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8º Semestre - Ética

Da Atividade da Advocacia.
A Atividade da Advocacia é exercida com observância da Lei 8.906/94 (Estatuto), do
Regulamento Geral, do Código de Ética e Disciplina e dos Provimentos.
O exercício do “jus postulandi” (direito de petições) perante órgãos do poder judiciário
e os juizados especiais e a atividade de consultoria, assessoria e direção jurídica são atos
privativos apenas dos advogados regularmente inscritos na OAB e não impedidos ou
licenciados.
É obrigatório também o visto nos estatutos e contratos para constituição das pessoas
jurídicas e outros atos levados a registro perante a Jucesp.
- Exercício ilegal da profissão regulamentada (ex: advogar sem carteira da Ordem).
- Nulidade Absoluta dos atos praticados (ex: os atos praticados por uma pessoa sem
carteira da ordem não tem validade nenhuma).
Exceções em que se pode atuar sem advogado
a) Hábeas Corpus – o Habeas Corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, a lei da
esta possibilidade (art. 1º, III DA LEI 8.906/94).
b) Juizado Especial ≤ 20 salários mínimos (art. 9º da lei 9099/95 ).
No regime da Lei 9.099/95, como se sabe, nas causas de valor até vinte salários
mínimos, as partes têm capacidade postulatória, podendo comparecer pessoalmente no
processo, sem que estejam representadas por advogados, bacharéis em Direito
regularmente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil; nas causas acima daquele
valor, a assistência é obrigatória (art. 9°).
No Código de Processo Penal, inscreveu-se que “A revisão poderá ser pedida pelo
próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo
cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão” (art. 623) e que “O hábeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa,
em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público” (art. 654).
c)Justiça do Trabalho – Na Consolidação das Leis do Trabalho, o caput do art. 791
dispõe que “Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente
perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final”.
Quando acontece de postular em juízo sem advogado na justiça do trabalho a própria
vara formula o pedido, podendo o reclamante ir até o recurso de revista sem advogado.
Advogado Estrangeiro: consultoria de direito estrangeiro atinente ao país de Origem.
O advogado formado no exterior pode advogar no nosso país? Não, ele esta vetado,
mas pode prestar consultoria em direito estrangeiro, se esta matéria for atinente ao país
de origem.
Estagiários prática de atos em conjunto com o advogado. O estagiário não pode
praticar atos privativos do advogado (Art. 72 do estatuto).
Art. 3º, §2º - Estagiários prática atos em conjunto com o advogado, mas a
responsabilidade é do advogado.
Exceções:
Carga autos
Certidões
Petições de juntada de documentos
Função Social e Independência do Advogado
O advogado exerce atividade pública iminentemente de cunho social.
Não existe direito sem advogado independente. O advogado não se subordina a
ninguém, sua independência é absoluta no exercício de seu mister. O advogado não é
subordinado ou vinculado a qualquer órgão Estatal, devendo sempre se guiar pelos
preceitos éticos da profissão.
Não há Hierarquia nem subordinação entre advogados e membros do ministério
público.
Cláusula Adjudicia - Serve para seu advogado realizar atos dentro da justiça - do
Poder Judiciário.
O advogado pode atuar sem procuração? Sim, segundo o art. 5º, § 1º pode atuar em
casos de urgência, desde que se obrigue a apresentar a procuração no prazo de 15 dias
podendo prorrogar por mais 15.
Art. 37 CPC - Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar
em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência
ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes.
Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente de caução, a exibir o
instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável até outros 15
(quinze), por despacho do juiz.
A procuração Habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, salvo aqueles
que dão poderes especiais. Por ex: art. 37 do CPC. Onde fala que pode postular em
juízo sem procuração para evitar a decadência ou prescrição e ainda em atos urgentes,
mas com uma ressalva do art. 5º, §1º da lei 8.906/94 onde diz que tem que juntar a
procuração no prazo de 15 dias podendo prorrogar por mais 15.
Em casos urgentes, para não haver prejuízo para a parte representada pode o advogado
entrar nos autos, ou no processo, sem a exibição do mandato, protestando por sua
juntada, no prazo de 15 dias. Antes de findar este prazo, deverá requerer sua
prorrogação, se ainda não estiver em condições de apresentar o instrumento.
