Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
vida urbana
Na mata atlântica brasileira, cortes e feridas têm remédio certo:
macerado de folhas de aroeira em aguardente, conhecido há mui-
tas gerações como cicatrizante e analgésico. A infusão das folhas
é usada internamente para combater o reumatismo. Já as folhas
frescas são mascadas pelos habitantes dessa região para curar
males da boca, como gengivites.
— 1 —
entre si, podem potencializar seus efeitos ou até antagonizar sua
ação final", explica a especialista.
Sincretismo
Nesse cenário, as florestas brasileiras - principalmente a Amazô-
nia - passam a figurar como potenciais celeiros de descobertas.
— 2 —
Na floresta Nacional do Purus, na divisa do Amazonas com o A-
cre, funciona, há três anos e meio, o Ideaa (Instituto de Etnopsi-
cologia Amazônica Aplicada). Nele, uma equipe formada por um
psiquiatra, um antropólogo e cinco psicólogos, entre outros cola-
boradores - quase todos estrangeiros -, toca um projeto cuja pro-
posta é "usar as técnicas da gente da floresta para curar
doenças".
— 3 —
Pajelança urbana
Banhos, garrafadas, florais da floresta. Quem entra no consultório
da acupunturista e terapeuta floral Sônia Valença de Menezes,
em São Paulo, vai provavelmente receber uma receita assim para
atenuar seus males, sejam do corpo, sejam da alma. "A medicina
da floresta dá a chance de tratar corpo e espírito", observa Sônia.
"Nada do que uso fui eu que pesquisei. Só aprendi. Os pesquisa-
dores desses remédios estão na floresta."
Ela diz que a procura por esse tipo de acompanhamento vem au-
mentando e se dá basicamente boca a boca. E o que conduz as
pessoas à trilha que liga selva e cidade é a busca por bem-estar.
"Recebo muitos estressados. Para esses, recomendo pimenta-
longa, que acalma os pensamentos, e banhos de carobinha, que
soltam o que está obstruído."
— 4 —