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Sumário

Prefácio................................................................ 5
Apresentação....................................................... 7
Neste capítulo, o dramático depoimento de uma mãe cuja família viveu o pesadelo do
daime (cefluris). Céu do Mapiá.
I Início da Verdade.................................................19
Neste capítulo, terá conhecimentos que te levam ao êxito, auto realização e felicidade
plena.
II A viagem ao Acre................................................36
Neste capítulo, entrevistas recentes do filho do mestre Irineu Sr.Paulo Serra e do Sr.Juarez
contemporâneo do mestre.
III Drogas e Xamanismo...........................................55
Neste capítulo, testemunhos vivos de uma doutora e um policial, que viveram as faces do
santo daime cefluris.
IV Plantas de poder X Plantas drogas....................... 74
V Verdades que você precisa saber.........................79
Entrevista da Sra.Adália de Castro que conviveu com o mestre Irineu por 30 anos e de
outros três contemporâneos Acreanos.
VI Situação da ayahuasca no Brasil..........................87
Mais 04 testemunhos que comprovam os fatos, imparcialmente.
VII Aliciamento e disseminação do uso de drogas com daime na Internet .............
E-mails de integrantes do falso santo daime, onde confirmam e ainda incentivam o uso de102
drogas.Aliciamento pela internet.
VIII Estados alterados de consciência......................... 118
IX A maconha do ponto de vista científico..............122
As mais recentes comprovações científicas sobre a maconha, com fotografias tomográficas
do cérebro humano dos já lesados pela droga após alguns meses de uso. Aqui não tem
achismo.
X Como fazer ayahuasca ou daime......................... 138
XI A contabilidade verdadeira dos trabalhos com daime ou ayahuasca
........................................... 140
Comprove o lucro de 300% já nos trabalhos com o daime a 30 reais no cefluris. Comercio
em nome de DEUS é que fazem!
XII Quem está preparado para ser padrinho e madrinha......................................................
142
XIII Como aconteceu a passagem da madrinha Genecilda............................................................
Saiba a verdade e veja como age dissimulado o povinho do cefluris e discípulos do146
padrinho sebastião mota.
XIV Gideon dos Lakotas e o início do Céu Nossa Senhora da
Conceição......................................... 155
O testemunho vivo do xamã Gideon, quando conheceu o céu de maria, céu da lua cheia e
outras igrejas do cefluris.
Apêndice............................................................. 181
Inúmeras reportagens desde a colônia 5.000 cefluris, que relatam que as barbaridades já
acontecia desde o início.
Prefácio Voltar ao sumário

Atualmente pode-se dizer que estamos vivendo a era da


sociedade da informação
O poder não existe mais dissociado da informação. Já não se
pode mais viver aceitando passivamente qualquer discurso, é
preciso investigar, pesquisar e analisar os fatos para escolher
os melhores caminhos. Esse livro é mais um instrumento a
favor da informação sobre um tema que ainda permanece
muito obscuro para maioria das pessoas: o SANTO DAIME,
seus verdadeiros princípios e distorções sofridas ao longo
das últimas décadas.
Seguindo o ritmo veloz da sociedade da informação, esse
livro não é uma obra Convencional. Os capítulos são
intercalados com testemunhos de pessoas que viveram o
FALSO SANTO DAIME, entrevistas de personagens que
representam a história viva do SANTO DAIME e ainda com
outros documentos que comprovam as informações
apresentadas. A escolha dessa estrutura tem por finalidade
criar um livro dinâmico aonde textos e fatos surgem quase
que simultaneamente para reflexão do leitor. Este livro é
mais uma expressão da linguagem do ciberespaço, já
oferecendo uma opção de hipertexto ao leitor, com
informações adicionais a todo instante. Boa leitura!
Apresentação Voltar ao sumário

Esse livro objetiva denunciar abertamente, bem às clara e


sem meias palavras, as drogas e o comércio dentro das falsas
igrejas que usam em vão o nome do SANTO DAIME e que
vêm desde "1971 passando uma imagem podre, totalmente
distorcida e até oposta do que é o verdadeiro SANTO
DAIME. Por meio de testemunhos antigos e recentes,
incluindo o meu próprio, livros e reportagens, além de outros
documentos, sobre essas falsas igrejas que se intitulam
seguidoras do SANTO DAIME, mas que não são, o leitor
poderá ver com clareza o grande mal e deturpação que o
FALSO SANTO DAIME vem causando, a começar pelos
malefícios causados a tantos homens, jovens e adolescentes
que por ingenuidade foram em busca de luz, porém
acabaram totalmente viciados em drogas"poucos meses
depois, tendo suas vidas destruídas espiritual e
materialmente. Os testemunhos apresentados nesse livro
foram devidamente registrados em cartório e estão à
disposição de qualquer autoridade constituída por lei. E
todas as entrevistas dessa obra foram gravadas.
O nome dessa falsa corrente do SANTO DAIME, onde são
usados drogas com o daime é Cefluris (Centro Eclético da
Fluente Luz Universal Raimundo lrineu Serra) e foi fundada
por Sebastião Mota de Mello após o falecimento do
iluminado mestre Raimundo lrineu Serra. Equivocadamente,
porém propositalmente, tem sido divulgada a informação de
que Sebastião Mota de Mello seria o sucessor do mestre
lrineu, o que é desmentido por todos aqueles que conviveram
com ele e que pude comprovar na minha viagem em março
de 2007 ao Acre, cujo relato está contido nesse livro. Nessa
viagem, tive a oportunidade de conversar pessoalmente com
a viúva do mestre lrineu, a madrinha Peregrina Gomes Serra,
que é uma mulher integra e lúcida e me recebeu com muito
carinho, amor e firmeza. A madrinha Peregrina me disse
claramente: "O Sebastião queria o trono do mestre. Ele
sempre desejou ser o sucessor do mestre Irineu, mas como
não conseguiu foi embora e fez todas estas imundícies que
estão aí para quem quiser ver. O mestre não deixou sucessor.
Ele dizia próximo à sua passagem: Eu não deixarei sucessor.
Quando eu me for, quem quiser falar comigo que tome
daime e converse comigo no astral". A madrinha Peregrina
também afirmou: "Aqui no Alto Santo não tem drogas,
nunca teve. O mestre nunca pitou esta santa maria, ele tirava
as pessoas das drogas e dos vícios, ele não viciava ou
drogava ninguém." Neste momento da conversa, o senhor
Paulo de Assunção Serra, filho adotivo do mestre Irineu, que
também esteve presente no encontro, falou muito indignado:
"O papai sempre foi contrário às drogas e sempre pregou a
caridade. Esta tal da maconha como santa maria foi coisa do
Sebastião e seguida pelo Cefluris até hoje. Como foram
capazes de pôr o nome da mãe de Jesus numa erva maldita
(para aqueles que não conhecem bem o vocabulário do falso
SANTO DAIME, a maconha é chamada de santa maria)?"
Recordei-me neste momento que a madrinha Peregrina já
havia falado sobre a maconha e o Sebastião Mota de Melo já
há muitos anos atrás em outros livros:
"O padrinho Sebastião e seus seguidores são todos
maconheiros."
(Extraído do livro SANTO DAIME - Fanatismo e Lavagem Cerebral,
de Alicia Castilla, capo Sebastião Mata de Meio - pg.118)
Que coisa terrível o que o Sebastião Mota de Melo e o
Cefluris fizeram com o SANTO DAIME e a forma como
sujaram o nome do mestre Irineu. Aqui nos estados do Sul e
Sudeste, até que surgisse o Céu Nossa Senhora da
Conceição, a grande maioria das pessoas achava que o
mestre lrineu também se drogava como fazia o Sebastião e
seus seguidores. Usar o nome do mestre Irineu e ainda
associá-lo uso de drogas dentro do SANTO DAIME foi à
estratégia vil do Sebastião e também a maior das traições.
Veja outras passagens de pessoas que conviveram com o
padrinho Sebastião após ele ter saído do Alto Santo e
fundado o Cefluris:
"Se mestre Irineu inventou o daime, padrinho inventou a
santa maria."
(Extraído do livro O consagrado defensor- pág.109)
"Cultivo próprio da santa maria."
(Extraído do livro O consagrado defensor- pág. 132)
"Era bem mais viável viver na colônia, onde daime e a santa
maria tinham
presença garantida.".
(Extraído do livro O consagrado defensor- pág. 161)
"De acordo com o que a viúva do mestre Irineu manifestou
no programa levado ao ar pela rede Manchete de televisão,
assim como a versão dada por muitos outros daimistas, o que
motivou o racha propiciado pelo Mota foi a inclusão da
maconha nos rituais, como planta sagrada, sob o nome de
santa maria e a pasta base de cocaína, denominada
"mescla"."
(Extraído do livro SANTO DAIME - Fanatismo e Lavagem
Cerebral, de Alicia Castilla, capo Sebastião Mata de Meio -
pág.120)
"Recebi do Valfredo a cota de santa maria destinada a ser
usada no bom desenvolvimento do nosso trabalho."
(Extraído do livro O consagrado defensor- pág. 177)
"Durante uma sessão de limpeza astral, padrinho dizia:
daime lá dentro e santa maria aqui fora."
(Extraído do livro O consagrado defensor- págs: 185 a 186)
"Nos dias de festas a gente era instruído a fumar a santa
maria bem discretamente para evitar que algum espião vindo
do RJ nos flagrasse naquela atitude." (Extraído do livro O
consagrado defensor- pág. 109)
Portanto, leitor, também nesse livro eu alerto.a você que
existe um SANTO DAIME de LUZ recebido pelo mestre
Irineu diretamente entregue pela Nossa Senhora Conceição.
Mas também existe um FALSO SANTO DAIME envolvido
com drogas e cobranças, chamado Cefluris, que se espalhou
por todo o Brasil e foi fundado pelo padrinho Sebastião. O
padrinho Sebastião, que me lembra muito o estilo dos
Integrantes do movimento hippie dos anos 70, ardilosamente
usou por estratégia de marketing o nome Raimundo Irineu
Serra na sigla Cefluris para se beneficiar do grande prestígio
que sempre acompanhou o nome do mestre. Quem deu
autorização para o Sebastião Mota de MeIo colocar o nome
do mestre no Cefluris que ele fundou? Disse-me indignado o
senhor Paulo Serra. Eu, Gideon dos Lakotas, digo sempre o
seguinte: O mestre Irineu fundou o "DAIME" e o Sebastião
Mota de Melo fundou o "TIRAI-ME".
Saiba que os trabalhos sérios do SANTO DAIME edificam o
espírito e o conduzem para a LUZ, revigoram sua saúde e o
seu AMOR. Mas a combinação do daime com drogas como
a maconha (santa maria) só edifica o seu EGO, destrÓi Nua
saúde e rebaixa a sua freqüência espiritual. Você já viu
viciados em drogas por mais de dois anos prosperarem na
vida ou se manterem com saúde forte?
O daime estimula o crescimento das virtudes do espírito. As
drogas estimulam o crescimento do ego. O egocentrismo
dentro do Cefluris é algo muito comum de se observar. Eu
mesmo quando andei pelas igrejas do Cefluris ouvi por
diversas vezes as menções de muitas pessoas sobre o
padrinho Sebastião ser a reencarnação de João Batista, de
seu filho Alfredo Gregório ser a reencarnação do rei
Salomão. De Alex Polari, outro influente integrante do
Cefluris, ser a reencarnação do rei Davi e mais recentemente
que o Glauco e a Bia, do Céu de Maria no Pico do Jaraguá,
em São Paulo, serem a reencarnação de José e Maria,
padrasto e mãe de Jesus.
Afirmo por observar, a experiência alheia, sempre que a
santidade do daime for maculada ou por drogas ou pelo
comércio terá como resultado as ilusões do ego e a fuga da
realidade. Algumas pessoas vivem numa miséria grande, não
têm a menor sabedoria e nem mesmo cultura, têm uma vida
totalmente desequilibrada, estão se drogando de três a quatro
vezes por dia e ainda negando que são viciados e jurando de
pés juntos que são reencarnações de faraós, de Cleópatra, de
Joana D'Arc, de Maria Madalena,dos profetas bíblicos, dos
apóstolos de Jesus e por aí vai.
Veja uma passagem sobre esse tema:
"Os argumentos do Padrinho Sebastião estavam entranhados
na realidade das viagens de Daime, entranhados num novo
poder e numa nova força que eu acabara de conhecer.
Entranhados de uma forte realidade invisível que me fora
revelada naquelas circunstâncias. Não era tão simples como
ouvir a pregação de um pastor protestante que eu podia
descartar tranqüilamente, sem peso para minha consciência.
Era a congruência do destino que tinha me colocada naquela
situação, na qual eu tomara parte com liberdade de opção.
Então, eu estava, de verdade, condenado a viver naquela
comunidade. Pensava: "Se a pena está estabelecida que, pelo
menos, eu seja feliz cumprindo-a."
Um dia, voltando do trabalho, Raquel, irmã de Xavier, vem
conversar conosco:
- Vocês sabem que o Padrinho está reunindo os eleitos para a
salvação? Ele é São João Batista, vai reunir todos os
apóstolos novamente. São Pedro já chegou.
Dácio surpreso, perguntou:
- Quem é São Pedro?
Raquel responde:
- É Xavier, meu irmão. O dia que ele chegou aqui com Raul
e Cristiano, Padrinho recebeu o hino avisando a chegada de
São Pedro. Agora vocês têm que descobrir quem foram em
outras encarnações. Ninguém vem aqui à toa. Aqui é uma
cidade santa dos eleitos de Deus.
Padrinho Sebastião é João Batista e veio para reunir os
apóstolos. Depois que ela se foi, achamos a maior graça.
"Que menina pirada. Vai ver que somos apóstolos também".
Brincávamos.
Apóstolos ou não, fomos dominados pela estrutura do
contexto. A culpa e o temor condicionavam-nos a aceitar a
idéia de uma pena severa, por outro lado, havia uma pequena
esperança de sermos perdoados. Agora, vivia em um mundo
que, há pouco tempo, imaginava extinto. Justamente este
mundo velho, apresentava-me como sendo a verdadeira
razão. Daí nascia meu desespero e o desequilíbrio, no
entanto a vida comunitária representava a vanguarda".
(Extraído do livro O consagrado defensor págs. 57 e 58)
É claro que a reencarnação existe, eu me lembro de minha
ultima reencarnação. Estive como índio na tribo dos Lakotas,
onde fui adentrado ao xamanismo.
Não fui nenhuma celebridade e ainda vi minha tribo quase
toda ser dizimada pela raça branca em sua ganância. Houve
momentos de alegria e também momentos de dor. Nada tive
de diferente ou especial, melhor ou pior, maior ou menor,
que ninguém. Só isso! Mas essas reencarnações de
celebridades bíblicas no Cefluris não colam, é pura ilusão.
Imagine São João Batista, o rei Davi e o Rei Salomão
pitando maconha, usando cocaína e ainda drogando homens,
mulheres e adolescentes!
Você consegue conceber que a Santa Maria, mãe de Jesus,
pitava maconha e ainda deixaria que seu santo nome fosse
posto em uma droga?
Toda essa historia é apenas fruto das drogas que o Cefluris
vem disseminando sob o disfarce sagrado da bandeira do
SANTO DAIME. Eu pergunto a você: A onde está a
santidade em dar drogas para pais e filhos? Você daria ao
seu filho, essa maconha (santa maria) ou cocaína (santa
clara)? Dentro do FALSO SANTO DAIME do Cefluris
também ouvi por diversas vezes que o padrinho Sebastião
teria morrido por overdose. Não sei dizer se isso foi verdade.
Mas não é de se duvidar, pois sei que ele faleceu no Rio de
Janeiro no Céu Rainha do Mar, onde fazem uso de muita
droga e que foi fundado pelo seu discípulo Marco Imperial, o
qual vem até pela internet incentivando a todos o uso de
drogas como a maconha (santa maria), inclusive passando
por e-mails receitas de chá de maconha, bolo de maconha,
como pitara maconha com o rosário, entre outras coisas (veja
capítulo VII com e-mails).
Presenciei por diversas vezes dentro das igrejas do
Cefluris o uso de drogas e inclusive nos feitios de daime.
Isto realmente é terrível, porque toda essa energia nociva das
drogas é recebida e fica contida no daime que foi feito. Ao
ingerir esse daime, a pessoa também receberá a carga
negativa das drogas.
No jargão do daime, aqueles que usam a santa maria (que é a
mesma maconha que os traficantes vendem nas esquinas) são
chamados de marianos. Eu chamo agora esses marianos à luz
da razão. Eu proponho o "teste da verdade", inclusive ao
filho do Sebastião Mota de Melo, o Alfredo Gregório, ao
Alex Polari e a todos os outros padrinhos e madrinhas do
Cefluris:
Uma pessoa após que fez um ritual a noite inteira com o
daime pode fazer um exame que nenhuma droga ou alteração
vai constar no resultado. Eu mesmo já fiz esse teste e
conheço várias outras pessoas que fizeram também. Mas isso
acontece na verdade porque daime não droga!
Agora, marianos, façam o mesmo com essa tal de santa
maria. Peguem a maconha de vocês, plantada ou comprada
como escolherem, a consagrem ao alto como santa maria,
pitem essa maconha a noite inteira no seu ritual da santa ma
ria como vocês já vêm fazendo faz tempo, mas no dia
seguinte após o término façam um exame. Vocês vão ver que
o THC da maconha vai estar presente nos seus corpos! Com
o THC presente em vocês, como fica então toda esta
historinha da consagração da maconha em santa maria? Caiu
por terra, não é? Pois o THC está cientificamente
comprovado que mata os seus neurônios, deteriora a
memória e causa a letargia mental. Resumindo: deixando-os
burros!
O bom da ciência é que não existe "achismo", apenas provas
incontestáveis. Para que a ciência faça uma afirmação, uma
mesma experiência é repetida muitas vezes e todos os
resultados precisam ser idênticos. Se um for diferente, a
ciência não afirma. Quando a ciência prova, está provado!
Leia nesse livro o capítulo científico sobre a cannabis sativa
(maconha ou santa maria) e inclusive veja as fotos por
tomografias computadorizadas que apresentam cérebros com
buracos e manchas, de usuários de maconha com apenas um
ano de vício. Sei que as igrejas do SANTO DAIME vão se
espalhar pelo mundo todo, então que sejam espalhadas as
verdadeiras e todos estejam bem alertados sobre as falsas.
Assim só não enxergará a verdade aquele que não deseja
enxergar.
Escrever esse livro é uma questão de responsabilidade, de
obrigação. Nenhum prazer sinto em escrevê-lo. Por quatro
anos venho alertando a humanidade sobre as falsas igrejas do
SANTO DAIME (Cefluris). Tudo que afirmei, eu provei. Eu
nunca minto! Fui ameaçado até de morte se eu não parasse
de expor as verdades negras sobre o Cefluris, mas deixei,
claro que aqui se encontra um leão e não um cordeirinho,
que sabe muito bem reagir, defender-se e atacar também se
necessário. Aqui se encontra um espírito já velho e um
guerreiro do coração. Nem mesmo a minha morte impedirá
os objetivos a serem cumpridos pelo Céu Nossa Senhora da
Conceição. Hoje somos já em muitos milhares. Ensinei a
esses a se tornarem fortes, decididos, viverem com honra e a
serem capazes de atingir o cumprimento, de qualquer
objetivo.
Para um xamã a honra é tudo. Na honra estão inseridos o
amor incondicional, a compaixão, a humildade, o bom senso,
a fidelidade e a verdade. Ser honrado e honrar a memória dos
irmãos da LUZ é tudo que importa para mim, é tudo que
importa para um xamã verdadeiro. Ensino que abaixo de
DEUS somos todos irmãos e irmãs de uma grande família
celestial. Nem mais belos nem mais feios, não há distinção.
Todos somos amados pelo mesmo amor. Eu não sigo o
SANTO DAIME, portanto aqui não há conveniência ou
qualquer parcialidade. Eu sigo e ensino o bom caminho
vermelho, o xamanismo. Portanto limpar o bom nome do
mestre lrineu é uma questão de honra e alertar a você é
questão de obrigação. Feliz eu posso dizer: eu não tenho
discípulos, eu tenho irmãos (ir + mãos)!
Já lhes passei instruções claras a serem cumpridas, reações
tomadas pela honra e todos os recursos financeiros
necessários existem. Eu prefiro morrer de pé a que viver de
joelhos. De minha parte, com a edição e distribuição desse
livro, dou por encerrada essa situação com o Cefluris e as
drogas com o daime.
Por meio deste livro, exponho claramente a onde estão a
verdade e LUZ e a onde estão a mentira e ilusão. Portanto
agora resta o seu livre arbítrio de escolher o caminho que
deseja seguir. Pretendo seguir meu caminho ensinando a
humanidade, a arte de "viver caminhando em belezas". A
menos que haja razões que impliquem esse céu santificado
ou os irmãos que têm me auxiliado nessa missão, realmente
irei me esquecer do Cefluris e do Sebastião Mota de Mello.
Mas caso ocorra essas razões, essa tribo aqui retornará à
batalha com quatro vezes mais intensidade. O maior presente
que DEUS lhe deu é o presente, o aqui e o agora. Cada
atitude sua realizada é uma ação que resulta em reações que
jamais se extinguem. O que você faz ecoa na eternidade!
Para que não haja dúvidas logo
no início da leitura desse livro
sobre o posicionamento do
mestre Raimundo Irineu Serra
com relação às drogas, coloco
abaixo uma parte do estatuto
feito de próprio punho por ele,
que é o verdadeiro daimista
original, para o Centro de
Iluminação Cristã Luz Universal
Rio Branco, Acre, capítulo IX:
Moral e profilaxia
Art. 19° - Capitulando pela moral e saúde da agremiação, a
todos é vedado, na forma da alínea b e art. 8° da
Constituição e decreto-lei 159 e art. 281 do Código Penal e
afins, o uso ou tráfico de inebriantes, refutando-se:
a) a morfina,
b) a heroína,
c) a cocaína,
d) a maconha,
e) a marijuana,
f) a cachaça,
g) o lsd e outros também de efeito deletério incompatível
com a dignidade humana, os quais obscurecem a consciência
e os sentimentos nobres, levando à perversão e ao fatalismo
suas vítimas, na ânsia inopitável de alegrias fortuitas e
degradações.
§ único - requintar-se na insensatez da libação e tripudiar as
finalidades da alma é mergulhar o ego em panacéia de
ilusões e atos que aviltam a integridade moral e
comprometem a saúde e a personalidade, levando suas
vítimas ao escravismo vicioso e ao fim contristador expresso
em 1Cor 6:10 e afins, cujos viciados não entrarão no reino
dos céus.

