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ORTOGRAFIA
G ou J?
Utiliza-se G:
Palavras terminadas em –ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO, -ÚGIO.
Ex: pedágio, litígio, colégio, relógio, refúgio.
Utiliza-se J:
Palavras derivadas de verbos da primeira conjugação (vermos terminados em –AR, como
amar):
trajar → traje
ajeitar → jeito
enjeitar → enjeitado
injetar → injeção
lisonjear → lisonja
objetar → objetar
projetar → projeção
CUIDADO: viajar → viajem (3ª pessoa do presente do subjuntivo: que eles viajem).
X ou CH?
Utiliza-se X:
Depois de ditongo:
ameixa, eixo, feixe, gueixa, caixa, faixa, ameixa.
Exceção: recauchutar, guache.
ESTRANGEIRISMOS: são aquelas palavras que provêm de línguas estrangeiras (hoje em dia,
especialmente o inglês) e que por algum motivo não encontram uma tradução na língua (ou, pode
haver uma tradução, como no caso de xerox → fotocópia, mas não é a forma mais aceita e mais
comumente utilizada). Isso quer dizer que nos referimos às coisas utilizando a mesma palavra
utilizada em seu idioma de origem. A palavra mouse (informática), por exemplo, encontra tradução
no português de Portugal (rato), mas não no português brasileiro. Assim, falando especificamente de
palavras que não encontram tradução e que são utilizadas da mesma forma como em seus países de
origem, podemos identificar dois tipos de estrangeirismos:
a grafia permanece igual à grafia do idioma de origem: show, shopping, mouse, site*.
a maneira de falar permanece igual, mudando a grafia: hambúrguer, jiu-jítsu, ioga.
Obs.: alguns casos são controversos, como o caso de xópin (seria apropriado aportuguesar a
grafia?). Algumas palavras também são trazidas nos dicionários com as duas formas, como o caso de
chantilly (francês) e chantili, garage (francês) e garagem, stress (inglês) e estresse. Verifiquei estas
duas palavras no dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa e tanto a forma estrangeira
como a aportuguesada aparecem. O que ocorre é uma nítida preferência do autor pela forma
aportuguesada, o que se mostra no fato de que, quando é mostrado o registro da forma estrangeira,
o autor remete para a forma aportuguesada. Já no caso da palavra site, o dicionário registra, mas
recomenda o uso da palavra sítio.
Um caso interessante e recorrente é o uso da palavra recorde. Esta palavra vem do inglês
(record) e se pronuncia, em inglês, com a tônica na primeira sílaba. Verificamos que a pronúncia por
falantes de português (observe os apresentadores de telejornais!) ocorre com a tônica na primeira
sílaba REcorde e também com a tônica na segunda reCORde. Fui ao dicionário e a forma registrada
para a língua portuguesa é RECORDE, o que implicaria na pronúncia com a tônica na sílaba COR;
entretanto, o dicionário admite a possibilidade da tônica estar sobre a primeira sílaba RE, mas, na
língua escrita, caso optemos pela utilização com esta tônica, temos de escrevê-la com acento, já
que, segundo as regras de acentuação, toda a palavra proparoxítona é acentuada. Então, ficaria
RÉCORDE.
K, Y e W não fazem parte do alfabeto brasileiro. São mantidos com estas letras apenas os
símbolos internacionais (kg, kbte), nomes próprios e derivações destes nomes: Kafka → kafkaniano,
Shakespeare → shakespeareano. A única palavra do português brasileiro mantida com o Y é
Itamaraty.
S ou Z?
Utiliza-se S:
Para produzir o som /z/ entre vogais (na maioria das palavras):
casa, defesa, gostoso, horrorosa, frase, tese, osmose, cirrose.
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COMPLEMENTAÇÃO
Exceções:
catequese → catequizar Pedir explicações em
síntese → sintetizar aula!
hipnose → hipnotizar
batismo → batizar
Utiliza-se Z:
Quando, ao buscar palavras da mesma família, não encontramos palavras escritas com S:
cor → corzinha
Carol → Carolzinha Formação do diminutivo (como não havia S na
café → cafezinho primeira forma, o diminutivo é escrito com Z).
piá → piazito
economia → economizar
escândalo → escandalizar Formação de verbos com o acréscimo do sufixo –
terror → aterrorizar IZAR.
esquema → esquematizar
drama → dramatizar
embriagado → embriaguez
limpo → limpeza O que vemos ao lado é um substantivo abstrato se
lúcido → lucidez originando de um adjetivo, que não possui um S
pobre → pobreza anterior. Logo, colocaremos um Z.
frio → frieza