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Articulação Metropolitana de Agricultura

Urbana
A Articulação de Agricultura Urbana da Região Metro-
politana de Belo Horizonte (MG) é uma iniciativa de pes-
soas, grupos comunitários e organizações da sociedade
civil que decidiram se unir, em suas diferentes formas de
atuação, em torno do tema agricultura urbana. São apro-
ximadamente 30 organizações que já desenvolviam ativi-
dades de agricultura urbana relacionadas a outros temas,
como segurança alimentar, plantas medicinais, geração de
renda, alimentação e vida saudável.
Estas organizações têm em comum a busca por uma
melhor qualidade de vida urbana, garantia da segurança
alimentar, melhoria nutricional e uso de plantas medici-
nais, além de se organizarem para melhor intervirem em
políticas públicas, através do debate e influência na ela-
boração e aprovação de leis que promovam as atividades
que realizam. Buscam conhecer e desenvolver os princí-
pios da Agroecologia e da Economia Popular Solidária e
construir alternativas de geração de renda e autogestão
dos empreendimentos coletivos e solidários.
A idéia de se organizarem em uma Articulação se for-
taleceu em 2003, quando algumas organizações forma-
ram um Grupo de Trabalho para identificar experiências
de agricultura urbana. Desde 2003, vários eventos relacio-
nados ao tema foram realizados na Região Metropolitana
de Belo Horizonte: uma caravana de visita às experiências
identificadas, encontros metropolitanos (com a participa-
ção de iniciativas de outros municípios de Minas Gerais),
seminário, oficina, além de reuniões regulares da Coorde-
nação da Articulação Metropolitana.
As ações promovidas pela Articulação permitiram aos
grupos comunitários e organizações a realização de en-
contros de trocas solidárias de informações, experiências,
serviços e produtos, que se caracterizam como assessorias
mútuas que promovem o fortalecimento e o amadureci-
mento dos grupos. Por exemplo, se um grupo está inician-
do uma atividade, como uma horta comunitária, e não


possui experiência, então solicita a assessoria de um outro


grupo que já possui experiência e, juntos, promovem um
encontro de trocas. Outro exemplo de troca ocorre com
grupos que produzem plantas medicinais e “trocam” esse
produto com os grupos que produzem remédios naturais
e necesitam dessas plantas para a produção.
Nesta publicação, descrevemos algumas iniciativas de
agricultura urbana, plantas medicinais e segurança alimen-
tar e nutricional desenvolvidas por organizações e grupos
comunitários da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Contato: REDE | Lecir Peixoto | lecir@rede-mg.org.br | (31) 3481 9080

Formação de Educadores/as Comunitários/as


em Agricultura Urbana e Segurança Alimen-
tar e Nutricional
O Projeto de Formação de Educadores/as Comunitários/
as em Segurança Alimentar e Agricultura Urbana iniciou
no ano 2002, num encontro entre lideranças comunitá-
rias, ONGs, órgãos públicos e entidades religiosas, inte-
grantes da Rede Local de Desenvolvimento dos bairros
Alto Vera Cruz, Granja de Freitas e Taquaril e da Rede de
Desenvolvimento Comunitário dos bairros Beija-Flor e Ca-
pitão Eduardo.
O objetivo do projeto era fortalecer os laços comunitá-
rios, a autonomia dos grupos e o protagonismo das lide-
ranças locais, formando educadores/as para realizar tam-
bém um trabalho educativo com as famílias locais. Seis
educadoras e três assessores foram escolhidos para traba-
lhar na formação e capacitação de 44 famílias dos bairros
Alto Vera Cruz, Granja de Freitas e Taquaril – região leste
de Belo Horizonte – e dos bairros Beija-Flor e Capitão Edu-
ardo – região nordeste de Belo Horizonte (MG). Os/as edu-
cadores/as faziam trabalhos tanto práticos como teóricos,
experimentando tecnologias alternativas nos quintais das
Experiências Agroecológicas em Belo Horizonte 

