Sei sulla pagina 1di 10

Diário da República, 1.a série — N.

o 12 — 17 de Janeiro de 2007 389

MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO Artigo 2.o


DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL Alteração ao Decreto-Lei n.o 310/2002, de 18 de Dezembro

Os artigos 30.o e 32.o do Decreto-Lei n.o 310/2002,


Decreto-Lei n.o 9/2007 de 18 de Dezembro, passam a ter a seguinte redacção:
de 17 de Janeiro
«Artigo 30.o
A prevenção do ruído e o controlo da poluição sonora [. . .]
visando a salvaguarda da saúde humana e o bem-estar
das populações constitui tarefa fundamental do Estado, 1—........................................
nos termos da Constituição da República Portuguesa 2—........................................
e da Lei de Bases do Ambiente. Desde 1987 que esta 3—........................................
matéria se encontra regulada no ordenamento jurídico a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
português, através da Lei n.o 11/87, de 11 de Abril (Lei b) Cumprimento dos limites estabelecidos no n.o 5
de Bases do Ambiente), e do Decreto-Lei n.o 251/87, do artigo 15.o do Regulamento Geral do Ruído,
de 24 de Junho, que aprovou o primeiro regulamento quando a licença é concedida por período superior
geral sobre o ruído. a um mês.
O Decreto-Lei n.o 292/2000, de 14 de Novembro, que
aprovou o regime legal sobre poluição sonora, revogou Artigo 32.o
o referido decreto-lei de 1987 e reforçou a aplicação [. . .]
do princípio da prevenção em matéria de ruído.
A transposição da directiva n.o 2002/49/CE, do Par- 1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
lamento Europeu e do Conselho, de 25 de Junho, rela- a realização de festividades, de divertimentos públicos
e de espectáculos ruidosos nas vias públicas e demais
tiva à avaliação e gestão do ruído ambiente, tornou pre-
lugares públicos nas proximidades de edifícios de
mente proceder a ajustamentos ao regime legal sobre habitação, escolares durante o horário de funciona-
poluição sonora aprovado pelo Decreto-Lei mento, hospitalares ou similares, bem como estabe-
n.o 292/2000, de 14 de Novembro, com as alterações lecimentos hoteleiros e meios complementares de alo-
introduzidas pelos Decretos-Leis n.os 76/2002, de 26 de jamento só é permitida quando, cumulativamente:
Março, 259/2002, de 23 de Novembro, e 293/2003, de
19 de Novembro, de modo a compatibilizá-lo com as a) Circunstâncias excepcionais o justifiquem;
b) Seja emitida, pelo presidente da câmara muni-
normas ora aprovadas, em especial a adopção de indi-
cipal, licença especial de ruído;
cadores de ruído ambiente harmonizados. c) Respeite o disposto no n.o 5 do artigo 15.o do
Na oportunidade considerou-se importante proceder Regulamento Geral do Ruído, quando a licença é
também à alteração de normas do regime legal sobre concedida por período superior a um mês.
poluição sonora que revelaram alguma complexidade
interpretativa com consequências para a eficácia do res- 2 — Não é permitido o funcionamento ou o exer-
pectivo regime jurídico. Urge pois clarificar a articulação cício contínuo dos espectáculos ou actividades rui-
do novo Regulamento Geral do Ruído com outros regi- dosas nas vias públicas e demais lugares públicos na
mes jurídicos, designadamente o da urbanização e da proximidade de edifícios hospitalares ou similares ou
edificação e o de autorização e licenciamento de na de edifícios escolares durante o respectivo horário
actividades. de funcionamento.
Acresce que o regime legal sobre poluição sonora 3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .»
foi objecto de alterações introduzidas por diversos diplo-
mas legais, pelo que se justifica actualizar as suas normas Artigo 3.o
e conferir coerência a um regime que se revela tão Alteração à Portaria n.o 138/2005, de 2 de Fevereiro
importante para a saúde humana e o bem-estar das
populações. Os n.os 1.o, 2.o e 3.o da Portaria n.o 138/2005, de 2
de Fevereiro, passam a ter a seguinte redacção:
Foram ouvidos a Associação Nacional dos Municípios
Portugueses e os órgãos de governo próprio das Regiões «1.o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Autónomas. a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Assim: b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
pela Lei n.o 11/87, de 7 de Abril, e nos termos das d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
alíneas a) e c) do n.o 1 do artigo 198.o da Constituição, e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
o Governo decreta o seguinte: f) Mapa de ruído.

2.o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
o
Artigo 1.
a) ..........................................
Aprovação do Regulamento Geral do Ruído b) ..........................................
c) ..........................................
É aprovado o Regulamento Geral do Ruído, que se d) ..........................................
publica em anexo ao presente decreto-lei e dele faz parte e) ..........................................
integrante. f) ..........................................
390 Diário da República, 1.a série — N.o 12 — 17 de Janeiro de 2007

g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . REGULAMENTO GERAL DO RUÍDO


h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
CAPÍTULO I
3.o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Disposições gerais
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Artigo 1.o
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Objecto
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O presente Regulamento estabelece o regime de pre-
g) Relatório sobre recolha de dados acústicos, ou venção e controlo da poluição sonora, visando a sal-
mapa de ruído, nos termos do n.o 2 do artigo 8.o do vaguarda da saúde humana e o bem-estar das popu-
Regulamento Geral do Ruído.» lações.

Artigo 4.o Artigo 2.o


Regime transitório Âmbito

Os municípios que dispõem de mapas de ruído à data 1 — O presente Regulamento aplica-se às actividades
de publicação do presente decreto-lei devem proceder ruidosas permanentes e temporárias e a outras fontes
à sua adaptação, para efeitos do disposto no artigo 8.o de ruído susceptíveis de causar incomodidade, desig-
do Regulamento Geral do Ruído, até 31 de Março de nadamente:
2007. a) Construção, reconstrução, ampliação, alteração ou
conservação de edificações;
Artigo 5.o b) Obras de construção civil;
Norma revogatória c) Laboração de estabelecimentos industriais, comer-
ciais e de serviços;
Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, é revo- d) Equipamentos para utilização no exterior;
gado o regime legal sobre poluição sonora, aprovado e) Infra-estruturas de transporte, veículos e tráfegos;
pelo Decreto-Lei n.o 292/2000, de 14 de Novembro, com f) Espectáculos, diversões, manifestações desportivas,
as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decre- feiras e mercados;
to-Lei n.o 259/2002, de 23 de Novembro. g) Sistemas sonoros de alarme.

