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Fabiana Zambonini
Itatiba
2010
SUMÁRIO
Resumo...........................................................................................................................04
1. Introdução...................................................................................................................05
2. Historia Recente..........................................................................................................06
3.1 Alfabetização e Letramento......................................................................................07
3.2 A Formação Docente...........................................................................................08,09
4. A importância de alfabetizar adultos......................................................................10,11
5. Conclusão....................................................................................................................12
Referências Bibliográficas..............................................................................................13
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA – LICENCIATURA – EAD
Município: Itatiba
Estado: São Paulo
Turma: 726
Pólo: Campinas
Tutor(a): Selene Coletti
Semestre/Ano: 4º de 2009
RESUMO
Este artigo traz, inicialmente, um levantamento bibliográfico a respeito das relações
entre a educação de adultos e alfabetização dos mesmos. Destacam-se alguns pontos
importantes sobre suas analogias com o mundo do trabalho, suas conexões possíveis e
necessárias (incluindo aqui as relações interpessoais). Procuramos dentro do assunto, mostrar
uma visão de práticas reflexivas sobre a realidade vivida, enfim, um pensamento pedagógico
voltado a estudos, observações, pesquisas e experiências sobre adultos no ambiente de ensino-
aprendizagem, ampliando a compreensão (sobre a necessidade de desenvolvimento de
metodologia apropriada para alfabetizar jovens e adultos com dialogo e consciência). De
forma gratificante, o homem,e somente o homem é capaz de transcender, discernir, separar
órbitas existenciais, distinguir “ser” de travar relações incorporais, e de certa forma, alcançar o
ontem, reconhecer o hoje e descobrir o amanhã.)
Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos. Historia da Alfabetização de adultos.
Alfabetização. Letramento.
1
Artigo apresentado na Disciplina de Estágio Curricular IV ao Curso de Graduação em Pedagogia – Licenciatura
– EAD, da Universidade Luterana do Brasil, como requisito parcial para conclusão de Curso.
INTRODUÇÃO
A escolha para a discussão sobre o tema, “Adultos não Alfabetizados, surgiu de uma
necessidade de entender e compreender porque os adultos têm interesses e necessidade
diferentes de uma criança em idade escolar”. Aumentou em nós o desejo de saber mais sobre o
que leva um ser humano, na idade adulta, a buscar continuadamente a educação e o
conhecimento para melhorar suas ações.
Quando se pensa em alfabetizar adultos, uma demanda de reflexões fomenta
considerações que destacam aspectos sociais, éticos, políticos e pedagógicos que precisam ser
debatidos. Os princípios primeiros que vem a mente são caracterizados pela natureza de
relação e de participação que adultos tem, como expectativa frente ás novas mudanças e
exigências culturais, tais como o desenvolvimento de certas competências para o trabalho,
para acessar e tratar informações, nem sempre trabalhados na educação escolar para esse
segmento.
Esse artigo como questão norteadora tem a seguinte problematização:
Quais reflexões podem fundamentar a prática com o processo de alfabetização e/ou
com o desenvolvimento da leitura e da escrita?
Do ponto de vista histórico,observa-se que a educação sempre foi marcada por
processos descontínuos e campanhas que, em sua maioria, não foram suficientes para
consolidar escolarização desse enorme contingente de brasileiros.
Já a razão da escolha de se aprofundar nos estudos sobre os adultos não alfabetizados,
baseia-se, em que os adultos são alunos que devem ser levados em conta quando se planeja
educação escolar de qualidade, são pessoas com idade em fase de desenvolvimento de vida
com experiências muito diferenciadas. È muito comum ainda, a concepção de que a partir de
certa idade já é tarde para se estudar. Contudo, há histórias de vida que tem mostrado
justamente o contrário: a garantia da educação de qualidade para jovens e adultos tem
permitido mudanças nos relacionamentos dos sujeitos envolvidos, abrindo novas
possibilidades profissionais.