Não cabe ao juiz julgar da impossibilidade ou não da apresentação do mandato; basta,
para tal, a alegação do advogado, que entretanto ficará responsável pela prática de atos
sem a necessária cobertura.
Não é necessário, como foi dito, comprovar qualquer circunstância para a não exibição
do mandato, quando da atuação do advogado, nem cabe ao juiz negar este privilégio.
Basta a alegação plausível da impossibilidade de sua apresentação, e de que haverá
prejuízo, em caso de não estar ali representada a parte, naquele momento.
Mandato (procuração) - O mandato é o instrumento pelo qual se prova que alguém
confiou ao advogado a defesa de seus interesses, na esfera judicial ou no campo
extrajudicial; sem mandato, o advogado não pode agir, a não ser em causa própria e nos
demais casos previstos nesta lei, que veremos a seguir.
O mandato é sempre escrito, por instrumento público ou particular, dispensado, para o
último, o reconhecimento de firma (art. 38 do CPC, com a redação da Lei n.° 8.952/94).
Substabelecimento sem reserva de poderes – Neste o advogado passa todos os
poderes conferidos a ele para que outro colega continue respondendo neste processo.
Substabelecimento com reserva de poderes – Neste o advogado confere poderes, mas
são provisórios, ex: para que o estagiário atue em um processo seu.
As Clausulas especiais que trata o art. 5º, § 2º da lei 8.906/94, são aquelas que se
encontram na ressalva do art. 38 do CPC.
Art. 38 CPC- A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou
particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo,
salvo para receber citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido,
transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar
quitação e firmar compromisso.
Da Indispensabilidade e Inviolabilidade
No inciso I do art. 133 , temos a "postulação em qualquer òrgão do Poder Judiciário e
aos juizados especiais". Deve-se compreender a expressão "postulação" tal como é vista
no CPC, art. 36 e seguintes, quando se fala da representação da parte, para propor ou
contestar ação, ou nela intervir de qualquer forma, no sentido de obtenção de decisão
judicial. A postulação aqui mencionada não se confunde com o direito de petição, que
pode ser exercido por qualquer pessoa capaz, ou por incapaz devidamente representado;
quando se fala em postulação, ou em direito postulat6rio, fala-se no direito de pedir ao
Poder Judiciário uma decisão judicial, relativa a um litígio entre partes privadas, ou
entre organismo governamental e parte privada, ou ainda entre comunidades ou
entidades coletivas, e outras partes ou o próprio governo.
A atividade postulatória do advogado, com o fim de tentar convencer o magistrado,
constitui munus público, sujeitando-o, nos casos de desídia ou imperícia, às penas da
lei, enfrentando o Tribunal de Ética, no campo interno, e processo judicial, no campo
externo. Esta atividade, entretanto, bem desenvolvida, dá ao advogado, além da
satisfação pessoal e da remuneração condigna, a condição de cidadão que presta
relevante serviço ao pais.
O advogado, como operador de direito e intermédio entre a parte e o juiz, deve garantir
o exercício do direito de defesa, sendo, portanto, indispensável a administração da
justiça, cujo o objetivo é dar a cada um o que lhe pertence.
No exercício do múnus público da advocacia, o advogado goza de imunidade judiciária
e inviolabilidade constitucional, para que não se intimide, defenda a constituinte com
desassombro. Não podendo ser tolhido ou acomodado.
São Invioláveis
- escritório ou local de trabalho
- dados armazenados em computadores
- correspondência.
- comunicação
- sigilo profissional
É da Inviolabilidade, que decorre da necessidade de se garantir independência e
segurança ao advogado, não poderá, em hipótese alguma, ter como conseqüência a
irresponsabilidade. Agindo com culpa ou dolo, deverá o inscrito na OAB sofrer as
conseqüências de seus atos assim qualificados, enquanto a inviolabilidade tem
características próprias, não podendo sofrer processo por difamação, injúria ou desacato
(ou ainda por calúnia, quando autorizado por seu cliente, art. 7.°, § 2.°). A
responsabilidade civil ou criminal, por culpa ou dolo, em qualquer outro caso, apurada
em processo regular, não o eximirá das sanções cíveis ou criminais, como, aliás,
acontece com qualquer cidadão.
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu
procurador; (Não constitui crime a ofensa praticada em juízo , ou seja, o juiz pode
aplicar sua sentença sem medo de ser interrompido, também o advogado tem obrigação
de defender seu cliente da melhor forma possível sem restrição, sem ser interrompido).