Artigo 6.o 2 — O Regulamento é igualmente aplicável ao ruído


de vizinhança.
Regiões Autónomas
3 — O presente Regulamento não prejudica o dis-
1 — O Regulamento Geral do Ruído aplica-se às posto em legislação especial, nomeadamente sobre ruído
Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, sem pre- nos locais de trabalho, certificação acústica de aero-
juízo das necessárias adaptações à estrutura própria dos naves, emissões sonoras de veículos rodoviários a motor
órgãos das respectivas administrações regionais. e de equipamentos para utilização no exterior e sistemas
2 — O produto das coimas aplicadas nas Regiões sonoros de alarme.
Autónomas nos termos do Regulamento Geral do Ruído 4 — O presente Regulamento não se aplica à sina-
constitui receita própria daquelas. lização sonora de dispositivos de segurança relativos a
infra-estruturas de transporte ferroviário, designada-
Artigo 7.o mente de passagens de nível.
Entrada em vigor
Artigo 3.o
1 — O presente decreto-lei entra em vigor no 1.o dia
útil do mês seguinte ao da sua publicação. Definições
2 — O presente decreto-lei é aplicável às infra-estruturas Para efeitos do presente Regulamento, entende-se
de transporte a partir do prazo de 180 dias após a data por:
da sua publicação.
a) «Actividade ruidosa permanente» a actividade
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 2 de desenvolvida com carácter permanente, ainda que sazo-
Novembro de 2006. — José Sócrates Carvalho Pinto de nal, que produza ruído nocivo ou incomodativo para
Sousa — António Luís Santos Costa — Fernando Teixeira quem habite ou permaneça em locais onde se fazem
dos Santos — Francisco Carlos da Graça Nunes Cor- sentir os efeitos dessa fonte de ruído, designadamente
reia — Manuel António Gomes de Almeida de laboração de estabelecimentos industriais, comerciais e
Pinho — Mário Lino Soares Correia. de serviços;
Promulgado em 28 de Dezembro de 2006. b) «Actividade ruidosa temporária» a actividade que,
não constituindo um acto isolado, tenha carácter não
Publique-se. permanente e que produza ruído nocivo ou incomo-
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. dativo para quem habite ou permaneça em locais onde
se fazem sentir os efeitos dessa fonte de ruído tais como
Referendado em 2 de Janeiro de 2007.
obras de construção civil, competições desportivas,
O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de espectáculos, festas ou outros divertimentos, feiras e
Sousa. mercados;
Diário da República, 1.a série — N.o 12 — 17 de Janeiro de 2007 391

c) «Avaliação acústica» a verificação da conformidade q) «Receptor sensível» o edifício habitacional, escolar,


de situações específicas de ruído com os limites fixados; hospitalar ou similar ou espaço de lazer, com utilização
d) «Fonte de ruído» a acção, actividade permanente humana;
ou temporária, equipamento, estrutura ou infra-estrutura r) «Ruído de vizinhança» o ruído associado ao uso
que produza ruído nocivo ou incomodativo para quem habitacional e às actividades que lhe são inerentes, pro-
habite ou permaneça em locais onde se faça sentir o duzido directamente por alguém ou por intermédio de
seu efeito; outrem, por coisa à sua guarda ou animal colocado sob
e) «Grande infra-estrutura de transporte aéreo» o a sua responsabilidade, que, pela sua duração, repetição
aeroporto civil identificado como tal pelo Instituto ou intensidade, seja susceptível de afectar a saúde
Nacional de Aviação Civil cujo tráfego seja superior pública ou a tranquilidade da vizinhança;
a 50 000 movimentos por ano de aviões civis subsónicos s) «Ruído ambiente» o ruído global observado numa
de propulsão por reacção, tendo em conta a média dos dada circunstância num determinado instante, devido
três últimos anos que tenham precedido a aplicação das ao conjunto das fontes sonoras que fazem parte da vizi-
disposições deste diploma ao aeroporto em questão, nhança próxima ou longínqua do local considerado;
considerando-se um movimento uma aterragem ou uma t) «Ruído particular» o componente do ruído
descolagem; ambiente que pode ser especificamente identificada por
f) «Grande infra-estrutura de transporte ferroviário» meios acústicos e atribuída a uma determinada fonte
o troço ou conjunto de troços de uma via férrea regional, sonora;
nacional ou internacional identificada como tal pelo Ins- u) «Ruído residual» o ruído ambiente a que se supri-
tituto Nacional do Transporte Ferroviário, onde se veri- mem um ou mais ruídos particulares, para uma situação
fique mais de 30 000 passagens de comboios por ano; determinada;
g) «Grande infra-estrutura de transporte rodoviário» v) «Zona mista» a área definida em plano municipal
o troço ou conjunto de troços de uma estrada municipal, de ordenamento do território, cuja ocupação seja afecta
regional, nacional ou internacional identificada como a outros usos, existentes ou previstos, para além dos
tal pela Estradas de Portugal, E. P. E., onde se verifique referidos na definição de zona sensível;
mais de três milhões de passagens de veículos por ano; x) «Zona sensível» a área definida em plano municipal
h) «Infra-estrutura de transporte» a instalação e meios de ordenamento do território como vocacionada para
destinados ao funcionamento de transporte aéreo, fer- uso habitacional, ou para escolas, hospitais ou similares,
roviário ou rodoviário; ou espaços de lazer, existentes ou previstos, podendo
i) «Indicador de ruído» o parâmetro físico-matemático conter pequenas unidades de comércio e de serviços
para a descrição do ruído ambiente que tenha uma rela- destinadas a servir a população local, tais como cafés
ção com um efeito prejudicial na saúde ou no bem-estar e outros estabelecimentos de restauração, papelarias e
humano; outros estabelecimentos de comércio tradicional, sem
j) «Indicador de ruído diurno-entardecer-nocturno funcionamento no período nocturno;
(Lden)» o indicador de ruído, expresso em dB(A), asso- z) «Zona urbana consolidada» a zona sensível ou
ciado ao incómodo global, dado pela expressão: mista com ocupação estável em termos de edificação.
Ld Le+5 Ln+10
Lden=10×log 1
24
[
13×10 10 +3×10 10
+8×10 10
] Artigo 4.o
Princípios fundamentais

