorizações concedidas ao abrigo da Direc- para a saúde humana e para o ambiente resul-
N.o 85 — 10 de Abril de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2361

tantes da colocação no mercado de produtos no mercado ou à renovação da autorização, comunica


que contenham ou sejam constituídos por ao notificador e informa do facto os restantes Estados
OGM, tendo por base pelo menos os elementos membros e a Comissão no prazo de 30 dias a contar
constantes do anexo III do presente diploma; da publicação ou notificação da decisão.
b) Facultar às autoridades competentes as informa-
ções que lhe sejam solicitadas, bem como fornecer
Artigo 25.o
oficiosamente todas as informações pertinentes;
c) Tomar de imediato as medidas necessárias à Competências da autoridade competente
protecção da saúde humana e do ambiente no
caso de surgirem novas informações relativas 1 — No âmbito da colocação no mercado de produtos
aos riscos dos OGM para a saúde humana ou que contenham ou sejam constituídos por OGM, com-
para o ambiente, informar a autoridade com- pete à autoridade competente, ouvida a DGS e, no caso
petente, rever as informações e as condições de se tratar de PSGM, ouvida igualmente a DGPC:
especificadas na notificação; a) Autorizar a colocação no mercado de produtos
d) Efectuar a monitorização e o respectivo rela- que contenham ou sejam constituídos por
tório de acordo com as condições estabelecidas OGM;
na autorização. b) Na sequência de informações novas ou suple-
mentares disponíveis a partir da data da auto-
Artigo 23.o rização que afectem a avaliação de riscos
Procedimento em caso de novas informações ambientais, ou de uma nova avaliação de infor-
mações já existentes com base em conhecimen-
1 — No caso de a autoridade competente obter infor- tos científicos novos ou suplementares, pode
mações que possam ter consequências significativas condicionar ou proibir provisoriamente a colo-
quanto aos riscos que o OGM representa para a saúde cação no mercado e a utilização em Portugal
humana ou para o ambiente, antes da decisão de auto- de um produto autorizado noutro Estado mem-
rização, comunica imediatamente as informações à bro, quando considere que constitui um risco
Comissão e às autoridades competentes dos restantes para a saúde humana e para o ambiente, e, em
Estados membros. caso de risco sério, tomar medidas de emer-
2 — No caso de as informações surgirem depois de gência, tais como a suspensão ou revogação da
emitida a autorização, a autoridade competente envia autorização de colocação no mercado, incluindo
à Comissão, no prazo de 60 dias após a recepção das a informação do público;
novas informações, o seu relatório de avaliação, indi- c) Condicionar a utilização do produto, em função
cando se as condições da autorização devem ser alte- da sua perigosidade para ecossistemas ou
radas ou se a autorização deve ser revogada. ambientes de recepção específicos;
3 — Quaisquer comentários ou objecções fundamen-
d) Verificar se as condições de rotulagem e emba-
tadas em relação à continuação da colocação do OGM
lagem dos produtos, em todas as fases de colo-
no mercado ou à proposta de alteração das condições
da autorização devem ser enviados, no prazo de 60 dias cação no mercado, estão em conformidade com
a contar da distribuição do envio do relatório de ava- a autorização;
liação, à Comissão Europeia, que os enviará imedia- e) Inspeccionar e tomar outras medidas de con-
tamente a todas as autoridades competentes. trolo, coadjuvadas pela IGA, relativamente à
4 — Na ausência de objecções fundamentadas por colocação no mercado de produtos que conte-
parte de outro Estado membro ou da Comissão no prazo nham ou sejam constituídos por OGM;
de 60 dias a contar da data de divulgação das novas f) Alterar ou limitar o prazo da autorização
informações, ou se as questões pendentes tiverem sido quando as circunstâncias o imponham;
resolvidas no prazo de 75 dias, a autoridade competente g) Dispor de registos relativos à localização dos
deve, no prazo de 30 dias, modificar a autorização em OGM cultivados, a fim de permitir, designa-
conformidade com a proposta, comunicar a autorização damente, acompanhar os eventuais efeitos des-
modificada ao notificador e informar do facto os res- ses OGM sobre o ambiente;
tantes Estados membros e a Comissão. h) Suspender a colocação no mercado de produtos
que contenham ou sejam constituídos por OGM
Artigo 24.o para os quais não foi concedida autorização,
garantir a adopção de medidas necessárias para
Procedimento comunitário em caso de objecções eliminar os danos causados e informar o público,
1 — Nos casos em que seja levantada e mantida uma a Comissão e os restantes Estados membros;
objecção por uma autoridade competente de outro i) Solicitar, no prazo de 60 dias a contar da data
Estado membro ou pela Comissão nos termos dos arti- da distribuição do relatório de avaliação, infor-
gos 18.o, 21.o e 23.o, é adoptada e publicada uma decisão, mações complementares, fazer comentários ou
no prazo de 120 dias, que deve incluir as informações apresentar objecções fundamentadas em rela-
referidas no n.o 3 do artigo 20.o ção à colocação no mercado de OGM em pro-
2 — O prazo de 120 dias referido no número anterior cessos a decorrer noutro Estado membro;
suspende-se durante o período de tempo em que a Comis- j) Solicitar à Comissão Europeia a consulta dos
são aguarda informações complementares que tenha soli- comités científicos e de ética existentes na União
citado ao notificador ou o parecer de um comité científico Europeia sobre quaisquer questões que possam
que tenha consultado, sem prejuízo de o período de tempo ter efeitos negativos na saúde humana ou no
em que a Comissão aguarda o parecer do comité científico ambiente, quando tal se justifique.
consultado não poder exceder 90 dias.
3 — Se a decisão for favorável, a autoridade com- 2 — No caso referido na alínea b) do n.o 1, a auto-
petente dará a sua autorização por escrito à colocação ridade competente deve informar imediatamente a
2362 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 85 — 10 de Abril de 2003

Comissão e os restantes Estados membros das medidas b) Métodos e planos para a monitorização do(s)
tomadas ao abrigo da referida alínea e indicar as razões OGM e para uma resposta de emergência;
da sua decisão, fornecendo a nova avaliação dos riscos c) Avaliação dos riscos ambientais;
ambientais, referir se as condições da autorização devem
ser alteradas e a forma de o fazer ou se esta deve ser Artigo 29.o
suprimida e, quando adequado, prestar as informações
novas ou suplementares sobre as quais baseou essa decisão. Relatório

