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Aproveitemos o friozinho que está entre nós, neste ano, para vivermos a
introspecção própria do clima. Deixemos que a voz de João Batista ressoe em
nosso íntimo, trazendo-nos a possibilidade de auto-avaliação e metamorfose. A
Sabedoria, a capacidade de aprender algo a partir de nós mesmos. Devemos
trabalhar em nós a coragem para um julgamento interior consciente que tenha
como objetivo o amadurecimento como pessoa.
Oração do Milho
Cora Coralina
Senhor, nada valho. Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras
pobres. Meu grão perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada. Ponho folhas e
haste, e se me ajudardes, Senhor, mesmo planta de acaso, solitária, dou espigas e
devolvo em muitos grãos o grão perdido inicial, salvo por milagre, que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura. Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo, de
mim não se faz o pão universal. O justo não me consagrou o Pão da Vida, nem lugar me foi
dado nos altares. Sou apenas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra,
donde não vinga o trigo nobre, Senhor, que me fizeste
necessário e humilde. SOU O MILHO.
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Jogue tudo que é velho na fogueira
e deixe a luz interior brilhar...
Cada indivíduo é um tesouro escondido que vive como semente e ainda tem
de crescer e amadurecer. Durante o inverno, as condições naturais também
favorecem o impulso crístico, pois é um período que propicia a interiorização e a
procura ansiosa pela luz, de dentro e de fora. Os dias são
mais curtos e as noites mais longas. O espírito da
Terra através da inspiração, no seu recolhimento,
chama pela nova vida, por um crescimento
fresco e novo da natureza. No ápice do dia mais
escuro de nossas vidas, o sol surge no coração
da pessoa. A figura de João Batista, a partir de
suas mensagens, lembra-nos que o ser
humano precisa acolher o Cristo em seu
interior, para cumprir o seu destino na Terra.
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Na Escola Livre Porto Cuiabá, as festas joaninas são mais que apenas
comemorações religiosas. Consistem numa oportunidade viva e pontual dos
participantes, sejam pais, alunos, professores, funcionários e amigos, de se
sentirem despertados para as mudanças. Pode até parecer um teatro para
criança, mas a Festa da Lanterna representa uma experiência riquíssima da
trajetória do ser humano na vida,
um caminho para o despertar
interior, na busca da superação dos
desafios que se apresentem. No
passeio e na grande roda, as luzes
das lanternas, simbolismo de nossa
luz interior que pode espalhar Luz
no mundo, assemelham-se ao céu
estrelado que embeleza as noites
Festa da Lanterna nessa época do ano.
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Sem tirar os olhos da lanterna que confecciona para a filha Elisa (5º ano), o
cirurgião Manoel Rômulo Rizental, pontua que essa é uma época do ano que a
família aguarda com grande expectativa. Desde que começou a estudar na ELPC,
no Jardim, a garota se orgulha da participação da família nas atividades e
vivências. “A gente sabe dos conceitos que são trabalhados, mas é importante
reviver tudo, reforçar os valores e perceber que não se está sozinho nesse
trabalho árduo de mudança; outros pais também buscam o mesmo caminho, que
é a tomada de consciência.”
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Com 5 anos de estrada na escola, a professora do 7º ano, Laura Carvalho,
que é mãe de duas alunas na instituição (Maria Eduarda – 2º ano e Marilyn – do
7º), conta que o mais importante é realmente partir para a mudança; ainda que
inicialmente sejam situações pequenas, nada de ficar esperando que os outros
tomem a iniciativa. É isso que crianças e adolescentes buscam nos pais, que são
seus exemplos, o tempo todo. Ao invés de apenas criticar a prefeitura por não
fazer a limpeza da rua, por que não fazemos o contrário, paramos de sujar? O
raciocínio dos alunos está bem por esse lado.”