l) «Indicador de ruído diurno (Ld) ou (Lday)» o nível 1 — Compete ao Estado, às Regiões Autónomas, às
sonoro médio de longa duração, conforme definido na autarquias locais e às demais entidades públicas, no qua-
Norma NP 1730-1:1996, ou na versão actualizada cor- dro das suas atribuições e das competências dos res-
respondente, determinado durante uma série de perío- pectivos órgãos, promover as medidas de carácter admi-
dos diurnos representativos de um ano; nistrativo e técnico adequadas à prevenção e controlo
m) «Indicador de ruído do entardecer (Le) ou da poluição sonora, nos limites da lei e no respeito do
(Levening)» o nível sonoro médio de longa duração, con- interesse público e dos direitos dos cidadãos.
forme definido na Norma NP 1730-1:1996, ou na versão 2 — Compete ao Estado definir uma estratégia nacio-
actualizada correspondente, determinado durante uma nal de redução da poluição sonora e definir um modelo
série de períodos do entardecer representativos de um de integração da política de controlo de ruído nas polí-
ano; ticas de desenvolvimento económico e social e nas
n) «Indicador de ruído nocturno (Ln) ou (Lnight)» o demais políticas sectoriais com incidência ambiental, no
nível sonoro médio de longa duração, conforme definido ordenamento do território e na saúde.
na Norma NP 1730-1:1996, ou na versão actualizada 3 — Compete ao Estado e às demais entidades públi-
correspondente, determinado durante uma série de cas, em especial às autarquias locais, tomar todas as
períodos nocturnos representativos de um ano; medidas adequadas para o controlo e minimização dos
o) «Mapa de ruído» o descritor do ruído ambiente incómodos causados pelo ruído resultante de quaisquer
exterior, expresso pelos indicadores Lden e Ln, traçado actividades, incluindo as que ocorram sob a sua res-
em documento onde se representam as isófonas e as ponsabilidade ou orientação.
áreas por elas delimitadas às quais corresponde uma 4 — As fontes de ruído susceptíveis de causar inco-
determinada classe de valores expressos em dB(A); modidade podem ser submetidas:
p) «Período de referência» o intervalo de tempo a
que se refere um indicador de ruído, de modo a abranger a) Ao regime de avaliação de impacte ambiental ou
as actividades humanas típicas, delimitado nos seguintes a um regime de parecer prévio, como formalidades
termos: essenciais dos respectivos procedimentos de licencia-
mento, autorização ou aprovação;
i) Período diurno — das 7 às 20 horas; b) A licença especial de ruído;
ii) Período do entardecer — das 20 às 23 horas; c) A caução;
iii) Período nocturno — das 23 às 7 horas; d) A medidas cautelares.
392 Diário da República, 1.a série — N.o 12 — 17 de Janeiro de 2007

Artigo 5.o 6 — Os municípios que constituam aglomerações com


Informação e apoio técnico
uma população residente superior a 100 000 habitantes
e uma densidade populacional superior a 2500 habi-
1 — Incumbe ao Instituto do Ambiente: tantes/km2 estão sujeitos à elaboração de mapas estra-
a) Prestar apoio técnico às entidades competentes tégicos de ruído, nos termos do disposto no Decreto-Lei
para elaborar mapas de ruído e planos de redução de n.o 146/2006, de 31 de Julho.
ruído, incluindo a definição de directrizes para a sua
elaboração; Artigo 8.o
b) Centralizar a informação relativa a ruído ambiente Planos municipais de redução de ruído
exterior.
1 — As zonas sensíveis ou mistas com ocupação
2 — Para efeitos do disposto na alínea b) do número expostas a ruído ambiente exterior que exceda os valores
anterior, as entidades que disponham de informação limite fixados no artigo 11.o devem ser objecto de planos
relevante em matéria de ruído, designadamente mapas municipais de redução de ruído, cuja elaboração é da
de ruído e o relatório a que se refere o artigo 10.o responsabilidade das câmaras municipais.
do presente Regulamento, devem remetê-la regular- 2 — Os planos municipais de redução de ruído devem
mente ao Instituto do Ambiente. ser executados num prazo máximo de dois anos contados
a partir da data de entrada em vigor do presente Regu-
lamento, podendo contemplar o faseamento de medidas,
CAPÍTULO II considerando prioritárias as referentes a zonas sensíveis
Planeamento municipal ou mistas expostas a ruído ambiente exterior que exceda
em mais de 5 dB(A) os valores limite fixados no
Artigo 6.o artigo 11.o
3 — Os planos municipais de redução do ruído vin-
Planos municipais de ordenamento do território culam as entidades públicas e os particulares, sendo
1 — Os planos municipais de ordenamento do ter- aprovados pela assembleia municipal, sob proposta da
ritório asseguram a qualidade do ambiente sonoro, pro- câmara municipal.
movendo a distribuição adequada dos usos do território, 4 — A gestão dos problemas e efeitos do ruído,
tendo em consideração as fontes de ruído existentes incluindo a redução de ruído, em municípios que cons-
e previstas. tituam aglomerações com uma população residente
2 — Compete aos municípios estabelecer nos planos superior a 100 000 habitantes e uma densidade popu-
municipais de ordenamento do território a classificação, lacional superior a 2500 habitantes/km2 é assegurada
a delimitação e a disciplina das zonas sensíveis e das através de planos de acção, nos termos do Decreto-Lei
zonas mistas. n.o 146/2006, de 31 de Julho.
3 — A classificação de zonas sensíveis e de zonas mis- 5 — Na elaboração dos planos municipais de redução
tas é realizada na elaboração de novos planos e implica de ruído, são consultadas as entidades públicas e pri-
a revisão ou alteração dos planos municipais de orde- vadas que possam vir a ser indicadas como responsáveis
namento do território em vigor. pela execução dos planos municipais de redução de
4 — Os municípios devem acautelar, no âmbito das ruído.
suas atribuições de ordenamento do território, a ocu-
pação dos solos com usos susceptíveis de vir a determinar Artigo 9.o
a classificação da área como zona sensível, verificada
a proximidade de infra-estruturas de transporte exis- Conteúdo dos planos municipais de redução de ruído
tentes ou programadas. Dos planos municipais de redução de ruído constam,
necessariamente, os seguintes elementos:
Artigo 7.o a) Identificação das áreas onde é necessário reduzir
Mapas de ruído o ruído ambiente exterior;
b) Quantificação, para as zonas referidas no n.o 1
1 — As câmaras municipais elaboram mapas de ruído
do artigo anterior, da redução global de ruído ambiente
para apoiar a elaboração, alteração e revisão dos planos
exterior relativa aos indicadores Lden e Ln;
directores municipais e dos planos de urbanização.
c) Quantificação, para cada fonte de ruído, da redução
2 — As câmaras municipais elaboram relatórios sobre
necessária relativa aos indicadores Lden e Ln e iden-
recolha de dados acústicos para apoiar a elaboração,
alteração e revisão dos planos de pormenor, sem pre- tificação das entidades responsáveis pela execução de
juízo de poderem elaborar mapas de ruído sempre que medidas de redução de ruído;
tal se justifique. d) Indicação das medidas de redução de ruído e res-
3 — Exceptuam-se do disposto nos números anterio- pectiva eficácia quando a entidade responsável pela sua
res os planos de urbanização e os planos de pormenor execução é o município.
referentes a zonas exclusivamente industriais.
4 — A elaboração dos mapas de ruído tem em conta Artigo 10.o
a informação acústica adequada, nomeadamente a Relatório sobre o ambiente acústico
obtida por técnicas de modelação apropriadas ou por
recolha de dados acústicos realizada de acordo com téc- As câmaras municipais apresentam à assembleia
nicas de medição normalizadas. municipal, de dois em dois anos, um relatório sobre
5 — Os mapas de ruído são elaborados para os indi- o estado do ambiente acústico municipal, excepto
cadores Lden e Ln reportados a uma altura de 4 m acima quando esta matéria integre o relatório sobre o estado
do solo. do ambiente municipal.
Diário da República, 1.a série — N.o 12 — 17 de Janeiro de 2007 393

