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AMBIENTE
3º RELATÓRIO
VOL. V - POVOAMENTO
FEVEREIRO 2004
VOL. V Povoamento
ÍNDICE
Pág.
4. Povoamento 6
4.1. Enquadramento de Portugal na UE e na Península Ibérica 7
4.1.1. Quadro documental e legislativo – Principais referências 7
i) Referências documentais e orie ntações de política relacionadas com a 8
estruturação e ordenamento do território europeu
ii) Referências documentais e orientações de política para os espaços 13
urbanos e rurais na UE, com implicações no ordenamento do
território
iii) “Policentrismo” e “relações urbano-rurais”, dois conceitos 14
fundamentais no quadro de orientações de política
4.1.2. Portugal no contexto do sistema urbano e territorial da UE e da 18
Península Ibérica
4.2 Retrospectiva espacial e tendências de ocupação do território 28
4.2.1. Referências documentais e orientações de política em Portugal 28
4.2.2. Várias Leituras do Sistema Urbano Nacional 37
4.2.3. Evolução e caracterização do sistema de povoamento 51
4.2.4. Processo de urbanização e reconfiguração dos sistemas urbanos e 54
regionais
i) Uma tendência crescente de urbanização do território 54
ii) Acessibilidades e reconfiguração dos sistemas urbanos e regionais 65
4.2.5. Urbanização e dinâmica habitacional 74
4.2.5.1 Enquadramento de Portugal na UE e na Península Ibérica 74
4.2.5.2 Retrospectiva espacial e tendências de evolução em Portugal 82
4.2.6. Dos espaços em despovoamento às cidades em meio rural 91
4.3. Identificação e breve discussão das questões que emergem para o 99
ordenamento do território
Bibliografia 109
ANEXOS 120
2
VOL. V Povoamento
Índice de quadros
Pág.
Quadro 1: Referências documentais e orientações de política 8
Quadro 2: Evolução da Taxa de Urbanização na UE-15, 1960-2000, (%) 19
Quadro 3: PIB P/capita (ppc) para algumas NUT II. Evolução 1986-2000 23
Quadro 4: População de algumas aglomerações europeias com mais de 1 Milhão de hab., 2003 24
Quadro 5: População residente por classe de dimensão dos lugares, 1981 e 2001 (%) 51
Quadro 6: Evolução da População Urbana e Rural, 2000 52
Quadro 7: Número de Centros Urbanos e Percentagem de População Residente em Centros 57
Urbanos (Lugares com mais de 10000 habitantes) - Evolução 1960-2001
Quadro Quadro 8: População dos três maiores centros urbanos, desde o séc. XVI (% população total) 61
Quadro 9: Evolução da População Residentes nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e 61
Porto,1960-2001
Quadro 10: Cidades PROSIURB, 1981-1991 62
Quadro 11: Cidades PROSIURB, 2001 62
Quadro 12: Evolução da Taxa de Actividade 1981-2001 73
Quadro 13: Algumas iniciativas no âmbito da Política de Habitação durante os anos noventa 82
Quadro 14: Alojamentos Familiares Clássicos 83
Quadro 15: Taxas de variação de Alojamentos Familiares Clássicos e de Famílias (%) 84
Quadro 16: Relação entre o número de Alojamentos Familiares Clássicos e o número de 84
Famílias
Quadro 17: Dimensão média da família 86
Quadro 18: População Residente por Alojamento Clássico 86
Quadro 19: Alojamentos de uso sazonal (%) 87
Quadro 20: Alojamentos vagos (%) 88
3
VOL. V Povoamento
Índice de figuras
Pág.
Figura 1: Triângulo de objectivos do EDEC, para um desenvolvimento do território 10
equilibrado e sustentável
Figura 2: Centro-Periferia da Europa 16
Figura 3: Estrutura do Povoamento Policêntrico e Hierarquia Urbana na Europa 16
Figura 4: Configurações Espaciais Rurais -Urbanas na Europa 17
Figura 5: População das Cidades da UE em 2000 19
Figura 6: Tipologia de espaços urbanos na UE, 2000 20
Figura 7: Tipologia das Áreas Urbanas Funcionais, 2000-2001 21
Figura 8: Policentrismo nos Países Europeus: peso da capital no total da população de cada 22
país
Figura 9: Sistema Urbano Ibérico, 1999 25
Figura 10: Grau de especialização das cidades europeias, 2000 26
Figura 11: Modelo Policêntrico das Periferias Marítimas Europeias, 2002 27
Figura 12: Cidades Elegíveis no Sub-Programa 1 do Programa PROSIURB 30
Figura 13: Cidades POLIS, 2003 33
Figura 14: Acções Específicas de Valorização de Pequenas Cidades 35
Figura 15: Programa de Iniciativa Comunitária LEADER II, Entidades Locais Credenciadas 35
Figura 16: Tipologias de áreas rurais 36
Figura 17: Configuração do Sistema Urbano Português, 1993 38
Figura 18: Síntese do Sistema Urbano Continental, 1996 39
Figura 19: Síntese do Sistema Urbano Nacional - DGOTDU, 1997 41
Figura 20: Uma visão recente do Sistema Urbano Nacional, 2002 42
Figura 21: Sistema Urbano da Região Norte 44
Figura 22: Sistema Urbano da Região Centro 45
Figura 23: Sistema da CCRLVT 46
Figura 24: Esquema de Polarização Metropolitana – AML, 2002 47
Figura 25: Estrutura polinucleada da Área Metropolitana de Lisboa 48
Figura 26: Sistema urbano do Alentejo 49
Figura 27: Sistema Urbano da Região do Algarve 50
Figura 28: População Residente em Lugares* com mais de 2000 habitantes, Portugal 53
Continental, 2001
Figura 29: Tipologias de Áreas Urbanas, 1991 55
Figura 30: Designação das Cidades Oficiais de Portugal Continental em 2002 58
Figura 31: Data de Criação das Cidades em Portugal Continental 59
Figura 32: População Residente nas Cidades de Portugal Continental em 2001 60
Figura 33: Variação da População por Concelho e nas Cidades de Portugal Continental entre 63
1991 e 2001
Figura 34: Rede de Cidades e Estrutura Urbana por Freguesia em Portugal Continental em 64
2001
Figura 35: Percentagem de deslocações casa-trabalho realizadas em automóvel particular, 66
1991-2001
Figura 36: Índice de Interdependência e de Geração Concelhio em 1991 68
Figura 37: Índice de Interdependência e de Geração Concelhio em 2001 69
Figura 38: Alojamentos por 1000 habitantes, 2001 75
Figura 39: Alojamentos construídos por 1000 habitantes em 1980, 1990, 2000 76
Figura 40: Estrutura do parque habitacional segundo o ano de construção, 2001 77
Figura 41: Área média dos alojamentos novos construídos em 1998/2001 (m2 ) 78
Figura 42: Número médio de divisões dos alojamentos novos construídos em 1998/2001 78
Figura 43: Percentagem de alojamentos arrendados ou cooperativos, 1999 79
Figura 44: Variação inter censitária do número de alojamentos clássicos (%) 83
Figura 45: Variação do Número de Alojamentos, 1991 - 2001 85
Figura 46: Percentagem de Alojamentos com Uso Sazonal, 2001 87
Figura 47: Densidade de Alojamentos por Concelhos em 1991 89
Figura 48: Densidade de Alojamentos por Concelhos em 2001 90
Figura 49: Densidade Populacional por Concelho, 1950-2001 92
4
VOL. V Povoamento
Figura 50: Relação entre a percentagem de “Áreas com ocupação agrícola” e as “Áreas 94
artificiais”, Continente, 1991
Figura 51: Relação ente a percentagem de “áreas artificiais” (em 1991) e a variação do nº de 95
alojamentos entre 1991-01, Continente
Figura 52: Competitividade da Agricultura e Dinâmica Sócio-Económica 96
Figura 53: Mosaico Populacional, 1991 98
5
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4. POVOAMENTO
6
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PNPOT – DL.
