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http://dn.sapo.pt/2008/05/04/nacional/democracia_portuguesa_e_piores_europ.html

Democracia portuguesa é das


piores da Europa

JOÃO PEDRO HENRIQUES

A qualidade da democracia portuguesa está longe de ser comparar às melhores democracias europeias.
Ao invés, encontra-se bastante abaixo da média, situando-se ao nível de países como a Lituânia e a
Letónia, e só acima da Polónia e da Bulgária.

As conclusões são da Demos, uma organização não governamental (ONG) britânica que tem por
principal objectivo "pôr a ideia democrática em prática" através, por exemplo, de estudos. A Demos
divulgou no final de Janeiro um "top" de avaliação da qualidade democrática em 25 países da UE
denominado "Everyday democracy index" (EDI, cuja tradução possível será "index da democracia
quotidiana"). Trata-se de uma avaliação sofisticada que envolve mais itens do que o normal em
avaliações deste género. O escrutínio não se fica pelos aspectos formais da democracia (eleições
regulares, por exemplo). Vai mais longe, avaliando o empenho popular na solução democrática dos seus
problemas e, por exemplo, a qualidade da democracia dentro das relações familiares. Os resultados
quanto a Portugal contrastam, por exemplo, com o último Democracy Índex mundial divulgado pela
revista britânica The Economist, e relativo a 2007. Nessa tabela (ver DN de 5 de Abril), Portugal aparece
classificado em 19º lugar (no mundo), posição que sobe para 12º quando vista apenas entre os 27
países da UE.

No EDI, Portugal está em 21º lugar, ficando apenas à frente da Lituânia, da Polónia, da Roménia e da
Bulgária. Vários países que até há poucos anos orbitavam no império soviético encontram-se melhores
classificados, segundo este "top" (ver gráfico).

O que se passa então com Portugal? Olhando para o gráfico, percebe-se a resposta: de um ponto de um
ponto de vista da democracia formal, Portugal fica em 14º lugar, acima de países como a Espanha ou a
Grécia ou a Itália. O que puxa a democracia portuguesa para baixo são os outros critérios. Por exemplo:
a participação. Aqui a posição portuguesa desce para 19º lugar. Ou seja, as instituições políticas formais
estão pouco cercadas de associações cívicas que as escrutinem.

Um aspecto inovador do estudo da Demos é o que avalia também a "democracia familiar". Tenta
perceber-se em que países há mais direitos para cada um escolher a estrutura familiar. Entre os 25
países analisados, Portugal ficou em 21º. No cômputo geral, a Demos concluiu o que já se intuía: há um
claro padrão geográfico na qualidade das democracias. Os países nórdicos são os melhores. As
democracias vão-se fragilizando à medida que se desce no mapa europeu. Os países protestantes
tendem a ser mais abertos que os católicos.

Verificou-se, por outro lado, que não há uma relação directa entre a qualidade formal da democracia e a
qualidade da democracia quotidiana, que é tanto aquela que se exerce numa assembleia de voto como
aquela que se pratica na reunião familiar onde se decidem as férias do Verão.|

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