CAPÍTULO III Artigo 12.o


Regulação da produção de ruído Controlo prévio das operações urbanísticas

1 — O cumprimento dos valores limite fixados no


Artigo 11.o artigo anterior é verificado no âmbito do procedimento
de avaliação de impacte ambiental, sempre que a ope-
Valores limite de exposição
ração urbanística esteja sujeita ao respectivo regime
1 — Em função da classificação de uma zona como jurídico.
mista ou sensível, devem ser respeitados os seguintes 2 — O cumprimento dos valores limite fixados no
valores limite de exposição: artigo anterior relativamente às operações urbanísticas
não sujeitas a procedimento de avaliação de impacte
a) As zonas mistas não devem ficar expostas a ruído ambiental é verificado no âmbito dos procedimentos
ambiente exterior superior a 65 dB(A), expresso pelo previstos no regime jurídico de urbanização e da edi-
indicador Lden, e superior a 55 dB(A), expresso pelo ficação, devendo o interessado apresentar os documen-
indicador Ln; tos identificados na Portaria n.o 1110/2001, de 19 de
b) As zonas sensíveis não devem ficar expostas a ruído Setembro.
ambiente exterior superior a 55 dB(A), expresso pelo
indicador Lden, e superior a 45 dB(A), expresso pelo 3 — Ao projecto acústico, também designado por pro-
indicador Ln; jecto de condicionamento acústico, aplica-se o Regu-
c) As zonas sensíveis em cuja proximidade exista em lamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios, apro-
exploração, à data da entrada em vigor do presente vado pelo Decreto-Lei n.o 129/2002, de 11 de Maio.
Regulamento, uma grande infra-estrutura de transporte 4 — Às operações urbanísticas previstas no n.o 2 do
não devem ficar expostas a ruído ambiente exterior supe- presente artigo, quando promovidas pela administração
rior a 65 dB(A), expresso pelo indicador Lden, e superior pública, é aplicável o artigo 7.o do Decreto-Lei
a 55 dB(A), expresso pelo indicador Ln; n.o 555/99, de 16 de Dezembro, competindo à comissão
d) As zonas sensíveis em cuja proximidade esteja pro- de coordenação e desenvolvimento regional territorial-
jectada, à data de elaboração ou revisão do plano muni- mente competente verificar o cumprimento dos valores
cipal de ordenamento do território, uma grande infra- limite fixados no artigo anterior, bem como emitir pare-
-estrutura de transporte aéreo não devem ficar expostas cer sobre o extracto de mapa de ruído ou, na sua ausên-
a ruído ambiente exterior superior a 65 dB(A), expresso cia, sobre o relatório de recolha de dados acústicos ou
pelo indicador Lden, e superior a 55 dB(A), expresso sobre o projecto acústico, apresentados nos termos da
pelo indicador Ln; Portaria n.o 1110/2001, de 19 de Setembro.
e) As zonas sensíveis em cuja proximidade esteja pro- 5 — A utilização ou alteração da utilização de edi-
jectada, à data de elaboração ou revisão do plano muni- fícios e suas fracções está sujeita à verificação do cum-
cipal de ordenamento do território, uma grande infra-
-estrutura de transporte que não aéreo não devem ficar primento do projecto acústico a efectuar pela câmara
expostas a ruído ambiente exterior superior a 60 dB(A), municipal, no âmbito do respectivo procedimento de
expresso pelo indicador Lden, e superior a 50 dB(A), licença ou autorização da utilização, podendo a câmara,
expresso pelo indicador Ln. para o efeito, exigir a realização de ensaios acústicos.
6 — É interdito o licenciamento ou a autorização de
2 — Os receptores sensíveis isolados não integrados novos edifícios habitacionais, bem como de novas esco-
em zonas classificadas, por estarem localizados fora dos las, hospitais ou similares e espaços de lazer enquanto
perímetros urbanos, são equiparados, em função dos se verifique violação dos valores limite fixados no artigo
usos existentes na sua proximidade, a zonas sensíveis anterior.
ou mistas, para efeitos de aplicação dos correspondentes 7 — Exceptuam-se do disposto no número anterior
valores limite fixados no presente artigo. os novos edifícios habitacionais em zonas urbanas con-
3 — Até à classificação das zonas sensíveis e mistas solidadas, desde que essa zona:
a que se referem os n.os 2 e 3 do artigo 6.o, para efeitos
de verificação do valor limite de exposição, aplicam-se a) Seja abrangida por um plano municipal de redução
aos receptores sensíveis os valores limite de Lden igual de ruído; ou
ou inferior a 63 dB(A) e Ln igual ou inferior a 53 dB(A). b) Não exceda em mais de 5 dB(A) os valores limite
4 — Para efeitos de verificação de conformidade dos fixados no artigo anterior e que o projecto acústico con-
valores fixados no presente artigo, a avaliação deve ser sidere valores do índice de isolamento sonoro a sons
efectuada junto do ou no receptor sensível, por uma de condução aérea, normalizado, D2m,n,w, superiores em
das seguintes formas: 3 dB aos valores constantes da alínea a) do n.o 1 do
artigo 5.o do Regulamento dos Requisitos Acústicos dos
a) Realização de medições acústicas, sendo que os Edifícios, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 129/2002, de
pontos de medição devem, sempre que tecnicamente
possível, estar afastados, pelo menos, 3,5 m de qualquer 11 de Maio.
estrutura reflectora, à excepção do solo, e situar-se a
uma altura de 3,8 m a 4,2 m acima do solo, quando Artigo 13.o
aplicável, ou de 1,2 m a 1,5 m de altura acima do solo
ou do nível de cada piso de interesse, nos restantes Actividades ruidosas permanentes
casos; 1 — A instalação e o exercício de actividades ruidosas
b) Consulta dos mapas de ruído, desde que a situação permanentes em zonas mistas, nas envolventes das zonas
em verificação seja passível de caracterização através sensíveis ou mistas ou na proximidade dos receptores
dos valores neles representados. sensíveis isolados estão sujeitos:
5 — Os municípios podem estabelecer, em espaços a) Ao cumprimento dos valores limite fixados no
delimitados de zonas sensíveis ou mistas, designada- artigo 11.o; e
mente em centros históricos, valores inferiores em b) Ao cumprimento do critério de incomodidade, con-
5 dB(A) aos fixados nas alíneas a) e b) do n.o 1. siderado como a diferença entre o valor do indicador
394 Diário da República, 1.a série — N.o 12 — 17 de Janeiro de 2007