EDEC ENDS 380/99
Processo de Cidades e Sistema PROSIURB
urbanização e Urbano ESPON 2006 Lei de bases do URBAN II
de Mobilidade da Ordenamento POLIS
reconfiguração população EEDS do Território
dos sistemas Habitação PMOT`s
urbanos INTERREG III PNPOT – DL.
380/99
Povoamento nos espaços rurais: PAC AGRIS-
AGROS
-Despovoamento versus LEADER +
urbanização do espaço rural RURIS
-Relações urbano-rurais AIBTs nos PO
Regionais
8
VOL. V Povoamento
Foi a partir este pano de fundo que as questões relacionadas com a estruturação do
território na perspectiva do ordenamento e da coesão territorial foram ganhando uma
importância crescente nas orientações estratégicas e nos planos e programas de acção
à escala europeia. Paralelamente ao acréscimo de importância do ordenamento do
território, as cidades e, num sentido mais abrangente as áreas urbanas, foram
igualmente encontrar resposta em matéria de política urbana e regional.
1
European Spatial Development Perspective (ESDP)
9
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Fonte: CE , , 1999
10
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Outra etapa importante a assinalar, foi a aprovação dos “princípios orientadores para o
desenvolvimento territorial susntentável do continente europeu”(“Guiding Principles
for Sustainable Spatial Development of the European Continent”), em 2000, na
Conferência de Ministros Responsáveis pelo Ordenamento do território realizada em
Hanover, foram, que a seguir se enumeram (CEMAT, 2000):
1. Promover a coesão territorial através de um desenvolvimento social e
económico mais equilibrado das regiões e de uma maior competitividade;
2. Incentivar o desenvolvimento gerado pelas funções urbanas e melhorar a
relação cidade-campo;
3. Promover uma acessibilidade mais equilibrada;
4. Desenvolvimento do acesso à informação e ao conhecimento;
5. Reduzir os danos ambientais;
6. Valorizar e proteger os recursos naturais e o património natural;
7. Valorizar o património cultural como factor de desenvolvimento;
8. Explorar os recursos energéticos com segurança;
9. Incentivar um turismo sustentável e de grande qualidade;
10. Minimizar o impacto das catástrofes naturais.
11
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É neste domínio que surge o INTERREG III 2 (2000-2006), iniciativa comunitária que
aumenta o seu campo de intervenção relativamente ao INTERREG II. Portugal alarga
assim, a sua participação, não só pela inclusão de novos territórios (R. A. Açores e R.
2
À semelhança do INTERREG II, a actual iniciativa procura fomentar a cooperação transfronteiriça,
transnacional e interregional, objectivo que visa em última instância, a promoção da coesão
económica e social da Comunidade Europeia. Para além da cooperação transfronteiriça, procura -se,
através da cooperação transnacional e da cooperação inter-regional, reforçar as parcerias com os
países candidatos e outros países vizinhos, contribuindo para uma maior integração das várias
regiões. O INTERREG III tem três vertentes:
• VERTENTE A - COOPERAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA;
• VERTENTE B - COOPERAÇÃO TRANSNACIONAL - baseada no INTERREG IIC, nas
redes transeuropeias (RTE) e no Esquema Europeu do Espaço Comunitário (EDEC),
destacando-se aqui os projectos com vista à elaboração de estratégias operacionais de
desenvolvimento territorial à escala transnacional, o que poderá incluir a cooperação entre
cidades e entre zonas urbanas e rurais, de forma a alcançar um desenvolvimento policêntrico e
sustentável.
• VERTENTE C - COOPERAÇÃO INTER-REGIONAL – inclui a cooperação relativa às
PME, ao desenvolvimento de estruturas regionais e locais, e à protecção e recuperação do
ambiente tendo em vista o desenvolvimento sustentável.
12
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A. Madeira) como pelo alargamento do número de países com quem pode estabelecer
cooperação, contribuindo para a formação de redes com diferentes níveis de
organização espacial. Refira-se como nota, que é no âmbito do INTERREG III que
surge o ESPON 2006 Programme - Research on the Spatial Development of an
Enlarging European Union, realçando-se a importância do programa para a definição
de um quadro de orientações dirigido para a correcção das assimetrias regionais e para
o ordenamento do território alargado da União.
3
A ENDS tem quatro grandes domínios estratégicos: garantir o desenvolvimento equilibrado do
território; melhorar a qualidade do ambiente; produção e consumo sustentáveis; e em direcção a uma
sociedade solidária e do conhecimento.
13
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4
Todos os territórios rurais da UE serão elegíveis para o LEADER +.,Porém deverão ser delimitados
territórios de pequena dimensão formando um conjunto homogéneo do ponto de vista geográfico,
económico e social. A população destes territórios não deverá exceder 100 000 habitantes em zonas
de maior densidade populacional (da ordem dos 120 habitantes/KM 2) nem ser inferior a 10 000
habitantes. Em Portugal podem beneficiar todas as regiões rurais com excepção dos centros urbanos
com mais de 15 000 habitantes.
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Fonte: CE (1991)
Figura 2: Centro-Periferia da Europa
16
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Apesar da tendência de urbanização que caracterizou o país nos últimos 30 anos e que
assentou no desenvolvimento da rede de pequenas e médias cidades, as áreas
metropolitanas de Lisboa e do Porto permanecem como os dois principais centros de
residência da população portuguesa.
20
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Se considerarmos a evolução dos valores de PIB/capita (ppc) para algumas NUT II,
verificamos que apesar do aumento registado no PIB/capita, existe um
reposicionamento relativo em relação a Espanha e, em particular a Madrid, muito
desfavorável. No caso de Lisboa, apesar da melhoria de posições no ranking das
regiões europeias (em 1990, encontrava-se em 119º lugar, ascendendo a 115º lugar em
2000), aumentou fortemente o distanciamento em relação a Barcelona e a Madrid, que
descolaram, convergindo mais fortemente para os valores europeus. No caso da região
Norte, as posições têm vindo progressivamente a piorar.