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Ser exemplo não significa demonstrar “perfeição”, muito pelo contrário, é
ser humilde e manso de coração. Reconhecer os próprios limites, buscar manter a
calma diante das situações de conflito, sem apelar para a violência. E quando errar,
aprender a pedir desculpas e utilizar o deslize para fortalecer os valores éticos que
devem estar na base de sustentação do ser. O impacto das mensagens positivas é
ainda mais profundo nas crianças e nos adolescentes.
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Junho é o mês de São João, Santo Antônio e São Pedro. O nome joanina
teve origem, segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no
século IV. Quando chegou ao Brasil, foi modificado para junina. Trazida pelos
portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros.
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“Um presente dos professores para as
crianças”. Assim definiu a educadora Célia Basile,
há 4 anos na Escola Livre Porto Cuiabá, sobre a
peça teatral apresentada durante a Festa da
Lanterna. “A menina da lanterna” representa a
trajetória do ser humano na vida. O caminho
interior em busca de sua essência. Desde que a luz
de sua lanterna é apagada pelo vento, a garotinha
percorre um longo trecho para poder resgatá-la.
Passa por inúmeras dificuldades. Sente medo, solidão, mas segue
sempre em frente.
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Friediheim Zimpel
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ouviu vozes das plantas mais diversas: “Ele poderá descansar à minha sombra”.
“Os meus frutos servir-lhe-ão de alimento”. “Minha seiva ser-lhe-á refresco.”
“Tomara que seu olhar divino repouse em nós.” “Que Ele respire o nosso
perfume.” “Que Ele se alegre com o nosso florescer.”
João sentou-se a beira do rio. “Todas as criaturas estão esperando o
Cristo”. Pensou ele, “somente os corações dos homens estão endurecidos”. “Aí
se e pudesse regar o deserto de suas almas, abrindo-as e fazendo-as florescer
como o rio faz com o deserto”.
Aí as ondas do grande rio murmuraram: “Isto só poderá ser feito por
aquele que é maior que tu, mas traze os homens aqui e mergulha-os no rio”.
Nisso passou uma caravana perto do rio. João contou-lhes o que tinha
ouvido das pedras, das plantas, dos animais e do rio. Então os homens, um após
outro quiseram ser batizados por João. Ao serem mergulhados na água fresca e
pura sentiram a sua própria impureza. “Somos como galhos secos de uma velha
árvore. Ajuda-nos rejuvenescer as nossas almas”.
João respondeu: “Eu vos batizo com a água do rio. Depois de mim virá
aquele que é mais poderoso do que eu. Ele vos dará a água da vida e vos batizará
com o Espírito Santo”.
João ficou o vale do rio Jordão. Cada vez mais pessoas vinham ao deserto
para serem batizadas por ele. Vinham até mesmo da grande cidade: homens,
mulheres e crianças. Entre eles também um sacerdote, um comerciante e uma
jovem mãe... E quando Cristo chegou, muitos já tinham seus corações
preparados para recebê-Lo.
"...Se eu não me considerar como a fonte de tudo aquilo que penso, mas
me considerar como membro da humanidade até o mais íntimo de minha alma,
encontrarei o caminho para Cristo.
Esse é o caminho que hoje deve ser caracterizado como o caminho
pensamental para Cristo. Severa autoeducação à medida que conquistamos
consideração pelos pensamentos dos outros, enquanto corrigimos o que
trazemos como nosso próprio direcionamento nos diálogos com os outros, essa
deve ser uma severa tarefa de vida. Pois se essa tarefa não ganhar seu lugar, os
seres humanos perderão o caminho para Cristo. Esse é o caminho dos
pensamentos hoje."
Rudolf Steiner
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Do livro Histórias para as Festas do Ano, de Irene Johanson.