LAeq do ruído ambiente determinado durante a ocor- Artigo 15.o


rência do ruído particular da actividade ou actividades Licença especial de ruído
em avaliação e o valor do indicador LAeq do ruído resi-
dual, diferença que não pode exceder 5 dB(A) no 1 — O exercício de actividades ruidosas temporárias
período diurno, 4 dB(A) no período do entardecer e pode ser autorizado, em casos excepcionais e devida-
3 dB(A) no período nocturno, nos termos do anexo I mente justificados, mediante emissão de licença especial
ao presente Regulamento, do qual faz parte integrante. de ruído pelo respectivo município, que fixa as condições
de exercício da actividade relativas aos aspectos refe-
ridos no número seguinte.
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, 2 — A licença especial de ruído é requerida pelo inte-
devem ser adoptadas as medidas necessárias, de acordo ressado com a antecedência mínima de 15 dias úteis
com a seguinte ordem decrescente: relativamente à data de início da actividade, indicando:
a) Medidas de redução na fonte de ruído; a) Localização exacta ou percurso definido para o
b) Medidas de redução no meio de propagação de exercício da actividade;
ruído; b) Datas de início e termo da actividade;
c) Medidas de redução no receptor sensível. c) Horário;
d) Razões que justificam a realização da actividade
3 — Compete à entidade responsável pela actividade naquele local e hora;
ou ao receptor sensível, conforme quem seja titular da e) As medidas de prevenção e de redução do ruído
propostas, quando aplicável;
autorização ou licença mais recente, adoptar as medidas f) Outras informações consideradas relevantes.
referidas na alínea c) do número anterior relativas ao
reforço de isolamento sonoro. 3 — Se a licença especial de ruído for requerida prévia
4 — São interditos a instalação e o exercício de acti- ou simultaneamente ao pedido de emissão do alvará
vidades ruidosas permanentes nas zonas sensíveis, de licença ou autorização das operações urbanísticas
excepto as actividades permitidas nas zonas sensíveis previstas nas alíneas a) e b) do artigo 2.o do presente
e que cumpram o disposto nas alíneas a) e b) do n.o 1. decreto-lei, tal licença deve ser emitida na mesma data
5 — O disposto na alínea b) do n.o 1 não se aplica, do alvará.
em qualquer dos períodos de referência, para um valor 4 — Se a licença especial de ruído requerida nos ter-
do indicador LAeq do ruído ambiente no exterior igual mos do número anterior não for emitida na mesma data
ou inferior a 45 dB(A) ou para um valor do indicador do alvará, esta considera-se tacitamente deferida.
LAeq do ruído ambiente no interior dos locais de recep- 5 — A licença especial de ruído, quando emitida por
ção igual ou inferior a 27 dB(A), considerando o esta- um período superior a um mês, fica condicionada ao res-
belecido nos n.os 1 e 4 do anexo I. peito nos receptores sensíveis do valor limite do indicador
6 — Em caso de manifesta impossibilidade técnica de LAeq do ruído ambiente exterior de 60 dB(A) no período
cessar a actividade em avaliação, a metodologia de deter- do entardecer e de 55 dB(A) no período nocturno.
6 — Para efeitos da verificação dos valores referidos
minação do ruído residual é apreciada caso a caso pela no número anterior, o indicador LAeq reporta-se a um
respectiva comissão de coordenação e desenvolvimento dia para o período de referência em causa.
regional, tendo em conta directrizes emitidas pelo Ins- 7 — Não carece de licença especial de ruído:
tituto do Ambiente.
7 — O cumprimento do disposto no n.o 1 é verificado a) O exercício de uma actividade ruidosa temporária
no âmbito do procedimento de avaliação de impacte promovida pelo município, ficando sujeita aos valores
ambiental, sempre que a actividade ruidosa permanente limites fixados no n.o 5;
esteja sujeita ao respectivo regime jurídico. b) As actividades de conservação e manutenção fer-
roviária, salvo se as referidas operações forem execu-
8 — Quando a actividade não esteja sujeita a ava- tadas durante mais de 10 dias na proximidade do mesmo
liação de impacte ambiental, a verificação do cumpri- receptor.
mento do disposto no n.o 1 é da competência da entidade
coordenadora do licenciamento e é efectuada no âmbito 8 — A exigência do cumprimento dos valores limite
do respectivo procedimento de licenciamento, autori- previstos no n.o 5 do presente artigo pode ser dispensada
zação de instalação ou de alteração de actividades rui- pelos municípios no caso de obras em infra-estruturas
dosas permanentes. de transporte, quando seja necessário manter em explo-
9 — Para efeitos do disposto no número anterior, o ração a infra-estrutura ou quando, por razões de segu-
interessado deve apresentar à entidade coordenadora rança ou de carácter técnico, não seja possível inter-
do licenciamento uma avaliação acústica. romper os trabalhos.
9 — A exigência do cumprimento dos valores limite
previstos no n.o 5 do presente artigo pode ser ainda
Artigo 14.o excepcionalmente dispensada, por despacho dos mem-
Actividades ruidosas temporárias bros do Governo responsáveis pela área do ambiente
e dos transportes, no caso de obras em infra-estruturas
É proibido o exercício de actividades ruidosas tem- de transporte cuja realização se revista de reconhecido
porárias na proximidade de: interesse público.

a) Edifícios de habitação, aos sábados, domingos e Artigo 16.o


feriados e nos dias úteis entre as 20 e as 8 horas;
Obras no interior de edifícios
b) Escolas, durante o respectivo horário de fun-
cionamento; 1 — As obras de recuperação, remodelação ou con-
c) Hospitais ou estabelecimentos similares. servação realizadas no interior de edifícios destinados
Diário da República, 1.a série — N.o 12 — 17 de Janeiro de 2007 395

a habitação, comércio ou serviços que constituam fonte à respectiva actividade, instalação ou construção ou seja
de ruído apenas podem ser realizadas em dias úteis, titular da autorização ou licença mais recente.
entre as 8 e as 20 horas, não se encontrando sujeitas 6 — Por despacho conjunto dos membros do Governo
à emissão de licença especial de ruído. responsáveis pelas áreas do ambiente e dos transportes
2 — O responsável pela execução das obras afixa em e para efeito do cumprimento dos valores limite fixados
local acessível aos utilizadores do edifício a duração pre- no artigo 11.o do presente Regulamento, podem ser
vista das obras e, quando possível, o período horário equiparadas a grandes infra-estruturas de transporte as
no qual se prevê que ocorra a maior intensidade de
ruído. infra-estruturas de transporte aéreo identificadas pelo
Instituto Nacional de Aviação Civil como aeroporto civil
com tráfego superior a 43 000 movimentos por ano de
Artigo 17.o aviões subsónicos de propulsão por reacção e em que
não seja possível cumprir os valores limite que lhes
Trabalhos ou obras urgentes seriam aplicáveis.
Não estão sujeitos às limitações previstas nos artigos 14.o 7 — O cumprimento do disposto no presente artigo
a 16.o os trabalhos ou obras em espaços públicos ou no é objecto de verificação no âmbito do procedimento
interior de edifícios que devam ser executados com carácter de avaliação de impacte ambiental, quando ao mesmo
de urgência para evitar ou reduzir o perigo de produção haja lugar.
de danos para pessoas ou bens. 8 — Quando a infra-estrutura de transporte não
esteja sujeita a avaliação de impacte ambiental, a veri-
ficação do cumprimento do disposto no presente artigo
Artigo 18.o é efectuada no âmbito do respectivo procedimento de
Suspensão da actividade ruidosa licenciamento ou autorização.
9 — As grandes infra-estruturas de transporte aéreo,
As actividades ruidosas temporárias e obras no inte- ferroviário e rodoviário elaboram mapas estratégicos de
rior de edifícios realizadas em violação do disposto nos ruído e planos de acção, nos termos do disposto no
artigos 14.o a 16.o do presente Regulamento são sus- Decreto-Lei n.o 146/2006, de 31 de Julho.
pensas por ordem das autoridades policiais, oficiosa-
mente ou a pedido do interessado, devendo ser lavrado
auto da ocorrência a remeter ao presidente da câmara Artigo 20.o
municipal para instauração do respectivo procedimento
de contra-ordenação. Funcionamento de infra-estruturas de transporte aéreo