Quadro 3: PIB P/capita (ppc) para algumas NUT II. Evolução 1986-2000
Cidades PIB P/capita (ppc) UE15=100 Ranking
Regiões – NUTS II integradas
nas NUT II 1986 1995 2000 1986 1995 2000
Reg. Bruxelles-Cap. Bruxelas 163,3 217,6 222,2 3 1 1
Hamburgo Hamburgo 184,8 185,4 181,5 1 2 3
Île de France Paris 162,4 160,3 158,3 4 4 4
Viena Viena 148,5 155,7 157 6 5 5
Estocolmo Estocolmo 132,6 129,6 147 11 18 8
Greater London Londres 147,5 138,5 147 7 10 9
Comunidad de Madrid Madrid 85,9 102,9 110 126 69 43
Catalunha Barcelona 82,3 95,5 99,5 143 97 73
Berlin Berlin 128,1 111,2 95,6 16 42 94
Lisboa e Vale do Tejo Lisboa 79,2 90,7 90,9 149 119 115
Comunidad Valenciana Valência 70,9 74,2 79,2 158 168 151
Norte Porto 51,1 59 56 184 204 212
Nota: Para os anos 1995 e 2000 não foram consideradas as NUT II de Inner-London e Outer-London
mas a NUT I London (Greater London em 1986)
Fonte: CE, Relatórios sobre a Coesão Económica e Social
23
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Quadro 4: População de algumas aglomerações europeias com mais de 1 Milhão de hab., 2003
Tóquio 33750000 1º
Cidade do México 21850000 2º
Nova Iorque 21750000 3º
Londres 11900000 20º
Paris 9850000 24º
Ruhr 5800000 45º
Madrid 5200000 55º
Berlim 4150000 73º
Barcelona 3800000 79º
Milão 3800000 80º
Atenas 3500000 93º
Roma 3300000 99º
Lisboa 2900000 120º
Bruxelas 2500000 147º
Budapest 2400000 154º
Amestardão 2150000 168º
Frankfurt 1925000 190º
Viena 1875000 196º
Estocolmo 1700000 222º
Copenhaga 1400000 287º
Porto 1325000 311º
Sevilha 1225000 337º
Helsínquia 10785000 384º
Dublin 1025000 401º
Edmonton, Fresno,
Gaziantep, Hannover,
408º a 418º
João Pessoa, Johor 1000000
(último lugar do
Baharu, Lomé, Namp'o,
ranking)
Ranchi, Shizuoka,
Solãpur
Nota: Não contam da lista todas as aglomerações europeias com mais de 1 Milhão de habitantes, mas
apenas foram consideradas algumas aglomerações para demonstrar a posição relativa das
metrópoles de Lisboa e do Porto.
Esta leitura à escala mundial, reproduz-se à escala europeia e ibérica, como se pode
constatar pelas figuras seguintes.
24
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Posição que decorre da leitura conjunta de 15 indicadores: evolução da população 1950-1990,
população, tráfego portuário de mercadorias, tráfego aéreo de passageiros, acessibilidade, grandes
grupos europeus, serviços financeiros, feiras e salões internacionais, congressos internacionais,
museus, dormidas para fins turísticos, sítios culturais, estudantes, edição de revistas científicas,
organismos de investigação.
25
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contrasta com o País Basco ou Saragoça, que aparecem classificados como “sistemas
promissores”.
27
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7
Para que se estes objectivos fossem atingidos, pressupunha a criação de novas condições e novas
formas de regulamentação, as chamadas “regiões-plano ou regiões -programa”. Previa-se a criação de
quatro no Continente (Norte, Centro, Lisboa e Sul), mais a Madeira e os Açores.
8
III Plano de Fomento, Capítulo I, Parte III, “Evolução recente e situação actual dos desequilíbrios
regionais na metrópole”, 1968
28
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Contudo, é nos anos noventa que se assiste a uma clara valorização das políticas de
ordenamento e desenvolvimento local e regional no território nacional.
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Domínios das Acções: Autarquia on-line; Reforço do programa internet na escola; Rede digital
comunitária; Acessibilidade à Sociedade de Informação; Bibliotecas digitais; Inserção de cidadãos
com necessidades especiais; Promover os cuidados de saúde; Comércio Electrónico; Os Médias na
cidade digital; Gestão de transportes.
31
VOL. V Povoamento
Todavia este programa POLIS não está vocacionado para a formação e consolidação
de eixos ou de sistemas urbanos, identificados como unidades dinâmicas do sistema
urbano nacional e, apesar da amplitude dos montantes envolvidos (160 milhões de
10
Os objectivos prioritários são:
• garantir o acesso a determinados serviços e padrões de qualidade de vida e de ambiente;
• organizar o território, promovendo a competitividade dos nós estratégicos para a estruturação
dos espaços em termos regionais e nacionais,
• reforçando a sua posição ao nível europeu; combater a segregação funcional e social dos
territórios urbanos;
• e o apoio a estratégias concertadas de qualificação e de desenvolvimento urbano;
32
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33
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É neste âmbito que em 2001, se desenvolveram três estudos, correspondentes aos três
domínios anteriorme nte identificados (MP, 2001a, MP, 2001b e DGDR, 2000),
Enquanto o primeiro e o segundo, se articulariam com o Eixo II das Programas
Operacionais Regionais (nas chamadas Acções Integradas de Base Territorial -
AIBT), o terceiro estudo constituiu-se como a base de fundamentação para a escolha
das áreas a serem alvo de intervenção da Iniciativa Comunitária URBAN II.
34
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1
N
2 3
5
4
P. O. Norte
6
1 Minho-Lima
2 Vale do Sousa
3 Douro
P. O. Centro
5 Vale do Côa
6 Serra da Estrela
7 Pinhal Interior
P. O. Alentejo
8
8 Norte Alentejano
P. O. Algarve
9 10 Áreas de Baixa Densidade
10
0 40 Km
Fonte: MP (2001a) 1
N 2
Figura 14: Acções Específicas de 9 12
3
Valorização de Pequenas Cidades
8 4 10
5 ENTRE-DOURO-E-MINHO
13 1 - ADRIMINHO
6 11
2 - ADRIL
3 - ATAHCA
4 - PROBASTO
14 5 - ADER-SOUSA
7 6 - DOLMEN
22 7 - ADRIMAG
8 - SOL-DO-AVE
15 16
TRÁS-OS-MONTES
24 23 9 - ADRAT
17 10 - DESTEQUE
11 - DOURO HISTÓRICO
20 12 - CORANE
13 - DOURO SUPERIOR
27 14 - BEIRA DOURO
42 28
18 BEIRA LITORAL
19
15 - ADDLAP
25 16 - ADD
26 17 - ADICES
18 - DUECEIRA
21 19 - TERRAS DE SICÓ
29 20 - ADELO
21 - ADAE
33 42 - ADIBER
32 35 BEIRA INTERIOR
30 22 - RAIA HISTÓRICA
34 23 - PRÓ-RAIA
31 24 - ADRUSE
25 - ADRACES
26 - PINHAL MAIOR
27 - RUDE
28 - ADERES
RIBATEJO E OESTE
36
29 - ADIRN
30 - APRODER
31 - CHARNECA
32 - LEADER OESTE
33 - TAGUS
37
ALENTEJO
34 - LEADERSON
35 - ADER-AL
36 - MONTE
39 37 - TERRAS DENTRO
38 - ESDIME
38 39 - ROTA DO GUADIANA
ALGARVE
40 - IN LOCO
41 - VICENTINA
41
40
0 40 Km
Fonte: MP (2001b)
35
VOL. V Povoamento
Fonte: MP (2001b)
Figura 16: Tipologias de áreas rurais
Essa articulação não encontra resposta no quadro da política nacional, uma vez que o
único instrumento dirigido às cidades é o POLIS, também integrado no Eixo II dos
Programas Operacionais, mas de forma “autónoma”, muito mais virado para uma
valorização do espaço público como forma de melhorar a qualidade de vida das
cidades e aumentar a sua sustentabilidade.