Isto vem a ser de grande importância para o estudo acadêmico, devido a evolução
permanente de construção/reconstrução dos professores sobre o processo de alfabetização de
adultos. Além de revelar distintos espaços, conhecimentos e oportunidades que a área oferece.
O professor da Eja, deve, ser um professor especial, capaz de identificar o potencial de cada
aluno. O perfil do professor é muito importante para o sucesso da aprendizagem do aluno
adulto que vê seu professor como um modelo a seguir .
Espera-se, que, com o desenvolver da conclusão dessa pesquisa, novos esclarecimentos,
e possibilidades de soluções acerca do assunto, e possam estar de acordo com á ética
pedagógica, obtendo como resultado positivo, que este assunto esteja sempre presente em
discussões e em encontros de professores, debates, simpósios, conferências, congressos ou
qualquer meio de comunicação que reforce cada vez mais sua importância.
Através do mesmo, será possível entender e melhorar:
- O significado que o adulto busca sempre uma resposta para as questões;
- Compreender, socializar, partilhar o ensino-aprendizagem com o aluno;
- Respeitar o ritmo do adulto;
- Participação, adequação com interdisciplinaridade do aluno para alcançar prestigio social.
Procuramos colaborar com a discussão e reflexão sobre, como trabalhar com o adulto
não alfabetizado. Saber para onde vai, é uma necessidade adulta, que justifica o caminho
proposto e faz aceitar os obstáculos eventuais. A objetividade é sempre motivante. Por isso o
projeto terá o intuito de:
- Explicar a importância que o adulto não alfabetizado tem para os educadores,
- Mostrar que os alunos do EJA, têm necessidades e podem aprender,
- Respeitar e valorizar o aluno e o educador, pois o adulto só aprende se quiser, gosta de
aprender resolvendo problemas ligados com a realidade, mas precisam ser orientados.
HISTÓRIA RECENTE
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
A FORMAÇÃO DOCENTE
“Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação
econômica dos indivíduos ou das classes sociais. Sou professor contra a ordem capitalista vigente que
inventou esta aberração: a miséria na fartura. (FREIRE, 1996)”. Muito se discute, atualmente, sobre
a formação do professor de jovens e adultos, pois o educador deve ter consciência de sua força
no desenvolvimento do educando.A educação de jovens e adultos requer do educador conhecimentos
específicos no que diz respeito ao conteúdo, metodologia, avaliação, atendimento, entre outros, para
trabalhar com essa clientela heterogênea e tão diversificada culturalmente (Arbache, 2001, p. 19).
O professor da EJA deve compreender a necessidade de respeitar a pluralidade cultural,
as identidades, as questões que envolvem classe, raça, saber e linguagem dos seus alunos, caso
contrário, o ensino ficará limitado à imposição de um padrão, um modelo pronto e acabado em
que se objetiva apenas ensinar a ler e escrever, de forma mecânica.. Enfim, o que se pretende
com a educação de jovens e adultos é dar oportunidade igual a todos.
Novo enfoque está sendo dado à educação de jovens e adultos, conforme Arbache:
É necessário superar a idéia de que a EJA se esgota na
alfabetização, desligada da escolarização básica de
qualidade. É também necessário superar a descontinuidade
das ações institucionais e o surgimento de medidas isoladas
e pontuais, fragmentando e impedindo a compreensão da
problemática. É preciso desafiar o encaminhamento de
possíveis resoluções que levem à simplificação do
fenômeno do analfabetismo e do processo de alfabetização,
reduzindo o problema a uma mera exposição de números e
indicadores descritivos. Visualizar a educação de jovens e
adultos levando em conta a especificidade e a diversidade
cultural dos sujeitos que a ela recorrem torna-se, pois, um
caminho renovado e transformador nessa área
educacional (ARBACHE, 2001, p. 22).