* O advogado tem obrigação de manter sigilo e tem direito a inviolabilidade no
exercício da profissão, no seu escritório não pode ser violado. Além de seu escritório
não poder ser violado, também não deve ser violados os arquivos do advogado, no
interesse da profissão, ou seja, os arquivos decorrentes da profissão.
Prerrogativas e direitos dos Advogados
Art. 133 CF/88 - O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo
inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Art. 1º, 2º, 6º e 7º do Estatuto da OAB.
Art. 1º São atividades privativas de advocacia:
I - a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas.
§ 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de hábeas
corpus em qualquer instância ou tribunal.
§ 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só
podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por
advogados.
§ 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade.
Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça.
§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função
social.
§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão
favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem
múnus público.
§ 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e
manifestações, nos limites desta lei.
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e
membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e
respeito recíprocos.
Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da
justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível
com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.
Direitos
Estão expressos nos incisos I a XX do art. 7o e, dada a natureza da disposição, não
podem ser considerados exaustivos, pois poderá haver outros, não mencionados , e que
devam ser reconhecidos, desde que necessários ao cumprimento do mandato. Além do
mais, estes são direitos relativos ao exercício profissional, sem que sua exemplificação
possa prejudicar os direitos do advogado como cidadão, cujos direitos e garantias se
acham inscritos na Constituição.
Art. 7º São direitos do advogado:
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;
O advogado, devidamente inscrito na OAB, pode atuar em qualquer recanto do
território nacional. Deve ter sua inscrição numa Seccional, seja diretamente na capital
do estado, ou no Distrito Federal, ou em qualquer Subsecção.
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus
instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e
telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia;
Para que possa exercer com liberdade sua profissão, o advogado precisa ter garantida a
inviolabilidade de seu escritório, pois ali guarda ele a documentação relativa a todos os
processos em que atua, e mais os documentos que lhe são fornecidos pelas partes. É
claro que esta inviolabilidade não é absoluta, pois havendo mandado de busca e
apreensão assinado por magistrado, o escritório e seus arquivos podem ser vasculhados;
o cumprimento deste mandado, entretanto, só pode ser efetivado com o
acompanhamento de representante da OAB; nas Subsecções, provavelmente por
membro da diretoria, ou advogado especialmente designado para tal, e, nas sedes das
Seccionais, por membro da comissão de defesa e assistência. Sem este
acompanhamento, a diligência se torna ilegal, respondendo os que a efetivaram civil e
criminalmente.
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem
procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em
estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis;
O Estatuto tornou quase irrestrito o direito de comunicação do advogado com seu
cliente, inclusive aquele que ainda não lhe outorgou procuração.
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por
motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob
pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
A prisão em flagrante de advogado pode ser devida a fato ligado ao exercício
profissional ou não. No primeiro caso, há necessidade de que haja um representante da
OAB, assistindo ao auto de flagrante, sob pena de nulidade do ato; no segundo caso,
deve a autoridade que lavrou o flagrante comunicar, imediatamente, o fato ao órgão da
OAB a que estiver ligado diretamente o advogado, para que se prossiga no processo.
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala
de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, e, na sua falta, em
prisão domiciliar;
O advogado, preso por força de flagrante ou mediante prisão preventiva, ou, ainda, em
caso especial, prisão cautelar, só poderá ser levado a sala de Estado Maior que tenha, a
juízo do seu órgão de classe, as condições desejáveis para acolhê-lo. No caso de,
localidade que não tenha estabelecimento militar, ou em que inexista sala de Estado
Maior (ou equivalente), ou ainda em que esta não satisfaça as condições exigidas pelo
órgão da OAB, a prisão só poderá efetivar-se mediante prisão domiciliar, ficando o
advogado à disposição da autoridade que determinou a sua prisão, até a soltura, ou até
trânsito em julgado de sentença condenatória.
VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos (cancelos é a
cerca, que faz a divisão entre o publico e o MP) que separam a parte reservada aos
magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça,
serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora
de expediente e independentemente da presença de seus titulares;(EX: o advogado pode
ir até a casa do juiz atrás de um despacho.)
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro
serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil
ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido,
desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;
d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu
cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;
(ex: reunião de condomínio).