36
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37
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Para além destas cidades, reconhece-se a existência de outras que definem faixas de
ligação entre o litoral e a fronteira espanhola. Casos de Lamego e Vila Real (potencial
eixo) até Chaves; Viseu (e cidades envolventes) até à Guarda, o potencial eixo de
Castelo Branco-Fundão-Covilhã-Guarda e a sul, Évora a Elvas - Campo Maior e Vila
38
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As "cidades âncora" e as "cidades porta" são apontadas neste trabalho como cidades
que desenvolvem funções de intermediação e, portanto, como cidades médias.
Mirandela, Chaves, Bragança, Viseu, Guarda, Portalegre, Évora e Beja, entre outras,
são classificadas como “cidades âncora”, o que significa “centros estruturadores e
indutores do desenvolvimento de territórios alargados” (DGOTDU, 1997, pp.417) e,
como tal, cidades com um papel de intermediação.
Por outro lado, Faro é considerada “cidade-porta”, definida como uma “cidade com
forte relacionamento internacional, com acesso a redes de transferência de know-how
e de inovação, inserida em espaços potenciadores de competitividade ou que assumem
posição importante em segmentos de mercado internacionais, envolvendo nestes
processos o território que polarizam”, o que significa que são cidades com
protagonismo nos processos de internacionalização urbanos e territoriais” (DGOTDU,
1997, pp.417-8). Esta função confere igualmente um grau de intermediação.
40
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41
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VOL. V Povoamento
Neste trabalho são também apresentados 4 cenários prospectivos para o país, que
serão posteriormente analisados.
A Região Norte (CCRN, 1998), para além das cidades classificadas segundo os
critérios do MEPAT, considera igualmente relevantes pequenos aglomerados que, em
alguns casos, não têm o estatuto de cidade, mas que desempenham funções com
capacidade de polarização supra-concelhia: Amarante; Barcelos; Vila Nova de Foz
Côa-Torre de Moncorvo; Mogadouro-Miranda do Douro; Ponte de Lima-Ponte da
Barca-Arcos de Valdevez e Valença.
43
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Fonte: CCRN
Figura 21: Sistema Urbano da Região Norte
A Região Centro (CCRC, 1998) privilegia uma leitura do sistema urbano em sistemas
sub-regionais mais alargados que os anteriormente apontados:
• Viseu e a constelação envolvente que inclui Mangualde, São Pedro do
Sul e Tondela;
• o eixo Castelo Branco-Belmonte-Fundão-Covilhã-Guarda;
• o sistema Aveiro-Ílhavo-Vagos-Albergaria-Águeda-Oliveira do Bairro;
• o eixo Coimbra (incluindo Lousã, Mealhada, Cantanhede e Miranda do
Corvo) -Figueira da Foz;
• o eixo Leiria-Marinha Grande.
Podemos concluir que na leitura da CCR Centro, as cidades médias, reforçadas pela
configuração de sistemas ou eixos, ganham protagonismo, assumindo-se como
elementos estratégicos para a afirmação da região no contexto nacional e
internacional, em termos económicos, sociais e culturais. É neste contexto que se
insere o caso de estudo apresentado nos capítulos seguintes (o eixo Castelo Branco-
Belmonte-Fundão-Covilhã-Guarda) cujas primeiras referências remontam a 1990
(CCRC, elaborado por CEDRU/ADIRA, 1990).
44
VOL. V Povoamento
Fonte: CCRC
Figura 22: Sistema Urbano da Região Centro
Quanto à Região de Lisboa e Vale do Tejo (CCRLVT, 1998), para além da AML
identificam-se três sub-sistemas: o Oeste, o Médio Tejo e a Lezíria do Tejo, cuja
organização interna, permite valorizar um conjunto de pequenos aglomerados que
desenvolvem funções de intermediação.
45
VOL. V Povoamento
São os casos do triângulo Tomar, Torres Novas e Abrantes, que integram Ourém e
Vila Nova da Barquinha, no Médio Tejo e do Cartaxo e Almeirim, que não sendo
contemplados no PROSIURB, são parte integrante do sistema de Santarém.
Fonte: CCRLVT
Figura 23: Sistema da CCRLVT
46
VOL. V Povoamento
47
VOL. V Povoamento
11
As 4 prioridades são: “Sustentabilidade Ambiental; Qualificação Metropolitana; Coesão socio-
territorial; Organização do sistema metropolitanos de transportes.
48
VOL. V Povoamento
Fonte: CCRAlentejo
49
VOL. V Povoamento
50
VOL. V Povoamento
Quadro 5: População residente por classe de dimensão dos lugares, 1981 e 2001 (%)
1981 2001
< 2a 5a > < 2a 5a >
2000 4999 9999 10000 Isolada Total 2000 4999 9999 10000 Isolada Total
Continente 51,4 8,4 4,8 30,6 4,8 100,0 41,9 9,2 8,0 37,9 3,1 100,0
Norte 63,3 5,5 2,9 22,0 6,3 100,0 47,6 7,1 6,8 36,3 2,3 100,0
Centro 75,5 7,3 1,9 11,8 3,6 100,0 64,4 8,8 3,5 19,8 3,5 100,0
Lisboa 14,7 10,5 7,7 66,5 0,6 100,0 14,2 11,0 10,7 63,3 0,9 100,0
Alentejo 48,2 18,3 10,5 12,6 10,4 100,0 40,0 14,6 18,3 18,6 8,4 100,0
Algarve 45,0 6,8 9,1 24,1 15,0 100,0 46,2 9,1 3,6 35,5 5,6 100,0
Fonte: INE, RGP 1981 e Censo 2001
Neste contexto, assiste-se a um decréscimo da população rural, que tem sido mais
acentuado que o verificado em outros países da Europa cuja matriz do povoamento é
mais urbanizada. Um estudo da ONU (UN, 2002) estima que a variação da população
51
VOL. V Povoamento
52
VOL. V Povoamento
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Habitantes
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S 2000 - 5000
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50 km
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* Critério INE
Fonte: INE, 2001; SIG PNPOT 2004
Figura 28: População Residente em Lugares* com mais de 2000 habitantes, Portugal
Continental, 2001
53
VOL. V Povoamento
1
São consideradas áreas predominantemente urbanas:
- freguesias urbanas;
- freguesias semi-urbanas contíguas às freguesias urbanas, segundo orientações e critérios de
funcionalidade/planeamento;
- freguesias semi-urbanas assim consideradas segundo critérios de funcionalidade/planeamento;
- freguesias sedes de concelho com mais de 5 000 habitantes.
Entendam-se como:
- freguesias urbanas, freguesias que possuam uma densidade populacional superior a 500
hab/Km2 ou que integrem um lugar com população residente igual ou superior a 5000
habitantes;
- freguesias semi -urbanas, freguesias não urbanas que possuam densidade populacional superior
a 100 e inferior ou a 500 hab/Km2 ou que integrem um lugar com população residente igual ou
superior a 2 000 habitantes e inferior a 5 000 habitantes (INE-DGOTDU, 1998, pp.8 e 9).
54
VOL. V Povoamento
Áreas Predominantemente
Urbanas
Áreas Medianamente
Urbanas
Áreas Predominantemente
Rurais
50 km
55
VOL. V Povoamento
Todavia, este valor mantém-se abaixo do nível verificado em países como a Bélgica
(97%) e a Holanda (90%) e, mesmo estando a par da Espanha (78%), se observarmos
comparativamente a configuração destas redes urbanas ibéricas, constata-se que a
Espanha se diferencia pelo facto de a população urbana estar distribuída numa sólida
rede de cidades com mais de 100000 habitantes.
