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On eet a eee eC On ea ERC Ree a eos oad Estado no Brasil -o clientelismo, o corporativismo, o insulamen- Oe Ne Re nec een emery POR ORC OSS en ete Resear PCO cc CR Cc on Oren Cancer Ra Tad Pas Ce ect br m 2 a ° eI a ® Q a Ry 4 £ 3 a a > re = Fy 3 = fi Ey an] Q = 3 2 2 ° ov = Py on ia) Edson de Oliveira Nunes Pet ort A . be A gramatica politicado Brasil =. SS meee Seni uae Code ti vo CariruLo L INSTITUIGOES, POLITICA B ECONOMIA 0 Brasil pertence ao grupo de paises que adotaram, nos itimos 50 anos, ‘uma economia capitalista modema eintemacionalizada, Paises que procuram {mplantar uma ordem capitalista modema tém de criar novasinstitugbes. A. ‘operagio de um sistema capitalista modemo exige comportamentos indivi- dais ¢ intitacionais compativeis com a logia da produpdo econémic. ‘A modema ordem evonémica capitlista penetra todas as esferas da vida social e estende-se a outas insttigGes; a Kigica do mercado toma-se a regra ‘predominant para a organizago da vida politica e social, eos comportamentos {ndividuas também so embutidos ne ligica da produo econémica, Observando o impacto da produsdo capitalsta na sociedad, Max Weber ‘chamou a atengo para 2 mesma ordem de problemas que seriam mais tarde brilhantemente reunidos pela antropologia econémica de Polanyi: 0.0 empresttio que a longo ente eliminado do cenério econdmico, FaroaprannaNiinine pelo poss, ous ee 1 é organizada em toro de jodernas” ¢ menos “moder- nas” de comportamento j das relagdes entre caracier i amplamente debatida, Entretanto o estudo Dessa forma, Nestor Duarte, Oliveira Viana e Victor Nunes Leal enfatizaram a importincia do poder privado como uma barrera & construgo dde uma ordem pablica. De Otiveira Viana e Francisco Campos Raimundo Faoro e Simon Schwartzman, 0s estudiosos investigaram o uso do poder pblicona cias8o de uma ordem estatal. De Maria Iseura Pereira de Queirés.a sociedade c do Estado brasileiro, A. a mais recente manifestagfo, As dicotomias se mostraram iteis na produgio de muitas andl picazes sobre a politica ¢ a economia bra ‘tucional evoluin para uma forma que: ‘Ao mesino tempo que tém 2 anilise sistemdtica dessa interago e para a cor de-um arcabougo ‘analitico que capture as virias dimensdes de sua interagdo. 32 a ‘Em geral, grande parte de critica ao paradignsa da sociedade dualistaori- sina-se de uma perspectiva neomarnsta, que focaliza 2s complexidades envol- ‘vidas naattculagdo de mods de produgio, Frequentemente, a critica abordou ‘problems a partir de uma étca econdmicae intemacional. Agora € oportuno esagregar 0 enfoque da sociedade calist,partindo de uma perspectiva que combine a preocupago com a economia e um foco slido na interagdo entre vrias dimensdesinstitucionais, dentro da esfea po No contexto deste foco politico interpretaivo, 6 importante demonstrar ‘como emergiram novos tipos de organizagdes politicas e sociais, como se tomaram institucionalizadas e que impacto causaram em grupos, resola- so de conflitos, padrdes de intermediaeio de interesses ¢ governabilida- de, Defendendo a relevancia do estudo das instituigées politcas, Arthur aesfera econdmice. « economia, as agre As insttuigdes atais insuladas foi uma resposta ao dile- dicional, para que Dadas as circunstin indo aquelas que haviam trabalha- modemizaydo econdmica seria impossivel, ‘amenos que as agéncias burocriticas de planejamento e implementa das 132 agencias tinham de ser isentas s sian Insulamento burocratico: a combinagso de velhos e novos atores para a modernizagio liderada pelo Estado Tal como ocorrera antetiormente com o DASP, a Superintendéncia da Moeda © do Crédito (SUMOC) — autoridade monetéria brasileira e |, aser criado depois de 1964, — era uma agéneia ideatizada conscientemente por seus criadores como uma instituigao auténoma ¢ com amplo poder de arbitrio. Pedro Corre a do Lago realizou ‘um trabalho notivel ao demonstrar o provesso de insulamento perseguido pela SUMOC e as Intas politcas ¢ burocrétices associadas & tentativa da agéncia de conquistar maior autonomi ASUMOC foi criada pelo Doc 293, de 2 de Fevereiro de 1945, ‘quando jase tomave claro que aditadura terminaria em breve e seria necessério car instituigbes capazes de operar num contexto democritico. Otévio Gouveia ‘de Bulhdes, nto assessor do ministro da Fazenda, propos a criagdo da agéncia no final de 1946, tendo em mente a utura criagio de um banco central Os téenicos associados & criagio da SUMOC relataram que Bulhées tinha consciéncia de que o cima de uma democracia bem-sucedida tra- que pudessem dimimuir seu duplo pape! idade monetéria central. Bulhdes considerava rel no Congresso, dado o vasto nimero de agent todo pais e 0s financiamentos que concedia. Os criadores de SUMOC jé esperavam que © Congresso rejeitasse ‘qualquer projeto que parecesse prejudicial ao banco e & sua capacidade de 133 {mplementar programas de crédito considerados crucais para o poder eco- émico e politico das liderangas locais. Uma nova autoridade monetéria poder vez, imino poder dos vio escritrosespeciais do Banco ainda uma dimenstio de centralizaglo, que seria ‘politicamente indesejével pelo banco e pelos partidos politicos. Além disso, possuia um grande trunfo palin ‘muitos congressistas tinam sido seus funcionérios. Bulbdes 0 economista Eugénio Gudin, os principais arquitetos da ‘SUMOC, acreditavam que a futura existéncia de um banco central depen Em contexto de intensa mobilizapao econdmica, o clientelismo era a principal forga a principal fraqueza do sistema paridério. O clientelismo fortalecia o sistema na medida em que, dada a interpenetragao das agéncias ‘burocréticas tradicionais cos partidos, estes sempre tinhar acesso a recursos ‘para trocar por apoio. Mas o clientelismo era também uma fraqueza porque,

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