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Logística, Sector Estratégico do

Desenvolvimento Nacional

Situação de Portugal em relação à Logística

1. Introdução É neste contexto de intensa competição e pressão sobre as


margens de comercialização que ganha particular importân-
cia o transporte – obrigatoriamente enriquecido e integrado
Este documento apresenta a orientação estratégica do Go- num conceito de logística – na medida em que fazendo par-
verno na área da logística, cumprindo o papel que lhe com- te da estrutura de custos e da cadeia de valor dos bens fará
pete na promoção e adequação das infra-estruturas, na re- sempre variar o seu nível de competitividade.
gulação do sector e no estímulo à concretização de soluções
que visem a maximização das potencialidades e benefícios Nesse sentido, as infra-estruturas de transporte e de coorde-
da multimodalidade. nação logística são um contributo fundamental para assegu-
rar o desenvolvimento económico e territorial do País.
A procura do transporte de mercadorias tem tido e conti-
nuará a ter, no médio prazo, um crescimento exponencial Dar corpo e afirmar o projecto Portugal Logístico, como é de-
acentuado, muito para além do rácio associado à criação de terminação do Governo, é, num esforço público-privado,
riqueza dos países. sermos capazes de construir soluções logísticas de raiz na-
cional que sejam simultaneamente competitivas no espaço
Com efeito, o esbatimento das barreiras proteccionistas à cir- Ibérico e no espaço Europeu.
culação dos bens vão continuar a acentuar um ambiente de co-
mércio livre, provocando a multi-localização, a nível mundial,
das unidades produtivas, o que se traduzirá num alongamento
considerável dos fluxos (aumento do percurso médio).
2. Actual panorama da
logística a nível mundial
A contínua evolução dos processos produtivos a nível inter-
nacional, a globalização dos mercados e a necessidade de A evolução da actividade logística a nível mundial é forte-
assegurar cada vez maiores níveis de competitividade torna mente influenciada por um conjunto de tendências macroe-
imprescindível a criação e desenvolvimento de modernos e conómicas, empresariais e de consumo.
eficientes instrumentos de suporte ao sistema logístico, no
sentido de se garantir uma eficaz gestão das cadeias de Do ponto de vista macroeconómico, a crescente globalização
abastecimento e distribuição. dos fluxos de mercadorias, a deslocalização da produção e