Actualmente, Portugal conta com 134 cidades, das quais 123 estão no Continente,
número este que cresceu significativamente nos últimos dez anos. A rede de cidades
reflecte o padrão de povoamento e a dinâmica populacional e funcional, destacando-
se para além das cidades localizadas nas Áreas Metropolitanas, o litoral Norte e
Algarvio.
2
Lei 11/82 de 2 de junho.
3
INE, “A elaboração do Atlas começou por obrigar a interpretar geograficamente o conceito de cidades
tal como é definido em Portugal, optando o INE por lhe acrescentar as especificações susceptíveis de
reforçar a sua capacidade de descrever as áreas urbanas centrais.... Procurou-se definir um conceito
de cidade estatística...construindo-o empiricamente em parceria com as Câmaras Municipais a partir
dos instrumentos jurídicos de ocupação de solos existentes: PDM, PU, PP e Perímetros Urbanos”(pp.
VII, INE, 2002).
56
VOL. V Povoamento
Da análise anterior, decorre um aspecto que deve ser assinalado. É que apesar da
evolução positiva no domínio da definição de critérios para medir o fenómeno da
urbanização, a diversidade de va lores apresentados mostra claramente a necessidade
de reflectir num critério, que não terá de ser exclusivamente demográfico, mas que
sirva de base ao estabelecimento de uma política de cidades, um instrumento
fundamental para o ordenamento do território.
Total de lugares c/
50 - 65 - 80 - 99 - 128 -
+ 10000 hab.
Continente - 8292975 - 8074960 - 9336760 - 9371319 - 9869343
País - 8889392 - 8611110 - 9833014 - 9862540 - 10356117
Tx urbanização* 28 32,1 31 38,7 34 44,1 39 48,6 60 51,3
1970 * CAPITAIS DE DISTRITO (VILA REAL E LEIRIA)
1960 * CAPITAIS DE DISTRITO (LEIRIA, BRAGANÇA E GUARDA)
* com base nos cu. c/ + de 10000 hab.
Fonte: INE, Cálculo Próprio
57
VOL. V Povoamento
120 122
117
50 km 116 119 115 113 123 121
118
114
Fonte: INE
Figura 30: Designação das Cidades Oficiais de Portugal Continental em 2002
58
VOL. V Povoamento
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Antes de 1970 Entre 1970 e 1980 #
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Entre 1980 e 1990 ### Depois de 1990 ##
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# Cidades
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# 50 km
Fonte: INE
Figura 31: Data de Criação das Cidades em Portugal Continental
59
VOL. V Povoamento
Milhares
habitantes
500
250
125
Perímetro da cidade
NUTS III
50 km
60
VOL. V Povoamento
Quadro 8: População dos três maiores centros urbanos, desde o séc. XVI
(% população total)
Lugar no Rank Centro 1527 Centro 1801 Centro 1911
urbano urbano urbano
1ª Lisboa 4,9% Lisboa 5,6% Lisboa 7,3
2ª Porto 1,1% Porto 1,5% Porto 3,2
3ª Évora 1,1% Braga 0,6% Setúbal 0,5
Menor Braga 0,3% Chaves 0,2% Montijo 0,1
País 1070000 hab. 2931392 5999146
Quadro 9: Evolução da População Residentes nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, 1960-
2001
1960 1970 1981 1991 2001 60-81 81-91 91-01
Lisboa 802230 769044 807167 663315 564657 0,6 -17,8 -14,9
AML 1524200 1839741 2502044 2540276 2682687 64,2 1,5 5,6
61
VOL. V Povoamento
Entre 1991 e 2001, as cidades que registaram ritmos de crescimento mais elevados
foram as cidades algarvias, a área de Leiria-Marinha Grande e o conjunto de cidades
do Norte Litoral. No interior, destacam-se cidades do Centro e Norte Interior, como a
Guarda ou Mirandela. A observação do mapa relativo à variação 1991-2001 da
população do concelho e das cidades, evidencia dois aspectos importantes: a dinâmica
positiva das cidades, é acompanhada por um crescimento nos concelhos, dando a
continuidade das manchas de crescimento uma imagem da metropolização do litoral.
62
VOL. V Povoamento
Cidades
%
(-34) - (-19)
(-19) - 0
0 - 12
12 - 27
27 - 58
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50 km
63
VOL. V Povoamento
Cidades Oficiais
50 km
Figura 34: Rede de Cidades e Estrutura Urbana por Freguesia em Portugal Continental em 2001
64
VOL. V Povoamento
No que diz respeito ao primeiro aspecto, verificamos que as cidades reforçaram a sua
posição não só em termos demográficos mas também como centros de emprego,
particularmente como centros de serviços, alargando a sua área de influência muito
para além do limite concelhio.
65
VOL. V Povoamento
de valores entre 1989 e 2000 poderá dar uma ideia aproximada da evolução dos níveis
de motorização e do grau de disparidade da distribuição do parque
automóvel4 .(MARQUES DA COSTA, E; MARQUES DA COSTA, N., 2003a)
1991 2001
% %
30 - 45 60 - 71
20 - 30 45 - 60
9 - 20 30 - 45
50 km 50 km
44
Para o presente objectivo, este indicador mostra-se mais fiável, uma vez que o valor do imposto entra
em linha de atenção com a qualidade e idade do parque automóvel e, simultaneamente, contorna o
empolamento da taxa de motorização em alguns concelhos, decorrente da concentração de veículos
de aluguer, e que alguns concelhos do Algarve são exemplo
66
VOL. V Povoamento
São os casos dos concelhos que se integram na bacia de emprego da AMP, tais como
Penafiel, Castelo de Paiva e Marco de Canavezes e ainda outros do Norte Litoral, tais
como Vila Verde, Vieira de Minho, Celorico de Basto e Amarante, na área de
influência de Braga e Guimarães. Outras situações interessantes são as que se
verificam nos concelhos envolventes a Coimbra, Évora e, em menor grau, Beja, bem
como as variações positivas verificadas nos concelhos da Lezíria e Médio Tejo, que
são igualmente expressivas do aumento da importância do automóvel em concelhos
localizados nas envolventes das localidades urbanas.
Este fenómeno está bem patente nas figuras relativas ao padrão das deslocações casa-
trabalho em 1991 e 2001 e que são aqui representadas por dois índices: o de geração e
o de interdependência concelhia 5 . Enquanto o primeiro corresponde à intensidade de
saídas de população activa de um concelho para trabalhar noutro, o segundo índice, o
de interdependência, indica os principais destinos de trabalho dessa população que se
desloca para fora do concelho.
5
Índice de geração:
(total de activos que saem do concelho x)
__________________________________________ x100
(total de activos no concelho x),
- Índice de interdependência concelhia:
(total de activos que saem do concelho x para o concelho y)
___________________________________________________________ x 100
(total de activos que saem do concelho x),
67
VOL. V Povoamento
>25
>50
> 75
15 - 25
25 - 50
> 50
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>25
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> 75
15 - 25
25 - 50
> 50
50 km
69
VOL. V Povoamento
No Norte Litoral, para além da Área Metropolitana do Porto, área de forte capacidade
polarizadora, destacam-se Braga, Guimarães, Viana do Castelo, Valença e um
conjunto de concelhos dependentes do Porto em termos de emprego, a sua maioria a
sul do Douro, penetrando para o interior, como Paredes, Marco de Canavezes,
Cinfães, entre outros.