Educar jovens e adultos, hoje, não é apenas ensiná-los a ler e escrever seu próprio nome.
É oferecer-lhes uma escolarização ampla e com mais qualidade. E isso requer atividades
contínuas e não projetos isolados que, na primeira dificuldade, são deixados de lado para o
início de outro. Além disso, a educação de jovens e adultos não deve se preocupar apenas em
reduzir números e índices de analfabetismo. Deve ocupar-se de fato com a cultura do ducando,
com sua preparação para o mercado de trabalho e como previsto nas diretrizes curriculares da
EJA a mesma tem como funções: reparar, qualificar e equalizar o ensino.
A sociedade educa o educador num processo sem fim e de complexidade crescente e, da
mesma forma, controla suas atividades, pois a qualidade técnica e profissional do educador
está sempre submetida ao controle social pelos dispositivos legais que lhe atribuem este grau,
asseguram-lhe o exercício da docência e lhe proporcionam meios de constante
aperfeiçoamento. Contudo, há outro controle, que é, de fato, o mais importante: o que é
exercido pela própria consciência do educador. É o autocontrole do professor, compete:
Além de incrementar seus conhecimentos e
atualizá-los, esforçar-se por praticar os
métodos mais adequados em seu ensino,
proceder a uma análise de sua própria
realidade pessoal como educador, examinar
com autoconsciência crítica sua conduta e seu
desempenho, com a intenção de ver se está
cumprindo aquilo que sua consciência crítica
da realidade nacional lhe assinala como sua
correta atividade. (PINTO, 2000, p. 113).
Com base na pouca experiência de sala de aula, mas em pesquisas que refletem sobre o
tema, sabemos que os motivos que levam esses jovens e adultos à escola referem-se
predominantemente às suas expectativas de conseguir um emprego melhor através da
dimensão cartorial, isto é, necessitam de um diploma ou certificado de escolaridade. Mas suas
motivações não se limitam a este aspecto. Muitos se referem também à vontade mais ampla de
“entender melhor as coisas”, “se expressar melhor”, de “ser gente”, de “não depender sempre
dos outros”. Especialmente as mulheres, referem-se muitas vezes também ao desejo de ajudar
os filhos com os deveres escolares, ou simplesmente, dar-lhes um bom exemplo.
A relação dialógica entre professor, alunos e conhecimento são algo extremamente
dinâmico e muito diferente da educação escolar infantil. O universo de diálogo é outro e os
adultos, que são pessoas com conhecimentos construídos ao longo da vida, carecem ampliar a
nomeação ou classificação dos mesmos, trabalho de natureza escolar, necessário para o
estabelecimento da comunicação e compreensão em qualquer ambiente. È questão de justiça
social ampliar as oportunidades educacionais para aqueles que tem ultrapassado a idade para
realizar seus estudos ficarem à margem das oportunidades de acompanhar os progressos
científicos e culturais, vivenciando fracassos e insucessos na exigência requerida pela vida
cidadã. Como nos auxilia Garcia, neste sentindo:
Como lidar com a incerteza, quem foi criada com certezas
definitivas, como aceitar a duvida como método, quem se
formou na crença de conhecimentos absolutos, como rever
a própria idéia de um progresso continuo quando são
apontados outros caminhos, novos caminhos, novas
possibilidades para as sociedades, para os homens e
mulheres, e até posta em questão a idéia de progresso,
associada o desenvolvimento, e tantas vezes confundida
com desenvolvimento. (GARCIA,2003).
CONCLUSÃO
CORRÊA, r.o. Luis, Fundamentos Metodológicos em EJA I. Curitiba: IESED Brasil S.A.,
2008.
GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. (Orgs.). Educação de Jovens e Adultos: teoria, prática
e proposta.7. ed. São Paulo: Cortez/Instituto Paulo Freire, 2005.v.5.
FREIRE, P. A importância do ato de ler. 17. ed. São Paulo: Cortez, 1987