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o acentuar da especialização dos mercados de produção têm cientes de transporte intermodal e a um conjunto de serviços Exemplos desta política podem ser observados em Espanha, tor industrial português poderá ser posta em causa no médio
provocado o aumento das distâncias percorridas pelas mer- partilhados. Itália, França e Alemanha, entre outros, onde governos cen- prazo.
cadorias, potenciando o transporte de grandes quantidades trais e regionais se associaram ao sector privado para a
de produtos semi-acabados por via marítima até centros lo- Adicionalmente, a necessidade de personalização e a fre- criação de soluções logísticas intermodais e integradas. Em termos organizacionais, a situação actual do sistema lo-
gísticos próximos dos mercados de consumo. quência de introdução de novos produtos para fazer face às gístico em Portugal apresenta marcadas diferenças:
exigências dos consumidores, sem prejuízo da necessidade
Esta tendência tem conduzido ao desenvolvimento de plata- de beneficiar de economias de escala, tem induzido o de- 3. A situação do Sistema • O sub-sistema logístico de apoio ao consumo tem revela-
formas logísticas junto aos principais portos e mercados de senvolvimento de plataformas para o tratamento logístico de do um apreciável grau de desenvolvimento, através da
destino, dispondo de amplas zonas de armazenagem, capa- um vasto conjunto de produtos.
Logístico Português e os implantação de bases de distribuição vocacionadas para
cidade de gestão de stocks e funcionalidades de valor acres- riscos associados apoiar todo o território nacional e com suporte a moder-
centado, incluindo, entre outras, operações finais de monta- Por outro lado, o aumento das preocupações ambientais e de nos sistemas de informação e gestão. Como exemplos, in-
gem, embalagem e etiquetagem de produtos, por forma a qualidade de vida das populações, presente nas orientações A situação de infraestruturação logística em Portugal é defi- dicam-se as cadeias de distribuição com implantação na-
adequar os produtos às necessidades específicas dos merca- da União Europeia para o sector dos transportes, tem vindo citária, tendo em consideração as actuais exigências neste cional, cuja competitividade assenta na sua capacidade
dos locais. igualmente a influenciar o panorama logístico, assistindo-se sector e quando comparada com os nossos principais par- para, a cada momento, colocar nos pontos de venda os
por toda a Europa a uma tentativa de diminuição do tráfe- ceiros comunitários, quer seja em termos qualitativos quer produtos que os consumidores procuram;
O aumento da concorrência tem induzido crescentemente as go rodoviário por transferência para outros modos de trans- quantitativos, a que se deve juntar um forte desequilíbrio mo-
• Pelo contrário, o sub-sistema logístico de apoio à produção
empresas a fomentar a sua eficiência ao longo da cadeia de porte ambientalmente mais sustentáveis. dal e territorial que penaliza o nosso sistema empresarial fa-
apresenta como debilidade mais notória a falta de consis-
valor, nomeadamente através da redução dos custos logísti- ce aos seus mais directos concorrentes europeus.
tência traduzida em estruturas deficientes e pouco articula-
cos. Esta tendência tem levado a que um número cada vez Face a estas tendências, assiste-se por parte de vários go-
das, o que impede a obtenção dos ganhos de competitivi-
maior de empresas industriais e comerciais subcontratem as vernos europeus a uma intervenção activa no sentido de criar Quando temos presente que o custo do processo logístico na
dade propiciados por um funcionamento correcto em rede.
suas operações logísticas a grandes empresas especializa- redes de plataformas logísticas que possibilitem não só o au- sua globalidade pode ultrapassar os 12 a 15% do custo de
das, as quais necessitam, para desenvolver a sua actividade mento da eficiência dos fluxos logísticos e a oferta de servi- produção nas pequenas e médias empresas, é notório que a
de forma eficiente, de espaços logísticos integrados, nalguns ços logísticos de valor acrescentado, mas também que con- manter-se um cenário de desarticulação e desordenamento Esta debilidade está em clara contradição com o que se vem
casos de grandes dimensões, com acesso a estruturas efi- tribuam positivamente para a melhoria do ambiente. do sistema logístico, toda a capacidade competitiva do sec- registando na Europa Comunitária, nomeadamente em Es-

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panha, na qual existe já uma rede muito robusta de plata- da impossibilidade das empresas desfrutarem de uma redu-
formas logísticas, como pode constatar-se a partir da leitura ção de custos de operação obtida pela partilha de serviços
do mapa apresentado nesta página. comuns entre várias empresas vizinhas.

Também em Portugal, é de assinalar a existência de pon- Os riscos associados à manutenção da actual situação de de-
tos de concentração de cargas importantes, normalmente senvolvimento do Sistema Logístico Português são vários, dos
coincidentes com os nós da rede de transportes (aeropor- quais podemos destacar:
tos, portos e estações ferroviárias), os quais apresentam di-
ficuldades no tratamento de mercadorias por não terem, • Indisponibilidade de soluções que permitam ganhos de
numa segunda linha, instalações onde possam desenvolver competitividade ao mercado;
funções complementares. Essa lacuna é maioritariamente • A não obtenção de ganhos ambientais e redução de
ultrapassada em baldios logísticos, ou seja, instalações dis- consumos energéticos;
seminadas e desordenadas cuja localização é função do
• Uma crescente dificuldade de afirmação dos operadores
baixo valor do solo e, como consequência, não usufruem
logísticos nacionais;
de boas condições de acesso aos eixos de comunicação
• Um continuado desequilíbrio modal;
principais.
• Uma inadequada utilização e rentabilização da capaci-
Esta dispersão territorial cria outra desvantagem que decorre dade portuária e ferroviária.