• Guarda;
• Castelo Branco;
• o sistema de Oliveira Hospital- Gouveia-Seia;
70
VOL. V Povoamento
Para além dos concelhos liderados pelas três cidades médias, capitais de distrito
alentejanas, é ainda de referir o reforço de pequenas aglomerações como Elvas (que
71
VOL. V Povoamento
Outros factores que justificam o aumento dos fluxos (geração) de activos para o
exterior do concelho de residência são, sem dúvida, as mudanças na estrutura
demográfica e da população activa em muitos dos concelhos do país. A par do
envelhecimento da população, mantém-se ou reforçam-se as taxas de actividade, com
implicações num incremento da mobilidade intra e extra concelhia que se reforçou em
muitos concelhos do país.
72
VOL. V Povoamento
73
VOL. V Povoamento
A leitura que será tida neste ponto terá em conta a evolução do sector da habitação,
tendo em atenção as alterações que a sociedade portuguesa tem vindo a sofrer, não
esquecendo que o desempenho da componente habitação é fundamental para a
concretização dos objectivos de coesão social e de diminuição da exclusão social.
74
VOL. V Povoamento
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O valor do Reino Unido é o de 1996
Fonte: Housing Statistics in the European Union 2002
Figura 41: Área média dos alojamentos novos construídos em 1998/2001 (m2 )
Segundo estes dados, verificamos que a tipologia dos alojamentos construídos mais
recentemente em Portugal corresponderá a um T3, relativamente pequeno (82,2m2 ),
apresentado o Reino Unido a situação mais próxima, embora com uma área média
ainda inferior.
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Valor de 1990
Fonte: Housing Statistics in the European Union 2002
Figura 43: Percentagem de alojamentos arrendados ou cooperativos, 1999
79
VOL. V Povoamento
Em oposição, a aquisição de habitação própria tem vindo a assumir cada vez maior
peso, favorecida pela diminuição dos juros, mas também pelos incentivos fiscais,
forma que Portugal, tal como a generalidade dos estados europeus, tem encontrado
para intervir no mercado. Esta situação tem conduzido a alguns problemas no domínio
da manutenção, que tenderá a ser mais evidente à medida que se verifica o
envelhecimento, tanto dos edifícios como dos seus ocupantes. Por outro lado, a
aquisição de habitação própria tem condicionado a mobilidade residencial, situação
que não se tem adequado à maior mobilidade que se tem vindo a verificar no mercado
de trabalho, reflectindo-se no aume nto da amplitude dos movimentos pendulares, com
a consequente diminuição da qualidade de vida das famílias.
80
VOL. V Povoamento
81
VOL. V Povoamento
Quadro 13: Algumas iniciativas no âmbito da Política de Habitação durante os anos noventa
Ano Iniciativas
Regime Especial de Comparticipação na Recuperação de Imóveis Arrendados (RECRIA), que
1992 tem como objectivo recuperação de fogos e imóveis de arrendamento em estado de
degradação, mediante a concessão de incentivos pelo Estado (INH) e pelos municípios.
Incentivo ao Arrendamento por Jovens (IAJ), Decreto-Lei nº162/92, de 5 de Agosto, com
1992
posteriores revisões
Programa Especial de Realojamento nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto (DL Nº
1993 163/93, 7 de Maio), criado com vista à erradicação das barracas existentes nos concelhos
abrangidos pelas referidas áreas metropolitanas.
Regime de Apoio à Recuperação Habitacional em Áreas Urbanas Antigas (REHABITA),
instituído pelo Decreto-Lei n.º 105/96, de 31 de Julho, consiste numa extensão do Programa
1996
RECRIA e visa apoiar financeiramente as câmaras municipais na recuperação de zonas
urbanas antigas
Regime Especial de Comparticipação e Financiamento na Recuperação de Prédios Urbanos
em Regime de Propriedade Horizontal (RECRIPH), criado pelo D.L. n.º 106/96, de 31/07,
1996
visa apoiar financeiramente a execução de obras de conservação e beneficiação que permitam
a recuperação de imóveis antigos, constituídos em regime de propriedade horizontal
SOLARH, programa destinado à realização de obras de conservação ordinária ou
extraordinária e de beneficiação de : habitação própria permanente de indivíduos ou agregados
familiares que preencham as condições previstas no Decreto-Lei n.º 39/2001, de 9 de
2001 Fevereiro; habitações devolutas de que sejam proprietários os municípios, as instituições
particulares de solidariedade social, as pessoas colectivas de utilidade pública administrativa
que prosseguem fins assistenciais, e as cooperativas de habitação e construção; habitações
devolutas de que sejam proprietárias pessoas singulares.
1
Os critérios de definição das categorias estatísticas relativos à habitação sofreram importantes
alterações no decurso dos diferentes Censos. Desta forma, foram considerados os valores que maiores
semelhanças apresentavam em relação ao actual conceito de alojamento familiar clássico. Em relação a
1960 foram considerados os alojamentos de famílias em prédios destinados exclusivamente ou
principalmente a alojamento de famílias.
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30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
1960-1970 1970-1981 1981-1991 1991-2001
-5,0
-10,0
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VOL. V Povoamento
Quadro 16: Relação entre o número de Alojamentos Familiares Clássicos e o número de Famílias
1960 1970 1981 1991 2001
Portugal 0,95 1,15 1,16 1,32 1,38
Continente 0,94 1,15 1,16 1,32 1,38
RAA 1,09 1,22 1,21 1,32 1,29
RAM 1,00 1,14 1,15 1,20 1,28
Fonte: INE
2
Local distinto e independente, constituído por uma divisão ou conjunto de divisões e seus anexos,
num edifício de carácter permanente, ou numa parte distinta do edifício (do ponto de vista
estrutural), que considerando a maneira como foi construído, reconstruído, ampliado ou
transformado se destina a servir de habitação, normalmente, apenas de uma família/agregado
doméstico privado. Deve ter uma entrada independente que dê acesso (quer directamente, quer
através de um jardim ou um terreno) a uma via ou a uma passagem comum no interior do edifício
(escada, corredor ou galeria, etc.). As divisões isoladas, manifestamente construídas, ampliadas ou
transformadas para fazer parte do alojamento familiar clássico/fogo são consideradas como parte
integrante do mesmo (INE).
3
Admite-se que a cada família deverá corresponder um alojamento, considerando-se a partilha do
alojamento por mais de uma família uma situação não desejável.