Quando ficava sozinho, ouvia a voz de Deus que lhe falava através das
estrelas. Um dia saiu para o deserto montanhoso e ali procurou uma caverna onde
pudesse dormir. Alimentava-se de frutos e de mel silvestre e fez uma túnica de pelo
de camelo para se vestir. Certa noite, Deus o chamou para preparar o caminho na
Terra para a vinda do filho Dele. A partir daí, começou a batizar no Rio Jordão todas
as pessoas que o procurassem, fazendo-as ficarem limpas de corpo e alma.”
“A história de João Batista me mostrou que não podemos ser tão apegados aos bens
materiais que devemos permitir que Cristo exista em nós” x
Thiemy, 6º ano.
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Para algumas tribos, no começo dos tempos, a lua vivia na terra. Era uma
moça tão branca que parecia recortada nas águas da cachoeira. Passava os dias no
fundo do bosque, acendendo as luzinhas dos vaga-lumes, ou à beira das lagoas
espalhando reflexos.
Chamava-se Capei e exercia influencia sobre os reinos da natureza. Dizia-se
que regulava as marés, a germinação das sementes, o brilho de certas pedras de
cor, o fluxo das mulheres, o nascimento das crianças e dos bichos. Os índios, para
cortar o pau e fazer um arco, para plantar uma roça ou para armar um covo na beira
do rio, costumava consultá-la. Os médicos-feiticeiros, para propinar uma erva ao
doente, ou para predizer as coisas boas ou más que estavam para acontecer, iam
interrogá-la no fundo do bosque.
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Alunos produzem Torres de Hanói durante aulas de marcenaria
“O batismo é esperança, João veio trazer uma mensagem de Cristo para nós, com paz”
Kassia, 6º ano.
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A mãe foi buscar a filha ao final das atividades, e ela a levou até o castelo
(sua sala), para mostrar o presente que lhe fizera. A professora havia falado que
era surpresa para a mamãe. Em casa, a mãe perguntou o que estava fazendo para
a festa, tentando saber qual era o presente. Ana Beatriz de início resistiu, mas
depois disse que ia ter bolo, balão, velinha... e não contou!
Além disso, para fazer uma boa “sala” para os estrangeiros, as riquezas
naturais locais como a Chapada dos Guimarães e o Pantanal finalmente
receberão o valor que merecem, havendo investimentos na preservação e
estruturação para o turismo na região, durante o período de adaptação da
cidade à vinda da Copa.
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Quantos grandes eventos, guerras ou revoluções serão necessários para
que o ser humano perceba que as grandes mudanças devem ser edificadas
diariamente? Será que toda essa maravilha de mudanças impulsionadas pela
Copa atingirá, por exemplo, a cultura ou educação de Cuiabá? Afinal, de que
adianta um povo ter nos pés o melhor campo e a melhor bola se não sabe chutar,
ter visão de jogo ou cultuar o trabalho em equipe?
A bola está com vocês, senhores políticos, e o que se faz com ela é chutar
para o gol ou tocá-la para um parceiro caso não estejam dispostos e aptos a
responsabilizarem-se pela primeira opção. Nada de enfiá-la no bolso e sair de
campo logo no primeiro tempo!
Redação de Português
Tema - Cuiabá, a sede da Copa Mundial em 2014;
Gênero - Artigo de opinião;
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Desvendando o crescimento – As fases evolutivas da
infância e da adolescência. Autor: Dr. Bernard
Lievegoed, da Editora Antroposófica.
Bernard Lievegoed
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Imagina só que delícia, a funcionária Ana Dias, que há 11 anos trabalha
na ELPC, preparou uns bolinhos de arroz que “dão água na boca” só de olhar.
Cuiabana de “chapa e cruz”, a moradora do bairro Dom Aquino, explica que é
muito simples de fazer. Além de gostosa, a receita é saudável e nutritiva, vale a
pena se arriscar e ir para cozinha aprender.
2kg de arroz
1 ½ kg de mandioca
1kg de açúcar
1 ½ copo de óleo ou banha vegetal
1 colher (sopa) de sal
2 colheres (sopa) de fermento
Canela em casca e erva doce (a gosto)