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no
inciso anterior, independentemente de licença;
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho,
independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a
ordem de chegada;
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante
intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos,
documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar
acusação ou censura que lhe forem feitas;(ex: usar da expressão “pela ordem” toda
vez que estiver com a palavra e for interrompido.)
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou
autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;(ex: se
o juiz não quiser atender o advogado, qualquer arbitrariedade do juiz contra o
advogado.
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva
da Administração Pública ou do Poder Legislativo;(na pratica o advogado sempre
esta sentado, mas se lê quiser pode ficar de pé em audiência).
Os incisos X, XI e XII tratam dos direitos que cabem ao advogado de se pronunciar
durante os julgamentos, seja em sessões do Poder Judiciário, nos juízos singulares, ou
nos tribunais, seja em qualquer sessão de órgão de deliberação coletiva dos poderes
executivo ou legislativo, para:
a) esclarecimentos de equívoco ou dúvida, em relação a fatos ou documentos que
influam no julgamento;
b) replicar acusação ou censura que lhes forem feitas;
c) reclamar contra inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
d) falar, sentado ou em pé, perante os órgãos do Poder Judiciário, administração
pública, ou do Legislativo.
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da
Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo
sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias,
podendo tomar apontamentos;
XIV - examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de
flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade,
podendo copiar peças e tomar apontamentos;
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em
cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez
dias;
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou
em razão dela;
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado;
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva
funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo
quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua
sigilo profissional;
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após
trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade
que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:
1) aos processos sob regime de segredo de justiça;
2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer
circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou
repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício,
mediante representação ou a requerimento da parte interessada;
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os
respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação
puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou
fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que
cometer.
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da
profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste
artigo.
§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados,
fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os
advogados, com uso assegurados à OAB
§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou
função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público
do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.
§ 6o Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de
advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da
inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada,
expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido
na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização
dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado
averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham
informações sobre clientes
§ 7o A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do advogado
averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-
autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade.

· Exame Dos Autos , Autos De Inquérito E De Flagrante


· Sigilo Profissional - Como em toda a profissão, há segredos de que tem
conhecimento o advogado que devem permanecer como tais, para não haver prejuízo
para as partes. O segredo profissional, por este motivo, ou por outros, é reconhecido
pelo Direito brasileiro, e não poderia estar ausente neste Estatuto. O advogado, lidando
com interesses patrimoniais e morais da mais alta relevância, não poderia estar sujeito
às regras existentes para as pessoas que não necessitam, para sua atividade, do
conhecimento de fatos que seus clientes queiram manter secretos. Tem ele, portanto, o
direito de se recusar a depor sobre fatos sigilosos que tenham chegado a seu
conhecimento por força de sua profissão.
. Imunidade Profissional - O advogado tem inviolabilidade física, no exercício de sua
profissão, por seus atos e manifestações, nos limites desta lei. A disposição, aqui, se
refere à imunidade criminal, quando, no exercício da profissão, por suas manifestações
e seus atos, o advogado pratique algum ato que pudesse ser caracterizado como injúria,
difamação ou desacato.
· Salas Especiais : Controle Da OAB - Deverá haver, nos Fóruns e juizados singulares
ou coletivos, delegacias de polícia e presídios, salas especiais à disposição da OAB, sob
seu controle exclusivo, para uso pelos seus inscritos; incluem-se aí os fóruns do interior
e os tribunais, inclusive superiores, presídios de que categoria forem, delegacias de
polícia de qualquer natureza, sem distinção alguma. Em todas repartições aqui
mencionadas deverá o Judiciário ou o Executivo manter tais salas, e, não as havendo,
quando da publicação da lei, providenciar, em tempo breve, sua instalação.
· Ofensa A Inscrito Na OAB, No Exercício Da Profissão, Ou No Cargo
Ou Função Em Seus Órgãos - A ofensa irrogada contra qualquer advogado no
exercício de sua profissão deverá ser respondida, “ex oficio” ou a requerimento do
interessado, pelo órgão dirigente da OAB a que estiver ligado (Seccional onde tem a
inscrição principal), com a medida de desagravo.