Rede de Plataformas Logísticas na Europa


(associadas à Europlatforms)

Em operação
Planeadas/em construção
Em definição/discussão

Fonte: DGG, Europlatforms

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4. Porquê desenvolver um 5. A Estratégia para o
plano logístico nacional desenvolvimento do
Sistema Logístico
A União Europeia está, gradual e progressivamente, a ma-
terializar uma rede ferroviária interoperável em todo o es-
Português
paço comunitário. Por outro lado, encontra-se estabilizada a
definição das comunicações ferroviárias entre Portugal e Es- A estratégia do Governo, que pretende associar o número
panha e entre a Península Ibérica e o resto da Europa. mais alargado de agentes públicos e privados, assenta na
reorientação de todo o sistema actual: provocando uma pro-
Os principais países europeus dotados de importantes platafor- funda mudança em todo o sistema logístico que contribua
mas portuárias têm vindo a reforçar a sua vantagem competi- para a constituição de um novo cluster de actividade, cria-
tiva, através da instalação, nos seus territórios, de grandes pla- dor de emprego e de riqueza, que, gerando vantagens am-
taformas logísticas colocadas estrategicamente junto a bientais, seja um factor de competitividade acrescido para
significativas bacias de tráfego e de nós viários e ferroviários. diversos sectores da economia e promova a captação de no-
vos investimentos.
Portugal necessita de:
Esta estratégia para o desenvolvimento do sector da logísti-
• Racionalizar a actividade logística e contribuir para o ca assenta nas seguintes premissas:
ordenamento do território, criando condições para a
atracção de novos agentes de mercado; • O desenvolvimento de uma actividade logística centra-
da no mercado é fundamental para a afirmação da
• Fomentar a intermodalidade, valorizando as estruturas
economia nacional, tanto ao nível das exportações, co-
e redes existentes e criando condições para o desenvol-
mo para o aumento da satisfação da procura interna,
vimento do transporte ferroviário e o aproveitamento da
com ganhos ao nível da criação de riqueza e de em-
capacidade portuária instalada;
prego directo e indirecto;
• Promover ganhos ambientais através da redução das
• A necessidade de criar espaços de concentração de ac-
emissões atmosféricas e da concentração territorial de ac-
tividades logísticas, situados estrategicamente em rela-
tividades que se encontram dispersas e mal localizadas;
ção às infra-estruturas e redes existentes e dotados de
• Contribuir para o desenvolvimento da economia nacio- estruturas e serviços diferenciadores, é determinante pa-
nal e de alguns espaços territoriais específicos, gerando ra o desenvolvimento e o ordenamento da actividade;
emprego e novas formas de criação de riqueza;
• Estes espaços (plataformas logísticas), com vocações e
• Transformar a oportunidade que decorre da nossa posi- dimensões distintas, terão que possuir condições funcio-
ção geo-estratégica num efectivo factor de competitivi- nais alinhadas com as necessidades logísticas, condi-
dade, através da promoção de estruturas que potenciem ções físicas que promovam a intermodalidade e a cres-
o desenvolvimento da actividade de transportes, no- cente utilização do transporte ferroviário e condições
meadamente o alargamento do hinterland dos portos organizacionais que reforcem a competitividade das
nacionais. empresas que aí se instalem;

• O aproveitamento da localização geoestratégica de Por-


Em suma, aumentar globalmente a carga movimentada, tugal em termos das comunicações intercontinentais
criando mais riqueza e competitividade, organizando o Atlânticas em relação à Europa, nomeadamente com a
transporte de forma mais racional e sustentável. América Latina e África, complementando-se a oferta