famílias envolvidas, com enfoque na produção agroecoló-


gica e consumo de alimentos saudáveis, manipulação de
alimentos dentro dos padrões de controle de qualidade,
recuperação dos hábitos alimentares tradicionais da cultu-
ra local e a troca solidária e comercialização dos produtos
gerados.
Os principais resultados alcançados foram:
>produção de uma diversidade de alimentos em 60 quin-
tais e quatro hortas comunitárias;
> maior limpeza de espaços urbanos e diminuição da pro-
liferação de vetores de doenças;
>redução na produção de lixo, graças ao reaproveitamen-
to de matéria orgânica e vasilhames;
>melhoria na renda familiar, através de consumo, troca e
venda de alimentos produzidos localmente;
> mudanças nas relações interpessoais – melhoria na con-
vivência familiar e nas relações de vizinhança;
>mudanças nas relações sociais de gênero – maior divisão
das tarefas domésticas, maior envolvimento dos maridos
no trabalho nos quintais etc;
>diminuição dos casos de desnutrição e doenças crônicas-
degenerativas – hipertensão, diabetes; e
>melhoria na saúde mental e física das famílias envolvidas
nas atividades do projeto;

Entre os resultados alcançados, vale destacar as mudan-


ças comportamentais da equipe de educadores/as, como
maior autoconfiança, maior autonomia, melhoria da ca-
pacidade de expressão oral, escrita e afetiva e sentimento
de realização pessoal. A partir do Projeto de Formação,
os/ educadores/as tornaram-se ainda mais aptos e seguros
para serem protagonistas nas atividades comunitárias e
em seus respectivos grupos.

Contatos: REDE | Lecir Peixoto | lecir@rede-mg.org.br | (31)3481-9080


Grupo CAUSA | Simião Leão | simiao@rede-mg.org.br | (31) 3483-8708


Empreendimento de Agricultura Urbana e


Segurança Alimentar
O Grupo Comunitário de Agricultura Urbana e Segu-
rança Alimentar – CAUSA – é um empreendimento criado
em 2003 por educadoras/es comunitárias/os dos bairros
Alto Vera Cruz, Granja de Freitas e Taquaril – região leste
de Belo Horizonte – e Capitão Eduardo e Beija Flor – região
nordeste de Belo Horizonte (MG). Nessas comunidades,
assim como em outros locais de Belo Horizonte, é comum
encontrar famílias em situações de baixa renda, pouco
acesso à informação e hábitos de consumo inadequados.
O trabalho desenvolvimento pelo CAUSA nesses bairros
busca contribuir para a transformação da realidade local,
elevando a auto-estima das pessoas através da convivência
entre as famílias e da participação destas nas ações comu-
nitárias, como associações, grupos de mulheres, eventos,
feiras. O CAUSA acredita que a participação organizada
promove a reeducação alimentar, o incentivo ao trabalho
em grupo e a maior interação das famílias com as estrutu-
ras comunitárias.
A ação do CAUSA está baseada nos princípios da eco-
nomia popular solidária – EPS, agroecologia, agricultu-
ra urbana, soberania e segurança alimentar nutricional,
plantas medicinais, saúde comunitária, medicina popular,
educação popular e auto-gestão.
Os/as educadores/as foram capacitados em processos de
formação desenvolvidos pela ONG Rede de Intercâmbio de
Tecnologias Alternativas (REDE) em parceria com as entida-
des integrantes da Rede Local de Desenvolvimento do Alto
Vera Cruz, Granja de Freitas e Taquaril e da Rede de Desen-
volvimento Comunitário do Capitão Eduardo e Beija-Flor.
Foi pensando em garantir a continuidade do trabalho
de formação, a multiplicação das ações nas comunidades
e a sustentabilidade financeira dos/as educadores/as, que
o Grupo CAUSA decidiu se transformar em um empreen-
dimento. O acúmulo de conhecimento e experiência dos/
as integrantes permitiu ao grupo estabelecer uma rede de
Experiências Agroecológicas em Belo Horizonte 

contatos e demandas pelos seus serviços na área de capaci-


tações e produção de lanches naturais e remédios caseiros.
As parcerias estabelecidas pelo Grupo CAUSA são im-
portantes fatores para garantir a continuidade do grupo.
Além da parceria com a ONG Rede de Intercâmbio de Tec-
nologias Alternativas, o CAUSA é cadastrado/associado no
Centro de Auto Desenvolvimento de Betim – CADEB, uma
organização de apoio a grupos que trabalham com Eco-
nomia Popular Solidária e que atua na orientação e apoio
para que os grupos possam emitir nota fiscal para os ser-
viços e produtos oferecidos.