A autoridade competente deve elaborar um relatório


Artigo 26.o
sobre a aplicação do presente diploma, incluindo um
Rotulagem relatório factual sucinto sobre a experiência com os
OGM ou produtos que os contenham e que sejam colo-
1 — A autoridade competente assegura que em todas
cados no mercado, a enviar à Comissão Europeia de
as fases de colocação no mercado a rotulagem e a emba-
três em três anos.
lagem dos produtos que contenham ou sejam consti-
tuídos por OGM estão em conformidade com os requi- Artigo 30.o
sitos constantes da autorização referida no artigo 20.o Genes de resistência aos antibióticos
2 — No que respeita aos produtos relativamente aos
quais não seja possível excluir a existência fortuita ou A autoridade competente deve verificar se os OGM
tecnicamente inevitável de vestígios de OGM autori- que contenham genes de resistência aos antibióticos uti-
zados, pode ser fixado, pela autoridade competente, de lizados na terapêutica médica ou veterinária são con-
acordo com as decisões da União Europeia, um limiar siderados na avaliação dos riscos ambientais, a fim de
mínimo abaixo do qual esses produtos não têm de ser identificar e eliminar progressivamente dos OGM, até
rotulados. 31 de Dezembro de 2004 no caso dos OGM colocados
no mercado nos termos das disposições do capítulo III,
CAPÍTULO IV e até 31 de Dezembro de 2008, no caso dos OGM auto-
Disposições finais rizados nos termos das disposições do capítulo II, os
marcadores de resistência aos antibióticos que tenham
Artigo 27.o efeitos adversos na saúde humana ou no ambiente.
Informação do público
Artigo 31.o
Sem prejuízo do disposto no artigo 28.o, a autoridade Rotulagem dos OGM referidos na alínea d), subalínea ii),
competente deve facultar ao público informações rela- do artigo 2.o
tivas às libertações deliberadas de OGM e aos OGM
colocados no mercado nos termos referidos no presente Os OGM disponibilizados para as operações referidas
diploma, disponibilizando, nomeadamente: na alínea d), segunda subalínea, do artigo 2.o devem
ser submetidos a requisitos adequados em matéria de
a) A autorização e a decisão da Comissão referida rotulagem, em conformidade com as partes pertinentes
no n.o 2 do artigo 18.o e no n.o 5 do artigo 21.o; do anexo IV do presente diploma, de forma a indicar
b) Os resultados da monitorização; claramente, num rótulo ou num documento de acom-
c) Os registos relativos à localização das liberta- panhamento, a presença de OGM, contendo, para o
ções de OGM e à localização dos OGM cul- efeito, a expressão «Este produto contém organismos
tivados a que se referem a alínea d) do
geneticamente modificados».
artigo 13.o e a alínea g) do artigo 25.o, res-
pectivamente;
d) As informações relativas a libertações de OGM Artigo 32.o
ou colocação no mercado de produtos que con- Notificações pendentes
tenham ou sejam constituídos por OGM efec-
tuadas sem autorização. Os processos de notificação para colocação no mer-
cado de produtos que contenham ou sejam constituídos
Artigo 28.o por OGM, recebidos ao abrigo do Decreto-Lei
n.o 126/93, de 20 de Abril, alterado pelo Decreto-Lei
Confidencialidade das informações n.o 63/99, de 2 de Março, que até à data de entrada
1 — O interessado pode requerer à autoridade com- em vigor do presente diploma não estejam concluídos
petente a salvaguarda da confidencialidade das infor- ficam sujeitos ao regime previsto no presente diploma.
mações contidas no processo de notificação, cuja divul-
gação considere, fundamentadamente, susceptível de Artigo 33.o
prejudicar a sua posição em termos concorrenciais.
2 — A autoridade competente, depois de ouvida a Fiscalização
DGS e, no caso de se tratar de PSGM, depois de ouvida A fiscalização do cumprimento das disposições pre-
igualmente a DGPC, dá conhecimento ao interessado vistas no presente diploma compete à IGA.
da sua decisão, comunicando quais as informações que
são mantidas confidenciais, mesmo que o interessado
venha a retirar a notificação, devendo assegurar a pro- Artigo 34.o
tecção dos direitos de propriedade intelectual relacio- Medidas cautelares
nados com as informações recebidas.
3 — Não podem ser mantidas confidenciais as seguin- 1 — A IGA pode, quando a gravidade da infracção
tes informações: o justifique, adoptar como medida cautelar:
a) Descrição do(s) OGM, nome e endereço do noti- a) A apreensão do equipamento susceptível de ter
ficador, objectivo e localização da libertação; sido utilizado na prática da contra-ordenação;
N.o 85 — 10 de Abril de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2363

b) O depósito de uma caução, cujo limite pode anterior a respectiva percentagem da receita efectiva-
ascender ao máximo da coima abstractamente mente arrecadada.
aplicável pela prática da infracção; Artigo 39.o
c) A suspensão temporária da actividade;
d) O encerramento preventivo das instalações ou Regiões Autónomas
a destruição de culturas, quando se justificar.
1 — O regime previsto no presente diploma aplica-se
2 — Para efeito da alínea a) do n.o 1 do artigo 103.o às Regiões Autónomas, sem prejuízo das adaptações decor-
do Código do Procedimento Administrativo, as medidas rentes da estrutura própria da administração regional autó-
a adoptar presumem-se decisões urgentes, embora a noma, a introduzir em diploma regional adequado.
entidade competente, sempre que possível, deva pro- 2 — O produto das coimas resultante da aplicação
ceder à audição do interessado, concedendo-lhe prazo das contra-ordenações previstas no presente diploma,
não inferior a três dias para se pronunciar. e cobradas nos respectivos territórios, constitui receita
própria das Regiões.
Artigo 35.o
Contra-ordenações
Artigo 40.o
Revogação
1 — Constitui contra-ordenação punível com coima
de E 498,80 a E 3740, no caso de pessoas singulares, São revogadas todas as disposições legais que con-
e de E 2494,10 a E 44 891,81, no caso de pessoas colec- trariem o disposto no presente diploma, nomeadamente:
tivas, a violação do disposto nos artigos 5.o, 8.o, 16.o,
20.o, 21.o e 22.o do presente diploma. a) O Decreto-Lei n.o 126/93, de 20 de Abril;
2 — A tentativa e a negligência são sempre puníveis. b) O Decreto-Lei n.o 172/98, de 25 de Junho;
c) O Decreto-Lei n.o 63/99, de 2 de Março;
d) A Portaria n.o 751/94, de 16 de Agosto.
Artigo 36.o
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 29
Sanções acessórias de Janeiro de 2003. — José Manuel Durão Barroso —
1 — Consoante a gravidade da contra-ordenação e António Manuel de Mendonça Martins da Cruz — Maria
a culpa do agente, podem ser aplicadas simultaneamente Celeste Ferreira Lopes Cardona — Carlos Manuel Tavares
com a coima, nos termos da lei geral, as seguintes san- da Silva — Armando José Cordeiro Sevinate Pinto — Luís
ções acessórias: Filipe Pereira — Isaltino Afonso de Morais.
a) Perda, a favor do Estado, dos objectos utilizados Promulgado em 28 de Março de 2003.
na prática da infracção;
b) Interdição do exercício da actividade; Publique-se.
c) Privação do direito a subsídios ou benefícios O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
outorgados por entidades ou serviços públicos;
d) Privação do direito de participar em concursos Referendado em 1 de Abril de 2003.
públicos que tenham por objecto o fornecimento
de bens e serviços e a concessão de serviços O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso.
públicos;
e) Encerramento do estabelecimento e destruição ANEXO I-A
das culturas. Técnicas referidas na alínea b) do artigo 2.o

2 — As sanções previstas nas alíneas b) a e) do Parte 1


número anterior têm a duração máxima de dois anos
As técnicas de modificação genética referidas na alí-
contados a partir da decisão condenatória definitiva.
nea b), primeira subalínea, do artigo 2.o são, nomea-
damente:
Artigo 37.o
1) Técnicas de recombinação de ácidos nucleicos que
Instrução dos processos e aplicação das coimas envolvam a formação de novas combinações de
Compete à IGA a instrução dos processos relativos material genético através da inserção de moléculas
às contra-ordenações previstas no artigo 35.o, bem como de ácidos nucleicos em vírus, plasmídeos de bac-
a aplicação das coimas e sanções acessórias. térias ou outros vectores, independentemente do
modo como sejam produzidas fora do organismo,
e respectiva incorporação num organismo hospe-
Artigo 38.o deiro em que não ocorrem naturalmente mas onde
Afectação do produto das coimas poderão continuar a ser propagadas;
2) Técnicas, incluindo a microinjecção, a macroin-
1 — O produto das coimas aplicadas por infracção jecção e o microencapsulamento, que envolvam
ao disposto no presente diploma reverte: a introdução directa num organismo de material
a) Em 10 % para a entidade que levanta o auto; geneticamente transmissível preparado fora
b) Em 30 % para a entidade que aplica a coima, desse organismo;
a título de compensação de custos de funcio- 3) Técnicas de fusão celular (incluindo a fusão pro-
namento e despesas processuais; toplástica) ou de hibridação em que células viáveis
c) Em 60 % para o Estado. com combinações novas de material genetica-
mente transmissível sejam formadas através da
2 — A entidade que aplicar a coima transferirá, tri- fusão de duas ou mais células através de meios
mestralmente, para as entidades referidas no número ou métodos que não ocorrem naturalmente.
2364 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 85 — 10 de Abril de 2003