Testemunho de quem viveu o Falso Santo


Daime

Depoimento: C. T. B.
Data de nascimento: 25/5/1961,
Natural e moradora de Curitiba, Paraná.
O inicio do engodo
"Eu poderia dar um testemunho longo, cheio de detalhes e
nomes, porém sinto no meu coração que não é necessário, já
há irmãos fazendo isso de uma maneira muito melhor.
Espero, sinceramente, que meu testemunho seja útil e
providencial para muitas pessoas. Faço isso para o"
"Mestre" e pelo mestre lrineu, que é o responsável pelo
santo daime na Terra.
É um testemunho de alerta que estou deixando para o bem
da humanidade. Eu descobri o daime há uns 10 anos. Ao
lado de Nova Gokula, que é a comunidade rural do
movimento Hare Krishna em Pindamonhangaba (interior de
I São Paulo). Apareceu um ponto de daime, na fazenda
vizinha. E eu fiquei curiosa por conhecer esse trabalho
espiritual com planta de poder. Fui lá conhecer.
E esse contato foi muito bom, muito especial para mim,
porque havia muitos devotos que cantavam mantras, além
do hinário é claro, isso me fascinou. O daime me ganhou ali
naquele momento. Meu Deus, isso é espiritual!. Foi bem
mágico para mim. E comecei a freqüentar, levei minhas
irmãs, minhas sobrinhas, levei todo mundo para o daime. E
com o tempo passamos a freqüentar outros centros.
Passamos anos viajando para fazer trabalhos com daime.
Ficamos fascinadas pelo daime, fizemos muitos amigos. E
até chegamos a abrir um ponto, depois, uma igreja de daime
em Curitiba. Eu e minha família, minhas irmãs, filhas e
sobrinhas, ficamos muito unidas nessa época, realmente
formamos um clã e tudo ainda era muito inocente. Porém no
momento em que o movimento começou a crescer e se
institucionalizar já não funcionou da mesma forma.
Cannabis
Quando entrei no santo daime eu já usava a cannabis por
longa data, era do Tempo de comunidades alternativas.
Morei no RJ onde pitava em shows, praia, teatro, era super
normal, todo mundo pitava. Só tinha a perseguição da
policia, é claro que eu achava um absurdo porque não
liberavam logo essa planta? Nunca considerei droga, muito
menos me considerava viciada, mesmo fumando todos os
dias... Afinal eu era "da paz e amor". Só fui parar de pitar
quando entrei pro movimento Hare Krishna. Aprendi que
era "intoxicação", e estaria quebrando um principio
espiritual se continuasse pitando, então parei por um bom
tempo, até que conheci a "santa Maria" o "segredo" do
santo daime. Então voltei a pitar sem culpa, agora
resguardada pela "santa".
Estava feliz da vida com meu pitinho, mas é claro que minha
vida familiar e profissional estava uma droga, mas eu tinha
meu "pitinho" para me consolar, e consolava mesmo, eu
ficava sob um véu de um conforto ilusório. Por nada eu
deixarei de pitar a minha santinha que me dava tanto
conforto. Usei religiosamente todos os dias, plantei uma
rocinha em casa, já que o único peso era o tráfico e todo o
baixo astral disso. Mesmo assim eu comprava de traficante,
pois para o meu consumo teria que ser uma roça grande,
uns vasinhos não davam conta. O traficante me avisava
quando tinha uma erva mais natural, não tão prensada, e eu
purificava colocando no sereno, fazendo Reik, untando com
mel, na verdade fIZ todo esse ritual poucas vezes, por que o
que eu queria mesmo era pitar logo; Era viciada, e usava
todos os dias para fazer qualquer coisa. Nas seções
espirituais do daime, eu levava meus pitinhos prontos no
bolso, e saia pra pitar tranqüilamente; Imagina trabalho
sem pito, nem pensar! Existe trabalhos com pito dentro do
ritual, antigamente era só para fardados. Então fardei.
Usávamos a "santa Maria" com o objetivo espiritual, de
cura, de expansão da consciência. Essa era a idéia, porém
com o uso diário...Virou vicio é claro. Tinha muitos amigos
de pito. Na época achava que estava tudo bem. Só mais
tarde fui perceber e viver os perigos do vicio. O que
realmente está por trás desse véu de ilusão.
Céu do Mapiá
Fiz uma viagem de férias de um mês para conhecer o Céu do
Mapiá, há uns sete anos, com minhas irmãs. Nós nos
divertimos muito e foi bem melhor do que qualquer
Disneylândia. Já na canoa para chegar até o Céu do Mapiá
o barqueiro nos ofereceu um "pitinho"; Fomos pitando até
lá e tudo foi muito divertido, uma verdadeira aventura na
selva, parecia um filme de Indiana Jones multiplicado por
cinco.
Chegando no Céu do Mapiá, esse barqueiro nos encaminhou
para nos hospedarmos na casa dos pais dele. E eu
timidamente perguntei ao barqueiro como poderia fazer
para comprar a "santinha". E ele ficou todo ressabiado e me
disse que no Mapiá ninguém comprava ou vendia que não
tinha comércio era por meio dos amigos que quisessem
compartilhar. A partir desse dia, o pai desse barqueiro, um
senhor velho e muito querido, nos dava generosamente .três
"pitinhos" por dia. E, principalmente, quando havia
trabalhos espirituais. Durante o trabalho, no Céu do Mapiá,
mal o trabalho começava e as madrinhas, senhoras idosas,
já saíam para pitar na ponta da igreja. E eu achava aquilo
incrível, achava o máximo. E todo mundo pitava a torto e a
direito dentro do trabalho, pessoas de todas as idades.
Em uma ocasião fomos visitar a madrinha Rita, esposa do
Sebastião (Sebastião Mofa de Meio), e ela me perguntou: "tu
pitas?" E eu respondi: "claro"madrinha". E pitamos juntas,
Achei incrível aquela senhora que parecia minha finada
vozinha preparando um "pitinho" para nós. Na época. foi o
máximo, porque tudo que eu queria era pitar com minha vó,
meu pai, minha mãe. E claro que não podia. E nessa família
onde estava hospedada fiquei admirada de ver essa família
silenciosa que todos os dias se reunia para pitar, mãe, vó,
filho, neto; eu achava que aqui!o era uma grande união. E
um dia em que ainda estávamos hospedadas naquela família
foi o aniversário de uma das netas do dono da casa, fizeram
um bolo de aniversário bem simples, vieram os amiguinhos,
cantaram parabéns, comeram bolo e as criancinhas de 7. 8,
10 anos, só criancinhas, fizeram uma rodinha e começou a
rolar o"pitinho". Aquilo me Impressionou, me chocou um
pouco. E eu comentei com a avó das crianças: "isso na
minha terra dá cadeia", E ela respondeu: "minha filha, essas
crianças já nasceram sob a luz da "santa Maria. Então
pensei:"é santa mesmo". Algo que criancinha pode usar, que
a avó da pra neto, só pode ser do bem! Lá no Céu do Mapiá,
lá na floresta, minhas irmãs se fardaram. Eu resisti porque
"tenho sempre um pé atrás"'com instituição, ainda mais que
já era há 20 anos Hare Krishna. Mas meu amor pelo santo
daime crescia e levei toda a minha família com convicção de
que iríamos receber muitas curas emocionais, mentais,
físicas e espirituais. Eu acabei me fardando um tempo
depois por causa daqueles trabalhos fechados só para
fardados onde se pitava santa maria abertamente. Então
quis me graduar porque não queria perder por nada
trabalhos de "santa Maria". Boa parte da minha família
estava no daime, menos minha mãe, que manifestava um
incomodo com aquele nosso movimento. Mas a gente amava
e foram anos de muita alegria, muita união, muitos amigos,
muita festa e, é claro, muito pito. Eu quero esclarecer aos
que lerem este testemunho que: este "conto de fadas" inicial
que parece um paraíso é justamente a ilusão que a maconha
nos faz vivenciar, enquanto este portal "negro", que é a
maconha, vai encravando suas garras até a pessoa acordar
e às vezes já tarde sem nem saber por onde sair. Por isso
atenção, todo cuidado é pouco com este portal da maconha.
A Desilusão ou: saída da ilusão
Estava indo tudo muito bem, de vento em popa. Até a
inauguração da igreja oficial. Era uma festa só. Claro que
havia alguns balanços, normais. Mas o balanço grande, ou
melhor, a queda total começou no dia da inauguração da
igreja, ao menos para mim.Estava tudo lindo, aconteceram
20 fardamentos, igreja lotada, crescendo rápido... Mas,
dentro da sessão espiritual de inauguração minha filha mais
velha, que havia passado seis meses no Céu do Mapiá e nem
queria voltar, tive que implorar para ela voltasse, começou
a manifestar um comportamento muito estranho. Zombando
tudo e todos dentro do trabalho principalmente perseguindo
a mim. Eu não podia compreender o que estava
acontecendo, já que ela sempre foi uma menina tão educada
e espiritualista, sua educação e base espiritual foi de
primeira linha. Então, pela primeira vez na minha vida tive
uma vidência clara e assustadora e vi na menina muitos
seres esdrúxulos, horripilantes, sinistros, que estavam ali
única e exclusivamente para zombar e destruir a festa.
Estavam ali para roubar, matar e destruir. E conseguiram.
Roubaram a alma e destruíram a vida dela, só não
conseguiram matar porque ela tem proteção da Krishna. A
minha filha ficou tomada de espíritos do mais baixo astral,
ela se perdeu. E então aí começou meu filme de terror. A
menina que era uma princesa do movimento Hare Krishna,
com uma bagagem de dez anos de vida exclusiva para Deus,
acordando todos os dias às 4h da manha para adorar o
Senhor Supremo, não era mais a mesma. Ela tinha 17 anos
na época e isso aconteceu em 2002.
A partir daí, foram cinco anos de lutas com as trevas. Posso
dizer que naveguei pelo vale das sombras, fui conhecer o
outro lado. Eu como mãe, e responsável, fui do paraíso ao
inferno, sem escalas, em um piscar de olhos. Entrei em
contato com outro lado que eu não conhecia. A culpa e o
medo tomaram conta de mim. Só Deus para me tirar
daquela situação, pois o povo do santo daime do padrinho
Sebastião ficaram mudos, não.sabiam o que fazer nem dizer.
Fiquei só. Tive a sensação horrenda de perder a menina
como um balão que estava indo para ô espaço. Percebi que
o paraíso da santa Maria era na verdade o inferno
disfarçado o inimigo tirou o e se apresentou para mim cara
a cara. E se mostrou o que tem por trás de toda aquela
sedução...
Dentro dessa instituição, não encontrei apoio, nem recurso,
nem caridade, nem cura. "A menina rodou". Isso acontece
com algumas pessoas...Que talvez tenham algum problema
emocional, familiar,ou mesmo uma esquizofrenia enrustida
que aflorou, ou talvez fosse muito mediúnica e "surtou".
Enfim um festival de achismo. O que me deixou realmente
triste na época foi o pessoal da minha igreja me pedir
educadamente é claro, para que eu não levasse mais a
menina nos trabalhos, pois ela atrapalhava muito, é verdade
ela aterrorizava! Sendo ela uma fardada pioneira e
fundadora dessa igreja... Comecei a questionar seriamente.
Como pessoas que não estão dispostas a compreender,
aprender e ajudar um próprio integrante, irmão de corrente,
que está "sinalizando" que algo não está certo. Qual a
intenção de um grupo desses? Salvar a humanidade? Qual o
real interesse? Qual o propósito? Se não tem cura nem
caridade, pra não se falar de amor, com um irmão de
corrente? Realmente eu não entendi. Mas, compreendi que
tudo era muito superficial. Não existe nenhuma
responsabilidade para com o ser humano, muito menos
amor. Aquela firmeza no amor que tanto se fala nos hinos é
só pra cantar bonitinho, e a prática?
Então desiludi com esse grupo, e esse santo daime do
Sebastião que foi indiferente ao meu sofrimento.
Compreendi que o meu problema era serio mesmo. É eu e
Deus, meu irmão. Então, com toda a minha Fé me levanto e
luto pela minha causa.
De lá para cá, são cinco anos de batalha com psiquiatra,
psicoterapia e muitas outras coisas. Pois a menina entrou
em uma confusão e depressão profundas. Não tinha mais
amigos, nem condição de freqüentar a escola, de trabalhar,
de fazer mais nada, a vida dela parou. E a minha também!
Ela estava com alma perdida, culminando quase com um
internamento em um hospital psiquiátrico. Tomava remédios
tarja preta, e segundo a psiquiatra ela estava condenada a
tomar os medicamentos por anos.
De volta à luz
Aí foi quando Deus, com sua infinita bondade, por meio de
amigos muito amados e especiais discípulos do Mestre
lrineu, aos quais serei eternamente
e incondicionalmente grata, me levaram em outro centro
para mais uma tentativa de cura. E aí chegando lá o líder
espiritual do lugar me disse para ter fé no maior curador do
universo: O Mestre Jesus Cristo. Fizemos eu e minha irmã
espiritual que me levou a esse lugar um trabalho
maravilhoso, de muita luz onde eu definitivamente consegui
romper com toda a egrégora da maconha, curei meu vicio
como um verdadeiro milagre. Foi muito lindo. Então ele
disse para levar minha filha até lá para fazer um trabalho
com daime. E eu estava um pouco insegura porque fazia
tempo que ela não tomava daime e tomava remédios
controlados fiquei receosa do que poderia acontecer. Mas o
Xamã insistiu para que eu tivesse fé e fez um trabalho na
linha xamânica com santo daime. Foi a partir desse
momento que minha filha deu um salto quântico na cura
dela, parou de tomar remédios psiquiátricos, nunca mais
surtou e os caminhos dela começaram a se abrir. Sou muito
grata a todas essas pessoas, mas é claro que por trás de
todos está o Criador. A vida da minha filha começou a
andar, mesmo devagar, mas para isso precisei romper com
todos os meus amigos antigos, que usavam ainda a "santa
maria". Precisei romper com toda aquela instituição
profundamente. E lá no centro onde minha filha encontrou o
primeiro passo para cura fui recebida com muito amor,
compaixão e caridade, não cobraram de mim nenhum
centavo. É o Céu N.S. da Conceição em Pariquera Açu - SP.
O xamã líder de lá sempre diz: "O senhor dessa obra é o
Mestre Jesus.. Eu sou apenas um servo dele. Estou contando
tudo isso porque é uma causa séria, pelo mestre lrineu, por
essa sagrada bebida, que é providência divina, mas se usada
com drogas perdem-se vidas. Depois dessa melhora da
minha filha, agradeço a Deus, ao meu amado Jesus Cristo,
ao mestre lrineu, a esses irmãos de luz que me ajudaram
com tanto amor e carinho. Deus é incrível, só fui perceber o
engodo em que eu me encontrava quando o mal tocou
minhas amadas filhas, senão talvez estaria na ilusão até
hoje. Na minha concepção, minhas filhas foram geradas,
nascidas e criadas para Deus e estava vendo com meus
próprios olhos elas se perdendo de Deus. Imagine uma
sensação dessa para qualquer mãe. Você que é mãe e pai
pense nisso! Percebi que havia algo de muito errado. A mais
velha em um surto psicótico e a mais nova em um mergulho
na rebeldia unindo-se a uma pessoa dessa instituição, 20
anos mais velha, de caráter duvidoso. Reconheço que não
sou uma mãe exemplar, cometi muitas faltas, porém não vou
perder o bom senso ou minhas filhas para a ilusão, para as
trevas. Depois de muito sofrimento, compreendi o preço de
uma falta grave no mundo espiritual, compreendi a falta
grave para com o mestre lrineu e sua santa doutrina.
Compreendi, afinal, que o verdadeiro santo daime estava e
está sendo maculado. Só hoje, graças a Deus, sou livre para
conhecer o Mestre. Para conhecer o trabalho do Mestre,
não é possível usar outras plantas que não são autorizadas
pelo Mestre, ele mesmo fala no seu estatuto.
Hoje eu sei que a Santa maria é droga e nada tem de
santificada.
Perdão
Eu peço perdão, sinceramente, a todas as pessoas que de
alguma forma encaminhei para a direção equivocada.
Paguei e estou pagando um preço alto por isso. Peço perdão
à minha família, irmãs, sobrinhas e, principalmente, peço
perdão às minhas amadas filhas. Que o Supremo Senhor
Jesus Cristo, Virgem Soberana Mãe, junto com o mestre
lrineu em sua infinita bondade e misericórdia, possam
perdoar as minhas falta e me proteger das armadilhas,
enganos e engodos desse mundo material. Eu peço perdão
agora, sinceramente, a todos os seres de luz. E agradeço do
fundo do meu coração a nova chance e oportunidade que
estão me dando. Obrigada. Esse testemunho é para a honra
e glória de tudo o que é sagrado, ao santo nome de Krishna,
Jesus Cristo,
Maria Santíssima, e ao querido e Raimundo Irineu Serra,
que é guia e guarda desse sagrado sacramento para a cura,
bênção e luz."

I - Início da Voltar ao sumário


Verdade.