“No início erramos achando que todo mundo devia ser


igual. agora vemos que temos que aproveitar as dife-
renças, porque elas nos apontam as potencialidades de
cada um.” Simião Leão, integrante do Grupo CAUSA
“Antes recorríamos ao Simião para tudo, pedindo a
ele dinheiro e providências, reclamando dos problemas.
Agora sabemos que também somos responsáveis, já
que somos um grupo.” Mariinha, integrante do Grupo
CAUSA
“É dolorido mesmo. Para viver em grupo é necessá-
rio sabedoria e paciência. Aprendemos a relevar muitas
vezes o que o outro fala e não ficar magoados a todo
momento com qualquer coisa.” Conceição, integrante
do Grupo CAUSA.

Contato: Grupo CAUSA | Conceição Viana | (31) 3483-8708




Horta Comunitária na Vila Presidente Vargas


A Associação Comunitária da Vila Presidente Vargas -
VIVA, localizada na região leste de Belo Horizonte, atua
em projetos educativos principalmente para a infância e
juventude, através de uma creche e um trabalho de acom-
panhamento escolar que atende a 200 crianças e adoles-
centes, de 2 a 14 anos.
Desde a contratação da nutricionista Letícia Falce, em
2003, a creche conta com um acompanhamento nutricio-
nal para crianças até 5 anos. Desde então, a VIVA passou
a oferecer cursos de alimentação natural e utilização inte-
gral de alimentos para as mães. Segundo a nutricionista
Letícia Falce, estes cursos levaram a uma melhora signifi-
cativa da alimentação das famílias como um todo.
Em 2004, o financiamento do Fundo Cristão para Crian-
ças reduziu gradualmente e, como estratégia, a VIVA co-
meçou a diversificar seus projetos e a procurar outras for-
mas de financiamento para eles. Nessa época, o Conselho
de Pais da Associação decidiu reativar a horta da escola
da comunidade. Para isso, a VIVA buscou parceria com
outros grupos que compõem a Articulação Metropolita-
na de Agricultura Urbana para receber uma assessoria na
construção da horta comunitária na Escola Estadual Maria
Cecília de Melo.
Durante o período de construção, vale ressaltar a im-
portância do envolvimento da comunidade, que hoje vê
as atividades na horta como uma busca de soluções para
a comunidade, principalmente na melhoria do hábito ali-
mentar e nutricional, mas também como um espaço de
lazer, terapia e aumento da auto-estima.
Segundo Dona Consolação, até descobrir a horta, ela
ficava o dia inteiro em casa, tomava muitos remédios e
tinha pouco ânimo. Hoje, além de coordenadora da horta,
Consolação é presidente da Associação Comunitária da
Vila Presidente Vargas – VIVA. “Apesar de eu ser coorde-
nadora, eu não mando em nada. Tudo é decidido coleti-
vamente. Até para a divisão do dinheiro com as vendas a
Experiências Agroecológicas em Belo Horizonte 

gente tem uma caixinha em comum, que a cada 15 dias


a gente abre juntos.” O próprio grupo define os horários,
normas, divisão de tarefas e funções e todas as decisões
são tomadas coletivamente, exercitando o trabalho comu-
nitário e o convívio em grupo.

“É que, ao contrário do que se pensa, muitas vezes,


o que causa desnutrição nessas comunidades não é a
falta de alimento, mas a qualidade e variedade da ali-
mentação.” Letícia Falce, nutricionista da VIVA.
“O mais importante é o respeito que temos um com o
outro. Nenhuma opinião é mais importante que a outra.
E também temos momentos de convivência. Temos lá
um barracão com uma cozinha onde cozinhamos juntos
às vezes.” Consolação, presidente da VIVA e coordena-
dora da Horta Comunitária.

Contato: VIVA | Consolação Cota | vivaass@terra.com.br |


(31)3466 0736

Conselho Comunitário do Bairro Ribeiro de


Abreu
Entre as atividades desenvolvidas pelo Conselho Co-
munitário Unidos pelo Ribeiro de Abreu – COMUPRA está
a horta comunitária da Escola Estadual Bolívar Tinoco,
na região nordeste de Belo Horizonte (MG). Desde 2003,
cerca de 50 famílias da comunidade que se encontram
em situação de risco social já passaram pela horta, pro-
duzindo hortaliças, plantas medicinais e flores.
Atualmente 10 pessoas se revezam nos cuidados diários
com a horta, que no último ano produziu 10 mil pés de ver-
duras e gerou R$ 800,00 de renda com a comercialização
direta para a comunidade. Como esta renda ainda é muito
baixa para o sustento das famílias, o COMUPRA busca doa-