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portuária existente com infra-estruturas e serviços logís- senvolvimento económico e social mais sustentável de que 6. Os principais alicerces do 7. A criação de uma rede de
ticos de primeiro nível que alarguem as nossas áreas de resulte a redução das emissões poluentes, consumos ener-
influência; géticos, tempos de percurso e sinistralidade.
Portugal Logístico plataformas logísticas
• A criação, no nosso País, de efectivas vantagens com- Constituindo as infra-estruturas apenas um meio, importa ali-
como pilar base do
A criação do Portugal Logístico engloba três componentes
petitivas ao nível da gestão da cadeia de abastecimen- cerçar o Sistema Logístico Nacional num contexto de desen- nucleares, apoiando-se em infra-estruturas existentes e nas
desenvolvimento do
to proporcionando melhor aproximação às necessida- volvimento de bens e serviços de valor acrescentado e na redes e novos investimentos oportunamente anunciados e em sistema logístico nacional
des dos mercados e a facilitação dos inerentes fluxos de atracção de investimentos reprodutíveis orientados para a in- início de concretização:
informação e financeiros; ternacionalização das nossas actividades económicas. As plataformas logísticas a criar valorizarão os princípios da
1. Rede Nacional de Plataformas Logísticas com áreas de- concentração, competitividade, intermodalidade e racionali-
• A resposta eficaz às necessidades de redução de tem-
Torna-se assim crucial um correcto planeamento do Sistema dicadas e infra-estruturadas para a fixação de actividades zação de investimentos:
pos e custos dos ciclos dos fluxos dos produtos, englo-
Logístico Nacional, nomeadamente no que se refere à cria- do sector e que reforcem a intermodalidade;
bando encomenda, aprovisionamento, fornecimentos de
ção de uma Rede Nacional de Plataformas Logísticas, as • Localizam-se em espaços estratégicos do ponto de vista
base e de componentes, produção, distribuição, comer-
quais deverão: da proximidade a grandes estruturas de transporte, de
cialização e pós-venda; 2. Criação de uma estrutura de planeamento e regulação,
conexão com as redes existentes e de relação territorial
a partir do ITT (Instituto de Transportes Terrestres) e de
• A potenciação dos grandes eixos de acessibilidades Ro- • Estar inseridas nos grandes eixos de tráfego internacio- com os principais utilizadores;
diversas sociedades locais que envolvam os agentes pre-
doviária e Ferroviária, em que se inclui a futura Ligação nal; • Partem da disponibilização de solos e respectiva infra-
sentes em cada plataforma, como as autarquias, a REFER,
Ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid, estruturação configurada de acordo com planos funcio-
• Ser dotadas de boas acessibilidades às redes principais a CP, as administrações portuárias e os agentes privados;
permitirão assegurar elevados níveis de serviço e quali- nais, de integração territorial e modelos de gestão e fi-
de transportes, assegurando adequada intermodalida-
dade; nanciamento específicos previamente definidos;
de; 3. Acções concertadas ao nível da logística urbana que pro-
• Assegurar uma adequada intermodalidade que tire parti- curem novas soluções para as cadeias de abastecimento, • Procuram o investimento privado para a componente da
• Estar integradas nas redes gerais de infra-estruturas e super-estrutura (combinando, eventualmente, com a sub-
do das melhores “performances” ambientais dos transpor- harmonizem as regras de utilização da rede viária e a
serviços tecnologicamente mais avançados; estrutura) e a parceria da gestão;
tes ferroviários e marítimos e da especial vocação do ca- adequação dos veículos ao desempenho da sua activida-
minho de ferro para o transporte em massa a distâncias • Poder servir os nossos principais centros de produção e de. • Desenvolvem-se fisicamente de forma modelar para po-
de médio e longo curso, favorecendo-se um modelo de de- consumo. der albergar investimentos de dimensão distinta;