Parte 2 observáveis, sob a forma de efeito directo ou


Técnicas referidas na alínea b), segunda subalínea, indirecto, quer uma vez terminada a libertação
do artigo 2.o, cujos resultados não são considerados quer numa fase posterior.
modificações genéticas desde que não envolvam a uti-
lização de moléculas recombinantes de ácidos nucleicos Um princípio geral de avaliação do risco ambiental
ou de organismos geneticamente modificados obtidos consistirá também numa análise dos «efeitos cumula-
por técnicas/métodos diferentes dos excluídos pelo tivos a longo prazo» relevantes para a libertação e colo-
anexo I-B: cação no mercado. Por «efeitos cumulativos a longo
prazo» entendem-se os efeitos cumulados de autoriza-
1) Fertilização in vitro; ções na saúde humana e no ambiente, incluindo inter
2) Processos naturais como a conjugação, a trans- alia a flora e a fauna, a fertilidade do solo, a degradação
dução e a transformação; dos materiais orgânicos no solo, a cadeia alimentar
3) Indução da poliploidia. humana e animal, a diversidade biológica, a saúde dos
animais e problemas de resistência aos antibióticos.
ANEXO I-B
Técnicas referidas na alínea a) do artigo 3.o A) Objectivo

Ficam excluídos do âmbito da presente directiva os O objectivo de uma avaliação dos riscos ambientais
organismos resultantes das seguintes técnicas/métodos é definir e avaliar, caso a caso, os potenciais efeitos
de modificação genética, desde que estes não envolvam adversos sobre a saúde humana e sobre o ambiente,
a utilização de moléculas recombinantes de ácidos quer directos quer indirectos a curto e a longo prazos,
nucleicos ou de organismos geneticamente modificados da libertação voluntária do OGM ou da sua colocação
diferentes dos obtidos por uma ou mais das técni- no mercado. A avaliação dos riscos ambientais deverá
cas/métodos: ser realizada com vista a apurar se há necessidade de
gestão de riscos e, na afirmativa, a determinar quais
1) Mutagénese; os métodos mais adequados a utilizar.
2) Fusão celular (incluindo a fusão protoplástica)
de células vegetais de organismos resultantes B) Princípios gerais
que podem trocar material genético através dos
métodos tradicionais de cultura. De acordo com o princípio de precaução, deverão
observar-se os seguintes princípios gerais ao realizar
ANEXO II cada avaliação dos riscos ambientais:
Princípios aplicáveis à avaliação dos riscos ambientais As características encontradas no OGM ou na uti-
lização deste último potencialmente susceptíveis
No presente anexo é descrito em termos gerais o de provocar efeitos adversos deverão ser com-
objectivo a cumprir, os elementos a considerar e os prin- paradas com as do organismo não modificado
cípios e metodologia gerais a seguir na avaliação dos no qual teve origem e com as da utilização deste
riscos ambientais referida na alínea b) do artigo 5.o e último em situações equivalentes;
na alínea b) do artigo 16.o O presente anexo será com- A avaliação dos riscos ambientais deverá ser rea-
pletado com notas de orientação a serem fornecidas lizada de forma cientificamente correcta e trans-
pela autoridade competente. parente, assente nos dados científicos e técnicos
A fim de permitir uma mesma interpretação dos ter- disponíveis;
mos «directa ou indirectamente, a curto ou a longo A avaliação dos riscos ambientais deverá ser rea-
prazo», aquando da aplicação do disposto no presente lizada caso a caso, o que significa que a infor-
anexo, sem prejuízo de novas orientações na matéria mação necessária pode variar consoante o tipo
e em especial relativamente ao grau em que os efeitos do OGM visado, a utilização a que o mesmo
indirectos poderão e deverão ser considerados, esses se destina e o eventual meio receptor, tendo em
termos são definidos como se segue: conta, entre outros aspectos, os OGM já pre-
«Efeitos directos» — efeitos primários sobre a sentes em tal meio;
saúde humana ou sobre o ambiente, resultantes A avaliação dos riscos ambientais poderá ter de
do próprio OGM e não de qualquer sequência ser revista se surgirem novas informações sobre
de fenómenos interligados por uma relação de o OGM e seus efeitos na saúde humana ou no
causa-efeito; ambiente, a fim de permitir determinar se:
«Efeitos indirectos» — efeitos sobre a saúde Houve alteração do risco;
humana ou sobre o ambiente resultantes de uma Há ou não necessidade de corrigir a gestão
sequência de fenómenos interligados por uma do risco, em conformidade.
relação de causa-efeito, através de mecanismos,
tais como a interacção com outros organismos, C) Metodologia
a transmissão de material genético, ou mudanças
na utilização a que o OGM se destina ou na C1) Características dos OGM e das libertações de OGM
sua gestão. Os efeitos indirectos são susceptíveis Ao ser realizada a avaliação dos riscos ambientais,
de só poderem ser observados a longo prazo; deverão ser tomados em consideração todos os dados
«Efeitos a curto prazo» — efeitos sobre a saúde técnicos e científicos, consoante os casos, referentes às
humana ou sobre o ambiente, observáveis durante características:
o período de libertação do OGM. Os efeitos ime-
diatos podem ser directos ou indirectos; Do organismo ou organismos receptores ou paren-
«Efeitos a longo prazo» — efeitos sobre a saúde tais;
humana ou sobre o ambiente, não observáveis Das modificações genéticas operadas, tanto por
durante o período de libertação do OGM mas inclusão como por delecção de material genético,
N.o 85 — 10 de Abril de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2365

e a informação relevante sobre os organismos Instabilidade fenotípica e genética;


vector e dador; Interacções com outros organismos;
Do OGM; Modificação da gestão, incluindo, eventualmente,
Da libertação ou utilização previstas e respectiva das práticas agrícolas.
escala;
Do eventual meio receptor; 2) Avaliação das potenciais consequências de cada efeito
Da interacção entre os factores acima referidos. adverso, caso ocorra