ções para o oferecimento de cestas básicas de alimentação


para elas. Segundo Itamar de Paula, vice-presidente do CO-
MUPRA, a horta também possui o caráter de promover a
inclusão social dos/as participantes. “A horta se tornou uma
vitrine. Por isso, muita gente que estava desempregada,
quando trabalhou aqui, já conseguiu um emprego.”
Para a escola onde a hora está localizada, os resultados
foram bastante animadores. Além da produção da horta
abastecer a cantina, os índices de indisciplina caíram e
muitos dos alunos cuidam do jardim. Também diminuiu
o número de acidentes envolvendo as crianças, devido à
retirada de lixo e entulhos do local onde está a horta.
A horta se tornou uma referência para a comunidade e
a sua implantação deu visibilidade à escola, auxiliando na
busca de recursos externos para promover melhorias em
suas instalações, tais como a construção de uma quadra
poliesportiva, um laboratório de biologia e uma biblioteca.
A forma de organização do espaço da horta também possui
o caráter educativo, com o uso de material reciclável, como
garrafas PET e pneus usados para a confecção dos cantei-
ros, contenção das encostas e sinalização das passagens.
Na horta, também é realizado um trabalho com plantas
medicinais, através do “Projeto Maturidade e Vida”, pelas
senhoras da terceira idade da comunidade, que cultivam,
reconhecem e catalogam as espécies. Elas buscam uma
adaptação da altura dos canteiros, com o uso de pneus
usados, para permitir um melhor manuseio das plantas e
uma adequação à condição física em que se encontram.

Contatos: COMUPRA | Itamar de Paula | comupra@yahoo.com.br


(31) 3435-6754

Farmácia Popular do Grupo Semear


O Grupo Semear, localizado no bairro Alto Vera Cruz,
região leste de Belo Horizonte (MG), surgiu em 1994 en-
quanto um grupo de plantas medicinais ligado aos Freis
Capuchinhos da região que promoviam o curso “Práticas
Alternativas em Saúde e Alimentação”. Em 1996, com a
Experiências Agroecológicas em Belo Horizonte 

introdução do Centro de Vivência Agroecológico (CEVAE)


na região, uma iniciativa do poder público municipal e da
sociedade civil, o projeto saiu do espaço da Igreja e co-
meçou a abordar questões como controle e qualidade dos
medicamentos naturais e o aproveitamento dos quintais.
Foi então que o casal Fernando e Tantinha, que fazem
parte de uma das 20 famílias que compõem o grupo, come-
çou a desenvolver, no próprio quintal, uma “Farmácia Viva”.
No local, onde hoje se produz mais de 170 espécies de plan-
tas medicinais, existia somente entulho e lixo. Apelidado de
“floresta” pelas crianças, o quintal é todo construído a partir
dos restos de materiais que eram jogados no local.
Com a ampliação dos conhecimentos e das relações
de parceria, o Grupo Semear passou a oferecer cursos
de plantas medicinais em outros bairros e comunidades,
atendendo a cerca de 550 pessoas.
Hoje, a farmacinha popular que fica na casa do Fernan-
do e da Tantinha, no Alto Vera Cruz, atende cerca de 50
pessoas por mês, muitas por indicação dos/as próprios/as
agentes e médicos/as do Centro de Saúde local. Além do
Alto Vera Cruz, mais dois bairros possuem farmacinhas co-
munitárias com medicamentos preparados pelos/as pró-
prios/as raizeiros/as e educadores/as formados/as nos cur-
sos do Grupo Semer.
O grupo acredita que o trabalho que desenvolve é fun-
damental tanto para a questão econômica quanto cultural
das comunidades. O resgate de práticas alternativas em
saúde e alimentação permite que os gastos com alimen-
tação e medicação sejam diminuídos e o conhecimento
popular dos/as idosos/as seja valorizado. Ao aprender a
utilizar integralmente o alimento, a produzir os próprios
xaropes e a cuidar dos próprios quintais, as famílias me-
lhoram a alimentação, economizam nas compras, adoe-
cem menos e têm um contato renovado com o ambiente
e a espiritualidade.

