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A configurao do paradigma que se anuncia no horizonte s pode obter-se por via espec
ulativa.
Uma especulao fundada nos sinais que a crise do paradigma actual emite mas nunca p
or eles
determinada. Alis, como diz Ren Poirier e antes dele disseram Hegel e Heidegger, a
coerncia
global das nossas verdades fsicas e metafsicas s se conhece retrospectivamente 41. Po
r isso, ao
falarmos do futuro, mesmo que seja de um futuro que j nos sentimos a percorrer, o
que dele
dissermos sempre o produto de uma sntese pessoal embebida na imaginao, no meu caso
na
imaginao sociolgica. No espanta, pois, que ainda que com alguns pontos de convergncia
,
sejam diferentes as snteses at agora apresentadas. IIya Prigogine, por exemplo, fa
la da nova
aliana e da metamorfose da cincia42. Fritjof Capra fala da nova fsica e do Taoismo da
fsica43,
Eugene Wigner de mudanas do Segundo tipo 44, Erich Jantsch do paradigma da autoorgan
izao45,
Daniel Bell da sociedade ps-industrial46, Habermas da sociedade comunicativa47.
Eu falarei, por agora, do paradigma de um conhecimento prudente para uma vida de
cente. Com
esta designao quero significar que a natureza da revoluo cientfica que atravessamos
estruturalmente diferente da que ocorreu no sculo XVI. Sendo uma revoluo cientfica q
ue ocorre
numa sociedade ela prpria revolucionada pela cincia, o paradigma a emergir dela no
pode ser
apenas um paradigma cientfico (o paradigma de um conhecimento prudente), tem de s
er tambm
um paradigma social (o paradigma de uma vida decente). Apresentarei o paradigma
emergente
atravs de um conjunto de teses seguidas de justificao.
1. Todo o conhecimento cientfico-natural cientfico-social.