Serão de utilidade para a avaliação dos riscos ambien- Deverá ser avaliada a dimensão das consequências
tais quaisquer informações sobre libertações de orga- de cada efeito potencialmente adverso, no pressuposto
nismos semelhantes ou que apresentem características de que o mesmo ocorrerá. A dimensão de tais con-
genéticas semelhantes e sobre a sua interacção com sequências dependerá provavelmente do meio em que
ambientes semelhantes. o(s) OGM deverá(ão) ser libertado(s) e da forma de
libertação prevista.
C2) Fases da avaliação dos riscos ambientais
Ao serem apuradas as conclusões da avaliação dos 3) Avaliação da probabilidade de ocorrência de cada
riscos ambientais referidas na alínea b) do artigo 5.o potencial efeito adverso
e na alínea b) do artigo 16.o, deverão ser focados todos
os aspectos que adiante se referem. Um dos principais factores que determinam a pro-
babilidade ou eventualidade de ocorrência de um efeito
1) Identificação das características susceptíveis de induzir efeitos adversos
adverso reside nas características do meio em que o(s)
Deverão ser definidas todas as características do OGM se destina(m) a ser libertado(s) e na forma de
OGM decorrentes da modificação genética susceptíveis libertação prevista.
de efeitos adversos sobre a saúde humana e sobre o
ambiente. Para o apuramento dos potenciais efeitos 4) Estimativa do risco inerente a cada característica conhecida do OGM
adversos decorrentes da modificação genética será útil
proceder a uma comparação, em condições de libertação Sempre que possível deverá ser efectuada, à luz dos
ou utilização semelhantes, das características do OGM mais avançados conhecimentos científicos, uma estimativa
com as do organismo não modificado. Não se deverá dos riscos para a saúde humana ou o ambiente colocados
nunca negligenciar qualquer potencial efeito adverso, por cada característica conhecida do OGM potencial-
no pressuposto de que é improvável. mente apta a provocar efeitos adversos, combinando a
Os potenciais efeitos adversos dos OGM podem variar probabilidade de ocorrência destes últimos com a mag-
consoante os casos e podem incluir: nitude das consequências da sua eventual ocorrência.
Doenças e efeitos alergénicos ou tóxicos para o
ser humano [v., por exemplo, os pontos II, A), 5) Aplicação de estratégias de gestão dos riscos ligados
à libertação deliberada de OGM ou à sua comercialização
11), e II, C), 2), i), do anexo III-A e B), 7), do
anexo III-B]; A avaliação dos riscos poderá identificar riscos que
Doenças e efeitos tóxicos e, eventualmente, aler- careçam de gestão e de um estudo sobre a melhor forma
génicos para animais e plantas [v., por exemplo, de os controlar, implicando a definição de uma estratégia
pontos II, A), 11), e II, C), 2), i), do anexo III-A de gestão de riscos.
e B), 7), e D), 8), do anexo III-B];
Efeitos sobre a dinâmica das populações de espé- 6) Determinação do risco global do OGM
cies presentes no meio receptor e sobre a diver-
sidade genética de cada uma dessas populações A avaliação do risco global do OGM deverá ser efec-
[v., por exemplo, ponto IV, B), 8), 9) e 12), do tuada tendo em conta todas as estratégias de gestão
anexo III-A]; de riscos eventualmente propostas.
Alterações na vulnerabilidade aos agentes patogé-
nicos, facilitando a propagação de doenças infec- D) Conclusões sobre o potencial impacte ambiental
ciosas e ou criando novos reservatórios genéticos da libertação de OGM ou da sua colocação no mercado
ou vectores;
Comprometimento da eficácia dos cuidados médi- As informações relativas aos aspectos adiante enu-
cos, veterinários ou fitossanitários de carácter merados nos pontos D1) ou D2) obtidas com base numa
profiláctico ou terapêutico, por exemplo, avaliação dos riscos ambientais efectuada em confor-
mediante a transferência de genes de resistência midade com os princípios e a metodologia descritos nos
aos antibióticos utilizados na medicina humana pontos B) e C), deverão ser incluídas, sempre que per-
ou veterinária [v., por exemplo, pontos II, A), tinente, nas notificações, a fim de ajudar a determinar
11), c), e II, C), 2), i) e iv), do anexo III-A]; o potencial impacte ambiental resultante da libertação
Efeitos sobre a biogeoquímica (ciclos biogeoquí- de OGM ou da sua colocação no mercado.
micos) e em especial sobre a reciclagem do car-
bono e do azoto em virtude de alterações na D1) No caso dos OGM que não sejam plantas superiores
forma de decomposição das matérias orgânicas
presentes no solo [v., por exemplo, pontos II, 1 — Probabilidade de o OGM se tornar persistente
A), 11), f), e IV, B), 15) do anexo III-A e D), e invasivo em habitats naturais, nas condições da liber-
11), do anexo III-B]. tação proposta.
2 — Eventuais vantagens ou inconvenientes selectivos
Poderão, directa ou indirectamente, ocorrer efeitos do OGM e probabilidade de se concretizarem nas con-
adversos através de fenómenos de: dições da libertação proposta.
Propagação do ou dos OGM no ambiente; 3 — Potencial de transmissão de genes para outras
Transmissão do material genético inserido para espécies nas condições da libertação proposta para o
outros organismos ou para o mesmo organismo, OGM e eventuais vantagens ou inconvenientes selec-
geneticamente modificado ou não; tivos assim adquiridos por tais espécies.
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4 — Se pertinente, potencial impacte a curto e ou 9 — Possíveis incidências ambientais, tanto a curto e


a longo prazos das interacções directas e indirectas entre ou a longo prazos como directas e indirectas, das técnicas
o OGM e os organismos alvo. específicas de cultivo, gestão e colheita utilizadas para
5 — Potencial impacte a curto e ou a longo prazos a PSGM, sempre que diferentes das utilizadas com plan-
das interacções directas e indirectas entre o OGM e tas superiores não modificadas geneticamente.
outros organismos não alvo e sobre os níveis popula-
cionais de organismos seus concorrentes, presas, hos- ANEXO III
pedeiros, simbiontes, predadores, parasitas e agentes Informações exigidas na notificação
patogénicos. Uma notificação referida nos capítulos II e III do pre-
6 — Possíveis efeitos a curto e ou a longo prazos sobre sente decreto-lei deve incluir, quando oportuno, a infor-
a saúde humana resultantes das potenciais interacções mação definida abaixo, nos subanexos.
directas e indirectas do OGM com os seres humanos Nem todos os pontos referidos se aplicarão a cada
que durante a sua libertação o manipulem, com ele caso. Será normal que certas notificações incluam ape-
tenham contacto ou dele se aproximem. nas um determinado subconjunto de considerações,
7 — Possíveis efeitos a curto e ou a longo prazos sobre apropriado para a situação em causa.
a saúde animal e consequências para a cadeia alimentar É também possível que o nível de pormenor exigido
animal/humana resultantes do consumo do OGM e seus em resposta a cada subconjunto de considerações varie
derivados destinados à alimentação animal. de acordo com a natureza e escala da libertação proposta.
8 — Possíveis efeitos a curto e ou a longo prazos sobre A futura evolução das modificações genéticas poderá
os processos biogeoquímicos resultantes das potenciais exigir a adaptação do presente anexo ao progresso técnico
interacções directas e indirectas do OGM com outros e científico, ou a elaboração de notas de orientação sobre
organismos — alvo ou não — que dele se encontrem o mesmo. A experiência que a Comunidade vier a acu-
próximos ao ser libertado. mular com as notificações relativas à libertação de deter-
9 — Possíveis incidências ambientais, tanto a curto minados OGM poderá possibilitar uma melhor diferen-
e ou a longo prazos como directas e indirectas, de téc- ciação dos requisitos em matéria de informação para os
nicas especificamente utilizadas na gestão do OGM dife- diferentes tipos de OGM, como os organismos unicelu-
rentes das utilizadas com organismos não modificados lares, os peixes ou os insectos, ou para a utilização espe-
geneticamente. cífica de OGM, como no desenvolvimento de vacinas.
O dossier deverá conter igualmente a descrição dos
D2) No caso das plantas superiores geneticamente
métodos utilizados ou qualquer referência a métodos
modificadas (PSGM) normalizados ou internacionalmente consagrados, bem
como a designação do organismo ou organismos res-
1 — Probabilidade de as PSGM se tornarem mais per- ponsáveis pela execução dos estudos.
sistentes nos habitats agrícolas e mais invasivas nos habi- O anexo III-A é aplicável à libertação de todos os
tats naturais que as plantas receptoras ou parentais. tipos de organismos geneticamente modificados, com
2 — Quaisquer vantagens ou desvantagens selectivas excepção das plantas superiores. O anexo III-B é apli-
adquiridas pelas PSGM. cável à libertação de plantas superiores geneticamente
3 — Potencial da PSGM para, nas condições em que modificadas.
é plantada, transmitir genes à mesma espécie ou a outras Por «plantas superiores» entende-se o taxon esper-
espécies vegetais com ela sexualmente compatíveis, e matófitas (gimnospérmicas e angiospérmicas).
quaisquer vantagens ou inconvenientes selectivos assim
adquiridos por estas espécies. ANEXO III-A
4 — Se pertinente, potencial impacte ambiental a Informações exigidas nas notificações relativas
curto e ou a longo prazos resultante das interacções à libertação de OGM com excepção das plantas superiores
directas e indirectas da PSGM com organismos alvo, I — Informações gerais:
como por exemplo predadores, parasitóides e agentes A) Nome e endereço do notificador (empresa ou
patogénicos. instituto);
5 — Possível impacte ambiental a curto e ou a longo B) Nome, qualificações e experiência do(s) cien-
prazos resultante das interacções directas e indirectas tista(s) responsável(eis);
da PSGM com organismos não alvo (e, entre estes, con- C) Título do projecto.
siderando igualmente os que estabelecem interacções
com os organismos alvo) e impacte sobre os níveis popu- II — Informações relativas ao OGM:
lacionais de organismos concorrentes, herbívoros, sim- A) Características do: a) dador; b) receptor, ou c) se
biontes (se oportuno), parasitas e agentes patogénicos. pertinente, organismo parental:
6 — Possíveis efeitos a curto e ou a longo prazos sobre 1) Nome científico;
a saúde humana resultantes das potenciais interacções 2) Taxonomia;
directas e indirectas da PSGM com os seres humanos 3) Outros nomes (designação comum, nome da
que durante a sua libertação a manipulem, com ela estirpe, etc.);
tenham contacto ou dela se aproximem. 4) Marcadores fenotípicos e genéticos;
7 — Possíveis efeitos a curto e ou a longo prazos sobre 5) Grau de parentesco entre o dador e o receptor
a saúde animal e consequências para a cadeia alimentar ou entre os organismos parentais;
animal/humana resultantes do consumo do OGM e seus 6) Descrição das técnicas de identificação e detec-
derivados destinados à alimentação animal. ção;
8 — Possíveis efeitos a curto e ou a longo prazos sobre 7) Sensibilidade, fiabilidade (em termos quantita-
os processos biogeoquímicos resultantes das potenciais tivos) e especificidade das técnicas de detecção
interacções directas e indirectas do OGM com outros e identificação;
organismos — alvo ou não — que dele se encontrem 8) Descrição da distribuição geográfica e do habitat
próximos ao ser libertado. natural do organismo, incluindo informação
N.o 85 — 10 de Abril de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2367