Contato: Grupo Semear | Fernando e Tantinha | (31) 3483-9167


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Grupo de Plantas Medicinais do Capitão


Eduardo
Nos bairros Capitão Eduardo e Beija-Flor, localizados
na região nordeste de Belo Horizonte (MG), muitas fa-
mílias têm o hábito de cultivar hortaliças e plantas me-
dicinais em seus quintais, como uma herança da origem
rural que possuem. Nos útlimos anos, educadoras co-
munitárias destes bairros passaram por processos de
formação em agricultura urbana, segurança alimentar
e plantas medicinais, assessorados pela ONG Rede de
Intercâmbio de Tecnologias Alternativas – REDE e pela
Articulação PACARI – Plantas Medicinais do Cerrado.
A partir de 2003, as educadoras comunitárias intensi-
ficaram os trabalhos desenvolvidos com a comunidade
em sintonia com as atividades das Agentes Comunitárias
de Saúde (ACS) do Centro de Saúde do Capitão Eduardo.
A cada 15 dias, elas se reunem na casa de Rose, educa-
dora comunitária e agente de saúde, em um quarto onde
foi implementada uma “farmacinha popular”. Na farma-
cinha, elas produzem xaropes, garrafadas, pomadas e
tinturas a partir das plantas que coletam em quintais ou
em passeios por áreas preservadas da comunidade. Mui-
tos pacientes do Centro de Saúde local são orientados a
procurar a Farmacinha Popular do grupo quando estão
com gripe, sinusite, alergias e afecções mais leves.
Em troca dos remédios, o grupo pede doações de
plantas do quintal dos/as moradores/as ou alguns ali-
mentos usados na produção dos medicamentos como,
por exemplo, abacaxi e açúcar mascavo. Mais do que
fornecer medicamentos naturais, o que essas mulheres
querem é resgatar a cultura de uso de plantas medici-
nais que está se perdendo lentamente. Segundo Rose,
apesar de tudo, o conhecimento das plantas medicinais
ainda persiste, “mas geralmente as pessoas não sabem
qual é a dosagem e têm medo de usá-las”.
Outro fator que ela afirma contribuir para o aumen-
to do uso de medicamentos alopáticos em subsitituição
Experiências Agroecológicas em Belo Horizonte 11

aos chás e xaropes da cultura tradicional “é a visão pa-


ternalista das pessoas, que acham que o Governo deve
fornecer todos os remédios”. E acrescenta: “Essa é inclu-
sive uma dificuldade da nossa farmacinha popular. As
pessoas não querem trocar o remédio por uma outra
coisa, elas querem ganhar de graça.”
Apesar dos problemas enfrentados com a mobilização
da comunidade, as educadoras comunitárias, com seu
trabalho de conscientização da vizinhança e de suas pró-
prias famílias, contam com o apoio dos/as agricultores/
as urbanos/as do bairro. O Centro de Saúde do Capitão
Eudardo também se mobiliza para auxiliar na atividade,
disponibilizando uma área em suas dependências para
ser utilizada para plantio pela comunidade, onde exis-
tem pés de limão, amora, mamão e romã.

“Aqui no bairro não foi muito difícil incentivar a


agricultura urbana e as plantas medicinais porque só
fortaleceu uma coisa que as pessoas já traziam do in-
terior” Rose, integrante do Grupo de Plantas Medicinais
do Capitão Eduardo

Contato: Grupo de Plantas Medicinais do Capitão Eduardo |


Rosemir Batista dos Santos (Rose) | Centro de Saúde Capitão Eduardo |
(31) 3277-7846
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Expediente

Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas


Rua Planura, 33 | Santa Inês | 31080-100
Belo Horizonte, MG | Telefone: (31) 3481-9080
rede-mg@rede-mg.org.br | www.rede-mg.org.br

Textos: Marina Utsch


Revisão: Lecir Peixoto
Edição: Marcelo Almeida
Fotos: Arquivos das organizações
Projeto gráfico e diagramação: www.DoDesign-s.com.br

Esta edição do Fartura Mineira contou com a parceria das seguintes


organizações:

> Associação Comunitária da Vila Presidente Vargas – VIVA


> Conselho Comunitário Unidos pelo Ribeiro de Abreu – COMUPRA
> Grupo Comunitário de Agricultura Urbana e Segurança Alimentar
– CAUSA
> Grupo de Plantas Medicinais do Capitão Eduardo
> Grupo SEMEAR
> REDE – Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas

Apoio

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