· Honorários Profissionais : Ruy de Azevedo Sodré , adverte : "A profissão
do advogado é uma árdua fadiga posta ao serviço da Justiça. A missão do advogado
não consiste na venda dos seus conhecimentos, por um preço chamado honorários,
senão na luta diária pela atuação da justiça nas relações humanas! Esta missão não
tem equivalente pecuniário e, por ela, a remuneração que se paga não é o preço da paz
que se procura, senão o das necessidades de quem se consagra a esta nobre forma de
vida” Os honorários hão de ser fixados com moderação e os critérios para seu
estabelecimento são previstos no Código de Ética: I. a relevância, o vulto, a
complexidade e a dificuldade das questões versadas; II. o trabalho e o tampo
necessários; III. a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros
casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros; o valor da causa, a condição
econômica do cliente e o proveito para de do serviço profissional; V. o caráter da
intervenção, conforme se de serviço a cliente avulso, habitual ou permanente; VI. o
lugar da dos serviços, fora ou não do domicilio do advogado; VII. a competência e
renome do profissional; VIII. a praxe do foro sobre trabalhos
7 – DEVERES
Nos arts. 31 a 33 da Lei 8906/94 encontramos alguns dos deveres dos advogados . O
Art. 31 preceitua : “O advogado deve proceder de forma que se torne merecedor de
respeito e que contribua para o prestígio da categoria e da advocacia. § l.° - O
advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em qualquer
circunstância. § 2.° - Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer
autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exercício
da profissão.”
Quis o legislador, neste artigo, enfatizar ao inscrito na OAB seu papel na sociedade e
seu dever para com a categoria a que pertence. Não basta ao advogado ser honesto e
capaz na vida profissional. Também na vida privada deve zelar pelo seu comportamento
ético, já que a profissão que abraçou o leva a prestar "serviço público" e a exercer
"função social" (art. 2.°, § 1.°).
O Art. 32 , preceitua : “O advogado é responsável pelos atos que, no exercício
profissional, praticar com dolo ou culpa. Parágrafo único - Em caso de lide temerária,
o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com
este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria.” Aludindo à
responsabilidade do profissional do Direito, no exercício da profissão , o art. 32 faz
menção ao dolo e à culpa, daí se entendendo que, sem essas modalidades de fatos
subjetivos da conduta, não se há de ver responsabilidade.
O Art. 33 preceitua que “O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres
consignados no Código de Ética e Disciplina. Parágrafo único - O Código de Ética e
Disciplina regula os deveres do advogado para com a comunidade, o cliente, o outro
profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do patrocínio, o dever de assistência
jurídica, o dever geral de urbanidade e os respectivos procedimentos disciplinares.”
Quanto ao art. 33 o que se buscou salientar, na norma em apreço, foi o caráter rigoroso
do dever aí descrito, o que, a toda evidência, caso possa ser tido como inútil, em nada
prejudica o entendimento do texto. O parágrafo único oferece uma descrição genérica,
talvez não exauriente, dos deveres regulados pelo C6digo de Ética e Disciplina, mesmo
os que não cheguem a constituir infração disciplinar. No seu final, refere-se aos
procedimentos disciplinares a serem seguidos.
Os advogados têm facilitada a regulação de sua conduta ética, pois contida, em sua
essência, no Código de Ética e Disciplina da OAB . Esse instrumento normativo é a
síntese dos deveres desses profissionais, considerados pelo constituinte como essenciais
à administração da justiça. Além de regras deontológicas fundamentais, a normativa
contempla capítulos das relações com o cliente, do sigilo profissional, da publicidade,
dos honorários profissionais, do dever de urbanidade e do processo disciplinar. Dentre
as linhas norteadoras do Código incluem-se o aprimoramento no culto dos princípios
éticos e no domínio da ciência jurídica.
Preceitua o código de Ética serem deveres do advogado: I. preservar, em sua conduta, a
honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de essencialidade e
indispensabilidade; II. atuar com destemor, independência, honestidade, decoro,
veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; III. velar por sua reputação pessoal e
profissional; IV. empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e
profissional; V. contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;
VI. estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a
instauração de litígios; VII. aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial;
VIII. abster-se de: a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente; b)
patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia, em que também
atue; c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso; d)
emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade
da pessoa humana; e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono
constituído, sem o assentimento deste; IX. pugnar pela solução dos problemas da
cidadania e pela efetivação dos seus direitos individuais, coletivos e difusos, no âmbito
da comunidade.

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