sobre os seus predadores, presas, parasitas e con- que em que medida a sequência inserida se limita ao
correntes, simbiontes e hospedeiros naturais; DNA necessário para executar a função pretendida;
9) Organismos em relação aos quais se sabe da e) Métodos e critérios de selecção;
ocorrência de transferência de material genético f) Sequência, identidade funcional e localização do(s)
em condições naturais; segmento(s) de ácidos nucleicos modificado(s)/inse-
10) Verificação da estabilidade genética do orga- rido(s)/suprimido(s) em causa, com especial referência
nismo e dos factores que a afectam; a eventuais sequências prejudiciais conhecidas;
11) Características patológicas, ecológicas e fisio- 2) Informações sobre o OGM na sua forma final:
lógicas: a) Descrição da(s) característica(s) genética(s) ou
a) Classificação do risco de acordo com as fenotípicas e, em especial, de quaisquer novas carac-
regras comunitárias em vigor para a pro- terísticas que possam passar a exprimir-se ou a deixar
tecção da saúde humana e ou do de se exprimir;
ambiente; b) Estrutura e quantidade de qualquer ácido nucleico
b) Tempo de geração em ecossistemas natu- do vector e ou do dador que resulte como produto resi-
rais, ciclo de reprodução sexuada e asse- dual da construção do organismo modificado;
xuada; c) Estabilidade do organismo em termos de carac-
c) Informação sobre a sobrevivência, incluin- terísticas genéticas;
do a sasonabilidade e a capacidade para d) Taxa e nível de expressão do novo material gené-
formar estruturas de sobrevivência; tico. Método e sensibilidade da medição;
d) Patogenicidade: infectividade, toxigenici- e) Actividade da(s) proteína(s) expressa(s);
dade, virulência, alergenicidade, vector f) Descrição das técnicas de identificação e detecção,
de agentes patogénicos, vectores possí- incluindo as técnicas de identificação e detecção da
veis, gama de hospedeiros, incluindo sequência inserida e do vector;
organismos que não o organismo alvo. g) Sensibilidade, fiabilidade (em termos quantitativos)
Possibilidade de activação de vírus laten- e especificidade das técnicas de detecção e identificação;
tes (provírus). Capacidade para colonizar h) Antecedentes de libertações ou utilizações do
outros organismos; mesmo OGM;
e) Resistência aos antibióticos e potencial i) Considerações em matéria de saúde humana e ani-
utilização destes no ser humano e nos mal, bem como das plantas:
organismos domésticos para fins profilác-
ticos e terapêuticos; i) Efeitos tóxicos ou alergénicos dos OGM e ou
f) Participação em processos ambientais: dos seus produtos metabólicos;
produção primária, utilização de nutrien- ii) Comparação do organismo modificado, em termos
tes, decomposição de matéria orgânica, de patogenicidade, com o dador, com o receptor
respiração, etc.; ou (se oportuno) com o organismo parental;
iii) Capacidade de colonização;
12) Natureza dos vectores nativos: iv) Se o organismo for patogénico para o ser
humano imunocompetente:
a) Sequência; Doenças causadas e mecanismo de patogeni-
b) Frequência de mobilização; cidade, incluindo a invasividade e virulência;
c) Especificidade; Transmissibilidade;
d) Presença de genes que conferem resis- Dose infecciosa;
tência;
Gama de hospedeiros, possibilidades de alte-
ração;
13) Historial de modificações genéticas anteriores; Possibilidades de sobrevivência fora do hos-
pedeiro humano;
B) Características do vector: Presença de vectores ou meios de difusão;
1) Natureza e origem do vector; Estabilidade biológica;
2) Sequência dos transposões, dos vectores e de Padrões de resistência aos antibióticos;
outros segmentos genéticos não codificantes uti- Alergenicidade;
lizados para construir o OGM e nele fazer fun- Disponibilidade de terapias adequadas;
cionar o vector e a sequência inserida;
3) Frequência de mobilização do vector inserido v) Outros riscos.
e ou capacidade de transferência genética, bem
como métodos para a respectiva determinação; III — Informações relativas às condições de liberta-
4) Informação que indique em que medida o vector ção e ao meio receptor:
se limita ao DNA necessário para executar a A) Informações sobre a libertação:
função pretendida;
1) Descrição da libertação deliberada pro-
C) Características do organismo modificado: posta, incluindo o seu objectivo e os pro-
1) Informações relativas à modificação genética: dutos previstos;
a) Métodos utilizados para a modificação; 2) Datas previstas para as libertações e pla-
b) Métodos utilizados para a construção e introdução neamento temporal da experiência,
da(s) sequência(s) no receptor ou para a delecção de incluindo a frequência e duração das
uma sequência; libertações;
c) Descrição da sequência inserida e ou da construção 3) Preparação do local antes da libertação;
do vector; 4) Dimensões do local;
d) Pureza da sequência inserida, em termos de ausên- 5) Método a utilizar para a libertação;
cia de sequências desconhecidas, e informação que indi- 6) Quantidades do OGM a libertar;
2368 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 85 — 10 de Abril de 2003