1 — São proibidas nos aeroportos e aeródromos não


Artigo 19. o abrangidos pelo disposto no Decreto-Lei n.o 293/2003,
de 11 de Novembro, a aterragem e a descolagem de
Infra-estruturas de transporte aeronaves civis entre as 0 e as 6 horas, salvo por motivo
de força maior.
1 — As infra-estruturas de transporte, novas ou em 2 — Por portaria conjunta dos membros do Governo
exploração à data da entrada em vigor do presente Regu-
lamento, estão sujeitas aos valores limite fixados no responsáveis pelas áreas dos transportes e do ambiente,
artigo 11.o pode ser permitida a aterragem e a descolagem de aero-
2 — As grandes infra-estruturas de transporte aéreo naves civis entre as 0 e as 6 horas nos aeroportos e
em exploração à data da entrada em vigor do presente aeródromos que disponham de um sistema de moni-
Regulamento, abrangidas pelo Decreto-Lei n.o 293/2003, torização e simulação de ruído que permita caracterizar
de 19 de Novembro, devem adoptar medidas que per- a sua envolvente relativamente ao Lden e Ln e determinar
mitam dar cumprimento ao disposto no artigo 11.o até o número máximo de aterragens e descolagens entre
31 de Março de 2008. as 0 e as 6 horas, de forma a assegurar o cumprimento
3 — Para efeitos do disposto nos números anteriores, dos valores limite fixados no artigo 11.o
devem ser adoptadas as medidas necessárias, de acordo 3 — A portaria referida no número anterior fixa, em
com a seguinte ordem decrescente: função dos resultados do sistema de monitorização e
a) Medidas de redução na fonte de ruído; de simulação de ruído, o número máximo de aterragens
b) Medidas de redução no meio de propagação de e descolagens permitido na infra-estrutura de transporte
ruído. aéreo entre as 0 e as 6 horas, a identificação das aero-
naves abrangidas em função do nível de classificação
4 — Excepcionalmente, quando comprovadamente sonora de acordo com as normas da Organização da
esgotadas as medidas referidas no número anterior e Aviação Civil Internacional (OACI), bem como outras
desde que não subsistam valores de ruído ambiente exte- restrições de operação.
rior que excedam em mais de 5 dB(A) os valores limite 4 — As aeronaves a operar no território nacional
fixados na alínea b) do n.o 1 do artigo 11.o, podem ser devem ser objecto de certificação acústica de acordo
adoptadas medidas nos receptores sensíveis que pro- com as normas estabelecidas pela OACI.
porcionem conforto acústico acrescido no interior dos
edifícios adoptando valores do índice de isolamento
sonoro a sons de condução aérea, normalizado, D2m,n,w , Artigo 21.o
superiores em 3 dB aos valores constantes da alínea a)
Outras fontes de ruído
do n.o 1 do artigo 5.o, da alínea a) do n.o 1 do artigo 7.o
e da alínea a) do n.o 1 do artigo 8.o, todos do Regu- As fontes de ruído susceptíveis de causar incomo-
lamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios. didade estão sujeitas ao cumprimento dos valores limite
5 — A adopção e implementação das medidas de iso- fixados no artigo 11.o, bem como ao disposto na alínea b)
lamento sonoro nos receptores sensíveis referidas no
número anterior compete à entidade responsável pela do n.o 1 e no n.o 5 do artigo 13.o e são sujeitas a controlo
exploração das infra-estruturas referidas nos n.os 1 e 2 preventivo no âmbito de procedimento de avaliação de
do presente artigo ou ao receptor sensível, conforme impacte ambiental, quando aplicável, e dos respectivos
quem mais recentemente tenha instalado ou dado início procedimentos de autorização ou licenciamento.
396 Diário da República, 1.a série — N.o 12 — 17 de Janeiro de 2007

Artigo 22.o CAPÍTULO IV


Veículos rodoviários a motor Fiscalização e regime contra-ordenacional
1 — É proibida, nos termos do disposto no Código Artigo 26.o
da Estrada e respectivo Regulamento, a circulação de
veículos com motor cujo valor do nível sonoro do ruído Fiscalização
global de funcionamento exceda os valores fixados no A fiscalização do cumprimento das normas previstas
livrete, considerado o limite de tolerância de 5 dB(A). no presente Regulamento compete:
2 — No caso de veículos de duas ou três rodas cujo
livrete não mencione o valor do nível sonoro, a medição a) À Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordena-
do nível sonoro do ruído de funcionamento é feita em mento do Território;
conformidade com a NP 2067, com o veículo em regime b) À entidade responsável pelo licenciamento ou
de rotação máxima, devendo respeitar os limites cons- autorização da actividade;
tantes do anexo II do presente Regulamento, que dele c) Às comissões de coordenação e desenvolvimento
regional;
faz parte integrante. d) Às câmaras municipais e polícia municipal, no
3 — A inspecção periódica de veículos inclui o con- âmbito das respectivas atribuições e competências;
trolo do valor do nível sonoro do ruído global de e) Às autoridades policiais e polícia municipal rela-
funcionamento. tivamente a actividades ruidosas temporárias, no âmbito
das respectivas atribuições e competências;
f) Às autoridades policiais relativamente a veículos
Artigo 23.o rodoviários a motor, sistemas sonoros de alarme e ruído
Sistemas sonoros de alarme instalados em veículos de vizinhança.