Amados, desejo falar-Ihes sobre as virtudes da vontade, da


sensibilidade, da inteligência e da coragem. Também sobre
as capacidades inatas dos seres humanos da criatividade e da
imaginação. Como o professor Alberto Montalvão sempre
ensinou o ser humano é vontade, sensibilidade e inteligência.
E isso, eu posso lhes afirmar, é a mais pura verdade.
Quando observamos de perto o processo da vida e da
evolução da humanidade, percebemos que a intuição sempre
aponta a direção correta, o melhor caminho a seguir e traz a
solução perfeita para o problema que você está passando,
inclusive neste momento. Portanto, atentar à voz da intuição
é questão de sabedoria. E é através da sensibilidade que você
perceberá a intuição que fala dentro de si.
A razão não pode e não consegue alcançar a intuição, que
está em nós, mas situa-se além da lógica racional. Ela não
pertence ao mundo tridimensional, como a razão e os
pensamentos. Mas, uma vez que a intuição já tenha lhe
mostrado onde deve chegar, então é hora de você usar a
razão. Porque será através da razão que você irá planejar,
traçar os passos a serem dados para alcançar aquele ponto
que a intuição lhe mostrou. E é exatamente aí que você usará
muito as capacidades da criatividade e da imaginação,
inclusive para contornar obstáculos que possam surgir no
caminho. Na maioria das vezes, graças a sua criatividade, os
obstáculos serão transpassados com muita facilidade.
Uma vez que você já traçou os passos a serem dados, o
caminho a ser percorrido então, é chegado o momento da
vontade. A vontade fará você galgar os degraus que planejou
subir, caminhar passo a passo no caminho traçado, até
alcançar o objetivo que a intuição lhe mostrou. À vontade, a
sensibilidade e a inteligência são as três virtudes primordiais
que já nascem com todo.s os seres humanos, mas precisam
ser trabalhadas para se tornarem mais intensas.
Meu filho saiba que por ser filho de Deus você já nasceu
como Deus filho: imagem e semelhança do Deus pai. Sim,
todas as virtudes do Deus pai já se encontram como
sementinhas dentro de você, deus filho, mas é preciso
cultivá-las com afinco e determinação. Saiba que você já
nasceu destinado a toda forma de vitória, a toda forma de
sucesso. O Papai do Céu o ama muito e não abre mão de
nenhum de seus filhos, inclusive de você que me lê agora!
Você é mesmo o sal da terra e o Grande Espírito já o
considera como jóia rara do seu tesouro.
As virtudes que já se encontram dentro de você, meu filho,
não podem ser contadas pelos cabelos de sua cabeça ou
mesmo pelas estrelas do céu! Mas todas essas incontáveis
virtudes, latentes em você, só irão se manifestar a partir do
desenvolvimento das virtudes mater que já nasceram
contigo: vontade, sensibilidade e inteligência. Mas é
importante você saber que, dessas três virtudes em questão, a
da vontade é o apoio e até mesmo a base das outras duas.
Quando você deixa de ser "homem passividade" e passa a ser
"homem vontade", ocorre um aumento rápido e gradativo
das capacidades da sensibilidade e da inteligência.
De todos os seres vivos da Terra, o ser humano é o único
capaz de ter criatividade. Você sabia que, de todas as
criaturas já conhecidas deste planeta, o ser humano é a única
capaz de imaginar uma situação e prever os acontecimentos
resultantes? Maravilhoso, não é?
Você pode criar na sua mente uma determinada situação e
ver com clareza o resultado final do experimento, sem que
tenha de concretizar tal coisa no mundo da matéria. Se você
seguir pensamentos ilógicos, que fogem das leis da razão,
você entrará no campo das fantasias, estará canalizando mal
essa capacidade e a sua energia também. Mas a capacidade
da criatividade, se usada dentro das leis da razão, dentro do
conhecimento real adquirido em experiências passadas e em
estudos já realizados, vai fazer você encontrar a solução para
um determinado problema que pode estar vivendo neste
exato momento. E aí a canalização da energia será perfeita.
Abrir mão da sua capacidade de criar é negar a si mesmo e,
como conseqüência, sofrer com resultados que poderiam ser
facilmente evitados. Vou contar uma historinha que vai
elucidar muito bem o que afirmo:
Certa vez, um cachorrinho foi a um safári junto com seu
dono. O cãozinho, alegre e faceiro, se divertia muito
correndo atrás das mariposas e das libélulas. E, tal era a sua
alegria, não percebeu que se afastava cada vez mais do
acampamento e adentrava a área selvagem, já de caça.
Finalmente, quando o cãozinho percebeu que estava na
savana, campo aberto de caça, território 100% selvagem, já
se encontrava muito longe da segurança do acampamento do
safári.
Exatamente nesta hora, percebeu que uma grande pantera
vinha em sua direção e, claro, adivinhe só quem era o
almoço da pantera? O cachorrinho pensou: "Santo Cão, o
que faço agora? Eu posso correr. Mas certamente esta
pantera peralta vai me alcançar rapidamente. Afinal de
contas, ela alcançaria até um impala. Bom, então posso
brigar. Mas certamente ela me fará em pedaços. É muito
mais preparada que eu e sozinha vale por uma matilha
inteira".
Foi quando o cachorrinho, percebendo um punhado de ossos
ao seu lado, teve li ma idéia e a colocou em prática. Dando
as costas para a pantera, como se ainda não a tivesse visto,
começou a roer um daqueles ossos. Quando a pantera chegou
bem perto e deu uma pequena parada para preparar um bote
melhor, o cãozinho, fingindo ainda não ter visto a pantera,
ergueu a cabeça e disse exclamando: "Hummm... que delícia
essa pantera que eu acabei de comer!" A pantera, ouvindo
isso, levou um baita susto e saiu a correr, desesperada. Ainda
pensou: "Nossa, que cãozinho bravo! Quase me almoça!"
Mas o macaco, que tudo assistira, morrendo de inveja da
esperteza do cãozinho, correu gritando atrás da pantera:
"Dona pantera, então não percebe a grande peça que este
cachorrinho lhe pregou?" E contou tudinho para a pantera. A
pantera, enfurecida, disse: "Suba nas minhas costas, senhor
macaco. Irei até aquele cãozinho e agora vamos ver quem
come quem!"
Quando o cachorrinho avistou a pantera com o macaco nas
costas, correndo e bufando furiosa, logo entendeu o que
havia acontecido. "Mas, e agora, o que hei de fazer?",
pensou o cachorrinho. Então, mais uma vez, teve uma idéia e
a pôs em prática. Tornou a virar de costas como se ainda não
tivesse visto a pantera e continuou a roer aquele pedaço de
osso.
Quando a pantera, com o macaco nas costas, já estava bem
perto, o cachorrinho, ainda fingindo não saber da presença
da pantera, ergueu a cabeça e exclamou muito bravo:
"Maldito daquele macaco, já faz meia hora que ficou de me
trazer outra pantera para eu poder comer!" A pantera levou
um baita susto de novo e fugiu mais desesperada do que da
primeira vez, mas levando na boca o macaco morto.
Percebem, queridos, em momentos de crise só a imaginação
é melhor que o conhecimento! Esse cachorrinho, mesmo
com todo o medo que teve ao ver a enorme pantera, foi
corajoso e não se deixou abater. Mesmo com muito medo,
elaborou um plano através da sua criatividade e o colocou
em prática.
Portanto, saiba você que ser corajoso não é não ter medo. Ser
corajoso é prosseguir adiante apesar do medo que sente!
Ouça, meu filho, você pode ficar aí parado, arrumando
desculpas para os seus fracassos e desilusões ou avaliar com
muita atenção os ensinamentos que lhe passo. Por meio
deles, você descobrirá que também é capaz de vencer em
todos os sentidos e que na verdade já nasceu destinado à
iluminação. Mas o caminho é você quem escolhe!
Sei que às vezes você deve se perguntar: "Como é que
algumas pessoas foram mais longe do que outras e
conseguiram alcançar o êxito? Como foi que pessoas
aparentemente simples, que nasceram em uma família pobre
e muitas vezes cresceram segurando em um cabo de
guatambu da enxada carpindo pastos, tornaram-se ricas e
bem sucedidas na vida? E, às vezes, pessoas que já nasceram
em berço de ouro, tiveram o melhor estudo e ainda
receberam uma herança volumosa terminaram seus dias na
pobreza, pagando aluguel e muitas vezes trabalhando como
empregadas exatamente daqueles que cresceram carpindo
pastos?"
Muitas vezes, ouvi pessoas com mais de 50 anos dizerem
que já estavam velhas demais para mudar. Que triste ouvir
isso! Essas pessoas só envelheceram mesmo o corpo, em
espírito pouco cresceram. Elas ainda pensam presas no
tempo e no espaço. Algumas, racionalizando, dizem já
estarem velhas demais para mudar. Imagine, velhas demais
para mudar em relação a quê? Ora, um homem é quase
imortal, se comparado a um pé de alface! Mas, se for
comparado a uma montanha, será menos que um feto! Na
verdade, tais pessoas apenas demonstram o medo que têm
das mudanças; ou então uma enorme preguiça espiritual que,
aliás, resultará em grandes sofrimentos.
Saiba que o êxito está ao seu alcance e para isso não importa
a sua idade. Para atingir o êxito não existe idade
determinada. Idade, meu filho, só vale mesmo é para
aposentadoria! Vou contar uma história, que encontrei na
Internet, porém sem verificar sua autenticidade, mas que vai
elucidar muito bem as verdades que ensino:
Um senhor de 65 anos ainda trabalhava como vendedor em
seu carrinho de lanches. Passou praticamente sua vida adulta
inteira vendendo cachorros-quentes e outros lanches.
Contudo, ele sempre criava novos tipos de lanches e devido
a isso foi muito criticado pelos outros vendedores. "Você é
louco", diziam, "fica perdendo seu tempo criando coisas que
não dão certo. Contente-se em fazer o cachorro quente que
todos nós fazemos!" Outros ainda escarneciam dele: "Ele
gosta de ser diferente gente!" E riam. O velhinho nunca lhes
deu ouvidos e jamais desanimou. Continuou a criar novos
lanches e também a vender os tradicionais.
Certa vez vendeu o ponto com o carrinho de lanches e
alugou uma garagem, onde finalmente abriu sua lanchonete.
Ele sonhou com essa lanchonete por mais de 40 anos! Um
ano depois, ele havia comprado o imóvel e não pagava mais
aluguel além de ter aberto uma lanchonete filial no bairro
vizinho. Agora eu vou lhes dizer o nome desse senhor
admirável que nunca desistiu e jamais se abateu: o nome dele
é Richard McDonald!
Você pode alegar que quem atingiu o êxito já possuía um
talento nato. Mas, então, eu lhe pergunto: por que tanta gente
talentosa não sai do lugar, não progride na vida? Eu mesmo
conheci um jovem que possui um talento excepcional para
pintura, mas vive nas ruas como hippie, fazendo pulseirinhas
e anéis para sobreviver. Por fim, acabou por se acomodar em
uma dessas religiões que possuem comunidades alternativa,
aguardando vencer os seus dias na Terra. Existem excelentes
comunidades alternativas nas quais todos trabalham muito e
possuem, um objetivo comum, mas comunidades sérias não
aceitam pessoas que apenas procuram um barranco
morrerem encostadas. Então, talento não é a resposta! O
talento por si só não leva ao êxito.
Você pode alegar que o esforço irá coroá-lo com o êxito.
Mas, então, eu lhe pergunto: como é que tem tanta gente que
trabalha pesado, dá duro na vida, trabalha aos domingos e
feriados, dorme pouco, mas não sai do lugar? Como negar a
grande determinação, a persistência e o esforço de um
homem que puxa uma carroça nas ruas recolhendo papelão,
latinhas e plásticos o dia inteiro, mas ganha quatrocentos
reais por mês? Eu conheci um homem que trabalhava como
pedreiro, o nome dele é Sr. Gregório. Ele foi uma das
pessoas mais esforçadas que eu já vi na vida, gostava mesmo
de pegar no pesado. Mas já estava com 60 anos quando
consegui finalmente ter a sua própria casa.
Então, o esforço não é a resposta. O esforço por si só não o
leva ao êxito. Você pode alegar que a educação leva ao
êxito. Mas eu lhe pergunto: como é que alguns analfabetos
conseguiram revolucionar um país e alguns semi-analfabetos
revolucionaram o planeta? Desejo lembrar a você que o Sr
Lula, presidente da república, não tem formação superior.
Temogim, por exemplo, escravo e analfabeto, liderou uma
rebelião reunindo outros escravos, recebeu o nome de
Gengiskam e conquistou o maior império em extensão de
terras que se tem registro na história da humanidade. O
impacto que ele causou no mundo foi tão grande que até
hoje, na Mongólia, o primeiro leite do dia retirado das éguas
é ofertado a ele.
Uma das maiores fortunas da Inglaterra foi formada por um
vendedor de charutos e tabaco para cachimbo, que só
aprendeu a ler depois de se tornar milionário. O interessante
é que ele era sacristão de uma igreja católica desde a
adolescência. A história é a seguinte:
Um padre morreu e foi substituído por outro bem mais
jovem. Este, ao tomar ciência de que o sacristão era
analfabeto, deu-lhe um dinheiro e o mandou embora.
Revoltado, o sacristão decidiu, em um ato de rebeldia, fumar
um charuto sem se importar com que outras pessoas da igreja
poderiam falar. "Que se dane a igreja!", disse consigo
próprio. Foi quando ele percebeu como era difícil encontrar
um comércio que vendesse charutos naquela cidade.
Percebeu que havia pouquíssimas tabacarias, todas muito
precárias.
Ele havia recebido dinheiro do novo padre e conhecia bem
os fiscais locais, pois eles freqüentavam a igreja onde ele
ainda ontem era sacristão. Então, pensou: "O dinheiro que
tenho dá para uma pequena tabacaria e os fiscais são meus
amigos, certamente vão me dar à licença necessária". Dito e
feito ele conseguiu a licença, comprou uma dessas casinhas
para banca de jornal e montou sua tabacaria em um parque
do centro. O antigo sacristão zelou muito pela sua tabacaria,
para que ela tivesse apenas charutos de boa qualidade, como
os que o antigo padre fumava. Zelou muito também pelo
tabaco para cachimbo e se aprofundou nesse ramo.
O sucesso de seu empreendimento foi tanto que, um ano
depois, ele já havia alugado um salão comercial e montado
uma tabacaria de grande porte. E só para resumir: em 15
anos, possuía uma rede de tabacarias de grande porte
espalhadas por vários países da Europa e já era um dos
milionários de destaque.
Certa vez, uma repórter, ao fazer uma matéria com o antigo
sacristão, descobriu que ele não sabia ler ou escrever e disse,
muito admirada: "Se sem saber ler o senhor se tornou tudo
isso, imagine então o que o senhor seria se soubesse ler!" E o
milionário respondeu: "Seria um sacristão!".
Então, a educação também não é a resposta. A educação por
si só não o leva ao êxito. Você pode alegar, ainda, que a
inteligência leva ao êxito. Mas eu lhe pergunto: como é que,
mesmo hoje em dia, tantas pessoas brilhantes e geniais estão
desempregadas, vivendo uma clara situação de fracasso?
Recordo bem o caso de um engenheiro que após os 40 anos
foi despedido e, por dois anos, não conseguiu emprego em
lugar nenhum. Revoltado, arrumou um emprego de lixeiro
em Itu só para chamar a imprensa e mostrar aos brasileiros
como é que termina uma mente brilhante quando fica velha
aqui no Brasil. É fato comprovado que, em geral, as grandes
mentes geniais passam a vida trabalhando como empregados
muitas vezes de patrões não tão geniais!
Assim, a inteligência não é a resposta. A inteligência
por si só não o leva ao êxito. Mas, então, o que separa os
homens que atingirão o êxito dos homens que nada
conseguiram? Eu lhes afirmo que o êxito e o fracasso se
separam por apenas uma linha tênue como um fio de cabelo.
O êxito está ao alcance de todos, inclusive ao seu. Sócrates
sempre ensinou que suas crenças determinam sua realidade e
Platão dizia que toda grande jornada se inicia com o primeiro
passo. Aristóteles ensina que a autodisciplina dos seus atos e
pensamentos resulta em um você melhor.
Sêneca, um filósofo da época do império romano, sempre
apregoou que, se um homem não sabe para onde se dirige,
nenhum porto lhe será favorável. Alberto Montalvão e o Dr.
Celso Charuri sempre ensinaram que o homem é apenas o
reflexo de seus pensamentos.
Todas as grandes mentes sempre chegaram à conclusão de
que o homem molda o seu destino. Você é hoje o resultado
de ontem. E o seu amanhã será o resultado de hoje. Ensino
com mais simplicidade: o homem colhe hoje os frutos das
sementes que plantou ainda ontem. E o seu amanhã será a
colheita das sementes que você plantou hoje. Olhe, irmão,
existe a motivação e o incentivo. Ambos são bem diferentes!
O mundo, por si só, já lhe dão o incentivo, que são todas as
condições necessárias para você alcançar o êxito. A mãe
Terra já lhe deu todas as condições necessárias para você
superar as necessidades primárias, corp.o comer, vestir e
morar. Isso já é um incentivo. E ainda há o incentivo das
novas oportunidades, o incentivo de ter lima família e muitos
outros. Mas o incentivo só é útil a pessoas já motivadas!
Entendeu, meu filho? Vou repetir: o incentivo só é útil a
pessoas já motivadas! Ficar aguardando mudanças para
começar colocar seus planos em prática é um grande erro. O
grande homem está sempre em movimento. Ele sabe bem o
que quer, sabe onde quer chegar, tem seu objetivo sempre
em mente. Seu deleite é pensar no resultado que terá com a
realização do seu objetivo. Ele respira o próprio objetivo, ele
se alimenta dele. E todos os seus passos são em direção à
realização desse objetivo.
O grande homem não fica aguardando as mudanças
acontecerem, mas parte para a luta e provoca o
acontecimento das mudanças. Ele persegue o objetivo
traçado, determinado a não se deixar abater. Uma pessoa
assim sabe que de nada valem as palavras e que, elas,
sozinhas, não trazem o êxito. Intuitivamente, sabe que
inteligente não é quem muito sabe, mas sim quem sempre
põe em prática o pouco que sabe. Vou repetir: inteligente
não é quem muito sabe, mas sim quem não deixa de colocar
em prática o pouco que sabe.
O modo que você se posiciona em relação à vida faz a total
diferença. Esta é a motivação que lhe trará o êxito! Talento,
persistência, educação, inteligência e incentivo, unidos pelo
catalisador da coragem e somados à ação lhe trarão o êxito.
Saiba que você sempre receberá da vida exatamente aquilo
que você deu. A natureza sempre favoreceu a forte, basta
você observar a história para descobrir isso.
Aos olhos da natureza, a passividade é o pior dos vícios e a
vontade é a maior das virtudes. Vou reproduzir um discurso
de um professor muito querido por mim. Também esclareço
que o exemplo dado por este professor é uma das forças que
me guiam.
Penso logo existo? Não!
Penso, logo estou, porque para ser é preciso fazer, uma vez
que o homem é julgado a pelas suas obras, por aquilo que
faz.Você é quem monta sua pedra filosofa!. Viva o resultado
já no início do processo, porque o conhecimento é gerador
de felicidade.
Portanto, crie espaço para elaborar conhecimento, para que
surja o néctar, surja a energia resultante que faz de você um
ser diferenciado. Esta energia, além de motivar você a
caminhar mais, explica a esperança, diz que vale a pena.
Ela conta segredos a você, traz segredos a você, dá a você a
serenidade, que caracteriza o estado de paz.
Sentir esse prazer é importante, porque ele é a emanação do
que alimenta você e a sua vida. Saiba que sempre é possível
algo mais paia você aumentar a sua verdade. "Quem crê em
mim faz as obras que eu faço".
(Dr.Celso Charuri, 20 de novembro de 1981).
Obs: Dr.Celso, meu querido professor iluminado, eu
acreditei no senhor e minhas obras testificam o quanto.
Estamos entrando em uma nova era: o terceiro milênio já se
faz presente e trará uma série de mudanças na humanidade.
Não me refiro a mudanças geológicas (que também
acontecerão num tempo não tão distante), mas a um
reaprendizado de conceitos por toda humanidade, que
resultará na queda das antigas verdades efêmeras. Serão
mudanças necessárias para que a humanidade possa adentrar
as verdades absolutas.
Para esta nova era, aquele que não estiver preparado para o
reaprendizado não sobreviverá. Tenha por certo, meu filho,
que a argamassa da reconstrução da humanidade será o
planejamento, a criatividade, a expressividade e a ação. Mais
do que nunca, a tecnologia se faz presente em nosso dia-a-
dia. Portanto, aquele que fechar os olhos para as novas metas
e não acreditar, reaprender, planejar, criar e agir, não
conseguirá conciliar talento com tecnologia. Tampouco
entenderá que, para ser triunfante na vida, há de se ter fé e
esperança, força de vontade e energia, dedicação e firmeza
de propósito para o novo milênio.
Os tempos estão mudando e você precisa mudar também.
Abrir seus horizontes, pensar grande, sonhar grandes sonhos
e se empenhar em grandes esforços. Acaso você já ouviu
falar de Alexandre, o Pequeno? Claro que não, ouviu falar
foi de Alexandre, o Grande! Certa vez alguém disse que
grandes mentes discutem idéias; mentes medianas discutem
eventos e fatos; e mentes pequenas discutem pessoas.
E eu digo que grandes almas põem em prática as idéias que
têm; almas medianas planejam praticar os eventos e repetir
fatos; e almas pequenas invejam as pessoas que já puseram
suas próprias idéias em prática.
Muito perde quem perdeu dinheiro. Mas isso se remedia.
Muito mais perde quem perdeu um amigo. Mas o tempo
sempre traz a reconciliação. Entretanto, tudo se perde
quando se abandona a fé. É aí que a coisa se complica muito!
Existem muitas formas de se afastar da fé verdadeira. Uma
delas é viver na fé cega e. ficar defendendo uma verdade
efêmera ao invés de viver na verdade absoluta. Veja o
exemplo de um homem que diz ter fé, mas se refugia na
ilusão da cachaça, da maconha e de outras drogas: Onde está
a fé que ele diz possuir? Não há! Onde está "sua
espiritualidade e fé, quando ele se anestesia fugindo da força,
quando pita maconha na ilusão de que está apenas
consagrando santa maria? Também não há!
Não adianta ficar falando aos outros que você é um homem
de fé, meu filho! Somente suas ações e obras irão atestar sua
fé. Onde está a razão científica, a espiritualidade e a fé das
pessoas que muitas vezes conquistaram um diploma de
faculdade, às vezes ostentam o título de doutoras, mas
chamam drogas de psicoativo, tentando criar a ilusão de que
a ayahuasca e as drogas estão no mesmo patamar? Elas