7) Perturbação do local (tipo e método de ticas inesperadas e ou indesejáveis no organismo


cultivo, de extracção, de irrigação ou modificado;
outras actividades); 5) Medidas aplicadas para garantir e verificar a
8) Medidas aplicadas durante a libertação estabilidade genética. Descrição das caracterís-
para protecção dos trabalhadores; ticas genéticas que possam impedir ou minimi-
9) Tratamento do local pós-libertação; zar a disseminação do material genético. Méto-
10) Técnicas previstas para a eliminação ou dos de verificação da estabilidade genética;
inactivação dos OGM no fim da expe- 6) Itinerários de disseminação biológica, modos
riência; conhecidos ou potenciais de interacção com o
11) Informação e resultados de anteriores liber- agente de disseminação, incluindo a inalação,
tações do OGM, em especial a diferentes ingestão, contacto superficial, construção de
escalas e em diferentes ecossistemas; galerias, etc.;
7) Descrição dos ecossistemas em que o OGM
B) Informações sobre o ambiente (no local e no poderá ser disseminado;
ambiente em sentido lato): 8) Potencial de aumento excessivo da população
no ambiente;
1) Localização geográfica e referência da 9) Vantagem competitiva dos OGM em relação ao
grelha do(s) local(ais) (nas notificações organismo receptor ou parental não modificados;
ao abrigo do capítulo III, o local de liber- 10) Se pertinente, identificação e descrição dos
tação corresponde às zonas previstas para organismos alvo;
a utilização do produto); 11) Se pertinente, mecanismo e resultados da inte-
2) Proximidade física ou biológica de seres racção esperada dos OGM libertados com o
humanos e de outros biota significativos; organismo alvo;
3) Proximidade de biótopos significativos, 12) Identificação e descrição dos organismos não
zonas protegidas ou instalações de água alvo que poderão ser adversamente afectados
potável; pela libertação do OGM e previsão dos meca-
4) Características climáticas da(s) região(ões) nismos inerentes à interacção adversa eventual-
mais passíveis de serem afectadas; mente apurada;
5) Características geográficas, geológicas e 13) Probabilidade de alteração das interacções bio-
pedológicas; lógicas ou da gama de hospedeiros a seguir à
6) Flora e fauna, incluindo culturas, reba- libertação;
nhos animais e espécies migratórias; 14) Interacções conhecidas ou previstas com orga-
7) Descrição dos ecossistemas alvo e não nismos não alvo no ambiente, incluindo com
alvo mais passíveis de serem afectados; concorrentes, presas, hospedeiros, simbiontes,
8) Comparação do habitat natural do orga- predadores, parasitas e agentes patogénicos;
nismo receptor com o(s) local(ais) pro- 15) Participação conhecida ou prevista em proces-
posto(s) para a libertação; sos biogeoquímicos;
9) Desenvolvimento previsto ou alterações 16) Outras eventuais interacções com o ambiente.
já conhecidas da utilização dos solos na
região que sejam susceptíveis de influen- V — Informações sobre a monitorização, controlo e
ciar o impacte ambiental da libertação. tratamento de resíduos e planos de emergência:
IV — Informações relativas às interacções dos OGM A) Técnicas de monitorização:
com o ambiente: 1) Métodos de rastreio dos OGM e de moni-
A) Características que afectem a sobrevivência, mul- torização dos seus efeitos;
tiplicação e dispersão: 2) Especificidade (para identificação dos
OGM e para os distinguir do dador, do
1) Características biológicas que afectem a sobre- receptor ou, quando necessário, dos orga-
vivência, multiplicação e dispersão; nismos parentais), sensibilidade e fiabi-
2) Condições ambientais conhecidas ou previstas lidade das técnicas de monitorização;
que possam afectar a sobrevivência, multipli- 3) Técnicas de detecção das transferências
cação e dispersão (vento, água, solos, tempe- do material genético doado para outros
ratura, pH, etc.); organismos;
3) Sensibilidade a agentes específicos; 4) Duração e frequência da monitorização;
B) Interacções com o ambiente: B) Controlo da libertação:
1) Habitat previsto dos OGM; 1) Métodos e procedimentos para evitar e
2) Estudos do comportamento e características dos ou minimizar a disseminação dos OGM
OGM e seu impacte ecológico, realizados em para além do local da libertação ou da
ambiente natural simulado, como, por exemplo, zona designada para a sua utilização;
microcosmos, salas de cultura, estufas; 2) Métodos e procedimentos para a protec-
3) Capacidade de transferência genética: ção do local contra a intrusão de indi-
a) Transferência pós-libertação do material víduos não autorizados;
genético dos OGM para outros organis- 3) Métodos e procedimentos para impedir
mos nos ecossistemas afectados; outros organismos de entrar no local;
b) Transferência pós-libertação do material gené-
tico de organismos nativos para os OGM; C) Tratamento de resíduos:
1) Tipo de resíduos gerados;
4) Probabilidades de selecção pós-libertação que 2) Quantidade prevista desses resíduos;
conduzam à expressão de características gené- 3) Descrição dos tratamentos previstos;
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D) Planos de emergência: 7) Outras potenciais interacções, pertinentes para o


1) Métodos e procedimentos para controlo OGM, da planta com organismos que não sejam plantas
dos OGM em caso de disseminação e que existam no ecossistema onde é geralmente cul-
inesperada; tivada ou noutros locais, incluindo informação sobre
2) Métodos para a descontaminação das zonas eventuais efeitos tóxicos para o ser humano, para os
afectadas, ou seja, erradicação dos OGM; animais e para outros organismos.
3) Métodos para a eliminação ou sanea- C) Informações relativas à modificação genética:
mento de plantas, animais, solos, etc., que 1) Descrição dos métodos utilizados para a modi-
tenham sido expostos durante ou após ficação genética;
a disseminação; 2) Natureza e origem do vector utilizado;
4) Métodos para o isolamento da zona afec- 3) Dimensão, fonte (nome) do(s) organismo(s)
tada pela propagação; dador(es) e função pretendida de cada frag-
5) Planos para proteger a saúde humana e mento constitutivo da sequência que se pretende
o ambiente no caso da ocorrência de efei- inserir.
tos indesejáveis;
D) Informações relativas à planta geneticamente
ANEXO III-B modificada:
Informações exigidas nas notificações relativas à libertação 1) Descrição das características introduzidas ou
de plantas superiores geneticamente modificadas modificadas;
(gimnospérmicas e angiospérmicas) 2) Informação sobre as sequências realmente inse-
ridas/suprimidas:
A) Informações gerais:
a) Dimensão e estrutura da sequência inse-
1) Nome e endereço do notificador (empresa ou rida e métodos utilizados para a sua
instituto); caracterização, incluindo informação
2) Nome, qualificações e experiência do(s) cien- sobre quaisquer partes do vector intro-
tista(s) responsável(eis); duzido na PSGM ou sobre qualquer vec-
3) Título do projecto. tor de DNA alienígeno residualmente
presente na PSGM;
B) Informações relativas: a) ao receptor, ou b) se b) Em caso de delecção, dimensão e função
pertinente, às plantas parentais: da região suprimida;
1) Nome completo: c) Número de cópias da sequência inserida;
a) Família; d) Localização da sequência inserida nas
b) Género; células da planta (integrada nos cromos-
c) Espécie; somas, cloroplastos, mitocôndrias, ou
d) Subespécie; mantida numa forma não integrada) e
e) Cultivar/linhagem; métodos para a sua determinação;
f) Designação comum;
3) Informações sobre a expressão da sequência
2): inserida:
a) Informação relativa à reprodução: a) Informação sobre a expressão evolucio-
i) Modo(s) de reprodução; nária da sequência inserida durante o
ii) Quando existam, factores específicos que ciclo de vida da planta e métodos uti-
lizados para a sua caracterização;
afectem a reprodução; b) Partes da planta onde a sequência inse-
iii) Tempo de geração; rida se exprime (p. ex.: raízes, haste,
b) Compatibilidade sexual com outras espécies de pólen, etc.);
plantas cultivadas ou selvagens e distribuição 4) Informação sobre o modo como a planta gene-
na Europa das espécies compatíveis; ticamente modificada difere da planta receptora
3) Capacidade de sobrevivência: em termos de:
a) Capacidade para formar estruturas de sobre- a) Modo e ou taxa de reprodução;
vivência ou dormência; b) Disseminação;
b) Quando existam, factores específicos que afec- c) Capacidade de sobrevivência;
tem a capacidade de sobrevivência; 5) Estabilidade genética da sequência inserida e
4) Disseminação: estabilidade fenotípica da PSGM;
6) Qualquer alteração da capacidade de transfe-
a) Forma e extensão da disseminação (por exem- rência do material genético das PSGM para
plo, estimativa do modo como o pólen e ou outros organismos;
as sementes viáveis declinam com a distância); 7) Informações sobre quaisquer efeitos tóxicos,
b) Quando existam, factores específicos que afec- alergénicos ou quaisquer outros efeitos preju-
tem a disseminação; diciais para a saúde humana resultantes da
modificação genética;
5) Distribuição geográfica da planta; 8) Informações sobre a segurança da PSGM para
6) No caso de espécies de plantas que não sejam a saúde animal, especialmente no que se refere
normalmente cultivadas nos Estados membros, descri- a quaisquer efeitos tóxicos, alergénicos ou a
ção do habitat natural da planta, incluindo informação quaisquer outros efeitos prejudiciais resultantes
sobre os seus predadores, parasitas, concorrentes natu- da modificação genética, quando a PSGM for
rais e simbiontes; utilizada em alimentos para animais;
2370 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 85 — 10 de Abril de 2003