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0 50 km
50 km
%
(-7) - 0
0-7
7 - 14
14 - 21
21 - 37
37 - 68
50 km
A década seguinte, foi caracterizada pelo aumento das famílias acompanhada pela
recuperação demográfica, em grande parte sentida a partir de 1975, com o retorno de
portugueses das ex-colónias e pelo início do retorno da emigração europeia. Este
aumento populacional e do número de famílias apresentou a particularidade de ter
sido muito concentrada no tempo, gerando um súbito aumento de pressão sobre o
85
VOL. V Povoamento
O final dos anos oitenta e os anos noventa caracterizam-se pelo aumento dos
alojamentos de uso sazonal, mas também pela reorganização familiar. A redução da
dimensão média da família (em 1960 a dimensão média da família era de 4 pessoas
sendo de 2,8 em 2001) tem vindo a contribuir para o acréscimo das necessidades de
habitação, enquanto que o aumento do rendimento disponível permitiu a aquisição de
segunda habitação a novos segmentos da sociedade portuguesa. Por outro lado, a
descentralização de alguns equipamentos, nomeadamente os de ensino superior, e a
maior mobilidade do emprego, têm conduzido à necessidade das famílias, ou de
alguns dos seus elementos, dividirem o tempo por mais de uma residência ao longo da
semana. Estas alterações têm conduzido ao aumento da procura de habitação e à
redução do número médio de residentes por alojamento.
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VOL. V Povoamento
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VOL. V Povoamento
O peso relativo de alojamentos vagos4 , embora tenha quase duplicado entre 1981 e
1991, praticamente não teve alteração entre 1991 e 2001. A simples leitura destes
valores poderá levar- nos a afirmar que este constituirá o stock habitacional expectante
do mercado nacional.
Analisando a variação regional entre 1991 e 2001 para o Continente, verifica-se que o
crescimento do número de alojamentos foi generalizado, embora com variações mais
significativas no litoral. Os maiores acréscimos relativos ocorreram na área que se
estende de Viana do Castelo a Aveiro, expandindo-se para o interior até Felgueiras,
Guimarães e Braga; no eixo Leiria, Marinha Grande, Alcobaça, Caldas da Rainha; na
Área Metropolitana de Lisboa, no litoral alentejano e no Algarve. No interior serão de
destacar as variações ocorridas em Bragança, Vila Real e Viseu.
Estas situações traduzem realidades que, de uma forma mais ou menos intensa,
permitem distinguir as pressões que têm vindo a ser sentidas no território. Por um lado
nas áreas de maior densidade, o crescimento resultou da procura de alojamento para
primeira habitação, por outro, em especial na áreas litorais alentejanas e algarvias, a
procura de alojamentos para segunda habitação, e uma terceira situação que resulta da
procura de alojamento por parte dos habitantes dos territórios rurais que migram para
as cidades médias mais próximas, a que acresce a procura induzida pela localização
4
Alojamento que, no momento de referência se encontra disponível no mercado da habitação. Poder-
se-ão considerar as seguintes situações: para venda, aluguer, demolição, em estado de deterioração e
outros motivos (INE).
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Alojamentos/km2
500 a 3290
100 a 500
40 a 100
30 a 40
0 a 30
50 km
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Alojamentos/km2
500 a 3580
100 a 500
40 a 100
30 a 40
0 a 30
50 km
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VOL. V Povoamento
Nas duas áreas metropolitanas são de destacar ainda, pelo importante peso relativo das
habitações sazonais, Sesimbra e a Póvoa do Varzim. Outros concelhos na faixa litoral
a norte de Lisboa com peso ainda significativo dos alojamentos sazonais são Peniche,
Nazaré, Figueira da Foz, Mira, Murtosa e Esposende. Estes centros têm sabido
preservar a tradição balnear do passado, atraindo por esse facto importantes fluxos.
Os espaços rurais foram durante muito tempo entendidos como espaços de produção
agrícola, perspectiva que se foi invertendo face às tendências das últimas décadas de
expansão de outras actividades e funções em meio rural ou, numa situação oposta, de
despovoamento.
A análise do povoamento, permitiu verificar que nos últimos 40/50 anos, muitas
aldeias e lugares em contexto rural, foram perdendo população, numa primeira fase
para as grandes cidades e para o estrangeiro, numa segunda fase, para as pequenas e
médias cidades que vão configurando a rede urbana nacional.
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1950 2001
50 km 50 km
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% solo agrícola
(média = 49,0)
% Solo artificializado
(média = 2,3)
Figura 50: Relação entre a percentagem de “Áreas com ocupação agrícola” e as “Áreas
artificiais”, Continente, 1991
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VOL. V Povoamento
Casos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e suas envolventes, o que inclui
os concelhos do norte litoral e de toda a região Oeste, Lezíria e Vale do Tejo,
concelhos onde a pressão sobre o uso do solo é muitíssimo elevada.
% Solo artificializado
Figura 51: Relação ente a percentagem de “áreas artificiais” (em 1991) e a variação do nº de
alojamentos entre 1991-01, Continente
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Agricultura Frágil
Rural Frágil
Agricultura Competitiva
Agricultura Frágil
Rural Dinâmico
Agricultura Competitiva
Casos do Norte Litoral, alguns concelhos do Algarve, assim como da margem norte
da AML.
96
VOL. V Povoamento
O cruzamento das figuras mostra assim três aspectos relevantes para o ordenamento
do território:
Refira-se contudo que a tipologia assenta em informação relativa a 1991, não tendo
por isso em conta a dinâmica de urbanização e de mobilidade que caracterizou o país
na última década.
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Sistema de Povoamento:
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Habitação:
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Apesar da tendência de urbanização que tem caracterizado o país nos últimos quarenta
anos, mantêm-se os desequilíbrios estruturais na ocupação do território, caracterizados
por um litoral mais denso e um interior mais despovoado, marcado por diferentes
níveis de acessibilidade e pelas cidades de pequena e média dimensão.
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Por outro lado, este fenómeno não deve ser desligado de uma política de revitalização
das áreas rurais, nomeadamente das áreas do interior, onde a residência secundária se
poderá expandir associada à recuperação das casas de família localizadas nas aldeias.
Por outro lado, a expansão habitacional tem associada um maior consumo de espaço
(dimensões médias mais elevadas e aumento do número de habitações com 1 e 2
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ocupantes), tendência que tem associada um aumento da pressão sobre o uso do solo e
a manutenção de perímetros urbanas alargados e descontínuos.
106
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urbanização dos territórios e dos modos de vida das populações, fenómeno que pelo
conjunto de questões que levanta (não esgotadas de forma alguma na síntese
anteriormente apresentada) se assume como um dos grandes desafios para o
desenvolvimento sustentável do país.
108
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Bibliografia
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Faro, CCRAlgarve.
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CCRC (1996) - Estudo de Avaliação Intercalar do Programa Operacional da Região
Centro, Coimbra, CCR Centro.
CCRC (1998) – Diagnóstico Prospectivo da Região Centro. Contribuição para o
PNDES, Documento de trabalho, Coimbra, CCR Centro.
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111
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Official Publications of the European Communities, Luxembourg.
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SOCIAL, COMMITTEE AND THE COMMITTEE OF THE REGIONS,
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EFILWC (1997) - Medium-sized cities in Europe, Dublin, Luxemburgo, EC.
ESPON (2003a) - The role, specific situation and potentials of urban areas as nodes
in a polycentric development. Third interim report, ESPON 2006 Programme.
ESPON (2003b) - 1.1.2. Urban-rural relations in Europe – Second Interim Report, no
âmbito do ESPON 2006 PROGRAMME – Programme on the Spatial
Development of an Enlarging European Union”, INTERREG III Community
Initiative – Art. 53, Project consortium: 1. Coordinator: Centre for Urban and
Regional Studies, Helsinki University of Technology; 2. Collaborating
partners: Centre for Urban Development and Environmental Management,
Leeds Metropolitan University; other members: OTB Research Institute for
Housing, Urban and Mobility Studies, Technical University of Delft; Taurus
Institute, University of Trier; European Agency Territories and Synergies,
Strasbourg; Centre of Geographical Studies, University of Lisbon;
Department of Economics, University of Rome Tor Vergata; Regional
Development and Policy Research Unit, University of Macedonia; The
National Institute for Regional and Spatial Analysis, NUI Maynooth; 3.