desprezam, inclusive, que a ciência que provou que a
ayahuasca não se enquadra nas drogas e a liberou no Brasil e
em vários outros países é a mesma ciência que demonstrou
cientificamente que a maconha é uma droga viciante,
perigosa e responsável por lesões no cérebro humano com
apenas um ano de uso.
Onde está a razão científica, a espiritualidade e a fé desses
doutores que se dizem científicos, mas desprezam as
próprias comprovações científicas, apenas porque desejam,
irresponsavelmente, a liberação da maconha? Nem ao menos
levam em conta os danos que causarão nos filhos desta
nação! Não há razão científica nesses pseudodoutores, pois
eles desprezam as constatações da ciência, que é impessoal,
permanecendo no "achismo", que é totalmente pessoal. Não
há espiritualidade nesses doutores que não se importam com
as conseqüências do "achismo" dissimulado que pregam.
Acham-se grandes por ostentarem diplomas e títulos, os
quais qualquer pessoa comum pode ter se conseguir
simplesmente pagar uma faculdade. Mas se dizendo
científicos desprezam as comprovações científicas sobre as
drogas como a maconha, quando o vício que os domina está
em jogo.
É claro que ter ensino superior é de vital importância para a
formação de uma mente cientificamente esclarecida em fatos
e não em "achismo" e conveniências. Tanto sei disso que
custeio a faculdade para um grande número de pessoas que
não tiveram pais que pudessem arcar com essa despesa para
o bem da formação de seus filhos. Minhas palavras de agora
sobre esses doutorandos do "achismo" que incentivam uso
das drogas foram pesadas, mas são verdadeiras e tenho as
pesquisas científicas mais recentes sobre as drogas e a
maconha, que confirmam tudo que digo. Mas, para você que
ainda não está bem certo do que é a maconha, reflita agora:
ayahuasca eu indico aos meus filhos; Deus eu indico aos
meus filhos. Mas maconha e cocaína você indicaria aos seus
filhos?
Nós vivemos em uma comunidade e isto nos impõe algumas
responsabilidades que vão além do livre arbítrio. Como se
comportar ao ver as atitudes erradas e até destrutivas de
algumas pessoas? Você deve repreendê-las ou se calar? Se
decidir repreender, estará julgando? Então como agir, como
se comportar diante de uma situação dessas?
Preste bem atenção, meu filho: o simples fato de você viver
em uma sociedade já demonstra que você deve trabalhar pela
felicidade e pelo êxito de todos, pois felicidade só existe no
âmbito coletivo, e nunca no individual.
As atitudes de um indivíduo ou de um grupo podem, às
vezes, ser muito nefastas e prejudiciais para toda a
sociedade! Não é proibido ver o mal quando ele existe.
Contudo, às vezes esse mal prejudicará apenas seu malfeitor.
Mas e, em outros casos, quando o mal observado atingirá
outras pessoas e não apenas o seu malfeitor? Esta questão é
muito delicada e precisamos recorrer à caridade bem
compreendida. Primeiro, esteja certo de que sua intenção não
é apenas denegrir, pois isso é coisa que não provém da luz.
Depois, veja se o mal observado afeta somente o seu
malfeitor. Pois, se for este o caso, não haverá necessidade
alguma de tornar o fato público, pois isso resultaria somente
em desmérito e desabono.Agora, se o mal observado pode se
estender à sociedade, afetando inclusive pessoas inocentes e
ingênuas, não seja omisso e tome uma atitude. É sábio optar
pelo sacrifício de um homem para poupar o sacrifício de uma
casa. É sábio optar pelo sacrifício de uma casa para poupar o
sacrifício de um bairro inteiro. É sábio optar pelo sacrifício
de um bairro para poupar o sacrifício de toda a aldeia. E
optar pelo sacrifício de uma aldeia para poupar o sacrifício
de uma nação. As necessidades de muitos suplantam as
necessidades de um.
Conforme a circunstância, desmascarar a hipocrisia e a
mentira pode ser um dever. É melhor que um homem ou um
só grupo caia, do que muitos outros homens e grupos serem
enganados e tornarem-se vítimas ou prisioneiros desse mal.
Quero lembrar que nas leis espirituais não existe a omissão,
existe apenas a conivência. Aquele que viu o mal e nada fez
contra ele foi conivente com o mal. Porque, na pior das
hipóteses, era possível ao menos alertar os outros.
Como bem sabem, eu e minha amada esposa Genecilda (já
falecida), sempre combatemos, com muita avidez e força, o
uso das drogas principalmente dentro dos rituais do SANTO
DAIME, como no caso do Cefluris, fundado pelo padrinho
Sebastião Mota de MeIo e deixado aos cuidados de seu filho
Alfredo Gregório. Graças aos rituais xamânicos sérios, com
ayahuasca ou daime, em dois anos apenas, aqui no Céu
Nossa Senhora da Conceição (CNSC) foram recuperados por
completo, aproximadamente, mais de 7.500 dependentes
químicos.
Quando comecei minha jornada dentro do daime, percebi
que as igrejas do SANTO DAIME vindas do padrinho
Sebastião de Mota Melo, conhecidas como Centro Eclético
da Fluente Luz Universal Raimundo Irineu Serra, ou
simplesmente Cefluris, eram o falso SANTO DAIME, pois
usavam muitas drogas nos trabalhos de daime.
Principalmente quando fabricavam o daime, que é a
ayahuasca, eles pitavam muita maconha o dia inteiro e às
vezes até usavam outras drogas. Isso realmente me chateou.
Eu vi isso acontecer e muitas pessoas, que já foram do
Cefluris e hoje pertencem CNSC, também viram.
Por outro lado, foi, muito bom testemunhar tais insanidades
cometidas por aqueles lesados pela maconha, pois isto
esclareceu o motivo da presença de tanta gente de curta
compreensão, tanta gente em crise familiar e financeira, tanta
gente desempregada, pessoas rudes e mal educadas, pessoas
casadas três, quatro vezes e ainda vivendo mal em casa, tanta
gente se achando cheia de sabedoria, se julgando um
exemplo de vida.
Certa vez, no Céu de Maria, eu vi um homem de uns 45
anos, vestindo um terno branco, pitando um charuto de
maconha e dizendo com muita pose a um grupo de
adolescentes iniciantes: "Olhem que absurdo, dizem que a
santa maria faz mal. Olhem para mim, eu pito há 15 anos e
vejam como estou bem!" Este homem tentava passar uma
imagem de grandeza para aqueles jovens principiantes. Ele
fazia até as poses dos atores das propagandas de cigarro na
TV. Tentava mesmo passar uma imagem de grandeza e
perfeição. Pouco tempo depois fiquei sabendo que aquele
homem pomposo, na vida real, estava com a água e a luz
cortada por falta de pagamento. Acho que já por isso ele se
drogava tanto. Pois, drogadas, as pessoas se iludem, pensam
que são grandes, caridosos e um exemplo de vida,
esquecendo por algumas horas a merda em que vivem. Se o
leitor acha que estou sendo radical, eu lhe pergunto com
clareza: você já observou de perto as pessoas viciadas em
drogas há mais de dois anos, o exemplo de vida que elas
dão, como agem e como se comportam? Então, gostaria que
seu filho fosse como elas?
Conheci um homem que falava fluentemente três idiomas e
sempre se vangloriava dizendo ser um velho espírito,
possuidor de grande sabedoria, detentor dos mais vastos
conhecimentos. Inquiri um pouco o tal homem, com muita
sutileza, e ele foi soltando a língua. O dito espírito velho e
sábio tem é um péssimo testemunho de vida e vive na mais
pura cegueira do ego. Mora de favor em uma pequena casa
de fundos e está desempregado a oito anos. É cheio de tudo
saber, de tudo conhecer, mas na prática é uma sanguessuga
que não tem ânimo sequer para vender cachorro-quente. Sua
família sobrevive do salário que a esposa ganha e da
caridade alheia, que ajuda os filhos que ele tem. Gente assim
termina sozinha, abandonada inclusive pelos filhos. Também
conheci um outro rapaz apenas pela Internet, que vive num
ego enorme, se achando grande. Segue os mesmos passos
profanos do padrinho Sebastião e através da Internet
incentiva mesmo as pessoas a usarem drogas. Mas que só
sobrevive queimando o que resta da herança deixada pelo
avô, já que é apenas um viciado e nem trabalhar sabe.
Fiquei estarrecido ao ver justamente padrinhos, madrinhas e
fiscais, pitando maconha com o nome de santa maria.
Algumas vezes, eu mesmo cheguei a observar pessoas
usando também a cocaína, a qual eles chamam de santa
clara. Alguns, inclusive, punham a cocaína na maconha para
deixar o pito mais forte. Essas pessoas nem sequer conhecem
a diferença marcante entre plantas medicinais, plantas de
poder e plantas de poder professoras. Mas também, pelo que
percebi, a maioria delas não está em busca de verdades. Elas
apenas encontraram, nas mentiras ilusórias do padrinho
Sebastião Mota de melo e no Cefluris, uma desculpa para se
manterem no mundo da ilusão das drogas e dos vícios.
Deixo aqui registrado que em diversos rituais do SANTO
DAIME do Cefluris, presenciei jovens menores de idade se
drogando muito. De manhã cedinho, dando carona a alguns
deles, percebi que eles já estavam em depressão.
Entristecido, eu pensava: "Será que os pais desses menores
sabem que eles passaram a noite toda se drogando?"
Eu gostaria muito que o padrinho Alfredo Gregório, filho do
padrinho Sebastião, fundador do Cefluris, me mostrasse
onde na Constituição está escrito que é permitido pitar
maconha com daime!? Será que vocês, Alfredo e padrinhos
do Cefluris sabem de fato o grande mal que estão causando a
tantas pessoas, quando as deixam viciadas nas drogas,
apenas porque elas seguem suas mentiras sobre a santa
maria? Puxa vida, ayahuasca é libertação, faz uma conexão
entre a mente e o coração. Ela é para o ser humano o que o
microscópio é para a biologia. Um ritual com ayahuasca,
desde que revestido de toda seriedade e respeito, resulta em
crescimento espiritual e em muita disciplina. Mas a droga é
uma droga! São medicamentos usados da forma errada, que
vão resultar em vício e prejuízo espiritual. .
O padrinho Sebastião, fundador do Cefluris, pitava muita
maconha com pasta base de cocaína, também usava
cogumelo e até caiçuma tomava com o daime. Há muitos
comentários dentro do SANTO DAIME que dizem que ele
teria morrido por overdose de drogas. Também existem
livros relatando esses pontos negros do padrinho Sebastião,
que o Cefluris pratica até hoje. Vejam o que disse a
escritora Alicia Castilla no livro "SANTO DAIME -
Fanatismo e Lavagem Cerebral";
SEBASTIÃO MOTA DE MELO (Padrinho Sebastião)
Falava sem parar, abordando qualquer assunto, mudando
para outros, de forma caótica, porém cativante. Alguma
coisa, que eu não entendia, me deixava de orelha em pé. A
imagem que eu tinha de como deveriam ser os homens
sábios era mais silenciosa. Imaginava que quem atingisse
determinado grau de conhecimento atingiria também
equilíbrio interno. Várias vezes ele me surpreendeu com
afirmações a respeito da doutrina espírita que, na hora,
criaram grande impacto na minha consciência. Quando
mais tarde fui conferir, veio à decepção: as afirmações do
padrinho não passavam de equívocos. Seu carisma e seu
magnetismo eram tão intensos, que outorgavam ao maior
disparate uma aura de credibilidade.Perguntava a mim
mesma por que ele não ficava calado, quando não tinha
certeza sobre o assunto, em vez de
jogar conversa fora.
Já naquele tempo sabia que ele pitava -
fumava maconha - com muita
freqüência e até algumas vezes pitei com
ele. Anos mais tarde soube que os pitos
que ele preferia eram os
"incrementados", ou seja, misturados
com pasta-base de cocaína.
Outra questão polêmica era sua saúde: o padrinho vivia
doente. No meu entendimento, a doença é sinal de
desequilíbrio. Os hinos sustentavam a mesma idéia.
Acreditava que, tomando daime, chagaria a um padrão de
compreensão, onde transcenderia a doença. O padrinho
tomava daime há décadas! Era esse estágio que eu poderia
almejar após anos de daime, hinários, vômitos e sacrifícios?
E não era só ele: outras pessoas que chegavam da Amazônia
apresentavam desequilíbrios evidentes de personalidade.
Não só falavam compulsoriamente, como também comiam
de forma caótica e davam palpites a respeito de tudo. Eles
pareciam intuir a falta que fazia para essa turma de
alternativos a figura do contador de histórias e tentavam
ocupar esse espaço como quem tenta vestir um sapato três
números a mais do que calça.
Assim, de mansinho, os "padrinhos" começaram o exercício
do "paternalismo benevolente", mais pela carência de
figuras carismáticas no universo dos adeptos do daime do
que por mérito próprio. O Alex, em seu hinário, tem um hino
de louvação ao padrinho Sebastião, que diz:
"Padrinho é Bastião
Padrinho em todo lugar".
Achei "puxa-saquismo" institucionalizado. Culto à
personalidade misturado a lavagem cerebral. Na hora desse
hino, eu não cantava. Perguntava-me até que ponto isso
formava parte de um plano maior. Os questionamentos me
torturavam cada vez mais. Enquanto o daime como elemento
expansor da consciência mostrava cada vez mais que se
tratava de um caminho válido, as atitudes das pessoas
indicavam perigo. Perigo de se perder a autonomia do
pensamento, de se robotizar, de virar embuche. As mulheres
passaram a se vestir da mesma forma que as mulheres
acreanas, sem levar em consideração as diferenças
climáticas. Assim, com o frio de Mauá, que no inverno chega
a zero grau, as mulheres do Céu da Montanha usavam saias
compridas feitas de panos leves, próprias para o calor
amazônico. Com os homens acontecia o mesmo fenômeno.
Começaram a falar com sotaque acreano e a conjugar os
verbos propositalmente de forma errada: "nós vai", "nós
planta".
Para poder administrar sentimentos tão opostos, como a
vontade de tomar daime - o que aumentava cada vez mais a
expansão da consciência - e a rejeição que sentia pelas
atitudes de fanatismo e descontrole, tomei uma atitude que,
na hora, parecia ser a mais correta do ponto de vista ético:
não teria nenhum tipo de envolvimento com as pessoas que
freqüentavam os trabalhos. E mais: seria a última a chegar
e a primeira a sair.
Em 1989 a rede Manchete de televisão levou ao ar um
documentário gravado na Amazônia sobre o SANTO
DAIME. A proposta dos realizadores do programa parecia
sincera. Tentaram fazer um trabalho de esclarecimento para
a opinião pública sobre essa bebida que ganhava, a cada
dia, mais adeptos entre os artistas e pessoas famosas.
Um dos blocos do programa era sobre o padrinho sebastião.
Ele falava com jeito esquisito: me pareceu drogado, estava
por demais empolgado. De repente soltou a seguinte
afirmação: "Os médicos, se quiserem aprender a curar, vão
ter que vir até aqui, cagar e comer o que cagaram para
depois começar seu aprendizado".
No bloco seguinte, dona Peregrina Gomes Serra, viúva do
mestre lrineu e chefe da igreja que ele fundou, afirmava de
forma veemente: "O padrinho sebastião e seus seguidores
são todos maconheiros".
Nesse momento resolvi parar de cantar o hinário do
Sebastião e redobrar a atenção. O que tinha começado
como um pequeno grupo de bebedores de daime em Mauá,
estava virando uma organização de porte nacional. O
padrinho pregava a vida em comunidades e a necessidade
de reavaliar os padrões de consumo. Esse discurso já tinha
encantado a geração anterior, nos tempos do movimento
hippie. Morar entre amigos, serem todos iguais é um sonho
que a humanidade acalenta há milênios. Mas John Lennon
já tinha avisado: "O sonho acabou".
Beber a ayauhasca com freqüência leva a atenção para os
mundos internos, desestimula a luta na realidade externa.
Assisti com preocupação à transformação do céu do Mapiá
(comunidade daimista na floresta amazônica) numa espécie
"Meca alucinógena". Muitos iam e não voltavam. Os poucos
que retomavam, às vezes traziam informações preocupantes.
Em janeiro de 1990 morre o padrinho sebastião. Outro líder
da mesma geração, Bagwam Shree Rajneesh, que também
trabalhou pela expansão da consciência, porém conseguida
através das práticas já citadas, como meditação, repetição
de sons e movimentos ritmados, desencarnou no mesmo dia.
Para muitas pessoas a perda foi dupla. Ele também tinha
pregado a vida em comunidades e o abandono do mundo da
ilusão. A principal diferença residia no fato de Rajneesh ter
acumulado uma enorme fortuna.
Em respeito à verdade devo afirmar que, apesar de ter-se
envolvido diversas vezes com a policia, em questões que
nunca foram devidamente esclarecidas, de ter contribuído e
apoiado o trabalho de lavagem cerebral que muitos adeptos
sofreram e de ter incentivado o uso de outras substâncias
junto com a ayauhasca, sebastião mota manteve as rédeas
da seita. Os piores exageros foram cometidos j1rlos seus
seguidores, ap.ós sua morte.
Os "pastores alucinógenos" que o sucederam criaram
também o mito do padrinho sebastião, atribuindo-lhe uma
condição de messias. Esse objetivo aparece bem evidente no
livro de Alex Polari O Guia da Floresta. A partir de 1992,
observei nas igrejas daimistas das cidades do Rio de Janeiro
e de São Paulo a ascensão do sebastião mota de meIo à
condição de "homem santo". Seu retrato, vendido aos fieis,
que o colocam num ponto nobre da sua residência, faz
lembrar a tradição do padrinho Cícero em Juazeiro do
Norte.
Na tradição xamânica não existe o conceito de padrinho.
Existe o de mestre e o de aprendiz. Quem quiser se tornar
um xamã deverá aprender com alguém, e para isto é
preciso, primeiro, resolver sua própria história, trabalhar
sua própria cura. Chegando lá, começa a andar sobre seus
próprios pés. O novo xamã tem por seu mestre respeito e
consideração. A condição de padrinho imposta no Cefluris é
sinônimo de dependência psicológica, Os integrantes da
seita pedem a bênção, beijando a mão dos padrinhos.
Quem atinge o grau de padrinho fica acima do bem e do
mal. Não pode ser questionado nem criticado. Desta forma,
cometem-se os mais variados tipos de abusos e atropelos
para com os apadrinhados, e estes, aceitando, demonstram
assim sua submissão à doutrina. O crescimento das seitas já
cria preocupação em outros países. As lideranças sectárias
são, sem dúvida alguma, mais perigosas que as ideológicas
ou políticas.
O padrinho sebastião conheceu o daime através do mestre
lrineu, na cidade de Rio Branco. Após a morte do mestre, em
1971, houve diversas brigas entre os seguidores por causa
da liderança. A igreja naquela época funcionava com o
nome de Ceflu (Centro Eclético Fluente da Luz Universal).
Como conseqüência das brigas do mota - assim ele é
chamado em Rio Branco - com outras pessoas que
disputavam a liderança, ele se retirou, seguido por um
grupo, e instalou-se num local próximo à cidade, cujos
terrenos valiam cinco mil cruzeiros cada um. Daí a origem
do nome "Colônia 5000", primeira comunidade que sediou à
igreja fundada por ele, registrada com o nome de Cefluris
(Centro Eclético Fluente da Luz Universal Raimundo Irineu
Serra). .
De acordo com o que a viúva do mestre Irineu manifestou no
programa levado ao ar pela rede Manchete de televisão,
assim como a versão dada por muitos outros daimistas, o
que motivou o racha propiciado pelo mota foi a inclusão da
maconha nos rituais, como planta sagrada, sob o nome de
santa maria e a pasta-base de cocaína, denominada
"mescla". '"
Em Rio Branco, conheci contemporâneos do mestre. Irineu
e, portanto, do sebastião mota de meIo. Apesar de haver
enormes desavenças entre todos eles, há um ponto em
comum: todos têm histórias a contar sobre as vezes que ele
foi preso por causa de drogas e outras questões de moral
duvidosa.
Essas pessoas, em Rio Branco, me perguntavam se é
verdade que no sul do país o mota é chamado de padrinho
ou se era algo que acontecia só nos livros de Alex Polari.
Ante a minha confirmação, eles manifestavam espanto. A
Colônia 5000 é considerada, naquela cidade, como um
"buraco negro", a vergonha da cultura dai mista".
Durante o tempo que fiquei em Rio Branco fui
continuamente procurada por pessoas das mais diversas
origens, que por motivos também diversos fizeram questão
de me relatar fatos gravíssimos acontecidos no âmbito do
Cefluris.
Embora não fosse minha intenção checar a veracidade
desses depoimentos, todos eles apresentavam coerência e
semelhança com casos que eu já conhecia. O sebastião mota
de melo morreu na véspera do dia de São Sebastião no ano
de 1990, enquanto era cantado o hinário dele na igreja de
Pedra de Guaratiba, no Rio de Janeiro, fundada pelo seu
seguidor de doutrina e drogas Marcos Imperial. Naquele
tempo, motivada por questões éticas, eu não participava dos
trabalhos nos quais se cantava o hinário dele ou o do Alex
Polari, porque me recusava a aceitar os assuntos referidos a
"se humilhar", "aceitar os castigos de Deus" e outros
semelhantes.
Na data mencionada -19 de janeiro de 1990 - o filho do
mota, alfredo Gregório (atual presidente do cefluris e
conhecido como padrinho alfredo), encontrava-se em Mauá
para comandar uma série de trabalhos. Devido ao fato de
ele ser uma pessoa carismática, com talento musical e
conhecimento de "comando" dos trabalhos, resolvi abrir
uma exceção. Compareci ao evento junto com minha filha.
Quando o trabalho estava no fim, exatamente no último
hino, chegou um carro procedente do Rio de Janeiro
trazendo a noticia da morte do padrinho. A Verônica ouviu
Alex dizer ao Alfredo: "O velho fez a passagem". Segundo
ela, alfredo girou sobre si mesmo dizendo: "O marcos
imperial (chefe da igreja de Pedra de Guaratiba) vai ter que
explicar essa história". .
Nos dias seguintes, movida por curiosidade, perguntei a
várias pessoas qual foi a causa mortis do padrinho. Dava
para perceber certo mal-estar por causa da pergunta. A
resposta foi infarto fulminante, quando estava no banheiro,
e, segundo as mesmas fontes, ele teria morrido se segurando
no porta-toalhas.
(Extraído do livro SANTO DAIME - Fanatismo e Lavagem
Cerebral, Cap.8 pág. 111, de Alicia Castilla)
É importante salientar que a Alicia Castilla é ferrenha
defensora da maconha. (contudo, os registros deixados por
ela nesse livro sobre o padrinho sebastião mota de meIo e o
Cefluris é que são importantes, pois provam que eles sempre
disseminaram o vício das drogas, conforme afirmo hoje.
Agora, imaginem só o tamanho da hipocrisia do SANTO
DAIME do Cefluris e seus integrantes quando negam a
todos o fato de que lá eles se drogam?
II A viagem ao Acre Voltar ao sumário