1 — É proibida a utilização em veículos de sistemas


sonoros de alarme que não possuam mecanismos de Artigo 27.o
controlo que assegurem que a duração do alarme não Medidas cautelares
excede vinte minutos.
1 — As entidades fiscalizadoras podem ordenar a
2 — As autoridades policiais podem proceder à remo- adopção das medidas imprescindíveis para evitar a pro-
ção de veículos que se encontram estacionados ou imo- dução de danos graves para a saúde humana e para
bilizados com funcionamento sucessivo ou ininterrupto o bem-estar das populações em resultado de actividades
de sistema sonoro de alarme por período superior a que violem o disposto no presente Regulamento.
vinte minutos. 2 — As medidas referidas no número anterior podem
consistir na suspensão da actividade, no encerramento
preventivo do estabelecimento ou na apreensão de equi-
Artigo 24.o pamento por determinado período de tempo.
Ruído de vizinhança 3 — As medidas cautelares presumem-se decisões
urgentes, devendo a entidade competente, sempre que
1 — As autoridades policiais podem ordenar ao pro- possível, proceder à audiência do interessado conceden-
dutor de ruído de vizinhança, produzido entre as 23 do-lhe prazo não inferior a três dias para se pronunciar.
e as 7 horas, a adopção das medidas adequadas para
fazer cessar imediatamente a incomodidade. Artigo 28.o
2 — As autoridades policiais podem fixar ao produtor
de ruído de vizinhança produzido entre as 7 e as 23 horas Sanções
um prazo para fazer cessar a incomodidade. 1 — Constitui contra-ordenação ambiental leve:
a) O exercício de actividades ruidosas temporárias
Artigo 25.o sem licença especial de ruído em violação do disposto
do n.o 1 do artigo 15.o;
Caução b) O exercício de actividades ruidosas temporárias
em violação das condições da licença especial de ruído
1 — Por despacho conjunto do membro do Governo fixadas nos termos do n.o 1 do artigo 15.o;
competente em razão da matéria e do membro do c) A violação dos limites estabelecidos no n.o 5 do
Governo responsável pela área do ambiente, pode ser artigo 15.o, quando a licença especial de ruído é emitida
determinada a prestação de caução aos agentes eco- por período superior a um mês;
nómicos que se proponham desenvolver, com carácter d) A realização de obras no interior de edifícios em
temporário ou permanente, actividades ruidosas, a qual violação das condições estabelecidas pelo n.o 1 do
é devolvida caso não surjam, nos prazo e condições nela artigo 16.o;
definidos, reclamações por incomodidade imputada à e) O não cumprimento da obrigação de afixação das
actividade ou, surgindo, venha a concluir-se pela sua informações nos termos do n.o 2 do artigo 16.o;
improcedência. f) O não cumprimento da ordem de suspensão emitida
2 — Caso ocorra a violação de disposições do pre- pelas autoridades policiais ou municipais, nos termos
sente Regulamento e das condições fixadas na caução, do artigo 18.o;
a mesma pode ser utilizada para os seguintes fins, por g) A utilização de sistemas sonoros de alarme ins-
ordem decrescente de preferência: talados em veículos em violação do disposto no n.o 1
do artigo 23.o;
a) Ressarcimento de prejuízos causados a terceiros; h) O não cumprimento da ordem de cessação da inco-
b) Liquidação de coimas aplicadas nos termos do modidade emitida pela autoridade policial nos termos
artigo 28.o do presente Regulamento. do n.o 1 do artigo 24.o;
Diário da República, 1.a série — N.o 12 — 17 de Janeiro de 2007 397

i) O não cumprimento da ordem de cessação da inco- CAPÍTULO V


modidade emitida pela autoridade policial nos termos
do n.o 2 do artigo 24.o Outros regimes e disposições de carácter técnico

2 — Constitui contra-ordenação ambiental grave: Artigo 31.o


a) O incumprimento das medidas previstas no plano Outros regimes
municipal de redução de ruído pela entidade privada 1 — O ruído produzido por equipamento para uti-
responsável pela sua execução nos termos do artigo 8.o; lização no exterior é regulado pelo Regulamento das
b) A instalação ou o exercício de actividades ruidosas Emissões Sonoras para o Ambiente do Equipamento
permanentes em zonas mistas, nas envolventes das zonas para Utilização no Exterior, aprovado pelo Decreto-Lei
sensíveis ou mistas ou na proximidade dos receptores n.o 76/2002, de 26 de Março.
sensíveis isolados em violação do disposto no n.o 1 do 2 — Ao ruído produzido por sistemas sonoros de
artigo 13.o; alarme instalados em imóveis aplica-se o Decreto-Lei
c) A instalação ou o exercício de actividades ruidosas n.o 297/99, de 4 de Agosto, que regula a ligação às forças
permanentes em zonas sensíveis em violação do disposto de segurança, Guarda Nacional Republicana e Polícia
no n.o 4 do artigo 13.o; de Segurança Pública, de equipamentos de segurança
d) A instalação ou exploração de infra-estrutura de contra roubo ou intrusão que possuam ou não sistemas
transporte em violação do disposto no n.o 1 do sonoros de alarme instalados em edifícios ou imóveis
artigo 19.o; de qualquer natureza.
e) A não adopção, na exploração de grande infra- 3 — Os espectáculos de natureza desportiva e os
-estrutura de transporte aéreo, das medidas previstas divertimentos públicos nas vias, jardins e demais lugares
no n.o 2 do artigo 19.o necessárias ao cumprimento dos públicos ao ar livre realizam-se nos termos do disposto
valores limite fixados no artigo 11.o; no Decreto-Lei n.o 310/2002, de 18 de Dezembro.
f) A aterragem e descolagem de aeronaves civis em
violação do disposto no n.o 1 do artigo 20.o;
g) A violação das condições de funcionamento da Artigo 32.o
infra-estrutura de transporte aéreo fixadas nos termos Normas técnicas
do n.o 3 do artigo 20.o;
h) A instalação ou exploração de outras fontes de 1 — Sem prejuízo do disposto no artigo 3.o do pre-
ruído em violação dos limites previstos no artigo 21.o; sente Regulamento, são aplicáveis as definições e pro-
i) O não cumprimento das medidas cautelares fixadas cedimentos constantes da normalização portuguesa em
nos termos do artigo 27.o matéria de acústica.
2 — Na ausência de normalização portuguesa, são uti-
lizadas as definições e procedimentos constantes de nor-
3 — A negligência e a tentativa são puníveis, sendo malização europeia ou internacional adoptada de acordo
nesse caso reduzido para metade os limites mínimos com a legislação vigente.
e máximos das coimas referidos no presente Regu-
lamento.
4 — A condenação pela prática das infracções graves Artigo 33.o
previstas no n.o 2 do presente artigo pode ser objecto
de publicidade, nos termos do disposto no artigo 38.o Controlo metrológico de instrumentos
da Lei n.o 50/2006, de 29 de Agosto, quando a medida Os instrumentos técnicos destinados a realizar medi-
concreta da coima aplicada ultrapasse metade do mon- ções acústicas no âmbito da aplicação do presente Regu-
tante máximo da coima abstracta aplicável. lamento são objecto de controlo metrológico de acordo
com o disposto no Decreto-Lei n.o 291/90, de 20 de
Setembro, e respectivas disposições regulamentares.
Artigo 29.o
Apreensão cautelar e sanções acessórias
Artigo 34.o
A entidade competente para aplicação da coima pode Entidades acreditadas
proceder a apreensões cautelares e aplicar as sanções
acessórias que se mostrem adequadas, nos termos do 1 — Os ensaios e medições acústicas necessárias à
disposto na Lei n.o 50/2006, de 29 de Agosto. verificação do cumprimento do disposto no presente
Regulamento são realizados por entidades acreditadas.
2 — As entidades acreditadas noutro Estado membro
Artigo 30.o que pretendam desenvolver no território nacional as
actividades referidas no número anterior devem noti-
Processamento e aplicação de coimas ficar a entidade portuguesa com competência de acre-
1 — O processamento das contra-ordenações e a apli- ditação.
cação das respectivas coimas e sanções acessórias é da 3 — As entidades fiscalizadoras que realizem ensaios
e medições acústicas necessárias à verificação do cum-
competência da entidade autuante, sem prejuízo do dis- primento do disposto no presente Regulamento dispõem
posto nos números seguintes. de um prazo de quatro anos para se acreditarem no
2 — Compete à câmara municipal o processamento âmbito do Sistema Português da Qualidade.
das contra-ordenações e a aplicação das coimas e san-
ções acessórias em matéria de actividades ruidosas tem-
ANEXO I
porárias e de ruído de vizinhança.
3 — Compete à Direcção-Geral de Viação o proces- (a que se refere o artigo 13.o)
samento das contra-ordenações e a aplicação das coimas Parâmetros para a aplicação do critério de incomodidade
e sanções acessórias em matéria de veículos rodoviários
a motor e sistemas sonoros de alarme instalados em 1 — O valor do LAeq do ruído ambiente determinado
veículos. durante a ocorrência do ruído particular deve ser cor-
398 Diário da República, 1.a série — N.o 12 — 17 de Janeiro de 2007