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• Possuem uma estrutura de gestão e promoção próprias de transporte, procuram dinamizar a economia regional e
(ainda que subordinadas a regras e sistemas de infor- a captação de fluxos e investimentos industriais, bem co-
mação uniformes que possam desenvolver funções par- mo estender a Espanha os actuais hinterlands portuários;
tilhadas a um conjunto de plataformas) que será res-
ponsável pelo plano de negócios específico de cada 4. Plataformas regionais – com dimensão pequena ou mé-
plataforma, pela atracção e negociação com as empre- dia, possuem, como principal objectivo, o reordenamento
sas candidatas a utentes da plataforma, e pela adminis- logístico e dos fluxos de transporte, integradas numa es-
tração dos espaços e serviços comuns. tratégia de coesão da rede.

Das diversas propostas analisadas, as que aqui são apre-


As plataformas logísticas a criar dividem-se em 4 categorias
sentadas correspondem às que, em conjunto, melhor se apro-
distintas:
ximam do objectivo de desenvolver e robustecer um sector de
actividade considerado estratégico para a sustentabilidade
1. Plataformas urbanas nacionais – de dimensão média ou
económica e ambiental dos sistemas produtivo e dos trans-
grande, têm como principais objectivos a dinamização da
portes em Portugal.
actividade económica do país através da criação de
grandes centros de distribuição e o reordenamento logís-
Como consequência, serão estas as plataformas logísticas
tico e dos fluxos de transporte;
que merecerão uma concentração de investimentos públicos
e um particular empenho do Governo para a sua efectiva-
2. Plataformas portuárias – de dimensão média ou grande,
ção.
localizadas na proximidade dos principais portos nacio-
nais, os seus objectivos consistem em potenciar a activi-
Contudo, a rede que se pretende criar não é fechada e ex-
dade portuária e expandir a sua área de influência, no-
clusiva. Existem outras intenções e mesmo algumas pré-exis-
meadamente para Espanha, bem como fomentar a
tências que se podem considerar como complementares da
intermodalidade e a utilização do transporte ferroviário;
rede que ora se apresenta.

3. Plataformas transfronteiriças – com pequena e média di-


mensão, por vezes apenas dependentes de um só modo

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8. Caracterização da Rede Plataforma regional
Nacional de Plataformas Em Tunes, será construída uma plataforma de âmbito regio-
nal que pretende servir a região do Algarve e estabelecer
Logísticas
princípios de equilíbrio territorial no conjunto do país.

A Rede Nacional de Plataformas Logísticas é constituída por


onze plataformas, complementadas com dois Centros de Centros de Carga Aérea
Carga Aérea no Porto e em Lisboa: Os Centros de Carga Aérea no Porto e em Lisboa têm como ob-
jectivo aumentar a capacidade actual de processamento de car-
Plataformas urbanas nacionais ga aérea e concentrar as operações num mesmo local, agilizan-
do-as e reduzindo substancialmente os tempos envolvidos.
Duas plataformas, localizadas perifericamente às duas prin-
cipais áreas metropolitanas do País, Porto e Lisboa. Benefi-
O Centro de Carga Aérea do Porto será desenvolvido, na 1ª
ciam da proximidade a nós completos do sistema nacional e
Fase, numa zona com cerca de 18 ha e representará um in-
internacional de transportes, incluindo o transporte aéreo,
vestimento de cerca de 22 milhões de euros.
têm grande dimensão, e estão particularmente vocacionadas
como grandes centros de distribuição;
O Centro de Carga Aérea de Lisboa irá ocupar, numa 1ª Fa-
se, uma área de cerca de 12 ha, representando um investi-
Plataformas portuárias mento de cerca de 24 milhões de euros. No novo Aeroporto de
Quatro plataformas localizadas na imediação dos portos de Lisboa na OTA, a área da logística merecerá igualmente um lu-
Leixões, Aveiro, Lisboa e Sines, todas elas polinucleadas, de- gar de destaque.
senvolvidas com uma forte participação das respectivas ad-
ministrações portuárias, tendo como objectivos: Os factores determinantes na localização das plataformas
enunciadas são:
• Tirar partido da capacidade portuária existente e da
sua localização privilegiada na costa ocidental do con-
Factores Descrição
tinente europeu;
Localização Proximidade/acessibilidade a zonas de
• Complementar a actividade portuária, conferindo maior consumo/produção
valor à sua operação; Proximidade a estruturas de movimentação de carga
já existentes
• Promover a intermodalidade, particularmente com o Proximidade de importantes infra-estruturas portuárias
e principais áreas transfronteiriças de fluxos
transporte ferroviário;
Acessibilidades Ligações ferroviárias com destinos-chave nacionais e
• Alargar o hinterland portuário, estendendo-o a Espanha; e intermodalidade internacionais
Ligações com redes de auto-estradas/vias rápidas
• Ordenar o conjunto de actividades logísticas já hoje
presentes na imediação dos portos. Custo Custo de instalação e exploração