Desde quando comecei a escrever esse livro, narrar os fatos


acontecidos por anos. e que claramente demonstram a
mácula dentro do SANTO DAIME que tem sido o Cefluris e
a traição do padrinho Sebastião contra o mestre Irineu, que
percebi em, minhas reflexões diárias a necessidade de expor
depoimentos de pessoas que viveram por anos com o mestre
no Alto Santo, a instituição fundada por ele em Rio Branco,
no Acre. Eu era muito menino quando o mestre Irineu fez a
passagem, ou seja, quando ele faleceu. Então não tive a
oportunidade de conviver fisicamente com o mestre Irineu,
embora espiritualmente o conheça muito bem. Não minto,
porém milhares de pessoas que nunca sequer ouviram falar
de mim estarão agora lendo uma denúncia aberta sobre as
falsas igrejas que se dizem daimistas, mas não o são. Desse
modo, decidi fazer uma viagem em março de 2007 a Rio
Branco, no Acre, para buscar a história viva do SANTO
DAIME, por meio de entrevistas com contemporâneos do
mestre lrineu, a fim de desmascarar as fraudes, mentiras e
dogmas criados pelo falso SANTO DAIME.
Senti a necessidade do aval de pessoas que conviveram com
o mestre Irineu, para que nenhuma dúvida ficasse pairando
no ar. A Bíblia diz que os filhos das trevas são mais astutos
que os filhos da luz. Já conheço muito bem o Cefluris, ali
reina o ego e a dissimulação, o povo de lá sabe mesmo
mentir e fingir. Eles não perderiam a oportunidade de
aproveitarem-se do fato de eu não ter convivido fisicamente
com o mestre Irineu, para alegar que eu poderia estar
mentindo ou enganado. Daí a importância dos depoimentos
de pessoas ainda vivas, lúcidas e saudáveis, que conviveram
com o mestre Irineu, confirmando tudo aquilo que venho
alertando a todos há três anos.
Como chegar assim de chofre no Acre, totalmente
desconhecido por lá e ainda receber o apoio dos
contemporâneos e remanescentes vivos do mestre lrineu? Eu
havia estado no Acre há aproximadamente um ano e meio
atrás, foi quando conheci o Paulo Serra, filho adotivo do
mestre Irineu. Senti grande afinidade com ele, foi fácil de
perceber que se tratava de um homem sério, honesto e que
detesta o tal do "diz -que diz -que" e mentiras também. Mas
meu contato com ele foi de no máximo uma hora há mais de
um ano e meio atrás. Difícil essa situação, mas precisava ir e,
tentar!
A passagem já estava comprada para domingo e eu ia
sozinho. Mas na véspera, sábado, o irmão e amigo Luis
Carlos vendo o grande peso que seria essa empreitada para
um homem sozinho disse: "Gideon, eu vou contigo. Essa
bandeira já é de muitos, você bem sabe. Em dois fica muito
mais fácil". Fiquei muito feliz e concordei na hora.
Estávamos em uma semana xamânica aqui no Céu N. Sra.
Conceição, domingo ainda teria um exercício lindo dentro
das matas. Mas o Luis Carlos junto com esposa e família
seguiu no sábado mesmo para garantir a compra da
passagem aérea. Abençoados os homens de boas vontades!
Domingo à noite, já no aeroporto de Congonhas em São
Paulo, nos encontramos e já estávamos na fila para o check-
in e rindo muito nós dois comentávamos: "Na lista da
Internet eu disse que ia fazer o possível para gravar uma
reportagem com um pessoal de muito peso para beneficiar o
livro que está quase terminado. Mas acho que quase ninguém
imagina que estamos pegando um avião para o Acre", e
ríamos ainda mais. Doce ilusão! Acho que devido a
descontração com que ríamos a TV Bandeirantes, que estava
em reportagem no aeroporto, nos filmou com destaque.
Aparecemos nas TVs do Estado todo pelo menos. Choveram
telefonemas na fazenda (do Céu Nossa Senhora da
Conceição) com o pessoal perguntando: a entrevista é fora
de São Paulo?
Já no avião eu comentei com o Luis Carlos que essa nossa
batalha agora seria uma batalha de fé. Que iríamos chegar
com a cara e a coragem. Que pediríamos coisas difíceis a
pessoas que nunca nos viram e que já estavam escaldados
com falsas promessas de escritores que disseram uma coisa e
fizeram o oposto do que haviam dito. "O que temos nessa
empreitada de agora é a nossa fé. O que estamos fazendo,
não fazemos para proveito próprio, só queremos limpar o
bom nome do mestre Irineu que o sebastião e o Cefluris
sujaram muito. Esse livro só tem dado despesa e trabalho,
mas a clareza que ele vai levar às pessoas fará tudo valer a
pena. Sei que voltaremos com a vitória em nossas mãos. O
astral superior certamente já tomou as providências
necessárias e nós é que ainda não estamos vendo isso", disse
ao meu amigo.
Na segunda-feira logo cedo pegamos um táxi e fomos ver se
achávamos a casa do Paulo Serra, porque nem o endereço eu
tinha. Mas foi fácil encontrar. Batemos palma e a esposa dele
veio nos atender. Eu a reconheci de imediato. Perguntei se de
estava e ela disse que havia ido até a cidade, porém logo
retomava. "E quem são os senhores?", ela perguntou. "Não
se lembra de mim, mas eu me lembro bem da senhora, que é
a D. Altina, esposa do seu Paulo. Sou aquele moço de São
Paulo que esteve aqui conversando com o seu Paulo há um
ano e meio atrás, só que eu estava de barba e cabelo
comprido", me apresentei. "Ah, agora me lembro sim, é o
Emilio (era assim que eles me chamavam no Acre desde a
primeira vez que estive lá). Ó seu Emilio, vamos entrar, o
Paulo não demora chegar. Mas ele comentou que o senhor
estava pra aparecer por aqui", acrescentou. "Comentou isto,
D. Altina?". Perguntei muito feliz porque isso já era evidente
ser movimento vindo do astral superior, que já havia
preparado tudo para a nossa chegada.
D. Altina respondeu: "Ele me contou que andou mirando
com o senhor uns trabalhos de daime atrás. Até me avisou,
aquele homem de São 'Paulo está chegando por aí. Eu até
perguntei pra ele: Paulo, mas qual é a sua história sua com
esse homem? Ele respondeu: Eu não sei ao certo, mas sei
que teremos uma história juntos.
Eu e Luis Carlos ríamos muito, porque estávamos
presenciando mais uma vez a misericórdia do GRANDE
ESPÍRITO, que preparara todo o caminho antes mesmo de
iniciarmos a caminhada. Em pouco tempo chegou o Paulo
Serra. Tomamos um suco delicioso de cupuaçu, feito pela D.
Altina, e começamos a conversar. Expliquei a ele o que
viemos fazer ali e que eu contava com ele. Paulo respondeu
na hora: "Emilio, tive duas mirações com você. A primeira
num"trabalho de daime eu mirava, quando vi você na minha
frente e disse: você aqui? Como anda você? E na minha
miração você respondeu: Estou aqui e sempre ando na
sinceridade. Depois você sumiu. Numa segunda vez em
outro trabalho de daime, recentemente, mirei que você estava
chegando aqui em casa, então olhei melhor e vi que haviam
chegado dois. Até avisei pra minha patroa que você estava
chegando por aí. Emilio, pode contar comigo. Ajudarei em
tudo que puder", disse Paulo Serra.
Era evidente o dedinho do mestre Irineu e todas as hostes da
LUZ conosco nessa empreitada. Como é bom ser sincero,
como é bom ser da LUZ!
À tarde, já em um carro alugado, Paulo nos levou para,
conhecer um amigo dele que mora próximo a algumas
igrejinhas do daime. Lá há muitas. Aconteceu algo no
caminho que marcou definitivamente essa viagem. Foi lindo.
Paramos o carro exatamente em frente à uma igrejinha do
daime. Da estrada dava para ver o interior do local. Era
simples, mas muito bonita. Foi quando uma borboleta toda
branquinha com pequenos traços verdes só na borda de suas
asas entrou dentro do carro, voou em volta de todos nós e
saiu. Ficou voando do lado de fora a uns 5 metros à nossa
frente, então voou de volta para dentro do carro pela segunda
vez. Voou ao nosso redor mais uma vez e tornou a sair,
ficando bailando a uns cinco metros em nossa frente de
novo. Então pela terceira vez ela voou para dentro do carro
novamente passando em frente ao rosto de cada um de nós e
saiu continuando a bailar voando na mesma distância que
antes. Todos nós sorríamos muito, entramos em êxtase.
Perguntei ao Paulo Serra: "O senhor sabe o que significa
isso?" E ele também rindo muito respondeu: "É claro que sei
Emilio, é claro que sei!" Pela quarta vez, ela retomou para
dentro do carro, voou entre nós novamente e saiu. Mas desta
vez ela foi para dentro da igrejinha do lado onde estávamos
parados, voou várias vezes em volta do cruzeiro que estava
no altar dessa igreja e então pela quinta vez, voou de volta
para dentro de nosso carro, mas, dessa vez pousou sobre o
coração do Paulo Serra, permaneceu ali um pouquinho, voou
para fora e foi embora entrando na mata. E ele, emocionado
também, disse: "É o mestre dando sinais". Em pensamentos
e em êxtase eu dizia para mim mesmo: Como DEUS é fiel.
Conversando com inúmeras pessoas de Rio Branco,
percebi a enorme mágoa que eles haviam no coração, pelo
que o Cefluris fez ao SANTO DAIME de LUZ, pelo que o
padrinho Sebastião fez com o bom nome do mestre Irineu.
Muitos deles me contaram que no passado devido as drogas
que usavam e as besteiras grossas que fizeram o padrinho
Sebastião e o CEFLURIS, a Polícia Federal deu batidas até
no Alto Santo, porque como o padrinho sebastião se
intitulava sucessor do mestre Irineu, a Polícia Federal achou
que o cefluris era só uma filial do Alto Santo; E que o
padrinho sebastião só fazia aquilo que aprendera com o
mestre Irineu!
Até a Polícia Federal entender que o Alto Santo nada
tinha a ver com o CEFURIS ou com o padrinho sebastião, o
Alto Santo passou, por grande constrangimento. A madrinha
Peregrina Gomes Serra, viúva do mestre, coitada, foi
certamente quem mais sofreu com tudo isso. Ver a obra de
LUZ que seu esposo Irineu fundou, ser vista como seita de
drogados e vagabundos pela Polícia Federal e por muitos da
população local, graças apenas a insanidade do uso das
drogas que o padrinho sebastião promovia na Colônia 5000,
junto com os hippies, que ele agrupou. Que mulher forte a
madrinha Peregrina precisou ser!
Que grande sofrimento e injustiça o sebastião mota e o
Cefluris que ele fundou, causaram a tanta gente que só fez
praticar a caridade. Conhecemos, vários contemporâneos do
mestre Irineu. Todos eles nos receberam com carinho;
Quando souberam do intuito de nossa visita, não hesitaram
nem um minuto que fosse para dizer "sim". Foram 10
pessoas que procuramos, apenas duas pessoas me disseram
que não queriam dar entrevistas e ainda tiveram a boa
vontade de nos explicar suas razões. Entendemos
perfeitamente a posição deles e os respeitamos.
O Juarez Martins Xavier, homem plenamente lúcido em seus
83 anos de idade e contemporâneo do mestre lrineu, me
disse: "Na época eu mandei avisar ao sebastião mota que não
ficasse pondo estas coisas com o daime, porque isso ia trazer
desgraça. Ele não quis me ouvir. Não passou muito tempo e
a desgraça aconteceu. Bem que eu avisei. Eles castraram e
mataram um homem lá. Era um tal de Ceará que se dizia pai-
de-santo e que também punha porcarias com o daime. É que
o pessoal da Colônia 5.000, que o Sebastião fundou,
descobriu que o Ceará dizendo que ia fazer curas com as
mulheres do outros, servia um daimezinho, levava elas de
canto e "sexo". Os homens todos ficaram muito bravos
quando ficaram sabendo do que realmente acontecia. Daí
seguraram o Ceará e estirparam-Ihe de uma só vez toda a sua
genitália. Castraram e mataram o Ceará que se dizia pai-de-
santo. Eu tinha avisado ao Sebastião, mas ele queria ser
grande e não escutava ninguém. Aconteceram outras
desgraças também, não foi só esse caso do Ceará não",
encerrou os dizeres com um ar chateado.
A filmadora digital que levei apresentou problemas. Então,
eu e o Luis Carlos, contratamos os serviços de um
cameraman amador, um moço de 40 anos, chamado Renildo
Monteiro. Quão grande foi a surpresa que tivemos com ele!
Renildo já havia assistido a vários testemunhos conosco
enquanto filmava as entrevistas quando em um certo
momento, com a cabeça baixa, disse pra mim e para o meu
amigo: "Eu acho que tenho algo para falar também. Esse
livro que o senhor está escrevendo vai ajudar muita gente,
vejo isso. Então acho que não vou ficar calado, não."
Perguntei a ele do que ele estava falando e ele respondeu: "É
que eu nasci, cresci e sempre vivi aqui em Rio Branco, no
Acre, sei de algumas coisas sobre essa colônia 5000. Todo
mundo aqui sabe também. Mas mesmo aqui em Rio Branco
muita gente acha que os daimistas são todos drogados. Eles
pensam que o Céu do Mapiá, a Colônia 5000 e o Alto Santo
são todos o mesmo SANTO DAIME, tudo uma coisa só.
Esse livro vai ajudar muita gente a saber da verdade. Eu
também quero contribuir. O velório do Ceará foi na frente da
casa onde eu morava, quando criança, e dos 15 aos 16 anos
estive no terrível mundo das drogas, mas consegui sair dele.
Um amigo meu nesta época foi morar na Colônia 5000 e me
contou que as drogas lá eram servidas na cuia, depois do
daime havia uma rodada de baseado que vinha na cuia",
relatou Renildo Monteiro, em depoimento gravado. Muitos
depoimentos, colhidos em Rio Branco e que aparecem na
forma de entrevista, estarão disposição ao longo desse livro.
HISTÓRIA VIVA DO SANTO DAIME
Contemporâneos do Mestre Irineu