Subcontractors: Mcrit sl., Barcelona; ÖIR, Austrian Institute for Regional
Studies and Spatial Planning, Vienna; Nordregio, Stockholm (Webpage and
further contact info of the project:
http://www.hut.fi/Units/Separate/YTK/research/ur/index.html)
ESPON (2003c) - 1.1.2. Urban-rural relations in Europe – Third Interim Report, no
âmbito do ESPON 2006 PROGRAMME – Programme on the Spatial
Development of an Enlarging European Union”, INTERREG III Community
Initiative – Art. 53, Project consortium: 1. Coordinator: Centre for Urban and
Regional Studies, Helsinki University of Technology; 2. Collaborating
partners: Centre for Urban Development and Environmental Management,
Leeds Metropolitan University; other members: OTB Research Institute for
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Sites
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www.ine.pt
http://mrw.wallonie.be/dgatlp/dgatlp/HousingStats
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ANEXO 1
Algumas iniciativas da União Europeia com relevância na estruturação do território europeu nas
últimas duas décadas
Data Iniciativas
1973 Fundação da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas da Europa, em Saint-Malo
1983 Assinatura da Carta de Ordenamento do Território Europeu, Torremolinos
1988 Reforma dos Fundos Estruturais
1988 Criação do Conselho Consultivo das Colectividades Regionais e Locais (88/487/CE),
composto por 42 Membros.
1991 Publicação do Europa 2000
1991 Criação do Comité para o Desenvolvimento Espacial
1992 Criação do Comité das Regiões, orgão que substituiu o Conselho Consultivo das
Colectividades Regionais
1993 Reunião em Bruxelas, de vários institutos de investigação ao nível espacial, no sentido de
afirmarem a sua importância para a configuração da política de ordenamento do espaço
europeu.
1994 Publicação do Europa 2000+
1994 Em reunião, os Ministros responsáveis pelo Ordenamento do Território, apontam a
necessidade de criar um Observatório (European Spatial Programme Observatory Network,
ESPON) ao mesmo tempo que definem os princípios para uma política de ordenamento do
território e as orientações políticas dos vários estados membros, conhecido como o documento
de Leipzig, que constituiria a base do Esquema de Desenvolvimento do Espaço Comunitário
(EDEC)
1994 INTERREG II (1994-1999)
1996 Primeiro Relatório sobre a Coesão Económica e Social
1997 Primeiro documento oficial do Esquema de Desenvolvimento do Espaço Comunitário –
conhecido como o documento de Noordwijk
1999 Aprovação do Esquema de Desenvolvimento do Espaço Comunitário - Potsdam
1999 Convite à preparação da Estratégia de Desenvolvimento Sustentável da UE
2000 Aprovação do “Guiding Principles for Sustainable Spatial Development of the European
Continent”, Hanover
2000 INTERREG III (2000-2006)
2001 6º Programa de Acção Comunitária em Matéria de Ambiente 2001-2010
2001 Conselho Europeu de Gotemburgo acordou numa Estratégia de Desenvolvimento Sustentável
da UE, convidando os Estados-Membros a elaborarem as suas próprias estratégias nacionais
de desenvolvimento sustentável
2001 Segundo Relatório sobre a Coesão Económica e Social – “Unidade da Europa, Solidariedade
dos Povos, Diversidade dos Territórios”
2002 Primeiro Relatório Intercalar sobre a Coesão Económica e Social - “Unidade da Europa,
Solidariedade dos Povos, Diversidade dos Territórios”
2002 Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável – Cimeira de Joanesburgo
2002 ESPON 2006 Programme – Research on the Spatial Development of an Enlarging European
Union
2002 Estudo sobre a construção de um modelo de desenvolvimento policêntrico e equilibrado do
território europeu – coordenação da Célula de Prospectiva das Periferias Marítimas
2003 Segundo Relatório Intercalar sobre a Coesão Económica e Social - “Unidade da Europa,
Solidariedade dos Povos, Diversidade dos Territórios”
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ANEXO 2
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ANEXO 3
Principais iniciativas em matéria de desenvolvimento regional e urbano em Portugal nos últimos
anos
Ano Iniciativas
1989-93 I Quadro Comunitário de Apoio
1990 Planos Municipais de Ordenamento do Território (DL Nº 69/90, de 2 de Março)
1994 Plano Estratégico de Cidade (Despacho Nº 7/94, de 26 de Janeiro)
1994-99 II Quadro Comunitário de Apoio
1994-99 PROSIURB (1994-99) Programa de Consolidação do Sistema Urbano Nacional e Apoio à
Execução dos PDM (Despacho MPAT Nº 6/94 e 7/94, DR II Série, 26 Janeiro)
1995 Qualificação oficial para a elaboração dos Planos de Urbanização, de Pormenor e Projectos de
Operações de Loteamento (DL Nº 292/95 de 14 de Novembro)
1995 Plano Nacional da Política do Ambiente (1995)
1997 Cidades Digitais (1997), M C T
1998 Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e de Urbanismo (Lei Nº48/98, 11 de
Agosto)
1998 Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (2000-2006) - Visão Prospectiva
(MEPAT)
1999 III Plano de Desenvolvimento Regional - 2000-2006
1999 POLIS -Programa Nacional de Requalificação Urbana e Valorização Ambiental das Cidades,
Despacho Nº 47/A/MAOT/99
2000-06 III Quadro Comunitário de Apoio
2000 Elaboração do estudo intitulado “Acções Específicas de Valorização das Áreas Urbanas
Fragilizadas”, Ministério do Planeamento
2001 PROQUAL - Programa Integrado de Qualificação das Áreas Suburbanas da Área
Metropolitana de Lisboa
2001 Elaboração do estudo intitulado “Acções Específicas de Valorização de Pequenas Cidades”,
Ministério do Planeamento
2001 Elaboração do estudo intitulado “Acções Específicas de Valorização de Áreas Rurais”,
Ministério do Planeamento
2002 Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável
2003 Estabelece o regime de criação, o quadro de atribuição e competências das comunidades
intermunicipais de direito público e o funcionamento dos seus orgãos - Lei Nº 11/2003
2003 Plano Nacional da Política de Ordenamento do Território
2003 Programa de Recuperação de Áreas e Sectores Deprimidos - PRASD
2003 Início da elaboração do Plano de Implementação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento
Sustentável, na sequência da conclusão da Discussão Pública da Estratégia Nacional de
Desenvolvimento Sustentável (ENDS) em 2002 e na sequência da Cimeira de Joanesburgo
sobre Desenvolvimento Sustentável
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VOL. V Povoamento
ANEXO 4
Lugares
50 km
123
VOL. V Povoamento
ANEXO 5
Nº de Indivíduos
2000000
1000000
500000
Regiões Urbanas
50 km
124
VOL. V Povoamento
ANEXO 6
%
56 - 60
60 - 70
70 - 80
80 - 90
> 90
50 km
Habitações concluidas
x 100
total edificios concluídos
%
56 - 60
60 - 70
70 - 80
80 - 90
> 90
50 km
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