9) Mecanismo de interacção das plantas genetica- relativas aos requisitos de rotulagem de produtos a colo-
mente modificadas com os organismos alvo se car no mercado que contenham ou sejam constituídos
pertinente; por OGM e de OGM excluídos ao abrigo da alínea d),
10) Potenciais alterações das interacções da PSGM segunda subalínea, do artigo 2.o Serão completadas por
com organismos não alvo resultantes da modi- notas de orientação respeitantes, entre outros aspectos,
ficação genética; à descrição de como deve ser utilizado o produto, a
11) Potenciais interacções com o ambiente abiótico; serem fornecidas pela autoridade competente. A rotu-
12) Descrição das técnicas de detecção e identifi- lagem dos organismos excluídos requerida pelo
cação das plantas geneticamente modificadas; artigo 29.o será respeitada através de recomendações
13) Informações sobre anteriores libertações das plan- adequadas e restrições acerca da utilização do produto:
tas geneticamente modificadas, se pertinente.
A) A notificação para colocação no mercado de
E) Informações relativas ao local de libertação (só um produto que contenha ou seja constituído
para as notificações apresentadas nos termos dos arti- por OGM deve conter as seguintes informações,
gos 5.o e 9.o): para além das mencionadas no anexo III:
1) Localização e dimensão do(s) local(ais) da 1) Designações comerciais propostas para
libertação; os produtos e nomes dos OGM que con-
2) Descrição do ecossistema no(s) local(ais) de têm, bem como qualquer identificação
libertação, incluindo os respectivos clima, flora específica, nome ou código usado pelo
e fauna; notificador para identificar o OGM.
3) Presença de organismos selvagens aparentados Após a autorização, qualquer nova desig-
ou de espécies cultivadas sexualmente com- nação comercial deve ser fornecida à
patíveis; autoridade competente;
4) Proximidade de biótopos oficialmente reconhe- 2) Nome e endereço completo da pessoa
cidos ou de zonas protegidas que possam ser estabelecida na Comunidade que é res-
afectados. ponsável pela colocação no mercado,
quer seja o fabricante, o importador ou
F) Informações relativas à libertação (só para as noti- o distribuidor;
ficações apresentadas nos termos dos artigos 5.o e 9.o): 3) Nome e endereço completo do(s) forne-
cedor(es) de amostras de controlo;
1) Objectivo da libertação;
4) Descrição de como deve ser usado o pro-
2) Data(s) e duração previstas da libertação;
duto que contenha ou seja constituído por
3) Método de libertação das plantas geneticamente
OGM. Devem ser realçadas as diferenças
modificadas;
de utilização ou de tratamento do OGM
4) Método de preparação e gestão do local de
libertação, antes, durante e após a libertação, em relação a produtos similares que não
incluindo práticas de cultivo e métodos de sejam geneticamente modificados;
colheita; 5) Descrição da(s) área(s) geográfica(s) e dos
5) Número aproximado de plantas (ou número de tipos de ambiente em que se pretende uti-
plantas por metro quadrado). lizar o produto no território da Comuni-
dade, incluindo, se possível, uma estima-
G) Informações sobre planos de monitorização, con- tiva da escala de utilização em cada área;
trolo, tratamento pós-libertação e tratamento de resí- 6) Categorias de utilizadores a que se des-
duos (só para as notificações apresentadas nos termos tina o produto: indústria, agricultura e
dos artigos 5.o e 9.o): actividades profissionais, consumo pelo
público em geral;
1) Precauções tomadas: 7) Informações sobre a modificação gené-
a) Distância em relação a espécies sexual- tica, para efeitos de introdução num ou
mente compatíveis, quer organismos apa- mais registos de modificações de orga-
rentados selvagens quer plantas cultivadas; nismos, que possam ser usadas para
b) Medidas para minimizar/impedir a disper- detectar e identificar produtos específi-
são de qualquer órgão reprodutor das cos que contenham ou sejam constituídos
PSGM (p. ex.: pólen, sementes, tubérculos); por OGM a fim de facilitar o controlo
e a inspecção pós-venda. Essas informa-
2) Descrição dos métodos de tratamento do local ções devem incluir, quando pertinente,
pós-libertação; o depósito de amostras do OGM, ou res-
3) Descrição dos métodos de tratamento pós-li- pectivo material genético, junto da auto-
bertação das plantas geneticamente modifica- ridade competente e pormenores sobre
das, incluindo os seus resíduos; as sequências de nucleótidos ou outros
4) Descrição dos planos e técnicas de monito- elementos necessários para identificar o
rização; produto que contenha ou seja constituído
5) Descrição dos eventuais planos de emergência; por OGM e respectiva progenitura,
6) Métodos e processos de protecção do local. nomeadamente a metodologia para
detectar e identificar o produto,
ANEXO IV incluindo dados experimentais que
Informações adicionais
demonstrem a especificidade da metodo-
logia. Devem ser identificadas as infor-
O presente anexo descreve, em termos gerais, as infor- mações que, por motivos de confidencia-
mações adicionais a fornecer em caso de notificação lidade, não podem ser colocadas na parte
para colocação no mercado, bem como informações do registo que é acessível ao público;
N.o 85 — 10 de Abril de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2371