Entrevista - Março de 2007


Paulo de Assunção Serra
Filho adotivo do mestre Irineu Serra
Data de nascimento: 01/12/1939
Gideon dos Lakotas: O Sebastião Mota de Meio usava
drogas antes do daime?
Paulo Serra: Eu não sei desses detalhes, mas pessoas me
disseram que ele usava, mas depois parou quando entrou no
daime. Mas quando ele se meteu com o Ceará aí o Ceará
botava bebida e depois botou a santa maria no meio
(maconha) e depois o pessoal ficava viciado. E hoje eu
estive depois disso no Centro de Mapiá e a dona Rita (viúva
do Sebastião) disse que o Sebastião pediu ao Alfredo (filho
do Sebastião) que não usasse mais isso, que continuasse só
com o daime, mas ele estava viciado de uma tal maneira que
não teve mais jeito de acabar com aquilo. Mas quando
conheci o Alfredo ele era um menino bom, fora dessa
história é uma pessoa que você conversa com ele e é uma
boa pessoa, mas o erro é ele ter adotado essa história, da
maconha. Foi o Sebastião que deixou isso, mas ele não
queria mais, pediu para o Alfredo continuar a doutrina sem
aquilo, nas palavras da dona Rita.
Conhecendo o trabalho no Céu do Mapiá
Paulo Serra: Em 1993 eu fui ao Mapiá. Pedi para o Alfredo
que eu queria ver um trabalho lá com a santa maria. E ele
disse que não tinha mais isso, mas tinha. E aí ele escolheu o
pessoal firme para agüentar o trabalho. E primeiro foi feito
o trabalho de concentração com o daime e depois ele falou
que ia mudar para o trabalho com a santa maria para eu
ver. E eu disse que queria ver com o dai me, mas sem
participa. E aí começaram a usar aquele cigarro e tive que
pegar o lenço porque não agüentei o cheiro, senão ia
participar do mesmo jeito. E quando terminaram tudo foram
cantar e eu vendo tudo aquilo como um vento que dá aquele
redemoinho em uma rua de folhas, que leva as folhas até
uma certa altura e depois falta o vento e as folhas caem no
chão. Aí em uma certa altura eu escutei uma pessoa, depois
de uns 40 minutos daquela confusão, a dizer assim: o que é
que tu quer? Isso aqui é coisa daqui, quer passar para cima,
passa para tu ver. E aí quando passei a um determinado
ponto só aquele nojeira, aquela seboseira, aquela caatinga.
E então agradeceram os trabalhos, eu agradeci a gentileza
do Alfredo, ele disse que aquilo era coisa dali de dentro,
mas o que não presta é da conta de todo mundo. Mas pelo
menos eu conheço isso hoje, não vou pela cabeça de
ninguém. E o Juarez também conhece essas coisas mais do
que eu. Um dia ele estava no centro dele e chegaram dois
camaradas para os trabalhos. E ele disse para aqueles
camaradas:
voltem, peguem aquela porqueira que você deixaram lá no
pé daquele pau e voltem. E os camaradas saíram, um entrou
no mato e pegou a sacolinha.
Sebastião e mestre lrineu
Paulo Serra: Quando cheguei em 1969 em Belém o
Sebastião Mota estava aprendendo a fazer o daime com o
papai (mestre Irineu). Ele mandou o Francisco Granjeiro,
que era o feitor do daime, ensinar o Sebastião a conhecer as
folhas, a fazer o daime. Tudo isso ele aprendeu lá no Alto
Santo com mestre Irineu e o pessoal dele. Na época, o
Alfredo era um rapazinho novo. Tínhamos uma amizade
bacana, mas depois que papai morreu ele achou que deveria
implantar uma bandeira no Alto Santo. Então juntaram-se o
Sebastião Jacolte e outros membros para fazer uma reunião
para perguntar a ele sobre essa bandeira. Na reunião ele
disse que queria implantar uma bandeira lá dentro e o Sr.
Leôncio (um dos coordenadores do Alto Santo) perguntou
que bandeira era essa. E" o Sebastião disse que ia explicar
depois de implantar a bandeira. Mas ninguém queria
implantar uma bandeira sem saber que "cor" era essa
bandeira. E o padrinho disse pra mim que o mestre Irineu
antes de morrer disse a ele: "Leôncio não deixe ninguém
inventar moda aqui dentro, não deixe ninguém botar um
pingo no "i", uma vírgula, porque está tudo como é pra ser.
O dia que você tiver uma dúvida reúna 10 pessoas, tomem
daime, pensem em mim, me chamem que eu venho dizer, e o
que você ver todos eles vão ver". O Leôncio disse isso pra
ele (para o Sebastião Mota) e ele se aborreceu e foi embora.
E foi pra casa dele, onde ele continuou e fundou o Cefluris.
Gideon dos Lakotas: Cefluris significa Centro Eclético da
Fluente Luz Universal Raimundo lrineu Serra, então o
Sebastião está usando o nome do mestre em um trabalho em
que se usam drogas. Como o senhor vê isso?
Paulo Serra: Justamente era isso que eu queria que através
de uma história dessa a gente pudesse desvincular esse
nome, tirar o nome dele. O Sebastião vendeu o daime e
ainda usa o nome do mestre Irineu. Isso tem que ser
desvinculado, porque cada um manda na sua própria casa.
Fico muito magoado por as pessoas usarem o SANTO
DAIME e usarem coisas que não deveriam ser usadas dentro
do SANTO DAIME.
Mestre lrineu e a cobrança de trabalhos
Gideon dos Lakotas: O mestre lrineu não se sustentava com
o dinheiro do daime?
Paulo Serra: Não, o mestre Irineu se sustentava com a
agricultura, trabalhava na roça. E nas horas de folga fazia
os trabalhos. Ele era assim: se juntassem 30 homens para
dar um dia de serviço pra ele, no roçado, quando
terminavam, já era 5 horas, todo mundo tomava o café pra
ir embora, e ele chamava "fulano chega aqui", e daqueles 30
homens ele tirava uns 5, 6 e na época em que se pagava 5
cruzeiros para uma diária de trabalho ele dava 10. E os
homens falavam "não, compadre, eu vim lhe dar um dia de
serviço". E ele respondia que eles não podiam dar um dia de
serviço, que se chegassem em casa ia faltar o café, o açúcar.
"O dia que você puder me dar um dia de serviço eu vou
saber". Então ele era assim.
História do "dedinho"
Paulo Serra: Essa história foi quando eu fui lá na casa do
Alfredo, depois daquele dia que eu pedi para ver o trabalho
com a santa maria. E o Alfredo perguntou onde eu mandava.
E eu disse que eu não mandava nada, que eu pedia. Sou
pequeno, uma coisa que não me acanhei é de pedir. E ele
disse que se eu quisesse mandar tinha três igrejas para eu
mandar: no Rio, em Belo Horizonte e uma igreja em Porto
Alegre, para eu escolher. "Você só leva a transferência dos
filhos e a roupa, chegando lá tem carro; casa, escola,
motorista, tudo para você". E eu disse que não podia dar
aquela resposta àquela hora que precisava conversar em
casa com minha esposa. E aí falei com a mulher e ela ficou
toda animada. E aí numa quarta-feira tomei ¾ de daime e
fiquei ali em casa. Mas depois vi que não estava bom ali,
tomei mais meio copo de daime e falei para minha mulher
que ia lá no túmulo do mestre lrineu (no Alto Santo) e falei
que se eu demorasse mais de uma hora e meia era para
pedir a alguém para me chamar. Cheguei lá, deitei bem do
lado do túmulo de papai e fiquei rezando. Fiquei ali um
pouco e depois me sentei bem de frente ao túmulo, pensando
na história do Alfredo, fui levantando a vista e só vi um
dedinho do mestre Irineu fazendo sinal de "não". Então não
era para eu ir. Porque ele dizia "se te acompanham os bons
tu será um deles, se te acompanham os ruins tu serás igual
ou pior do que eles". Não vou dizer que eles são ruins, mas
tem a história que não me agrada.
Gideon dos Lakotas: Lá no sul e aqui também pregam muito
que o Sebastião é o sucessor do mestre Irineu.
Paulo Serra: Não. Não. Ele unicamente deixou o presidente,
Sr. Leôncio Gomes da Silva. O dia que seu Leôncio faltasse
ficaria uma pessoa para assinar os documentos, mas que
não se considerasse presidente. Não tem sucessor, tem a
pessoa para administrar o trabalho, mas não sucessor. Se o
Sebastião disse para alguém essa palavra (que seria o
sucessor do mestre Irineu), ele desculpe-me dizer isso, mas
se ele disse essa palavra considero uma mentira.
Mensagem
Paulo Serra: Eu gostaria de dizer o que o mestre Irineu
sempre me dizia: a lei dos homens nós vamos sempre
respeitar. É proibido andar pela esquerda, então vou andar
pela direita. É proibido beber cachaça? Então não vamos
beber. É proibido usar drogas? Então não vamos usar. É
para limpar o SANTO DAIME. Misturar o SANTO DAIME
com outras coisas não é coisa que preste. Porque você pega
meio copo de óleo e copo de água mistura bem misturadinho
e fica bonito, mas dali meia hora já está separado. Peço a
todos que tomam daime que tomem daime e não usem outras
coisas. O daime eu tomo na frente do governador, do
secretário de Justiça, de qualquer um, já a maconha não
tenho coragem de fazer, nem faço. Deus não vai deixar eu
fazer isso. O daime traz à luz e a maconha traz tristeza.

Entrevista - Março 2007


Juarez Martins Xavier
Discípulo do mestre Daniel Pereira de
Matos e seguidor do mestre lrineu Serra
Data de nascimento: 17/12/1924
Juarez Xavier: Conheci o mestre Irineu e convivi com ele
pouco tempo porque pertencia a uma seita de linhagem já
do mestre Irineu, que era do mestre Daniel Pereira de
Matos. Então eu tomei daime com o mestre lrineu umas duas
ou três vezes. Então conheci ele era um gigante, um homem
muito educado, recebia as pessoas com muita educação e
palavra firme. Eu tomei dai me pelas mãos dele. Eu sou da
mesma linhagem do mestre Irineu, porque Daniel de Matos
recebeu essa missão através de mestre lrineu Serra e pôs em
prática. E eu sou discípulo de Daniel e de mestre Irineu,
recebi tudo espiritual através de mestre Daniel, mas trazido
por mestre lrineu.
Primeiro daime com o mestre
Juarez Xavier: A primeira vez que eu fui tomar daime com o
mestre Irineu eu saí da minha casa e fui lá tomar o daime
que ficava em uma frasqueira grande e era distribuído para
todo aquele povo. E deixava o resto na frasqueira e ele tinha
um copo grande e ia tomando, porque ele era um homem
agigantado. Ele sentava lá no cantinho dele e fumava um
charuto baiano, dirigindo os trabalhos com os adeptos.
Gideon dos Lakotas: Mas era charuto mesmo, tabaco?
Estou insistindo nisso por que existe uma versão que o
mestre pitava maconha.
Juarez Xavier: Em absoluto. Eu afirmo e confirmo que aqui
não. O mestre só formava o charuto dele. Esse negócio de
droga e santa maria, maconha, veio ultimamente quando
surgiu o interesse monetário. O daime é limpo, não tem
essas coisas, quem usa ele desse jeito está em uma linha
completamente diferente. Eu digo e afirmo porque há 43
anos tomo dai me e meu daime é puro e aquele que mistura
não está certo, pode ficar na certeza disso e o velho (mestre
Irineu) não usava isso e Daniel também não usava isso. O
daime que eu comecei a trabalhar e 'uso é completamente
diferente dessas arrumações de tóxicos. Meu daime é feito
de água, cipó, folha, fogo e orações de penitências. Aquele
que usar drogas, que eu conhecer que usa drogas no meu
centro tem dois caminhos: por água e por terra. O irmão
pra me seguir não toma bebida alcoólica, é preciso que não
fume, não tenha vícios. Então essas arrumações de santa
maria é uma coisa horrível, eu não uso isso e não admito
que meus adeptos usem. Primeiro de tudo é uma coisa que é
proibida pela lei do homem. E não vou infiltrar droga em
uma bebida tão sublime como o daime. Considero como um
crime.
Alto Santo (centro do mestre Irineu) e a cobrança dos
trabalhos
Juarez Xavier: O mestre Irineu não cobrava os trabalhos
porque ele dizia o que digo hoje: "A mãe das florestas nos
dá de graça e de graça eu dou também". O lugar onde se
toma daime com dinheiro na frente não está certo.
Gideon dos Lakotas: Depois do falecimento do mestre
lrineu é que houve esse desvirtuamento do daime com as
drogas, o que o senhor gostaria de falar sobre isso?
Juarez Xavier: Sobre essa parte de drogas estão errados.
Porque a minha iniciação com os mestres Daniel de Matos e
lrineu Serra não tinha nada disso. Agora depois é que se
arraigou tudo isso. O daime é limpo, o daime é vida e não
tem essas coisas no meio... E tudo aquilo que é proscrito
pela lei do homem o daime condena. Porque nele está a luz
de Deus, porque tenho conhecimento disso e não sou
fanático. O daime é uma força divina, é uma erva benigna,
folha e cipó. Não é como a droga que só leva o sujeito para
a profanação, para o desequilíbrio moral, para a doença. O
daime é diferente, eleva o mundo, ajusta o homem, ensina o
homem a amar a Deus, ao próximo, ensina até o sujeito a se
alimentar. Esse uso que estão fazendo do daime é um crime.
Eu sou um soldado com bandeira em punho em defesa dessa
bebida, porque com ela vi coisas que nesse mundo homem
nenhum mostra. Essas palavras que estou dizendo é de um
velho caminheiro que toma daime há 43 anos. Eu comecei a
tomar daime com 33 anos e ele me trouxe do desajuste para
o ajuste, me ensinou a amar a família, a amar meu próximo,
me ensinou a respeitar as autoridades constituídas, me
educou. E aquele que toma daime dentro dessa direção
receberá as mesmas bênçãos. É pra tomar daime e respeitar,
não podemos misturar sujeiras, não. Espero que isso seja
esclarecido para o mundo.
Gideon dos Lakotas: O senhor conheceu o Sebastião Mota
de Melo?
Juarez Xavier: Conheci e tomei daime na seita dele por um
convite que eles fizeram para mim no aniversário dele. O
Sebastião Mota desviou-se um pouco por causa da parte
material, ele se engrandeceu muito e vacilou, fez besteira,
aconteceram coisas dentro do centro dele e com o povo dele
que não eram para acontecer. E eu o avisei antes, o que
poderia acontecer com aquela situação, misturando bebidas
alcoólicas. Pedi que ele me desculpasse que eu não tinha
nada a ver com a vida dele, mas que ele estava em um
caminho errado. Eu falei isso para um membro do centro
dele. Depois aconteceu um incidente lá.
Gideon dos Lakotas: O senhor está falando do incidente em
que castraram o Ceará (um conhecido pai-de-santo de Rio
Branco adepto do daime no centro de Sebastião de Mota
Meio que morreu nessa ocasião)?
Juarez Xavier: Exatamente. E isso aconteceu pela falta de
disciplina, porque um homem que toma daime tem que ter
cuidado com o que ele está fazendo. O Sebastião era um
homem de muita luz, mas foi corrompido, corrompido pelo
dinheiro, caiu na fraqueza.
Gideon dos Lakotas: Lá no sul e aqui também prega muito
que o Sebastião é o sucessor do mestre Irineu.
Juarez Xavier: Isso é uma profanação, uma heresia. (...) Ele
não tinha nada com sucessor, senão não teria feito aquilo,
não teria caído. Não quero profanar nosso irmão, que Deus
o tenha. Ele caiu e todos nós estamos sujeitos a isso. Porque
a exterioridade está sempre junto da gente. (...) Precisamos
estar sempre atentos porque sempre vem a fantasia para
querer corromper. Deixamos que luz venha a nós. Ela é que
nos traz a beleza, a verdade, o amor, os ensinamentos, a
justiça, a saúde.

Centro do padrinho Juarez e o dinheiro


Juarez Xavier: O centro a que eu pertenço é uma
associação filantrópica e trabalhamos em caridade, não
cobramos nada de ninguém. Aquilo que nos dão de livre e
espontânea vontade, são doações, vivemos disso. Não quero
muito, quero pouco, não para a matéria, para o espírito. O
dinheiro nos corrompe, mas nós precisamos de dinheiro,
não resta dúvida, porque vivemos em vida de matéria e nós
temos que lutar com ele para nossa sobrevivência. Para a
espiritualidade ele é bom até certo ponto, quando se sabe
lutar com ele, da outra parte ele corrompe, nos estrago.
Jesus disse: Dai, a César o que é de César e daí a Deus o
que é de Deus. Nós precisamos de dinheiro, mas não vamos
nos agarrar a ele. Vamos fazer nosso castelo de rocha não
de areia, porque de areia o vento vem e leva e a rocha é
para sempre. E o nosso caminho é esse, trabalhar e fazer a
caridade. (...) Eu tive em um trabalho do mestre Irineu e vi
ele fazer uma conta entre os irmãos para comprar uma
bacia para confeccionar daime, agora cobrar daime de
quem quer que seja eu jamais vi nem ele, nem na casa de
quem fui adepto.
Mensagem
Juarez Xavier: Mediante o esclarecimento que o senhor está
dando, que será ventilado para o mundo inteiro, da luz
criada na pureza, eu tenho a grata satisfação de apresentar
essa mensagem. Muito antes de conhecer essa luz, que me
ensinou, que me educou, eu era um desajustado, eu bebia,
não conhecia família, desrespeitava as autoridades
constituídas, tudo isso eu fazia, depois com a idade de Jesus
Cristo, aos 33 anos, ela abriu-se pra mim corno se fosse o
dia, a verdade, mostrou o que era o fumo, a bebida, meus
erros do passado, sem eu dizer nada para o mestre, só eu e a
luz clareando e mostrando a luz da verdade, me educou e
trouxe o ajuste. Não sou culto, mas tenho educação que essa
luz me deu. Ela só dá o que é bom. A droga trás o desajuste
vicia, ela é má, torna dependente, e isso a luz não faz. Haja
vista que eu tomo daime cada 15 dias ou toda semana e só
tomo por carência quando vou executar o trabalho. E isso
eu não vejo na humanidade, viciada, corrompida, com a
morte pela frente e essa bebida não traz isso. Eu tenho 83
anos e estou lúcido ainda! Eu não trabalho para a carne,
trabalho para o espírito. (...) Seu livro vai ajudar muitas
pessoas, vai esclarecer muita gente.

CONFRONTO DE IDÉIAS - Fatos do Passado e do


Presente
Veja agora o conflito de informação, tomando por base os
conceitos apresentados por Paulo Serra e Juarez Xavier,
passado à sociedade pelo discípulo do Sebastião Mota de
Melo, Alex Polari de Alvarenga, em trechos do livro de sua
autoria "O Guia da Floresta":
"- Estou esperando um povo, um povo que queira... pegar
essa Doutrina e levá-la para frente".
Ele falava assim na certeza de que, quando esse povo
chegasse (e nós éramos os primeiros indícios), haveria muito
pelo que lutar, para esclarecer os preconceitos que levam a
confundir com um mero consumo de drogas o uso ritual e
doutrinário de plantas sagradas expansoras da consciência.
- A gente não come e bebe aquilo que gosta? É preciso
garantir o direito de usar e beber, dentro da igreja e de nossas
casas, aquilo que a gente gosta. E provar que isso nos eleva
espiritualmente, não é mesmo? É um sacramento, não é um
vício, e vocês, o povo das cidades, é que vão lutar por esses
direitos."
(Extraído do livro "O Guia da Floresta" - cap. I - O
mago de Rio Branco pág. 27" de Alex Polari de
Alvarenga.)

Veja um trecho em que o autor compara


Sebastião Mota a um profeta:
"Um profeta é um pouco diferente de um mestre, que apenas
transmite o seu conhecimento e ajuda o discípulo a realizar
aquilo que ele já vislumbrou. Não é apenas instrutor de
discípulos, mas mestre de um povo, empenhado no
cumprimento da palavra de Deus, artífice do plano divino na
realidade material, temporal e humana. O mestre pode se dar
o luxo de ser uma personalidade totalmente serena e
autocontrolada. Por ser guardião da Palavra Divina, o profeta
precisa, em alguns momentos, denunciar a rebeldia e a
resistência daqueles que são inconscientes ou que não
querem ver a Palavra realizada. Nesses momentos, a figura
de Sebastião Mota se agigantava ainda mais... Clamava para
que acordássemos do nosso torpor e víssemos aquilo que ele
estava vendo... Reduzia a pó qualquer ilusão ou falsidade
que quiséssemos manter em nosso coração. Era nesses
momentos que nós, seus afilhados, reconhecíamos nele a
força de São João Batista e a vibração da Justiça Divina
daquele grande ser que o próprio". Cristo disse ter sido Elias.
No final da década de 70 e começo da de 80, um novo
fenômeno ocorreu. Viajantes, buscadores, jovens
mochileiros na rota de Machu Pichu faziam circular entre os
"iniciados" a notícia da existência de uma comunidade perto
de Rio Branco que usava uma misteriosa bebida mágica, de
origem inca. Foram esses ecos que me levaram até lá e, uma
vez chegando, senti-me em casa. O Padrinho nos esperava.
Desde a década de 40, os hinos falavam desse povo que viria
de longe, até do estrangeiro, se juntar ao povo que começou
a ser colhido pelo Mestre Raimundo.
Irineu Serra. O Padrinho nunca se esquecia das palavras do
Mestre: "Seu Sebastião, esses daqui ainda não são o nosso
povo, são apenas os esteios. O nosso povo ainda vai chegar
de longe".
(Extraído do livro "O Guia da Floresta -Introdução,
págs.13 e 14 de Alex Polari de Alvarenga.)".
Deturpações sobre a doutrina daimista
A doutrina daimista vem sendo descrita e relatada de forma
equivocada nas últimas décadas em trabalhos acadêmicos e
também por diferentes veículos da mídia, seguido o
jornalista, psicólogo e escritor Luiz Carlos de Carvalho
Teixeira de Freitas, estudioso do tema. Em um artigo
apresentado na mesa redonda "Velhos e novo usos da
Ayahuasca no Brasil: contrastes e perspectivas", realizada
durante o Primeiro Encontro Paulista de Xamanismo,
realizado em 2006 em Cotia, São Paulo, o autor aponta
essas incorreções e faz comparações com a doutrina
originária de Raimundo Irineu Serra. As informações
contidas nesse artigo são parte do trabalho do autor nos
livros "O Mensageiro - o replantio da doutrina daimista" e
A Rainha da floresta - a missão daimista de evangelização".
Para demonstrar o ponto de vista do autor, reproduziremos
aqui na íntegra alguns trechos desse artigo.
"As Origens".
Para quem já leu sobre a doutrina daimista, é conhecido o
fato de que Raimundo Irineu Serra, o maranhense que viria
a ser o pregador da doutrina daimista a partir de 1931, veio
para o Acre por volta dos vinte anos de idade para arriscar
a vida como seringueiro. Sabe-se também que na divisa com
Peru e Bolívia conheceu a bebida ayahuasca, habitual entre
os pajés e curandeiros da região desde tempos imemoriais.
E sabe-se que, década e meia após, mestre. Irineu viria a
denominar a bebida de "daime", utilizando-a daí por diante
como recurso para a pregação de uma doutrina religiosa.
Quase tudo, porém, o que se escreveu sobre o processo
formativo desta doutrina, seu propósito e sua identidade, é
falho enquanto informação. Por uma compreensível razão:
desde os primeiros estudos acadêmicos, a amostra adotada
como referência do que seria a doutrina daimista não
representou esta doutrina tal qual ela foi revelada a mestre
Irineu e pregada depois por ele, por ser composta de
material de campo colhido no Cefluris - Centro Eclético da
Fluente Luz Universal Raimundo Irineu Serra, uma
dissidência com sistema de crenças e práticas rituais
diferentes, senão opostos, ao que, de fato, caracterizou a
doutrina daimista tal qual foi revelada e pregada. Desta
forma, descreveu-se e se analisou uma dissidência, ao invés
de se descrever e analisar a forma original, enviesando a
percepção que se pudesse ter sobre a doutrina daimista.
A Base Doutrinária
Mestre Irineu fez sua passagem (faleceu) no ano de 1971,
mais precisamente em julho. Até então, a doutrina daimista
fora exclusivamente cristã, nunca preconizara a mescla de
cultos ou o uso de outras plantas psicoativas juntamente
com o daime - fosse jurema, maconha, cogumelos ou
quaisquer outras - e sempre fora pregada dentro dos
princípios de identidade e propósito expostos em seus hinos
e nos ensinamentos orais de seu pregador inicial.
Para a posteridade, mestre Irineu deixou determinado como
base doutrinária os hinos de cinco hinários, o seu e de
quatro seguidores, Germano Guilherme, João Pereira,
Maria Marques Vieira "Damião" e Antonio Gomes da Silva,
em fato reconhecido até por seu principal dissidente,
Sebastião Mota de Melo, motivo pelo qual todo princípio de
crença que destoe dos expostos nos hinos da base
doutrinária não pode ser tomado como próprio da doutrina
daimista, se por "doutrina daimista" se entende, como estou
entendendo aqui, o que foi revelado a mestre Irineu e
pregado nos hinários da base doutrinária.
O Viés
Alguns anos após a passagem de mestre Irineu, Sebastião
Mota de Melo, até então um de seus seguidores instaurou
sua própria forma de serviço religioso, dando início em
1974 a reuniões regulares na Colônia 5.000, o local onde
vivia nos arrabaldes da cidade de Rio Branco, e fundando
em 1978 o Cefluris. A despeito da homenagem a mestre
lrineu, no entanto, a dissidência já se evidenciava: "Centro
Eclético". Pois aos poucos Sebastião Mota foi agregando ao
que era doutrina daimista práticas rituais firmemente
desaconselhadas por mestre lrineu, segundo inúmeros de
seus seguidores iniciais e até mesmo quem residiu em sua
própria casa, como seu sobrinho Daniel Acelino Serra e
seus filhos adotivos Paulo de Assunção Serra e Percília
Matos da Silva.
Entre tais alterações, como a gradativa ênfase em aspectos
de "cura" e na realização de "serviços bailados", a
aceitação da incorporação de entes espirituais com abolição
de consciência e a adoção de práticas vindas do candomblé,
como o "beija-mão" ritual, em 1977 seria introduzida a
prática ritualizada do maconhismo, em aberta divergência
com as orientações de mestre Irineu, que ensinava que
"quem quiser seguir comigo é com daime e não com outra
mistura nenhuma, nem de linhas nem de plantas", segundo
depoimento de Percília Matos da Silva que registro no "O
Mensageiro". No tocante à interdição do uso de outras
plantas, já não fosse esta declaração de Percília Matos da
Silva, a qual além de filha adotiva foi braço-direito de
mestre Irineu por quase quarenta anos, cito testemunho
narrado por Paulo de Assunção Serra e colhido por mim no
ano de 1994 na cidade de Rio Branco: "de 1959 a 1969 eu
estive em Belém do Pará, onde fui tentar a vida e casei com
a Altina, minha mulher. Lá, eu conheci a maconha e ‘viajei’
um pouco com ela. Aí, ao voltar a Rio Branco, um dia fui
visitar papai e levei um pouco para ele, perguntando se era
bom eu usar. Ele olhou, pensou um bocadinho e me disse:
‘Olhe, Paulo, pegue isto e enterre lá no pé daquela paxiúba
[palmeira típica do Norte brasileiro], pois isto não é da
doutrina, não, e não vai ser bom você usar".
No período de 1977 a 1981, contudo, importantes
ocorrências se deram na Colônia 5.000: a absorção de
andarilhos vindos de centros urbanos do Sul e Sudeste e a
decisão da implantação de um modelo social comunitário -
nos moldes do preconizado pelo movimento hippie,
dominante na segunda metade dos anos 60, mas prolongado
no Brasil até a década dos 70 -, a castração e morte de um
homem, a prisão de um rapaz portando daime e maconha
nas ruas de Rio Branco e a invasão da Policia Federal para
erradicar o plantio na propriedade.
A seguir, naquilo que sempre foi destacado somente como
ocorrência de messianismo popular, mas bem provavelmente
como alternativa para escapar à crescente pressão social e
legal, Sebastião decidiu trasladar a população da
comunidade para o interior da floresta amazônica, abrindo
o seringal "Rio do Ouro" e, adiante, o vilarejo "Céu do
Mapiá", ambos no Estado do Amazonas.
Neste exato sentido, os antropólogos Alberto Groisman e
Clodomir Monteiro da Silva respectivamente registraram
que, "no final da década de 70 (...) chegam ao local, vindos
de centros urbanos, jovens andarilhos (...) Sua inserção no
grupo provoca Uma redefinição dos valores até então
praticados e inaugura uma ideologia de comunidade" e,
"por falta de condições para aquisição de tratores e outros
implementos, visando reciclar a terra cansada, por causa,
ainda, do crescimento da comunidade e, principalmente, por
se sentirem constantemente perturbados pela presença de
elementos da Polícia Federal e de pessoas não identificadas
inteiramente com o Projeto, a partir de maio de 1980 o
Cefluris iniciou abertura e implantação do seringal 'Rio do
ouro' ". .
Nessa época o daime ganhou visibilidade nacional pela
mídia - embora as práticas daimista já ocorressem em Rio
Branco havia meio século -, atraindo a atenção para o que
passou a parecer uma "nova religião", mesmo que os hinos
da base doutrinária daimista nunca tivessem afirmado isso e
que mestre Irineu o negasse com firmeza: tratava-se da
pregação, "à moda local",da "doutrina de Jesus Cristo
Redentor", em culto devocional a Maria Santíssima e em
missão evangelizadora sem nenhuma violação aos
princípios dos Evangelhos, não derivando de sincretismo
com cultos anteriores ou, então, contemporâneos, nem
tampouco surgindo como uma outra forma popular de
catolicismo, por reinterpretação de rituais católicos, como
já se quis também.
Foi a partir daí que se desenvolveram no Brasil os estudos
sobre o que passou a ser chamado de "culto do SANTO
DAIME" ou "religião do SANTO DAIME". Os estudos
pioneiros são a pesquisa da historiadora Vera Fróes
Fernandes (1982- 1983), a qual resultou no livro "História
do povo Juramidam - A cultura do SANTO DAIME", e a
dissertação de Mestrado do antropólogo Clodomir Monteiro
da Silva, "O palácio de Juramidam - SANTO DAIME, um
ritual de transcendência e despoluição", datada de 1983.
A eles se seguiram vários outros, e menciono apenas alguns
dos nacionais, como a pesquisa da socióloga Geovânia
Barros Cunha (O Império do beija-flor, 1986) e as
dissertações de Mestrado em Antropologia de Fernando de
La Rocque Couto (Santos e xamãs, 1989), de Sandra Lúcia
Goulart (As raízes culturais do SANTO DAIME, 1996), de
Arneide Bandeira Cemin (Ordem, xamanismo e dádiva - o
poder do SANTO DAIME, 1998) e de Beatriz Caiuby Labate
(A reinvenção do uso da ayahuasca nos centros urbanos,
2000), além de livros como o do antropólogo Edward
MacRae, Guiado pela lua - xamanismo e o uso ritual da
ayahuasca no culto do SANTO DAIME (1992), os do
escritor Alex Polari de Alverga, O livro das mirações
(1984), O guia da floresta (1992) e O evangelho segundo
Sebastião Mota (1998), o do antropólogo Alberto Groisman,
Eu venho da floresta - um estudo sobre o contexto simbólico
do uso do SANTO DAIME (1999), e o organizado pelos
antropólogos Beatriz Caiuby Labate e Wladimyr Sena
Araújo, O uso ritual da ayahuasca (2004).
Todos estes estudos, todos e muitos mais outros, no entanto;
cometeram o mesmo e crucial erro metodológico, falhando
naquilo que se espera de um trabalho de referência: segura
informação. Pois, tomando por base o que se passou a
praticar anos após a passagem de mestre Irineu, e aceitando
por fiel testemunho da história e do perfil da doutrina
daimista os depoimentos verbais de Sebastião Mota de Melo
e de seguidores seus, duas décadas de produção acadêmica
registraram princípios de crença e aspectos doutrinários
acreditados por estes como se caracterizassem de fato o que
fora um dia a doutrina daimista.
Incorporações
Quando mestre Irineu ensinava, segundo inúmeros de seus
primeiros e principais seguidores, que pode ocorrer
incorporação desde que a consciência seja preservada, para
expansão do conhecimento pessoal ou partilha de
ensinamento com irmãos, em um dos aspectos mais discretos
dos ensinamentos doutrinários daimistas, ele se referia à
possibilidade de "convivência", em uma mesma pessoa, por
instantes que fosse ou por períodos mais longos, do espírito
que anima a pessoa e de um ente espiritual, em um
fenômeno humano universal e nem de longe restrito aos
ensinamentos kardecistas.
É suficiente relembrar um dos principais teólogos cristãos,
que antecedeu em mais de milênio e meio a obra de Alan
Kardec. Lecionou santo Agostinho que, "quando um espírito
se une a outro, é possível que comunique a ele o que sabe,
graças às imagens que possui, seja levando-o a entendê-las,
seja a aceitá-las como quem aprende".
Como Percília Matos da Silva relatou, segundo depoimento
colhido por mim em 1996, "o Mestre sempre dizia: 'quem
quiser seguir e aprender alguma coisa dentro dessa doutrina
é com daime, não tem esse negócio de misturar com isso,
misturar com aquilo, nem entrar em outras linhas' (...) E por
isso o Mestre não adotava, não sabe? Esse negócio de
incorporação, essas coisas ele nunca adotou, porque d,entro
da linha do daime, Se o irmão está preparado, toma o daime
e vai procurar a sua linha, o seu seguimento. O irmão
recebe a mensagem que for preciso, a entidade até vem e lhe
diz, o irmão olhando a entidade, então o irmão ouve ou tem
por intuição. Mas consciente! A mensagem! Não precisa
mandar recado, não sabe? (...) O que ele falava era isso: há
mais mentira do que verdade, nessas linhas da
incorporação. Onde existe uma verdade, existem cem
mentiras ".
Interessa assinalar este ponto, para que não se pense em
preconceito contra cultos de matriz africana, como já me
apontaram também. Trata-se do fato de que "nem toda
religião contemporânea propõe um trabalho interno, ou
espera isso de seus seguidores; quer dizer, nem todas as
formas de religiosidade esperam desvelar o caminho das
moradas internas", como resume o antropólogo brasileiro
José Jorge de Carvalho.
Na dissidência estudada, porém, pela própria história
pessoal de Sebastião Mota de Melo - que incorporava,
quando jovem - e, depois, pela mescla com cultos de matriz
africana, adotou-se o incentivo a incorporações, inclusive
com abolição da consciência, resultando uma importante
modificação dos rituais da doutrina daimista, interpretada
depois, pelos estudiosos e pela mídia, como representando a
doutrina daimista original.
Serviços de cura e bailados
Outro pormenor diz respeito aos "serviços de cura". Se
recuarmos ao início da doutrina daimista, nos idos dos anos
trinta do século XX, veremos que a primeira iniciativa de
mestre Irineu foi implantar as sessões de "concentração"
aos sábados, nas quais os fiéis tomavam daime e se
sentavam em silêncio, como até hoje, imersos em meditação.
Meditação sobre si, seu entorno familiar ou social, a
espiritualidade e o propósito da vida, enfim. Algo após
passaram a existir "serviços de cura", se solicitados por
homens ou mulheres que sofriam de algum grau de distúrbio
orgânico ou emocional e criam ali obter resolução para
seus problemas ou, ao menos, conforto.
Tais "serviços de cura", quando ocorriam, até a passagem
de mestre Irineu eram realizados em silêncio contrito (e
nunca cantados, como Sebastião Mota de Melo estabeleceu
depois), com a "banca de cura" rogando pelo "doente", por
caridade, buscando fazer de sua ardente oração apelo para
que o Espírito Santo de Deus "curasse" quem fosse
merecedor.
Muitos anos mais tarde é que mestre Irineu instituiu como
prática ritual os "serviços bailados de hinário", ou festejos,
inclusive acolhendo a iniciativa de irmãos, por nada de mal
identificar em celebrações de louvor realizadas em dias por
convenção consagrados a santos e, em verdade,
vislumbrando benefícios para todos, ocasiões nas quais os
hinos já recebidos por ele e irmãos ou irmãs pudessem ser
cantados festivamente: São João, na casa de Maria
"Damião", em meados dos anos trinta (o primeiro serviço
bailado registrado na história da doutrina daimista), São
José, bem mais de uma década à frente, por sugestão
pessoal' de Francisco Granjeiro, e outros.
Livros na Internet
Os livros "O Mensageiro - o replantio da doutrina daimista"
e "A Rainha da floresta - a missão daimista de
evangelização", de autoria de Luiz Carlos de Carvalho
Teixeira de Freitas, que contêm uma análise mais profunda
sobre a doutrina daimista, podem ser encontrados na íntegra
no site: www.juramidam.jor.br .

