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CASO 2
CASO 3
Porto Seguro é uma das IPSS mais antigas das freguesias de Lisboa e procura ser uma
instituição de referência. Por esta razão cria uma série de grupos de reflexão nas suas
diferentes valências de forma a dar resposta às necessidades, motivações e interesses
do seu público-alvo, em particular os seus educadores.
Na sequência do referido, convida Matilde e Diogo, elementos da Associação de Pais, a
integrar o grupo de avaliação da qualidade da creche e jardim-de-infância que tem
como principal missão construir o projecto curricular. De facto, não sendo obrigatória a
frequência destas estruturas por crianças com idade inferior aos 6 anos de idade, cabe
a cada instituição no respeito pelas meras orientações curriculares propostas pelo
Ministério da Educação, definir o seu modelo curricular, objectivos e actividades. Um
projecto consistente e fundamentado tornará a instituição mais atractiva ao educador
que hoje, face ao seu papel profissional e estrutura familiar, procura cada vez mais
estes serviços.
Matilde é mãe de Tomás (5 anos de idade; terceiro ano na instituição) e Diogo é pai
de Mafalda (2 anos; primeira vez na instituição depois de ter estado com os avós
paternos) e serão os representantes das valências dos seus filhos no grupo referido. Na
sequência das reuniões que tiveram com os restantes educadores identificam como
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principal preocupação os projectos de transição/adaptação. Os pais das crianças da
sala dos cinco anos, por exemplo, relataram inúmeros episódios de resistência à escola.
É o caso de Francisca, filha de Joaquim e Manuela, que nas últimas semanas acorda
todas as manhãs dizendo “Não quero ir para escola!!!”. Os pais tentam conversar com
ela e identificar os motivos da sua resistência mas a Francisca nada refere. Quando
questionada sobre o assunto, a Educadora tem de facto notado que está mais isolada
sem o entusiasmo habitual na realização das actividades, em particular nas que tem sido
desenvolvidas no âmbito do projecto de transição para o 1.ºciclo.
Como psicólogo/a da instituição é também integrado/a nestes grupos de reflexão e a
coordenadora do Serviço de Psicologia solicita-lhe que na próxima reunião de equipa
apresente uma planificação do processo de avaliação a desenvolver de forma a
envolver a equipa no mesmo, em particular na própria construção do projecto curricular.
CASO 4
A Maria tem 45 anos, está desempregada há 11 meses, tem o 12º ano de escolaridade
(curso geral), é divorciada há 5 anos e vive sozinha. Tem dois filhos que vivem
autonomamente longe da cidade onde reside.
A Maria trabalhou durante 20 anos como secretária de uma empresa do sector têxtil. A
Empresa foi vendida, houve uma reestruturação e a Maria foi, inesperadamente,
despedida. Actualmente está a receber o subsídio de desemprego. A Maria considera
que é muito difícil encontrar um novo emprego, sobretudo nas funções que antes
desempenhava, uma vez que, actualmente, exigem outro tipo de qualificações para a
profissão.
A Maria refere que ultimamente se sente muito triste, sem vontade de viver, sozinha e
desanimada. De manhã tem muitas dificuldades em se levantar e ultimamente quase não
sai de casa. Menciona que tem muitos problemas em adormecer e que passa,
frequentemente, noites inteiras sem dormir. Apresenta ainda queixas generalizadas de
dores, sobretudo dores de cabeça, emagreceu nos últimos meses e parece apresentar
muitos problemas de memória.
A Maria foi ao médico de família e realizou alguns exames médicos. Não tendo sido
encontrado nenhum problema/explicação, foi encaminhada para a consulta de
psicologia.