Dimensão Reserva de espaço destinado a usos logísticos para


futuras ampliações e operações intermodais
Plataformas transfronteiriças
Especialização Concentração empresarial para obter sinergias e
Junto à fronteira com Espanha, ficarão localizadas quatro economias de escala entre empresas

plataformas logísticas, naqueles que são os principais eixos Serviços Oferta de serviços avançados às empresas: centros
de fluxos com o exterior. São as plataformas logísticas de Va- universitários, serviços empresariais e urbanos,
espaços de concentração de actividades tecnológicas
lença, Chaves, Guarda e Elvas/Caia; e de promoção comercial

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9. Janela Única Logística 10. Os Benefícios da Rede • Promove a eficiência e a produtividade dos operadores 11. A Responsabilidade do
logísticos, permitindo uma redução média de custos lo-
Nacional de Plataformas gísticos em cerca de 10% e um aumento da produtivi-
Estado e a participação
O sucesso do conjunto das plataformas logísticas está tam-
bém dependente da sua info-estrutura de suporte, muito par-
Logísticas dade média nos fluxos totais de carga de 15%; dos diversos Agentes
ticularmente da facilidade de desembaraço alfandegário das • Induz a melhoria da competitividade da indústria e co- Públicos e Privados
A Rede Nacional de Plataformas Logísticas, estruturada so-
mercadorias. mércio portugueses decorrente do importante impacte
bre os principais centros urbanos, portos nacionais e eixos Definida pelo Governo a estratégia para o Portugal Logísti-
na estrutura de custos das empresas;
fronteiriços e regionais, permite transformar Portugal numa co, importa ter presente que a sua concretização envolve,
Por isso, todas as plataformas logísticas estarão interligadas
Plataforma Atlântica de entrada de movimentos internacio- • Globalmente, e alinhado com experiências internacio- não só a responsabilização do Estado, mas também a asso-
por um sistema informático que, à semelhança do que se en-
nais no mercado ibérico e elevar o país no ranking dos cen- nais, permite estimular a economia, criando mais de 5 ciação de diversos agentes públicos e privados.
contra previsto para os portos nacionais, integre as autori-
tros de distribuição logística europeus. mil postos de trabalho;
zações alfandegárias à exportação e importação de merca-
Ao Estado cabe, fundamentalmente, um papel de Regulação
dorias, bem como as restantes autorizações administrativas à • Cria condições para atrair e fixar investimento industrial
Com o desenvolvimento da rede de plataformas, Portugal irá e Planeamento:
saída e entrada de bens no País. e terá um papel determinante na articulação e reorde-
potenciar a logística do país, servindo os principais tráfegos namento intermodal e territorial (logístico);
de mercadorias com origem ou destino nacional, cobrindo • Estabelecendo regras comuns que enquadrem a insta-
A constituição de uma Janela Única Logística é coerente com • Alinhada com as orientações da União Europeia, per- lação, gestão e funcionamento das plataformas inte-
mais de 93% da economia e população.
os processos de simplificação administrativa assumidos pelo mitirá criar ligações eficientes entre os modos de trans- gradas na Rede Nacional de Plataformas Logísticas;
Governo. porte, fomentando a intermodalidade e reduzindo os
A Rede Nacional de Plataformas Logísticas: • Apreciando os projectos que integram a Rede Nacional
custos ambientais através da transferência do modo ro- de Plataformas Logísticas, de forma a garantir a quali-
doviário para outros ambientalmente mais sustentáveis; dade mínima das infra-estruturas, oferta de serviços e
• Potencia tráfegos actuais e permite a captação de novos
sua adequação à procura;
tráfegos, gerando um aumento de 16% na actividade • Associada à Janela Única Logística, decorrem evidentes
portuária nacional; vantagens que resultarão da desmaterialização de pa- • Aprovando os planos de negócio das empresas e o ta-
péis e da constituição de um único sistema no qual se- rifário a praticar;
• Potencia o aumento da carga global movimentada no
jam dados os respectivos despachos e autorizações. Es- • Desenvolvendo estudos e identificando oportunidades
País em 3% (9,5 milhões de toneladas);
te sistema constituirá a base nacional para a “janela de negócio que potenciem a actividade logística;
única europeia” que se pretende colocar em funciona-
• Garantindo as infra-estruturas para a operação dos di-
mento no ano de 2014.
ferentes modos a um nível que permita um máximo de