III - Drogas e Voltar ao sumário


Xamanismo

Eu temo que as drogas aqui no Brasil sejam liberadas. Os


pensamentos e desejos de vários milhões de pessoas juntas
podem sim resultar na aprovação de leis que liberem as
drogas, e, é claro, em prejuízo exclusivamente da nação
inteira. Um grande número de irmãos e irmãs do CNSC eram
freqüentadores e fardados das igrejas do padrinho Sebastião
(Cefluris). Mas, hoje, eles estão totalmente recuperados,
andam na luz e ainda se esforçam muito para tirar seus
antigos colegas de SANTO DAIME das drogas. Portanto,
tirar as máscaras do Cefluris é um dever, uma obrigação. Na
verdade, estou zelando inclusive por você, que talvez eu nem
conheça, mas está sendo alertado ao ler este livro.
Saiba que não há rancor em meu coração. Nem mesmo
conheci pessoalmente o padrinho Sebastião Mota de Melo e
nunca estive com o Alfredo Gregório, seu filho. Mas a ilusão
das drogas que eles propagam tem conseqüências graves e
pode vir a prejudicar em muito as pessoas de nossa
sociedade. Além do mais, onde estaria minha luz se eu
ficasse neutro e omisso em relação à podridão das drogas
que, insanamente, o Cefluris espalha nas famílias do país
onde nasci? Onde está a luz de um padrinho que é dominado
pelo vício?
Irmãos prestem atenção: o mundo está mudando, o mundo
está bem mais evoluído. Só se refugia nas drogas aquele que
ainda não entendeu isso. Tais mudanças trouxeram
conseqüências marcantes, pois está se fechando o espaço
para a ilusão de "guerra, sombra e água fresca", "viva e deixe
viver", "paz, amor e rock 'n rol" e para a ilusão de ficar se
drogando em nome do amor, do espiritual e do místico.
Todas essas coisas foram tolices das décadas de 60 e 70.
Hoje nos são cobrados a humildade e o reconhecimento de
todos sermos iguais tanto na liberdade como na
responsabilidade. Hoje um novo aprendizado nos é cobrado.
Aqueles que insistirem no erro, rejeitando as mudanças, já
estão fadados à falência moral, espiritual e material. Hoje
nos é cobrado, todos os dias, o esforço para o auto-
aperfeiçoamento. Hoje nos são cobrados o dinamismo, a
vontade forte e muita responsabilidade. Hoje a sociedade nos
cobra equilíbrio emocional, gentilezas e ações doces, sem
almejar nada: em troca nas relações com outras pessoas,
principalmente colegas de trabalho e irmãos de igrejas. Hoje
nos é cobrado o fim da hipocrisia. Na nova era, ninguém terá
o direito de pensar pequeno, fazer coisas pela metade, não se
envolver, não participar, não lutar. Hoje as empresas
recrutam apenas os melhores e mais esforçados de cada área,
mas não podem esquecer do equilíbrio emocional de cada
um deles. Hoje sabemos que não existe empresa 100% com
funcionários só 50% equilibrados.
Aos irmãos e irmãs presos na ilusão da santa maria que
almejam a liberação das drogas, digo que não lhes quero
mal. Mas não posso ser conivente com o mal que vocês
propagam a tantos. Que retenham na memória as qualidades
do padrinho Sebastião de Mota Melo, mas aprendam
também com os graves erros que ele cometeu quando
disseminou as drogas, inclusive dentro do SANTO DAIME
sério que o mestre Irineu trouxe ao mundo. Mudem enquanto
é tempo a sua formas de pensar, de agir, acreditem que o
futuro será espetacular para quem souber viver e trabalhar os
novos tempos. Na minha adolescência, li um livro muito
bom e escrito com muita simplicidade, que demonstra com
exatidão o tipo de espírito inquiridor que irá habitar a nova
era. O curioso é que esse livro nada menciona do terceiro
milênio e apenas conta à história de uma gaivota. O nome
desse livro é "Fernão Capelo Gaivota". Você o encontrará
com facilidade em qualquer biblioteca pública do seu bairro
ou cidade e em poucas horas já o terá lido por inteiro.
O terceiro milênio, no qual já estamos entrando, será
habitado por pessoas que não aceitarão as verdades
efêmeras, mas se esforçarão e se empenharão com afinco
para atingirem as verdades absolutas. Cada vez que você
defende que a igreja é a casa de Deus, você nega a parte de
Deus que está dentro de você mesmo. Pois o homem já nasce
sendo o templo vivo de Deus e Ele não habitará em nenhum
lugar feito por mãos humanas. Cada vez que você permite
que um vício sobrepuje seu espírito, você nega a posição de
Deus filho que você já ocupa. E eu não falo apenas do vício
em drogas, como maconha, cocaína e outras drogas falo
também do vício da mentira, do vício da hipocrisia, do vício
da avareza e principalmente do vício da preguiça. Saiba que
quem escolhe viver no mundo das ilusões e finge crescer, ao
invés de viver na realidade do espírito e travar as lutas do
crescimento, possui o vício da covardia. Polaridades não são
inimigas, mas existe a ordem natural do valor de cada um.
Dentro de você existe o ego e o espírito, ou seja, a mente
racional e a mente espiritual. Qual delas você acha que tem
maior valor? Qual delas está comandando você?
Uma coisa eu posso lhe dizer, meu filho, qualquer forma de
vício provém apenas do ego. Qualquer forma de justificativa
provém do ego. Até aquelas historinhas sobre hostes
treveiras poderosíssimas que alguns até dizem ver, na
verdade provêm apenas dos demônios internos que a própria
pessoas possui, ou seja, do ego. Ele é o pai de todo
sofrimento. O ego é o lado escuro dos seres humanos. E é
também o pai da cegueira espiritual. Exatamente as mentes
racionais que se julgam grandes, às vezes por terem feito
uma faculdade, defendem, inconseqüentemente, a liberação
das drogas, não se importando com os estragos que causarão
aos filhos dos outros e à nação. Na cegueira do ego,
desprezam, inclusive, o fato de que os jovens de hoje são o
alicerce do amanhã desta nação.
A grandiosidade de uma nação é apenas o reflexo de sua
cultura. Que cultura espera ter uma nação, com seus filhos
usando aquilo que prejudica a saúde e ainda mata os
neurônios? Filho, eu aqui ensino o xamanismo. Mas o
xamanismo verdadeiro, onde a ciência é unificada com a
espiritualidade. Razão e intuição, ciência e espiritualidade
são coisas que precisam andar lado a lado. Aquilo que venho
ensinando é o que a física quântica está comprovando cada
vez mais.
No xamanismo, sabemos que a felicidade não existe na
individualidade, mas na coletividade. Então, desejamos
muito ver você feliz também, independentemente de quem
você é, porque o xamanismo não tem povo, não tem tribo,
não tem nação e não tem planeta. Para o xamanismo não há
fronteiras. Xamanismo é universalismo!
Vocês podem observar que, no nosso estatuto, antes das
palavras CNSC, está escrito "Instituto Espiritual Xamânico".
Isso porque aqui se perpetua o bom caminho vermelho, tal
qual me foi ensinado pelos Lakotas e Sioux na minha última
encarnação. Sim, eu sou um espírito Lakota dentro do corpo
de um branco e que expresso com muita honra a firmeza e o
amor dos Lakotas.
Aqui no CNSC todos os povos estão reunidos em um só
povo. Aqui é um local sagrado onde todas as egrégoras se
fundem em uma só. Abaixo de Wakan Tanka há apenas
irmãos. Na verdade, todas as egrégoras de luz do astral
superior são apenas uma. Elas se moldam de acordo com a
necessidade psicológica de uma pessoa ou um povo para não
serem rejeitadas e poderem ajudar. A Mãe Divina é a
representação feminina da mente de Deus e se apresenta sob
diversas personalidades, como Yemanjá, Nossa Senhora da
Conceição, Mulher Búfalo Branco, a deusa da Wicca e
outras. O Mestre Jesus (meu Senhor e de Quem apenas sou
servo) é a representação da mente crística, da rosa que
desabrochou na cruz.
Conheço muito bem as plantas de poder, a forma correta e
responsável de usá-las. É preciso entender que há uma
diferença marcante entre plantas medicinais, plantas de
poder e plantas de poder professoras. Nem toda planta de
poder é uma planta mestra! Algumas tribos indígenas que
conhecem a cannabis sativa ou maconha, dão a ela um nome
cuja tradução é "planta que te prende". A palavra maconha,
por si só, já significa mau conhecimento. A cannabis sativa
é uma boa planta medicinal e possui fins curativos, mas
apenas se usada da forma correta. O uso correto, desta planta
medicinal é a extração de um óleo da sua raiz, que, aplicada
sobre a pele, é muito boa para alguns problemas da mulher e
para o glaucoma. Alguns médicos afirmam que ela é boa
para prevenir o câncer. Mas, se for ingerida como chá, bolo
ou ainda de outras formas, mesmo que pitada, tragada ou
fumada sob a alegação de estar consagrando santa maria, ela
vai mesmo lhe prender no ego, prejudicar muito sua sinapse
cerebral, lhe deixar letárgico, enfraquecer sua memória e
chegar inclusive a matar seus neurônios. Energeticamente,
causará o atrofiamento dos seus chacras e rebaixará sua
freqüência espiritual para a freqüência grosseira da ilusão. E
esteja certo, meu filho, maconha vicia, sim!
Saiba que existem plantas que favorecem o espírito e plantas
que favorecem a matéria. Portanto, uma favorece a libertação
para as verdades absolutas do espírito e a outra, se mal
usada, prende o indivíduo na ilusão das verdades efêmeras
criadas por homens-ego e defendidas como verdadeiras.
Como toda medicação, se for utilizada da forma errada, vai
prejudicar e resultar em vícios. Mas o pior cego é aquele que
não deseja enxergar.
Imagine uma carruagem puxada livremente por um belo par
de cavalos fortes numa estrada. Os cavalos são fortes e estão
acostumados a guiarem-se sozinhos e ir onde desejam. Estão
acostumados a correr por essa estrada da forma que bem
entendem. Eles realmente pensam que são os donos da
estrada.
Para total surpresa dos cavalos, há um passageiro dentro da
carruagem. O passageiro diz: "Parem!" Os cavalos fortes se
assustam a princípio, raciocinam um pouco e dizem a si
mesmos: "Deve ser sol demais". O passageiro ordena
novamente e com mais força: "Parem!" Os cavalos levam
um outro susto. Desta vez, percebem que há algo a mais na
carruagem, mas oferecem grande resistência, pois pensam
que são senhores de si mesmos. O passageiro então apanha
as rédeas com as duas mãos e as puxa com força. Trava-se
uma pequena batalha entre os cavalos e o passageiro, até que
os cavalos obedecem e fazem exatamente a vontade do
passageiro.
Os dois cavalos fortes são o seu cérebro e a sua mente
racional, ou seja, o seu ego. Até hoje eles vêm dominando
você, são eles que têm dado as ordens e estão acostumados a
fazer apenas as próprias vontades. A carruagem é o seu
corpo, O seu aparelho. Nada mais que um veículo para o
passageiro experimentar o mundo da matéria. E o passageiro
é você, sua mente espiritual. É aquele que não precisa
pensar, porque se pensou não é você. A consciência é o
passageiro, é você! Compreende agora?
Mas não se esqueça que o passageiro precisa começar a
puxar as rédeas dos cavalos. Então, que tal usar apenas o que
fortalece o passageiro e não os cavalos?
Eu disse há pouco: "se pensou não é você!" Sei que isto pode
soar de uma forma estranha, até porque você está
acostumado a pensar sempre. Então, proponho que faça uma
experiência comigo neste exato momento.
Escolha um objeto e olhe fixamente para ele. Com o seu
dedo indicador, o fura bolo, aponte para o objeto escolhido.
Conclusão: você está vendo um objeto fora de você e ainda
está apontando para ele com o dedo, certo? Agora olhe para
o seu corpo. Você consegue vê-lo, não por inteiro, mas você
o vê. Olhe para o seu pé e aponte o indicador para ele.
Conclusão: você está vendo o lado de fora do seu pé e ainda
apontando para ele, não é? Agora, coloque o seu indicador
exatamente na frente dos seus olhos e aponte para você. O
que você vê? O seu dedo! Então, cadê você?
Você pode até alegar que está aí dentro do corpo, mas isso
não pode ser verdade porque só enxerga fora àquele que está
do lado de fora. Se você estiver no fundo de uma caverna
fechada, conseguirá enxergar o que tem lá fora? Sabe que
não. No máximo, poderá usar a faculdade da memória. Este
conceito pode lhe surpreender, mas é verdadeiro. Quer ver
só? Feche seus olhos. Veja seu coração. Consegue ver seu
coração? Claro que não! No máximo, você poderá usar a
memória, relembrando da figura de um coração que tenha
visto numa revista ou vídeo. Você não pode ver seu coração
porque ele está na parte de dentro. E a parte de dentro você
não enxerga. Mas as coisas externas você enxerga, e muito
bem! Por que, então, você enxerga as coisas externas?
Responda-me agora: onde você está? Porque dentro deste
corpo você não está! Você, que é aquilo que não pensa, está
sim conectado ao corpo e se manifesta através dessa
carruagem.
Conceitos como esse integrarão o terceiro milênio. Aqueles
que insistirem em permanecer na ilusão do ego e nos vícios
não terão espaço para coexistir com as verdades absolutas do
povo da nova era. Já observou como uma criança pede
comida? Tão logo ela tenha aprendido a verbalizar um
pouco, como a criança pede comida a sua mãe? Acaso ela
diz: "estou com fome?" Não! Ela diz: "Joãozinho está com
fome". A mãe retruca na hora: "'Joãozinho está com fome'
não, você está com fome!" A criança estranha e ainda insiste:
"Joãozinho está com fome". Sabe por que a criança se
expressa assim? Porque toda criança nasce sabendo que
aquele corpo e aquela mente pensante não é ela. A criança
nasce sabendo quem é, ela tem identidade. É natural em toda
criança o fato de que ele está muito além do corpo e da
mente racional. Mas não demora pra que os adultos
comecem a recriminá-la com insistência, impondo-lhe
afirmações racionais: "'Joãozinho está com fome' não, é você
quem está com fome!" A criança ainda se encontra em um
estado frágil. De tanto o adulto se impor, termina por
massacrar a identidade da criança, que começa a aceitar essa
falsa identidade que são o seu corpo e a sua mente pensante.
Mas, então, quem é você e onde você está? Porque seu corpo
é apenas um aparelho sensorial que permite experiência r o
mundo da matéria, da ilusão. A mente é apenas um veículo.
Ela é pensante e, se pensa, também não pode ser você. É o
ego que se manifesta através da razão, da lógica, dos
pensamentos. E o ego não é você. Na verdade, ele é uma
ferramenta maravilhosa que você tem mas que será o seu
lado negro se você não o dominar.
Você está muito além do corpo e da mente. Você é muito
mais do que seu corpo e sua mente. Mas, então, quem é você
e onde você está? É para a obtenção destas respostas que o
xamanismo encaminha você. Na integração cósmica você
sabe essas respostas. Existem vários caminhos que irão lhe
conduzir para a integração cósmica. Na verdade, todos os
caminhos levam a Deus. Uns são rápidos e retos, como nos
ensina a luz. Outros são cheios de curvas e longos demais.
Daí a expressão: "uns vão pelo amor e outros pela dor".
A meditação e as plantas de poder, se usadas corretamente,
são um desses caminhos rápidos e retos para a integração
com o cosmo, para a integração com Deus. Ambos lhe
conduzirão para os estados mentais da consciência ampliada.
A ayahuasca, em rituais de xamanismo, é um atalho para a
iluminação. Esse atalho, além de não fazer curvas, ainda é
turbinado. Plantas medicinais usadas da forma errada
também lhe levarão à integração com Deus, mas será por um
caminho cheio de curvas e muito demorado. Pelas drogas
você chegará a Deus através da dor, através do sofrimento.
Drogas só geram sofrimento. E o sofrimento é uma das
formas de retomar a Deus. Mas você pode escolher ir a
DEUS pelo caminho do amor!
Deixo aqui registrado que tenho a consciência de muitas das
minhas encarnações passadas. Já fui hebreu, negro, amarelo
e vermelho. Já estive na posição de escravo e na posição de
senhor de muitos escravos. Fui membro de igrejas, mas
também sacerdote nas sinagogas. Outrora fui soldado e
usava o gládio, mas também fui centurião. Julguei ter sido
muito injustiçado por alguns, mas também cometi grandes
injustiças quando nasci em família nobre. Outrora, vivi
momentos de grande paz e momentos de grandes guerras.
Um dia amadureci e, ao olhar para trás, vi o quão grande era
a jornada que eu havia caminhado. Trago dentro de mim
experiências de muitas culturas e das religiões provenientes
delas. Por isso, sei que o Grande Espírito olha para todos nós
da mesma forma, com o mesmo amor. Também é por isso
que ensino o respeito a todos os povos e a todas as igrejas.
Não busco discípulos, busco irmãos. Irmãos caminhando
juntos, de mãos dadas, todos unidos pelo mesmo objetivo de
um mundo bem melhor.
Aqui não há mestres nem discípulos, porque sei que todo ser
humano é mestre e discípulo ao mesmo tempo. Mestre
mesmo é o Senhor Jesus, que comanda todo o astral superior
e foi Ele quem me enviou. Por isso, o CNSC é um solo
ecumênico. Eu prego somente o amor, não prego o poder.
Poder somente a luz possui, mas os que andam na luz
comungam com o poder. Somente o amor lhe põe no
caminho da luz. Portanto, só comungam o poder da luz
aqueles que amam. Não existe poder sem amor. Mas não se
iludam, há situações em que é justo o filho da luz usar o
poder. Principalmente em assuntos que envolvem honra e
sacrilégios, pois é aí que a pessoa vai descobrir que a justiça
sempre virá antes da benevolência!
Aqui recebemos irmãos de todas as religiões e de todos os
povos. Aqui freqüenta o budista, o espírita, o judeu, o
umbandista, o evangélico, o católico, o místico e o esotérico,
o sábio e o ignorante, o culto e o pouco letrado. Aqui vêm
pessoas de todos os povos e de todas as denominações. Mas
todos eles encontram um contato mais íntimo com Deus.
Aprendi, ao longo de todas essas jornadas, que somente o
contato mais íntimo com a Luz Maior nos transforma para
melhor. Por isso ensino o xamanismo. Porque xamanismo
não é uma religião e nem uma doutrina. Xamanismo não é
apenas um dos raios do espectro, mas sim o espectro inteiro.
Xamanismo é integração. No bom caminho vermelho se
aprende rápido que todo homem precisa encontrar seu
centro. Aqui você encontrará seu centro. Quando, nas
tribulações da vida, você se distanciar de seu centro, aqui
sempre poderá encontrá-lo.
Ainda vai chegar o dia em que você também vai olhar para
trás e ver o quão grande é a jornada que já caminhou. Ainda
vai chegar o dia em que você também vai saber quem você é
e onde se encontra. Ainda vai chegar o dia em que você vai
entender que as trevas fogem da luz, porque a luz mostra
para as trevas por que elas são trevas.
Eu só apregôo o amor. Na qualidade de xamã, eu apenas
mostro portas dentro de você que você desconhecia. Mas a
chave que abre estas portas é o amor. Só ensino as virtudes
do espírito que todo ser humano traz latente dentro de si.
Mas o amor é à base de todas as virtudes.
Tenho ensinado sempre que devemos ser forte com os fortes
e fraco com os fracos; que em meio a lobos precisamos ser
leões, não cordeiros; que devemos ser bons e não bonzinhos.
Sou grato ao Grande Espírito por ter vivido o suficiente para
ver milhares de irmãos e irmãs despertarem seu próprio
guerreiro interior e se transformarem em guerreiros do
coração.
Minha missão já está quase cumprida com a publicação
desse livro. Tenho dado o testemunho vivo do desapego
material, da consciência da impermanência e do amor
incondicional. Já espalhei as sementes das boas novas a
muitos e muitos milhares de irmãos e irmãs. Quando eu me
for, seguirei em paz, pois saberei que tive uma existência útil
que deixei minha singela contribuição para o surgimento de
um mundo bem melhor. Mas volto a frisar que quem não
junta espalha. Espiritualmente, não existe a omissão, apenas
a conivência. O omisso em relação ao mal é, na verdade,
conivente com o mal. Ninguém é mestre. Todos são mestres.
O Cristo é o seu Mestre!
Testemunhos de quem viveu o FALSO
SANTO DAIME
Meu nome é L. M. B. M. A., nasci em Santana do
Livramento Rio Grande do Sul em 28 de novembro de
1955. Sou dentista, isto é, exerci Odontologia Preventiva -
Odontopediatria por 18 anos. Depois fiz pós-graduação em
Administração de Empresas e trabalhei mais 6 anos na TV
Setorial- TV educativa e regional do Vale do Paraíba.
Agradeço a Deus a oportunidade e a honra de estar lado a
lado do Gideon, meu amigo e padrinho do Céu Nossa
Senhora da Conceição, mas por mais que eu coloque aqui
alguns adjetivos nunca serão suficientes para descrever a
firmeza e a garra de uma pessoa que abraçou uma missão
de peito aberto e não descansa até vê-Ia cumprida. Como
ele mesmo diz, devemos viver por algo que valha a pena dar
a vida.
Antes de contar o que sei, o que vivenciei, tenho que colocar
alguns conceitos e formas de conduta, portanto, ações que
me norteiam.
Os Jargões da sociedade são frases ditas e repetidas há
muito tempo que se tornam "verdades" só porque escutamos
desde que nascemos. Eles nos enrijecem, ou "emburrecem"
mesmo!
O principal jargão que não aceito é:
"Isto não é comigo" - eu "não sou responsável por isto" ou
"pela desgraça do mundo". Estas e outras frases
semelhantes que podem ser faladas em "mil e uma"
circunstâncias deviam ser banidas da sociedade porque
encalham a evolução dela!
Se realmente é um assunto que eu não entendo eu posso
responder: Isto é com os marceneiros (por exemplo, porque
não entendo nada de marcenaria). Ou eu conheço um ótimo
marceneiro, é o fulano. Ou, o fulano deve conhecer um
marceneiro podemos falar com ele ou o que for possível se
fazer, que se faça!
Mas pelo amor de Deus! Todos nós que estamos no mundo
somos responsáveis por ele sim e devemos mesmo fazer
alguma coisa, qualquer coisa, o que cada um puder!
Quando se trata de coisas que destroem a sociedade então,
jamais podemos nos omitir, ou apoiar. Como diz o Gideon:
omissão não existe e sim conivência.
Devemos ter envolvimento com o mundo, raciocinando e
agindo assim, o mundo muda mais rápido, a começar pelo
que está a nossa volta.
A paz no mundo começa no meu interior, no interior de
todos nós.
"Mas no meu interior é que tenho que dar conta primeiro e
depois poder ajudar o mundo a minha volta".
É verdade! Mas não podemos estacionar aí, neste estágio a
vida toda. É preciso sair da situação "preciso cuidar de
mim" e entrar na situação "eu posso fazer isto também, além
de cuidar de mim". Este é o ponto! A chave! O alicerce
estruturado para a atividade, missão de vida.
Quando se sai desta "eu preciso de ajuda" para "eu posso
ajudar" é que a vida flui.
Ao estacionarmos no primeiro estágio estamos, de maneira
muito cômoda aceitando uma postura viciada, que faz com
que as pessoas passem a vida inteira pensando só nelas, e a
hora de olhar para as pessoas à sua volta, nunca chega.
Dou conta da minha paz ao mesmo tempo da de todos os que
me cercam! Eu posso! Eu quero! Demais a mais SOMOS
UM. É só resolver.
Meu pai, M. M. M., dizia, com muita freqüência duas frases
que me marcaram e que comprovei a vida toda: RICO É
AQUELE QUE DÁ E POBRE É AQUELE QUE PEDE. Por
mais necessitado que uma pessoa seja, se ela enxergar a
possibilidade de ajudar o outro, com amor, estando inteira
no ato, com a única intenção de ajudar o outro, ela muda a
situação dela mesma. A outra frase é: É IMPOSSÍVEL NÃO
BENEFICIAR A SI MESMO QUANDO SE PENSA E SE
AGE NO BEM DE TODOS.
O pensamento "primeiro cuidar de mim" tem justificado
muito egoísmo e muita omissão, multiplicando o número de
Pilatos. Devemos ter sempre em mente o bem coletivo a
começar pelos mais próximos de nós. É possível SIM, a
qualquer instante, mesmo na maior das crises, ou
especialmente nelas. Não existe esse momento de pensar só
em mim, sou uma unidade importante do todo. O todo que
me cerca precisa de mim e vice-versa.
Devemos ter sempre em vista o bem da humanidade. Porque
não? Somos pequenos para isto? Não. Nós somos a unidade
que compõe a humanidade. Façamos cada um a nossa
parte!
Minha parte aqui:
Quando ouvi falar sobre ayahuasca foi em um documentário
no canal Discovery Channel. Pegamos o bonde andando,
meu marido e eu, mas ficamos muito curiosos. Pouco tempo
depois fiquei sabendo que em Pindamonhangaba, local onde
moramos tinha um local em que se fazia o uso.
Fomos conhecer. Levei um choque inicial. Não sabia que
era usado de uma maneira tão ritualizada. Ou melhor,
dogmática, hoje eu já sei me colocar melhor nesta questão,
não sou a favor de "dogmas nem tabus" (dogma: ponto
indiscutível de uma doutrina religiosa e tabu: proibições
convencionais impostas por costume ou tradição), mas
rituais eu respeito muito. A seriedade e a firmeza de
propósitos acontecem na seqüência de rituais (ritual:
conjunto de práticas consagradas pelo uso, que devem ser
observadas em determinadas situações, são na verdade uma
metodologia eficaz de se atingir um objetivo). O Gideon,
sempre explica: Todo ritual deve ser revestido de toda
seriedade e respeito, para que se cumpra seu objetivo.
Dogmas e tabus, escravizam e não tem sentido prático, ao
passo que o ritual você realiza livremente sem se sentir
constrangido. Mas só hoje, com a teoria e a prática bem
vivenciada, é que posso ter este discernimento.
Porém naquela época isto era impossível para mim e então
"mergulhamos de cabeça". Meu marido e eu passamos a
freqüentar o Santo Daime. Eu cheguei até a me fardar.
Sempre lendo e estudando tudo o que podíamos. Sempre
buscando, meu marido e eu, cada vez mais, esclarecimentos.
Embora fosse o hábito desta instituição fazer a "reunião de
novos", por mais que eu fosse a essas reuniões, elas não me
esclareciam tantas perguntas, mesmo as "respondidas". E
depois, que consegui maiores esclarecimentos, percebi que
havia conhecimentos que se perderiam se dependessem de
um dia se perguntar. É que uma vez eu perguntei para
madrinha, no final de uma reunião: - Ana porque você não
explica tudo, numa ordem, numa seqüência, para não se
perder. Olha, hoje, por exemplo, você não falou da limpeza.
- Ao que ela respondeu. - A gente responde só o que
perguntam. O Daime responde tudo.
Hoje entendo, muito bem, que esta postura é arriscada e
desonesta. Por tudo o que vivenciei. As explicações dadas na
palestra inicial, feita em todos os trabalhos "lá no Céu
Nossa Senhora da Conceição comprovam isto. É
simplesmente uma atitude natural de respeito que o Gideon
tem com todas as pessoas que lá comparecem.
Ninguém que vai pela primeira vez participar de um ritual
de ayahuasca saberia perguntar o que é muito necessário
saber para se ter uma boa experiência com ela. E vale aqui
repetir: Omissão é mentira!
Eu, empolgada e sem prudência (que "era"). Fui levando
logo para lá minha mãe, mais uma irmã (tenho outra irmã
que já freqüentava) e, também, um sobrinho. Meu marido
tem uma propensão natural de não se deixar envolver até se
sentir muito seguro. Esta é uma qualidade fortíssima nele.
Eu me encantei e embora ainda continuasse a estudar, já
havia me entregado, tanto que levei mãe, irmã, etc.
Teve ocasião, que meu marido perguntou a madrinha,
Porque Cefluris? Resposta: Ah! Porque sim. Tínhamos que
ter um respaldo legal e o Cefluris é uma instituição "idônea"
(na opinião dela!). Outra ocasião, ele perguntou: Se o
Daime harmoniza pessoas e grupos. Porque, justo o mestre
da Doutrina - Mestre Irineu, não cofiaria a sua esposa ou ao
filho prosseguirem. Porque ele confiaria a Doutrina a um
"amigo"?!
Um dia meu marido, chegou com uma bomba. "Lá tem
drogas". Eles usam drogas, vamos lá e você vai ver. Fui e
quando cheguei lá nem me lembrei que deveria observar.
Meu marido viu e começou a se revoltar. Falava comigo e
eu não queria ver. Hoje me dou conta de tudo, mas na
época, envolvida que estava, com minha mãe e irmãs junto a
mim, não queria mesmo enxergar!
Primeiro descobri que a linha que eu freqüentava não era
única, tinham outras. Depois descobri que esta linha (o
CEFLURIS) é uma linha que usa maconha, e não concordo
com isto.
Eu cheguei a me fardar sem saber deste "detalhe" (omitido
para variar!). Detalhe de fundamental importância para
mim. Me revoltei, mas hoje entendo que foi o caminho que
eu tinha que percorrer para entender a minha missão.
Um dia, no meio da "crise" que meu marido e eu
atravessamos por causa da minha teimosia em não querer
aceitar e de não querer ver que lá havia drogas, falta de
esclarecimento, falta de transformação, falta de
prosperidade e tudo o mais que a edificação do ego
proporciona. Um dia no meio desta crise, me vi no carro do
"Padrinho Valter", junto comigo estavam as minhas duas
irmãs. Eu fui contando para eles que o Caio, meu marido,
"inventou" que lá tem drogas! Ai o padrinho Valter me
respondeu, e se as minhas irmãs tiverem firmeza vão
confirmar! "Você já viu um trabalho de Santa Maria aqui?
Não (respondi) Então (ele continuou), e durante a semana,
eu vivo falando para os meninos, e só duas vezes (que se
pode usar a maconha). É que Lia... o Daime tem destas
coisas... ele tira muita gente das drogas, mas para alguns
ele apresenta!" (foi primeiro buraco no alicerce do que eu
estava tentando construir!).
O Daime que Raimundo Irineu Serra nos deixou, jamais
apresenta drogas para uma só pessoa sequer, que dirá para
alguns! Depois, lá no Céu Nossa Senhora da Conceição, eu
descobri o número catastrófico desse "alguns". Lá eu tive
também muitos esclarecimentos, aliás, os fundamentais. Na
maior transparência e honestidade.
Continuo estudando_ lendo e buscando mais e mais
esclarecimentos, mas lá no Céu Nossa Senhora da
Conceição eu aprendi muitas coisas importantes, como:
. Que ayahuasca expande a consciência e você pode
expandi-Ia de outras formas. Como respirações, meditação e
outras técnicas que lá são ensinadas.
. Que a limpeza pode ocorrer e é bem vinda, quando se tem
o que limpar.
. Lá eu fiz vários cursos e inclusive assisti a uma palestra
com um médico que faz um estudo científico sobre o efeito
da ayahuasca recuperando os danos causados pelas drogas
no cérebro de pessoas viciadas.
. Outra coisa muito importante que lá aprendi a fazer a
separação do ego do nosso eu centrado (eu superior). É tão
maravilhoso viver este conhecimento. Pode parecer estranho
para quem não o vivenciou. Mas só depois desta vivência é
que começamos realmente nossas mudanças.
Enfim, é para lá que eu levo, muitas pessoas que buscam a
luz do entendimento na expansão da consciência. Vou levar,
agora mesmo, uma amiga, que esta sofrendo com um filho
de 17 anos, que rouba da própria casa para ter dinheiro
para comprar drogas.
Aliás, sobre está história de ayahuasca com drogas preciso
ainda por às claras. No tempo em que freqüentei a
instituição aqui de Pinda (Cefluris), e me foi omitido o uso
da maconha, como já contei, levei para lá minha mãe e mais
uma irmã, outra irmã já freqüentava e ainda freqüenta junto
com minha mãe. Hoje uma dessas irmãs não quer nem ouvir
falar em Ayahuasca, Santo Daime, ou Daime - mácula no
nome! Porque viu que lá usavam drogas, usaram na frente
dela! - talvez uma espécie de pressão para fazê-la usar.
Sentaram-se em roda em volta da minha irmã, após um
trabalho, e começaram a pitar e passar um cigarro de
maconha, na roda estavam a madrinha e a alta diretoria da
instituição!
Mas quando comecei a freqüentar esta instituição ouvi (da
madrinha), na tal reunião de novos que os jovens usuários
de drogas e os alcoólatras perdiam, respectivamente, o
gosto pelas drogas e pela bebida. Achei maravilhoso! Fui
buscar um sobrinho que sabia que era usuário de maconha.
Convidei meu sobrinho a ir comigo e eis o que realmente
aconteceu:
Na primeira vez que ele tomou o Santo Daime (lá eles usam
este nome) ele resolveu parar com as drogas e parou,
durante três meses. Ai aconteceu de haver uma caminhada
para Aparecida. Ele foi sozinho, na época eu ainda
trabalhava muito e não podia estar em todos os eventos.
No meio da tal caminhada, meu sobrinho viu o padrinho e a
madrinha, do Cefluris, usando a maconha (ela tem um nome
de Santa - acho que é para sabotar a consciência), Meu
sobrinho mergulhou nas drogas novamente, por algum
tempo pensou que eu apoiava àquilo.
Foi através deste sobrinho, e das suspeitas do meu marido e
de tudo o que eu vivenciei que, finalmente, descobri que
estava apoiando uma instituição que jamais apoiaria se
soubesse de toda a verdade.
O Gideon deixa esta história muito bem esclarecida e, é por
este motivo, que é para lá que eu levei e levo tantas pessoas
que necessitam de ajuda e esclarecimento.
Eu mesma tive muita graças ao freqüentar este lugar. Tenho
muito que aprender ainda. Mas reconheço que meu
progresso espiritual trouxe o meu progresso profissional e
financeiro e tudo o mais que já alcancei graças a este
percurso.
Tem mais algumas coisas que quero colocar aqui, como, por
exemplo, sobre o Curso de Difusão Cultural que fizemos na
USP. Drogas - Perspectivas em Ciências Humanas (03 de
outubro a 05 de dezembro de 2006, às terças-feiras, das
19h30 às 22h30).
Verifiquei durante este curso um grande esforço de todos os
integrantes, ou melhor, a intenção muita bem declarada do
movimento em si, de encaixar a Cannabis Sativa como
substância psicoativa de nenhum malefício, ou até mesmo de
muitos benefícios aos seus usuários.
As principais argumentações foram fracas e baseadas em
análises que desprezam, menosprezam ou mesmo
ridicularizam a ciência e as comprovações científicas. Não
foi abordado em nenhum instante o uso de drogas como
catástrofe social que é. Houve um debate, se é que podemos
dizer que é debate, no encerramento do curso. Digo isto,
porque em um debate deve haver dois lados para debater e
na verdade houveram 4 discursos a favor da legalização da
maconha. Lá foi muito citado uma apostila da ABRAND -
Associação BRASILEIRA multidisciplinar de.Estudos sobre
Drogas cujo tema da apostila é Maconha - uma visão
multidisciplinar. Esta apostila se contrapõe a uma
publicação científica da ABP - Associação Brasileira de
Psiquiatria - intitulada "Revisão Científica: Maconha e
Saúde Mental".
Durante todo o curso houve ainda a intenção muito clara de
se colocar no mesmo caldeirão, ou na mesma prateleira a
Cannabis Sativa e a Ayahuasca, ignorando-se a diferença de
ambas.
A Cannabis pegando carona nas qualidades da ayahuasca
numa tentativa de encantar e incentivar o seu uso.
A Ayahuasca foi trazida da cultura indígena para o homem
branco pelo ex-seringueiro Raimundo Irineu Serra - o
mestre Irineu em 1930.
O fenômeno Mestre Irineu (mestre de nova era, como tantos
mestres já enviados para auxílio ao desenvolvimento da
humanidade) historicamente estudado e documentado,
demonstra claramente que ele foi o criador (ou quem
canalizou, recebeu.) uma metodologia de uso ritualizado da
ayahuasca, hoje conhecido como Daime.
Após 1930, ou seja, após o mestre Irineu, surgiram outras
instituições como, A Barquinha - de Daniel Pereira -1945 e
a Associação Beneficente União do Vegetal hoje conhecida
como UDV - de José Gabriel da Costa - 1961
Preparando-se para sua passagem, Irineu em vida, teve a
preocupação de organizar um estatuto porque previa que
após a sua morte ocorreriam mais ramificações (as
chamadas linhas). As diversas linhas são formas de rituais
variáveis que foram previstas e aceitas por mestre Irineu.
Quando lhe perguntaram, com qual linha ele ficaria,
respondeu: eu fico com todas. É natural que estivesse se
referindo as linhas que seguiram com o uso de ayahuasca,
só e somente só, de formas variadas de rituais.
O acréscimo de outra substância - a Maconha - ao ritual do
Daime em uma das "linhas" foi trazido por Sebastião Mota
de Melo - o Padrinho Sebastião, como é conhecido, e está
"linha" que segue o Padrinho Sebastião é o CEFLURIS.
Se olharmos para o artigo 19 do estatuto deixado pelo
Mestre Irineu, veremos que esta "linha" nem pode ser
considerada uma linha. Ela é em sua essência um grave
desvio, um engano de conseqüências que podem ser
comprovadas de muitas maneiras.
Hoje persistem e aparecem as ramificações, as linhas que
foram surgindo após a passagem do mestre Irineu. Podemos
considerar válidas e linhas de fato as que seguem o preceito
básico deixado pelo estatuto e pela vontade de Mestre
Irineu.
I
A Ayahuasca teve seu percurso de perseguições e
comprovações, é legalizada e só causa benefícios aos seres
humanos de forma comprovada cientificamente e de
qualquer outra forma de observação que não a ciência. A
verdade é o que é dado a ver.
A USP é uma instituição muito séria e não sabe o que ocorre
lá dentro. Mas é assim, também, que são levados para o
"daime" desvirtuado com drogas, que não I é daime coisa
nenhuma, uma porção de jovens desavisados, cujos pais não
fazem: idéia que lá, dentro de uma instituição de ensino, os
filhos estão "aprendendo" a menosprezar as comprovações
científicas e a desrespeitar as leis e a própria instituição de
ensino.
É interessante notar, que os organizadores deste curso
tiveram oportunidade de realizá-lo, justamente por
dominarem uma ciência.
Estão dentro de uma instituição de ensino em nome da
ciência que professam, mas menosprezam e ridicularizam
outras áreas da ciência, para atingir seus objetivos de
desfazer, desorganizar e mesmo desrespeitar outras ciências
que comprovam o que eles não querem enxergar. Total falta
de ética!
Para Concluir vou contar um pouco da experiência que
estamos vivenciando agora:
Estamos dando trabalho com ayahuasca, somos
responsáveis por um ponto de luz saído do Céu Nossa
Senhora da Conceição. Caio, meu marido, e eu aceitamos
esta missão, entendemos que poderíamos servir, entendemos
que seria, e é, uma grande honra e uma grande
responsabilidade.
Nos preparamos através de um curso de "Padrinhos e
Madrinhas" recebemos autorização ou fomos "aprovados"
já no primeiro curso que fizemos, mas mesmo assim
resolvemos fazer mais dois cursos que já ocorreram depois
do primeiro. Acho que vamos fazer todos os que tiverem e
também vamos continuar a estudar de todas as formas para
permanecermos bem preparados para esta missão. Nunca
vamos parar de estudar e aprender.
Tem um detalhe que é muito importante. Por mais que nós
nos preparemos nunca vamos passar de "enfermeiros". O
Gideon, o Xamã nosso padrinho, sempre se diz "simples
enfermeiro" explicando que quem dá o trabalho é o alto, a
espiritualidade, os seres de luz. Digo isto só para que fique
claro que devemos trabalhar com muita, seriedade, lucidez e
muita humildade.
Nestes cursos (o primeiro foi de 9 dias e os dois outros
foram de 5 dias cada um) nós ficamos todos estes dias em
jejum de palavras (silêncio absoluto) e comendo papa de
arroz sem sal e as vezes mandioca sem sal. E, é claro
tomando muita ayahuasca. Aprendemos muito. O silêncio, a
dieta e os dias seguidos com trabalhos de ayahuasca, as
palestras e orientações do Gideon, os cursos e técnicas =
apresentação de ferramentas, provocam uma profunda
interiorização e uma grande mudança. Para melhor é claro!
As ferramentas são cursos de: "Tela mental", "Animais, de
força", "Viagem astral", "Quebra da Ilusão da Realidade",
etc. Tudo isto nos fortalece nos transforma e depois nos
transporta para um viver mais consciente. Aprendemos que
é uma coisa só, não há separação entre vida espiritual e
vida material. A vida material é um reflexo da vida
espiritual.
Outra coisa muito importante que aprendemos lá, como já
foi citado, é a separação do ego do nosso eu centrado (eu
superior). Com o auxilio da expansão da consciência
facilitada pelo Daime ou ayahuasca bem orientada, nós nos
vemos por dentro. Mas logo depois da expansão da
consciência que um trabalho dê ayahuasca proporciona,
com os dias que se seguem, o ego pode voltar a assumir com
força o comando de nossas vidas. No dia a dia devemos
ficar atentos para não perder aquela lucidez que a
consciência expandida, proporciona. Caso contrário o ego,
que sempre reinou soberano, volta a dominar e se
permitirmos, se não estivermos atentos, ele sabota a nossa
consciência. Então inventamos mecanismos de defesa,
inventamos histórias e justificativas para que tudo volte a
ser como antes e é justamente ai que mora o perigo. Quando
a pessoa toma Daime sem ter tido a experiência da
separação do ego ou sem maiores esclarecimentos, ela cai
nas suas fraquezas novamente e acaba fortalecendo o ego.
Vamos assumir a responsabilidade de Mudança! SOMOS
NÓS
Somos nós que mudamos o mundo para melhor. Podemos
viver assim clareando a vida das pessoas enquanto
clareamos a nossa vida!
Assumo toda a responsabilidade por tudo que aqui contei:

