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http://dn.sapo.pt/2008/05/01/sociedade/professores_musica_integrar_carreira.html
O Ministério da Educação vai profissionalizar os professores do ensino artístico (música e dança) da sua
rede, perto de 300, tendo em vista a sua integração na carreira docente. O anúncio foi feito ontem pelo
secretário de Estado, Valter Lemos, numa audiência na Comissão de Ética, Sociedade e Cultura, no
Parlamento.
À saída da reunião, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, disse estar a resolver um "impasse
de 20 anos" no sector: "Temos muitos professores a trabalhar nos conservatórios que nunca tiveram a
possibilidade de integrar a carreira ou até de progredir. O que iremos fazer é reconhecer a
profissionalização, em determinadas condições de idade e tempo de experiência".
A medida - que será aplicada a partir do próximo ano lectivo e consta de um diploma já aprovado pelo
Ministério -implica o cumprimento de determinados requisitos profissionais. Assim, só os professores com
15 anos de serviço docente, ou 10 anos de serviço e 45 de idade, serão dispensados da realização de uma
"profissionalização em serviço". Os restantes, para poderem aceder a esta formação em 2008/09, terão de
ser titulares de habilitação para a docência e completar pelo menos seis anos de serviço até ao final de
2008.
A reunião de ontem ficou marcada pela discussão do regime integrado para o ensino artístico. A reforma,
com a qual o Ministério promete massificar o acesso ao ensino da música, rentabilizando os docentes em
exercício nos conservatórios e socorrendo-se de parcerias com privados, tem sido muito criticada por alguns
profissionais do sector.
Entre as acusações e receios, dos quais os deputados da oposição fizeram ontem eco, está a possível perda
de qualidade dos cursos de iniciação nos conservatórios, porque os professores terão de trabalhar com
muito mais alunos. Outro aspecto é o fim do regime supletivo, que permitia que alunos, incluindo adultos,
frequentassem aulas nos conservatórios em regime livre sem estarem inscritos nos respectivos currículos
do secundário.
Confrontada pelo DN com a possibilidade de se perder algo com a reforma, a ministra não fugiu à questão:
"Perde-se sempre. Mesmo quando não se diz que se estão a fazer escolhas elas fazem-se. Quando uma
escola decide que 30% dos seus lugares são para alunos adultos faz uma escolha: dar prioridade aos alunos
adultos em vez de a dar aos alunos jovens", disse, assumindo que o Ministério dá "prioridade aos alunos do
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Quanto ao facto de o Conservatório de Lisboa e o Instituto Gregoriano, também na capital, ainda não terem
chegado a acordo com o Ministério, Lurdes Rodrigues preferiu destacar "os cinco conservatórios" que já o
fizeram, os restantes do País, considerando ter ficado provado que há "forças de mudança" a apoiarem as
suas ideias para o sector.|
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