rigido de acordo com as características tonais ou impul- MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,


sivas do ruído particular, passando a designar-se por DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS
nível de avaliação, LAr , aplicando a seguinte fórmula:
LAr=LAeq+K1+K2 Decreto Regulamentar n.o 2/2007
em que K1 é a correcção tonal e K2 é a correcção de 17 de Janeiro
impulsiva.
Estes valores são K1=3 dB(A) ou K2=3 dB(A) se Uma gestão correcta dos espaços florestais passa
for detectado que as componentes tonais ou impulsivas, necessariamente pela definição de uma adequada polí-
respectivamente, são características específicas do ruído tica de planeamento, tendo em vista a valorização, a
particular, ou são K1=0 dB(A) ou K2=0 dB(A) se estas protecção e a gestão sustentável dos recursos florestais.
componentes não forem identificadas. Caso se verifique Os princípios orientadores da política florestal defi-
a coexistência de componentes tonais e impulsivas a nida na Lei de Bases da Política Florestal, aprovada
correcção a adicionar é de K1+K2=6 dB(A).
pela Lei n.o 33/96, de 17 de Agosto, nomeadamente
O método para detectar as características tonais do
ruído dentro do intervalo de tempo de avaliação, con- os relativos à organização dos espaços florestais de-
siste em verificar, no espectro de um terço de oitava, terminam que o ordenamento e gestão florestal se
se o nível sonoro de uma banda excede o das adjacentes fazem através de planos regionais de ordenamento flo-
em 5 dB(A) ou mais, caso em que o ruído deve ser restal (PROF), cabendo a estes a explicitação das
considerado tonal. práticas de gestão a aplicar aos espaços florestais, mani-
O método para detectar as características impulsivas festando um carácter operativo face às orientações for-
do ruído dentro do intervalo de tempo de avaliação, necidas por outros níveis de planeamento e decisão
consiste em determinar a diferença entre o nível sonoro política.
contínuo equivalente, LAeq , medido em simultâneo com Constituem objectivos gerais dos PROF, nos termos
característica impulsiva e fast. Se esta diferença for supe- do n.o 3 do artigo 5.o da Lei de Bases da Política Flo-
rior a 6 dB(A), o ruído deve ser considerado impulsivo. restal, a avaliação das potencialidades dos espaços flo-
2 — Aos valores limite da diferença entre o LAeq do restais, do ponto de vista dos seus usos dominantes,
ruído ambiente que inclui o ruído particular corrigido a definição do elenco de espécies a privilegiar nas acções
(LAr) e o LAeq do ruído residual, estabelecidos na alí- de expansão e reconversão do património florestal, a
nea b) do n.o 1 do artigo 13.o, deve ser adicionado o identificação dos modelos gerais de silvicultura e de ges-
valor D indicado na tabela seguinte. O valor D é deter- tão dos recursos mais adequados e a definição das áreas
minado em função da relação percentual entre a duração críticas do ponto de vista do risco de incêndio, da sen-
acumulada de ocorrência do ruído particular e a duração sibilidade à erosão e da importância ecológica, social
total do período de referência. e cultural, bem como das normas específicas de silvi-
cultura e de utilização sustentada dos recursos a aplicar
Valor da relação percentual (q) entre a duração acumulada
de ocorrência do ruído particular D em dB(A)
nestes espaços.
e a duração total do período de referência Sendo instrumentos sectoriais de gestão territorial,
os PROF assentam numa abordagem conjunta e inter-
q « 12,5 % . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 ligada de aspectos técnicos, económicos, ambientais,
12,5 % ‹ q « 25 % . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 sociais e institucionais, envolvendo os agentes econó-
25 % ‹ q « 50 % . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 micos e as populações directamente interessadas, com
50 % ‹ q « 75 % . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 vista a estabelecer uma estratégia consensual de gestão
q › 75 % . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 e utilização dos espaços florestais.
Neste contexto, a adopção destes instrumentos de pla-
3 — Excepções à tabela anterior — para o período neamento e de ordenamento florestal constitui o con-
nocturno não são aplicáveis os valores de D=4 e D=3, tributo do sector florestal para os outros instrumentos
mantendo-se D=2 para valores percentuais inferiores de gestão territorial, em especial para os planos especiais
ou iguais a 50 %. Exceptua-se desta restrição a aplicação de ordenamento do território (PEOT) e os planos muni-
de D=3 para actividades com horário de funcionamento cipais de ordenamento do território (PMOT), no que
até às 24 horas. respeita especificamente à ocupação, uso e transforma-
4 — Para efeitos da verificação dos valores fixados ção do solo nos espaços florestais, dado que as acções
na alínea b) do n.o 1 e no n.o 5 do artigo 13.o, o intervalo
e medidas propostas nos PROF são integradas naqueles
de tempo a que se reporta o indicador LAeq corresponde
ao período de um mês, devendo corresponder ao mês planos. Articulam-se ainda com os planos regionais de
mais crítico do ano em termos de emissão sonora da(s) ordenamento do território.
fonte(s) de ruído em avaliação no caso de se notar mar- O presente Plano Regional de Ordenamento Florestal
cada sazonalidade anual. do Nordeste (PROF NE) apresenta um diagnóstico da
situação actual na região, com base numa ampla recolha
ANEXO II de informação necessária ao planeamento florestal e
efectua uma análise estratégica que permite definir
Limites para veículos de duas e três rodas objectivos gerais e específicos, delinear propostas de
(a que se refere o artigo 22.o) medidas e acções tendo em vista a prossecução de uma
política coerente e eficaz, bem como definir normas de
Cilindrada (C, em cm3) Nível sonoro admissível [L, em dB(A)]
intervenção para os espaços florestais e modelos de sil-
vicultura, aplicáveis a povoamentos tipo, com vista ao
cumprimento dos objectivos enunciados.
C « 80 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . L « 102 A organização dos espaços florestais e respectivo
80 ‹ C « 175 . . . . . . . . . . . . . . . . . . L « 105
C › 175 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . L « 110
zonamento, nesta região, é feita ao nível de sub-regiões
homogéneas, que correspondem a unidades territoriais

Potrebbero piacerti anche