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produtividade dos meios operacionais à disposição de • Responsabilidade pelo plano de negócios; Plataformas Área Total Investimento (M €)
Logísticas
cada operador; (ha) Plataforma Acessos
• Elaboração dos estudos técnicos de detalhe;
• Garantindo a adopção de sistemas de informação in-
• Aquisição de terrenos;
tegrados na Rede Nacional de Plataformas Logísticas e Plataformas urbanas nacionais

destas com os sistemas portuários; • Infra-estruturação; Maia/Trofa 163,1 224 8

• Apoiando a promoção internacional da actividade lo- • Atracção e negociação com as empresas candidatas a Poceirão 220,0 290 17

gística e do conjunto das plataformas. utentes da plataforma e administração dos espaços e


serviços comuns (caso o modelo de negócio não preve- Plataformas portuárias
ja a concessão da sua gestão a uma terceira entidade).
O modelo de gestão e financiamento da Rede Nacional de Leixões - Gatões/Guifões 41,2 58 7

Plataformas Logísticas será definido para cada plataforma em Leixões - Gonçalves 24,2 43 10

função das suas características, afectando os riscos às partes O investimento estimado para a concretização da Rede Nacio- Aveiro 70,2 10 56*
com experiência e capacidade para a gestão dos mesmos. nal de Plataformas Logísticas é de cerca de 1.038 milhões de
Aveiro - Cacia 16,0 14
euros, dos quais 131 milhões são relativos a acessibilidades.
Lisboa - Bobadela/Sobralinho 62,6 9 10
A participação dos agentes públicos poderá ser assegurada
Estima-se que este investimento corresponda a uma procura di- Sines - Pólo A 12,3 16
por uma ou mais entidades com interesses específicos no
rigida às Plataformas de 10,7 milhões de toneladas em 2015, Sines - Pólo B 73,6 49
modelo de negócio subjacente à plataforma em causa – Ad-
dos quais 8,7 milhões são relativos a fluxos rodoviários, marí-
ministrações Portuárias, REFER, CP, ANA, etc. – devendo,
timos e ferroviários actuais e os restantes resultam de captação Plataformas transfronteiriças
ainda, sempre que possível, mormente nas plataformas re-
de novos fluxos espanhóis, portuários e transfronteiriços.
gionais e transfronteiriças, incluir as Autarquias. Valença 47,5 66 5

