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A invasão árabe foi rápida, mas a reconquista do território pelos Visigodos, foi
bastante mais lenta. Esta reconquista originou o nascimento de pequenos reinos
que iam sendo alargados à medida que a Reconquista era bem sucedida.
Primeiro o Reino das Astúrias que viria a ser dividido entre os filhos de Afondo III
das Astúrias quando faleceu. Assim nasceram os reinos de Leão e Castela, e
mais tarde, de Navarra e Aragão e da Galiza.
Henrique de Borgonha ( 1066 ² Astorga, 24 de Abril de 1112) foi Conde de Port ucale
desde 1093 até à sua morte. El e foi o filho de Henrique de Borgonha , herdeiro de
Roberto I, Duque de Borgonha e de Beatriz ou Sibila de Barcelona . Era irmão de
Eudes I.
Sendo um filho mais novo, Henrique tinha poucas possibilidades de alcançar fortuna e
títulos por herança, tendo por isso aderido à Guerra de Reconquista . Ele ajudou,
enquanto cruzado, o Rei Afonso VI de Leão e Castela a conquistar o Reino da Galiza,
que compreendia aproximadamente a moderna Galiza e o norte de Portugal,
recebendo como recompensa com a filha dele, Teresa de Leão com a qual casou.
Deve ter ter casado em finais de 1095 com a jovem e formosa Teresa , filha de Afonso
VI e de Ximena Moniz . Durante os primeiros anos de matrimónio viveram em Toledo.
Alguns anos mais tarde, em 1096, Henrique tornou -se também o Conde Portucalense ,
condado até à data dependente do reino de Galiza, devido à pouca habilidade bélica
que o seu primo, o Conde Raimundo da Galiza, conduzia contra os Mouros.
Henrique teve vários filhos de Teresa. O mais novo, o único que sobreviveu à infância,
foi Afonso Henriques , que se tornou o segundo Conde de Portugal em 1112 .
Por morte de D. Henrique (1112), sucede -lhe a viúva deste, D. Teresa, no
governo do condado durante a menoridade do seu filho Afonso Henriques. O
pensamento de D. Teresa foi idêntico ao do seu marido: fortalecer a vida
portucalense, conseguir a independênc ia para o condado.
Aos catorze anos de idade (1125), o jovem Afonso Henriques arma -se a si
próprio cavaleiro ± segundo o costume dos reis ± tornando-se assim guerreiro
independente, e passando a viver em Coimbra a partir de 1130.
Com efeito, foram as vitórias no campo de batalha contra o Islão, que deram a D.
Afonso Henriques o prestígio e a autoridade necessários para reivindicar, junto
das autoridades castelhana e papal, o direito de usar o título de rei e ser aceite
como soberano pelos seus súbditos.
Foi ainda o sucesso militar que lhe permitiu obter um território suficientemente
amplo para viabilizar a existência de Portugal como reino independente.
Alargando a sua fronteira para sul até à linha do Tejo -Sado, Afonso Henriques
conquista a cidade de Santarém em 1147.
A sua posse abriu-lhe caminho à tomada de Lisboa, feito alcançado com a ajuda
dos cruzados, em 14 de Outubro desse mesmo ano. Seguiram -se-lhes as
conquistas de Sintra, Almada e Palmela, fortalezas importantes para a defesa de
Lisboa, e mais tarde de Alcácer do Sal (1158 -1160).
Ao mesmo tempo que se ia processando o alarga mento territorial para Sul, D.
Afonso Henriques e os seus sucessores dividiam os seus esforços no
povoamento e na organização administrativa, e económica e social das áreas
conquistadas, elementos fundamentais para a consolidação das fronteiras e para
a própria sobrevivência do Reino.
António Fernandes
Nº24 10ºF
História A