8) Rotulagem, num rótulo ou num docu- a delecção de material genético, a extensão dessa
mento de acompanhamento, proposta, delecção deve ser conhecida. Deve ainda dispor-se
que deve incluir, pelo menos numa forma de informações que permitam identificar o OGM
resumida, um nome comercial do pro- e a sua progenitura durante uma libertação;
duto, uma declaração de que «este pro- 5) Em condições de libertação experimental, o OGM
duto contém organismos geneticamente não deve apresentar mais riscos para a saúde
modificados», o nome do OGM e as humana ou para o ambiente do que os riscos cria-
informações referidas no n.o 2. A rotu- dos pela libertação dos organismos parental,
lagem deve indicar como ter acesso às quando pertinente, e receptor correspondentes. A
informações disponíveis na parte do capacidade de propagação no ambiente e de inva-
registo que é acessível ao público; são de outros ecossistemas não relacionados, bem
B) Quando pertinente, devem ser fornecidas na como a capacidade de transferência do material
notificação as informações a seguir indicadas, genético para outros organismos no ambiente, não
para além das mencionadas no ponto A), de deve dar origem a quaisquer efeitos adversos.
acordo com o artigo 16.o do presente decreto-lei:
ANEXO VI
1) Medidas a tomar em caso de libertação
imprevista ou má utilização; Linhas de orientação para os relatórios de avaliação
2) Instruções ou recomendações específicas
relativas ao armazenamento e à mani- Os relatórios de avaliação previstos nos artigos 17.o
pulação; e 21.o devem incluir, nomeadamente, o seguinte:
3) Instruções específicas para a realização 1) Identificação das características do organismo
de controlos e para a comunicação das receptor relevantes para a avaliação do(s) OGM
informações ao notificador e, quando em questão. Identificação de quaisquer riscos
requerido, à autoridade competente, por
forma que as autoridades competentes conhecidos para a saúde humana e ou para o
possam ser eficazmente informadas de ambiente como resultado da libertação no
quaisquer efeitos adversos. Estas instru- ambiente do organismo receptor não modificado;
ções devem ser coerentes com as previs- 2) Descrição dos resultados da modificação gené-
tas na parte C) do anexo VII; tica no organismo modificado;
4) Restrições propostas para a utilização 3) Avaliação da caracterização da modificação
aprovada do OGM, que indiquem, por genética, para verificar se é suficiente para a
exemplo, onde e para que fins o produto avaliação de quaisquer riscos para a saúde
pode ser utilizado; humana e para o ambiente;
5) Embalagem proposta; 4) Identificação de eventuais novos riscos para a saúde
6) Estimativa da produção comunitária e ou humana e ou para o ambiente que possam resultar
das importações para a Comunidade; da libertação do(s) OGM em questão, por com-
7) Rotulagem suplementar proposta. Esta poderá paração com a libertação do organismo correspon-
incluir, pelo menos numa forma resu- dente não modificado, com base nas avaliações de
mida, as informações mencionadas nos risco efectuadas de acordo com o anexo II;
pontos A), 4) e 5), e B), 1), 2), 3) e 4);
5) Conclusões sobre a conveniência de o(s) OGM
ANEXO V em questão poder(em) ser colocado(s) no mer-
cado como produto(s) ou integrado(s) em pro-
Critérios para a aplicação dos procedimentos diferenciados
duto(s), e em que condições, sobre o(s) OGM
(artigo 9.o) em questão não poder(em) ser colocado(s) no
mercado, ou sobre a eventual necessidade do pare-
São a seguir enunciados os critérios a que se refere
cer de outras autoridades competentes e da
o n.o 1 do artigo 9.o:
Comissão em relação a determinados pontos espe-
1) A classificação taxonómica e a biologia (p. ex.: cíficos da avaliação dos riscos ambientais, os quais
modo de reprodução e de polinização, capa- devem ser especificados. Nas conclusões, deve ser
cidade de cruzamento com espécies afins, pato- feita uma referência clara à utilização proposta,
genicidade) do organismo (receptor) não modi- à gestão dos riscos e ao plano de monitorização
ficado devem ser bem conhecidas; proposto. Caso se conclua que o(s) OGM não
2) Devem existir conhecimentos suficientes no que deve(m) ser colocado(s) no mercado, a autoridade
se refere à segurança para a saúde humana e para competente deverá fundamentar as suas conclu-
o ambiente, sobre o comportamento do organismo sões.
parental, quando pertinente, e do organismo ANEXO VII
receptor no meio em que é efectuada a libertação;
3) Deve dispor-se de informações sobre quaisquer Plano de monitorização
interacções especialmente significativas para a No presente anexo é descrito em termos gerais o objec-
avaliação do risco que envolvam o organismo tivo a cumprir e os princípios gerais a seguir para a con-
parental, quando pertinente, o organismo recep- cepção do plano de monitorização referido no n.o 1 do
tor e outros organismos no ecossistema de liber- artigo 16.o, no n.o 3 do artigo 20.o e no artigo 21.o O
tação experimental; presente anexo será complementado com notas de orien-
4) Deve dispor-se de informações que demonstrem tação a serem fornecidas pela autoridade competente.
que qualquer material genético inserido está A) Objectivo — o plano de monitorização tem por
bem caracterizado, bem como de informações finalidade:
relativas à construção de quaisquer vectores ou
sequências de material genético que tenham Confirmar a correcção de todos os pressupostos
sido utilizados com o DNA transportador. Nos que serviram de base à realização da avaliação
casos em que a modificação genética envolva dos riscos ambientais no que se refere à ocor-
2372 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 85 — 10 de Abril de 2003

rência e impacte de potenciais efeitos adversos 3.1) Sempre que a monitorização específica (caso a
do OGM ou respectiva utilização; caso) tiver de ser efectuada durante um período sufi-
Determinar a ocorrência de efeitos adversos do cientemente longo para permitir a detecção de todos
OGM ou respectiva utilização na saúde humana os efeitos directos e a curto prazo e, sempre que se
ou no ambiente, não previstos na avaliação dos justifique, de todos os efeitos indirectos ou a longo prazo
riscos ambientais. determinados na avaliação dos riscos ambientais;
B) Princípios gerais — a monitorização referida nos 3.2) Sempre que a vigilância puder utilizar práticas de
artigos 16.o, 20.o e 22.o, alínea d), deverá ser efectuada vigilância já consagradas, tais como as relativas à moni-
após a autorização de colocação no mercado do OGM. torização de «cultivares» agrícolas, à protecção fitossa-
Os dados recolhidos através da monitorização deverão nitária ou à utilização de medicamentos para uso vete-
ser interpretados à luz de outras condições e actividades rinário e humano. Será fornecida uma explicação de como
ambientais existentes. Sempre que forem observadas alte- serão facultadas ao titular da autorização as informações
rações ambientais, deverá ser aprofundada a análise com pertinentes obtidas através de tais práticas de vigilância;
vista a determinar se resultam ou não do OGM ou res- 4) Facilitar a observação sistemática da libertação do
pectiva utilização, dado que podem resultar de factores OGM no meio receptor e a interpretação de tal obser-
ambientais alheios à colocação deste último no mercado. vação em termos de segurança para a saúde humana
A experiência e os dados obtidos através da monito- e para o ambiente;
rização de libertações experimentais do OGM poderão ser 5) Estabelecer a quem (notificador, utilizadores, etc.)
de utilidade na concepção do regime de monitorização pós- competirá a execução das diversas tarefas previstas no
-comercialização exigido para a colocação no mercado de plano de monitorização e quem será responsável por
produtos que contenham ou sejam constituídos por OGM. assegurar a sua instauração e boa execução, bem como
C) Concepção do plano de monitorização — o plano garantir a existência de um canal através do qual o titular
de monitorização deverá: da autorização e a autoridade competente sejam infor-
1) Ser particularizado caso a caso e em função da
avaliação dos riscos ambientais; mados de qualquer observação de efeitos adversos sobre
2) Tomar em consideração as características do OGM, a saúde humana e sobre o ambiente (deverá igualmente
as características e escala da utilização a que se destina indicar as datas e periodicidade dos relatórios sobre os
e a gama de condições pertinentes do meio em que resultados da monitorização);
o OGM deverá ser libertado; 6) Prever mecanismos de definição e confirmação dos
3) Integrar a vigilância geral dos efeitos adversos efeitos adversos para a saúde humana e para o ambiente
imprevistos e, se necessário, a monitorização específica observados e permitir que o titular da autorização ou
(caso a caso) dos efeitos adversos determinados na ava- a autoridade competente tomem medidas necessárias em
liação dos riscos ambientais: matéria de protecção da saúde humana e do ambiente.

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