Chaves 10,0 7
A análise realizada, tendo por base os layouts, as caracte-
O modelo de gestão e financiamento definido pelo Governo Guarda 35,2 26 8
rísticas e a procura das Plataformas incluídas na Rede Na-
atribui um papel muito importante aos agentes privados, quer
cional de Plataformas Logísticas, conclui que esta é auto-sus- Elvas/Caia 37,5 52 7
na fase de promoção, quer nas fases de infra-estruturação e
tentável, tem capacidade de endividamento, apresentando
gestão, assegurando naturalmente as condições necessárias pa- ao mesmo tempo taxas internas de rentabilidade muito atrac- Plataforma regional
ra que haja uma transferência de riscos de que resulte efectivo tivas, global e individualmente, com a TIR global do projec-
Tunes 30,1 43 3
valor acrescido para o esforço do sector público. to a superar os 13%.

A perspectiva do Governo com a intervenção pública é a de Esta análise foi realizada com os investimentos, áreas arren- Total 843,5 907 131

não impedir, antes potenciar, a participação do sector privado dáveis e tarifas esperadas por plataforma, pressupõe o re-
na fase de promoção das diversas plataformas logísticas, ou curso a capitais alheios em 30% das necessidades de finan- * Correspondentes à ligação ferroviária do Porto de Aveiro à Linha do Norte
que esta seja mesmo exclusivamente de iniciativa privada. ciamento, e permite a existência de um prémio de entrada,
a aplicar nas plataformas mais atractivas.
Neste sentido, estão previstos modelos alternativos de gestão e
financiamento para cada uma das plataformas logísticas. Com estes dados foi possível obter uma rentabilidade dos
capitais próprios a nível consolidado de 19%, sendo que em
A especificidade e atractividade de cada uma das platafor- nenhuma delas a TIR accionista se situa abaixo dos 12%, ta-
mas determinarão o modelo de gestão e financiamento a se- xa objectivo para a rentabilidade dos capitais investidos.
guir e os agentes que se associam para a sua promoção.
Assim, o plano de negócios que foi definido possibilita, de
Desta forma, para cada plataforma está prevista a autono- forma clara, a geração e captação de valor, dando susten-
mização das seguintes funções: tabilidade financeira ao Sistema e a cada uma das platafor-
mas integradas na Rede.

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Plataformas Urbanas Nacionais Plataformas Portuárias

Investimento (plataforma) 224 M € Investimento (plataforma) 58 M €


Maia / Trofa Investimento (acessibilidades) 8 M€ Leixões - Gatões/Guifões Investimento (acessibilidades) 7 M€

Investimento (plataforma) 290 M € Investimento (plataforma) 43 M €


Poceirão Investimento (acessibilidades) 17 M € Leixões - Gonçalves Investimento (acessibilidades) 10 M €

21
Investimento (plataforma) 10 M € Investimento (plataforma) 9 M €
Aveiro Investimento (acessibilidades) 56 M € Lisboa - Bobadela/Sobralinho Investimento (acessibilidades) 10 M €

Investimento (plataforma) 14 M €
Aveiro - Cacia Sines - Pólo A Investimento (plataforma) 16 M €

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Plataformas Transfronteiriças

Investimento (plataforma) 66 M €
Sines - Pólo B Investimento (plataforma) 49 M € Valença Investimento (acessibilidades) 5 M€

Chaves Investimento (plataforma) 7 M €

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Plataformas Regionais

Investimento (plataforma) 26 M € Investimento (plataforma) 43 M €


Guarda Investimento (acessibilidades) 8 M€ Tunes Investimento (acessibilidades) 3 M€

Investimento (plataforma) 52 M €
Elvas / Caia Investimento (acessibilidades) 7 M€

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Centros de Carga Aérea

Centro de Carga Aérea do Porto Investimento 22 M €

Centro de Carga Aérea de Lisboa Investimento 24 M €

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