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e essa coisa...
Eu: Enfim... Por ltimo, peo-lhe que nos fale um pouco de um assunto que o atorment
ou terrivelmente durante toda a sua vida- O som produzido pelo estalar de um chi
cote.
Schopenhauer: [Agitando-se na cadeira] No h nada a dizer! O barulho, seja ele qual
for, uma tortura para um intelectual. No s interrompe o pensamento, como tambm o d
estri. Um grande intelecto depende do seu poder de concentrao, portanto, quando se
perturbado pelo barulho, o grande intelecto desce ao nvel de um intelecto ordinrio
.
O mais escusado e desgraado dos barulhos o do estalar de um chicote. Qualquer pes
soa que tenha uma ideia na cabea sentir o crebro paralisado, sentir-se- refm deste ba
rulho horrendo que assassina o pensamento. Todos aqueles que fazem estalar um ch
icote durante vrios quilmetros deveriam ser aoitados com um pau. Por vezes, vemos u
m carteiro a caminhar pelas ruas, sozinho, sem nenhum cavalo para fustigar, mas
ainda assim passa o tempo a estalar o chicote incessantemente.
Os carteiros, os porteiros e os mensageiros, so as maiores bestas da humanidade.
[O estalar de um chicote rasga o ar. Longo Silncio. Schopenhauer contorce horrive
lmente o rosto e retira-se. Fim da entrevista.]
Para os mais distrados, o filsofo alemo Arthur Schopenhauer morreu em 1860. Este po
rmenor faz com que esta entrevista seja obviamente ficcional.