L. M. B. M.A.

Depoimento do policial F.
Caro Irmão Emiliano Dias Linhares, Gideon dos Lakotas
Através da presente Carta venho dar testemunho do que
vivenciei nas Igrejas Conveniadas ao CEFLURIS, durante o
período em que lá estive.
Nos idos de 1990 tive uma companheira que freqüentava a
Igreja Céu do Mar, que fica na Estrada das Canoas n° 3036,
São Conrado, Rio de Janeiro, RJ.  Face aos
constantes convites por parte dela, eu finalmente cedi e fui
conhecer o que ela chamava Santo Daime. Antes, porém
tendo ainda certa dúvida quanto o Santo Daime ser droga
ou não, pois eu nunca tive experiência com drogas e
inclusive não sou de beber e fumar, tomei o cuidado de
pesquisar um pouco e descobri que o Santo Daime não
estava relacionado como droga, então decidi ir conhecer.
Chegando lá no Céu do Mar ao ingerir o Santo Daime tive
uma revelação, na qual a presença que vi e que se
denominava Virgem da Conceição, me disse que
necessitaria de minha ajuda para uma missão. Continuando
a freqüentar os trabalhos espirituais, fui recebendo mais
alguns esclarecimentos, sempre que ingeria o Santo Daime e
finalmente percebi que havia realmente alguma coisa
estranha na forma como as coisas eram conduzidas, percebi
que o hálito de várias das pessoas tinham o cheiro parecido
com o da maconha, que seus olhos ficavam muito vermelhos,
indícios característico de pessoas que fazem uso dessa
droga.; Isto é fácil perceber, pois quase todos já passaram
por alguma situação na vida em que se depararam com um
viciado; Finalmente em um determinado trabalho espiritual
na Igreja Céu do Mar a figura que se apresentava nas visões
espirituais disse que precisava de meu auxílio para limpar
sua casa, ou seja, a Igreja, o que depois fiquei sabendo ser
um problema ainda maior, estava em todas as Igrejas de
Santo Daime que veneravam Sebastião Mota de Melo
conhecido como padrinho Sebastião.Quando comecei a
freqüentar os trabalhos espirituais o padrinho Sebastião
havia falecido faziam poucos meses e todos mencionavam
seu nome com grande respeito. Quando tentei sondar sobre
os fatos revelados pela Visão, fui descobrindo que realmente
havia uma doutrina paralela nas Igrejas que idolatravam
Sebastião Mota de Melo, que a doutrina paralela era a
comunhão com a maconha que eles a chamavam de "Santa
Maria" e que para participar do culto apenas eram
convidadas pessoas de confiança e os integrantes da Igreja
que são denominados de "Fardados".
Depois de tentar por algumas vezes conversar com o
dirigente de lá cujo nome é Paulo Roberto, e não ter logrado
êxito em conseguir solução para os fatos em uma entrevista
pessoal, finalmente em um dos trabalhos a mesma entidade
que me havia aparecido me deu uma solução para a
questão, então segui as orientações e comecei o processo de
iniciação, que lá chamam de "fardamento". Após o
"fardamento" comecei a ter mais espaço dentro daquela
irmandade, porém não me permitiam saber sobre a doutrina
da "Santa Maria" e seus pormenores. Só depois quando
alguns participantes fardados e ex-fardados que tomaram
conhecimento de minha proposta, de que o Santo Daime
fosse praticado de maneira Legal, ou seja, sem que fossem
praticados outros cultos parasitários concomitantes com o
Santo Daime, como, por exemplo, a "Santa Maria" que é o
uso da maconha, é que comecei a ter informações sobre o
uso da maconha com o nome de "Santa Maria", que haviam
locais determinados fora do salão de trabalhos espirituais
que chamam de Igreja, que estes locais são denominados de
"casa de pito", que o ato de pitar ou comungar a "Santa
Maria" era utilizar a maconha como planta de poder, que
apenas poderiam ir até a " casinha do pito" durante o culto
ou fora dele as pessoas que estivessem comprometidas a não
revelar o segredo, de que foi Sebastião Mota de Melo quem
introduziu o "Culto à Santa Maria", que este culto teve
início no período após o falecimento do Mestre Raimundo
Irineu Serra em 1971, quando Sebastião Mota de MeIo se
arvorou no direito de ser seu sucessor natural, saindo da
Igreja fundada por Mestre Irineu que se chama Alto Santo e
fundado sua própria linha espiritual juntamente com seus
filhos e atuais sucessores de nome Alfredo e Valdete. Na
época muitos "'hippies" freqüentavam seus trabalhos
espirituais, que tempos depois Alex Polari e um psicólogo de
nome Paulo Roberto, que se tornou seu genro casando-se
com sua filha de nome Nonata, que daí graças aos
conhecimentos de Alex.
Polari e Paulo Roberto foi se estruturando o que foi
denominado de CEFLURIS - Centro da Fluente Luz
Universal Raimundo Irineu Serra, e que todos aproveitando-
se do bom nome do Mestre Irineu, pessoa de grade índole
moral, material e espiritual, começaram a desenvolver uma
rede de Igrejas que usam o Santo Daime e o bom nome do
Mestre Irineu como fachada para encobrir seus trabalhos
ilegais com a utilização da maconha, e que este é o
verdadeiro motivo da grande expansão numérica de Igrejas
que idolatram a pessoa e a Doutrina criada por padrinho
Sebastião, um culto dirigido por pessoas gananciosas, que
existem filiais com representatividade em várias cidades de
todos os estados brasileiros, inclusive em diversos países,
que a grande fonte de riqueza é a venda e distribuição do
chá Santo Daime, que o responsável pela venda e
distribuição é um integrante da seita de nome Caparelli, que
Caparelli também tem uma;Igreja que fica no Pontal da
Barra no Rio de Janeiro e que se chama Jardim Praia da
Beira Mar, que Alfredo e Alex Polari estão à frente do
CEFLUR e que Paulo Roberto por ganância tem sua própria
rede de Igrejas com o mesmo ,princípio tanto em todo o
Brasil quanto em diversos países, que isto é facilmente
constatado vendo como estas pessoas tem enriquecido tão
vertiginosamente desde que passaram a integrar este tipo de
atividade, que se forem pesquisados existem,ocorrências
envolvendo essas pessoas em algum tema relacionado a
entorpecentes, que Sebastião é reconhecido na Doutrina que
fundou como a reencarnação de João Batista, que Alfredo é
conhecido como reencarnação do Rei Salomão, que Alex
Polari é reconhecido como a reencarnação do Rei David,
que os seguidores muitos realmente sabem que estão
praticando coisas erradas mas segundo a instrução de,seus
Dirigentes "o mundo ainda não está preparado para que
seja revelado em público a profundidade das práticas
deixadas por Sebastião Mota de Melo". Durante o período
em que freqüentei me foi dito por ex-fardados que Sebastião
teria como causa de sua morte o uso demasiado de "Santa
Maria", que quando morreu Sebastião havia deixado uma
fita gravada dizendo que havia falhado nas suas convicções
e quem quisesse levar a bandeira da "Santa Maria" o fizesse
com o seu próprio nome, depois do falecimento do padrinho
Sebastião foi criado em torno de sua pessoa um mito e que
foi ainda mais popularizado e difundido sua Doutrina da
"Santa Maria". Então, com o decorrer do tempo fui
observando e tentei por diversas maneiras conversar com
alguns dos representantes, que ao invés de sanarem todas as
distorções por mim apontadas, ao contrário, procuraram
cada vez mais aumentar a segurança quanto a divulgação
destas informações, para que ninguém viesse ate mim para
fazer relatos similares. A liberação sua e abertamente
defende comunidade Janeiro Rio Mar Rainha dirigente
Imperial Marcos nome CEFLURIS filiada também pessoa
uma Orkut no Maria"< "Santa à Culto do existência a
comprova que o redor, ao plantados maconha de pés vários
tem drogas, uso proibir não país Holanda, na fica Igreja da
filial.
No Brasil locais onde são plantados os pés de maconha são
guardados em segredo, porém acredito que será fácil
constatar desde que a Polícia Federal passe a fazer
operações para averiguar e constatar tais fatos. Acredito
que em todo o Brasil e no estrangeiro devem existir diversos
relatos tristes que envolveram e envolvem até hoje diversas
pessoas, que todos tem medo de se expor e serem
perseguidos, pois os dirigentes alegam ser amigos de
pessoas influentes e poderosas...
Crianças participam de trabalhos com Santo Daime e mães
com crianças de colo participam também, existe dia especial
para culto apenas de crianças, que desde pequenas
aprendem a idolatrar o padrinho Sebastião, que na fase a
adolescência muitos são iniciados no culto a "Santa Maria",
segundo me relataram.
Durante o tempo que convivi com toda essa situação, no
período de 1990 a 2000, fui convidado por uma pessoa da
Doutrina, chamada carinhosamente de Baixinha, dirigente
espiritual da Igreja Céu da Montanha em Nova Friburgo, e
juntos tentamos por diversas vezes conscientizar a todos do
problema da "Santa Maria", inclusive a Baixinha por
diversas vezes propôs que fossem realizados trabalhos para
a cura do vício e a exclusão da prática do uso da "Santa
Maria".
Estive no período que freqüentei percebi que por diversas
vezes em que eram empregadas as palavras "Santa Maria" e
"Santa Clara" nos cânticos e nas preleções tanto nas Igrejas
associadas quanto nas filiadas ao CEFLURIS que estas
palavras fazem menção a maconha e a cocaína
respectivamente.
Constatei ainda através de estudo espiritual com a ingestão
de Santo Daime, que no Hinário do Mestre Irineu em
nenhum dos Hinos, ou seja, Cânticos, tem juntas as palavras
"Santa Maria". Pode-se ler o Hinário do princípio até o fim
e constatar a veracidade do fato que afirmo, isto é, para se
concluir que não é a toa que Raimundo Irineu Serra é
reconhecido como Mestre. Ele jamais permitiu uso de
drogas em seus trabalhos espirituais deixando inclusive bem
explícito no Estatuto de Fundação do Alto Santo quanto aos
procedimentos a serem tomados, assim jamais permitindo
que seu nome seja associado a coisas ilegais.Por mais que
tentem envolver seu nome, sua figura está ilesa tanto por
suas palavras, quanto por seus escritos e seus atos.
O CEFLURIS e o Céu do Mar mantém sites na Internet
divulgado a pessoa do padrinho Sebastião, é só qualquer
pessoa que realmente quiser averiguar os fatos começar a
freqüentar os trabalhos espirituais para em pouco tempo
testemunhar tudo aquilo que estou afirmando.
Espero que este relato sirva para que outros neste momento
se sensibilizem e passem a remeter mais cartas divulgando
suas vivências com as Igrejas associadas ao CEFLURIS que
disseminam a doutrina da "Santa Maria" a Emiliano Dias
Linhares, cujo nome espiritual é Gideon dos Lakotas,
responsável pelo Instituto Xamânico Céu Nossa Senhora da
Conceição a utilizada da forma que quiser, quer seja para
reproduzi-Ia ou divulga-Ia por qualquer meio.
Fraternalmente
F.
IV Plantas de poder X Voltar ao sumário
Plantas drogas

Primeiramente, desejo explicar que xamanismo é


universalismo. Portanto, um xamã não se atém nas âncoras
das verdades efêmeras dos pré-conceitos de homens ou
tribos, dogmas e tabus, que na verdade têm origem apenas no
apego. Nós sabemos que somente as verdades absolutas
promovem um acelerado crescimento espiritual. Então, nós,
xamãs, sabemos que intuição e razão precisam andar em
paralelo.
Ciência e espiritualidade devem fazer parte de todos os dias
de sua vida para que você possa adentrar as maravilhas do
reino dos céus. A intuição lhe dá a direção, a razão traça o
caminho, e pela vontade você alcança. No mundo existe a
luz e a ausência de luz. Na verdade, não há sombra, mas
ausência da luz. E na ausência da realidade. Pensa demais,
racionaliza demais. Assim, enxerga como se houvesse
fumaça diante dos olhos e se perde.
Mas quando você se encontra na luz, com a firme coragem
de enfrentar e dominar as paixões do coração, silenciar o
próprio cérebro e vencer os vícios de uma ver por todas,
então sua luz fica ainda maior porque o grande espírito sorri
para o filho obediente. Portanto, não concordar com as
coisas que lhe desviam da luz é sábio; E enxergá-las é uma
grande necessidade da evolução.
Todas as plantas provêm do Grande Espírito, todas são
bênçãos. Não há planta_ ruins, e todas foram criadas com
funções distintas. Existem as plantas medicinais as plantas
de poder e, ainda, as plantas de poder professoras:
. Plantas medicinais: criadas exclusivamente para fins de
cura, medicinais. Agem pela química que têm e são
geralmente voltadas à ação em um órgão especifico, com
rara exceção. Mas medicação usada de forma errada
prejudica e causa dependência.
. Plantas de poder: possuem a capacidade de promover a
ampliação da consciência e a conexão com o mundo
espiritual. Mas elas não lhe guiam. Apenas lhe colocam lá,
daí você precisa se valer da bagagem espiritual que já possui
para poder caminhar. Infelizmente, a grande maioria da
humanidade está apenas engatinhando no que se refere ao
mundo invisível.
. Plantas de poder professoras: têm a capacidade de
promover a ampliação da consciência, a conexão com o
mundo espiritual e ainda lhe guiam por este mundo e lhes
ensinam muito. Por isso são professoras! A ayahuasca é a
rainha das plantas de poder nesta era em que vivemos.
A PLANTA DE PODER
A planta de poder se caracteriza pela capacidade de causar
alterações de consciência de a quem a utiliza. Ela não causa
qualquer dano físico ao usuário e, ainda, pode chegar a
reativar por completo órgãos danificados ou mesmo, em
certos casos, reativar totalmente órgãos que não
funcionavam mais.
Outra característica importante é que a planta de poder
possui elementais masculinos e femininos igualmente. Por
isso ela causa o equilíbrio! Assim ela age no homem mais no
lado masculino e menos no feminino, pois a natureza do
homem e' maior no lado masculino e menor no feminino.
Energia masculina é criação e circula principalmente nos
braços e tórax. Por isso o kambô, nos homens, é aplicado nos
braços. Na mulher ela age mais no lado feminino e menos no
masculino, pois a natureza da mulher é maior no lado
feminino e menor no masculino. Energia feminina é
recepção e circula principalmente nas pernas. Por isso, nas
mulheres, o kambô é aplicado nas pernas.
Uma característica importantíssima é o fato de uma planta de
poder jamais causar dependência em quem dela faz uso. Ela
jamais viciará ninguém, pois age pela energia que tem e não
pela química que possui. Tanto que mesmo as leis cientificas
não conseguem enquadrar uma planta de poder na classe das
drogas! Esta é a razão pela qual o organismo jamais oferece
resistência a uma planta de poder, ou seja, os efeitos que lhe
causam 50ml de ayahuasca hoje serão os mesmos efeitos que
lhe causarão 50ml da mesma ayahuasca depois de 20 anos!
O que muda é apenas o nível de experiências espirituais,
jamais os efeitos.
Outro detalhe é o fato de toda planta de poder promover,
sempre que houver necessidade, a limpeza física e energética
do canal ou corpo que a usa, pois a luz não habita em templo
sujo. A planta de poder conecta quem a usa com a
sensitividade e com as energias do espírito. Ela promove,
cada vez mais, a abertura e o alinhamento dos chacras.
Assim, seu usuário começa a aumentar muito o SENTIR.
Começa a compreender pela intuição e basear suas certezas
na luz em que passa a viver... Ele sabe o caminho que deve
seguir porque SENTE, não porque a razão assim definiu.
Nos trabalhos de consciência ampliada com ayahuasca, você
sempre tenderá a manter contato direto com o seu eu interior,
com a sua essência. Verá a si mesmo por dentro, com todas
as mazelas e qualidades que possui. Adentrará o mundo das
causas e quebrará os véus da ilusão, o que lhe manterá na
verdade (ver + dado = dado à visão).
Há muitas plantas de poder, mas cito como exemplos
seguros: ayahuasca, peiote e watchuma. Além das plantas, há
também alguns tipos de cogumelos, mas a grande maioria é
apenas medicinal. Se utilizados da forma errada, prejudicam
muito. Um cogumelo poderoso, muito forte mesmo, é o que
nasce no guano (nome dado às fezes dos morcegos). Mas, ao
contrário da ayahuasca, ele não guia nem ensina.
As PLANTAS MEDICINAIS
Toda planta é natural, provém de Deus. Mas a ciência do
correto manuseio também é natural e provem do mesmo
Deus. As plantas medicinais também têm por característica o
fato de serem capazes de alterar a consciência do usuário,
mas ás custas de donos físicos e seqüelas em médio prazo.
Essas conseqüências danosas já foram comprovadas
cientificamente pela medicina comum, mas principalmente
pela medicina espiritual.
Outra característica de uma planta medicinal é que ela possui
apenas um tipo de elemental ou energia, masculino ou
feminino. Pois, espiritualmente falando, nós, xamãs,
sabemos que mesmo a energia das doenças tem
características masculinas ou femininas. Essa é uma das
razões pelas quais um curador precisa conhecer bem as
plantas de energias masculinas e femininas. Utilizadas forma
inadequada, as plantas medicinais causam sérios danos no
corpo energético de quem as usa. Veja, por exemplo, a
cannabis sativa, também conhecida como maconha ou santa
maria, que possui elemental apenas feminino. O uso correto
dessa planta medicinal é a extração do óleo de sua raiz e sua
aplicação, como uma pomada, na superfície da pele. Apenas
em caso de glaucoma ela poderá ser pitada, mas no máximo,
três vezes. Se a maconha for tragada (pitada), ingerida como
chá ou bolo, ela irá lhe causar, em curto prazo, graves danos
fisiológicos.
A maconha afeta com muito mais rapidez o homem que a
mulher. Ela causa, rapidamente, graves danos ao chacra
sacral, provocando cada vez mais no homem usuário um
desinteresse pelo sexo feminino e pode, sim, levar à
impotência sexual. Podem observar que as mulheres que
fazem uso incorreto da maconha ou santa maria sofrem os
efeitos danosos mais vagarosamente, ao passo que os
homens usuários se sucumbem com muito mais rapidez. Já a
cocaína possui apenas energia masculina. Mesmo sendo
apurada em laboratório, sua energia em nada se altera.
Observem que as mulheres que usam incorretamente a
cocaína sofrem os efeitos danosos com muito mais rapidez
que os homens usuários. Por ser a coca uma planta de
energia exclusivamente masculina, ela causa, de imediato,
uma espécie de curto circuito no campo energético feminino,
chegando a fechar por completo os chacras de uma mulher.
Mas, tanto no homem como na mulher, o THC da maconha
mata os neurônios, causando letargia cerebral e lapsos de
memória (veja capítulo científico nesse livro sobre a
maconha e seus efeitos). Esta planta medicinal, quando
utilizada inadequadamente, promove uma conexão cada vez
mais intensa com o estado de beta, com a lógica, com o
raciocínio cru, pois devido ao atrofiamento dos chacras, ela
diminui a sensitividade ou mediunidade de quem a usa.
Neste aspecto a maconha ou santa maria é implacável. Como
eu já disse, em algumas línguas indígenas, maconha significa
"planta que te prende". Quanto mais você a usar, mais ficará
sujeito às freqüências terrenas ou baixas. Lembre-se, leitor:
tudo no universo é freqüência, tudo vibra. Se a sua
freqüência abaixar, ficar grosseira, que tipo de entidades do
mundo invisível poderão acessar você?
Outra característica é que o uso incorreto da planta medicinal
causa dependência ou vício, coisa que uma planta de poder
jamais causará. Aquela idéia de que a cannabis sativa é uma
droga leve é apenas uma justificativa mentirosa criada pelas
mentes já viciadas. A maconha causa fortes seqüelas já no
primeiro ano de uso, vicia com rapidez e é atualmente a
principal porta de entrada para as drogas mais fortes. Ela
danifica a parte do cérebro responsável pela manifestação da
vontade em ambos os sexos, deixando o usuário letárgico,
com o raciocínio lento e, principalmente com tendências
acentuadas para a preguiça.
A maconha é natural, mas seu uso incorreto é antinatural e
desrespeita os princípios da criação. Tanto que o corpo do
usuário sabe disso, e em pouco tempo começa a rejeitar o
THC da maconha, oferecendo grande resistência à droga.
Mas a mente usuária geralmente despreza o aviso que o
corpo dá, insistindo em doses cada vez maiores para ter
alguma alteração de consciência. O usuário chega inclusive a
optar por substituí-Ia por drogas mais fortes! Entre as plantas
medicinais muito utilizadas de forma errada na atualidade,
cito: maconha (santa maria) e cocaína. Deixo claro que os
verdadeiros xamãs utilizam somente plantas de poder ou
plantas de poder professoras para exercícios de consciência
ampliada. Plantas medicinais são apenas para uso medicinal.
Sabemos que o uso incorreto de tais plantas sujas e denigre
tanto o corpo como o espírito do homem. E isso é muito
grave porque temos a consciência de que o homem é o
templo vivo de Deus, mas Deus não habita em templo sujo.
ALGUMAS CONSTATAÇÕES SOBRE AYAHUASCA.
A dose letal (DL) é a quantidade de uma substância que, uma
vez ingerida, leva ao óbito. A DL da água é 10 litros: se você
ingerir de uma só vez 10 litros de água pura, o risco de óbito
é quase 100%. A DL da ayahuasca é 7,8 litros, ou seja, uma
pessoa precisa ingerir de uma só vez 7,8 litros de ayahuasca
para que ocorra o risco de óbito. Percebe a similaridade entre
a água e a ayahuasca? Contudo, aqui no Instituto Espiritual
Xamânico Céu Nossa Senhora da Conceição, você vai
ingerir, para um trabalho de consciência alterada de 12
horas, no máximo 200ml de ayahuasca. A dose letal da
ayahuasca é muito similar à dose letal da água! A DL do
suco de maracujá puro é 8 litros. E, finalmente e mais
impressionante, a DL do uísque, que tanta gente bebe, é de
apenas 1 litro. Se você ingerir de uma só vez 1 litro de
uísque, você corre risco de óbito. A nossa cachacinha
brasileira é muito similar ao uísque! Entendem o que isto
significa? Um litro de uísque tem mais toxinas que 7,8 litros
de ayahuasca.
Outra forma de estabelecer cientificamente o grau de
toxidade de uma substancia é ministrá-la em 5 cobaias em
doses de 1 grama por quilo. A substância é considerada
inócua se não causar danos fisiopatológicos na quantidade de
até 5 gramas. Para a ayahuasca, essa marca foi
consideravelmente ultrapassada, pois chegou a 5,8 gramas
por quilo, sem qualquer tipo de efeito danoso.
Foram também aplicados os testes psiquiátricos
recomendados pela ortodoxia científica: o CIDI (Composite
International Diagnostic Interview) com os critérios do CID
10 e DSM IIIR.c; e o TPQ (Tridimensional Personality
Questionnaire). Constatou-se, em relação aos dos dois
grupos separados para esta pesquisa científica (o grupo dos
"usuários de ayahuasca» e o grupo dos "não usuários de
ayahuasca»), que os usuários de ayahuasca mostravam-se
mais reflexivos, resistentes, leais, estóicos, calmos, frugais,
ordeiros e persistentes. E, ainda, mais confiantes, otimistas,
desinibidos, despreocupados, dispostos e enérgicos. Exibiam
também alegria, determinação e confiança elevada em si
mesmos. E, contrariando as especulações de que a ayahuasca
enfraquece a memória, os testes neuropsicológicos
constataram cientificamente que a memória do grupo dos
"usuários da ayahuasca» teve um desempenho
significativamente melhor que a do grupo dos "não usuários
de ayahuasca».
V - Verdades que vocêVoltar ao sumário
precisa saber

Graças a uma lei recentemente aprovada, agora se tornou


quase impossível retirar as drogas de dentro do SANTO
DAIME. Quase impossível devolver o SANTO DAIME à
originalidade e à seriedade da forma em que ele foi entregue
ao mestre Irineu. O povo sempre tem o governo que merece,
isso é uma verdade. Quiseram assim, assim aconteceu.
Dois terços da população do planeta cairá durante a colheita
universal devido às muitas formas de manifestação do apego.
O apego é a grande provação de todos que encarnam neste
planeta. Ao menos metade desses dois terços cairá pelo
apego materializado no vício em drogas. O vício em drogas é
a mais intensa forma da manifestação do apego dos dias de
hoje. Então, a lei recém aprovada, que abranda muito a
situação do usuário, em nada me surpreendeu. Entristeceu,
sim, mas não surpreendeu.
Uma triste sina dentro do celeiro do mundo está por vir. E
esse a povo enxergara tarde demais. Durante um trabalho de
consciência ampliada que fiz em meio aos pinheiros,
derramei lágrimas de encher minha botina. Foi um choro
sentido pela escolha que fizeram. Enxergo longe, triste foi
essa escolha dentro do celeiro do mundo. Mas esta lei será
revertida no futuro, graças ao peso político que este
movimento de luz está alcançando.
As drogas são um dos principais manjares da matéria e da
freqüência grosseira. E exatamente esse manjar está sendo
entregue à humanidade agora. Assim, aqueles que estão
ainda em cima do muro, não resistindo a esse manjar, irão se
decidir. Uma coisa é certa: Deus não julga e não condena. O
homem julga a si próprio. São as suas atitudes que decidem
o que é joio e o que é trigo. O manjar da luz também será
entregue à humanidade e isto acontecerá aqui no celeiro do
mundo. Podem aguardar, sei bem o que digo. Cada homem
optará o lado que deseja ficar, assim joio e trigo se separam
naturalmente. Nesse dia não haverá o famoso jeitinho e cada
um responderá por si, segundo seus feitos e suas obras. E
então vocês verão o quanto eram verdadeiros os meus
ensinamentos e quão grande foi meu amor por vocês. Tudo
fiz para alertá-los.
De minha parte e da parte do Céu Nossa Senhora da
Conceição, continuaremos a distribuir gratuitamente mudas
de jagube e chacrona em centenas de milhares, como já
temos feito. Também continuaremos abertos aos milhares
pontos de luz que não visam qualquer forma de lucro e não
se misturam com as drogas. Pontos de luz irmãos do CNSC
que também caminham com a mesma seriedade e nobreza do
mestre Raimundo Irineu Serra. A honra é algo que você
precisa conquistar por si próprio. De que vale falar das
glórias de seu avô, se você mesmo não conquistou nenhuma?
Paz e amor com muita droga é apenas ilusão e não lhe trarão
honra! Saiba que a luz engrandece ainda mais aqueles que
buscam a honra e se esforçam por conquistá-la. A honra
provém do amor como a luz provém do sol. A nobreza está
na alma e a honra está na bondade. Onde está a honra e a
caridade daqueles que ajudam a disseminar os vícios? Onde
está a nobreza daquele que busca a ilusão das drogas?
Firmeza e ponderação acompanham a nobreza do espírito.
Então, é sábio tê-las por companheiras. Você, que ambiciona
a fama e o engrandecimento, e para alcançá-los escolheu o
movimento das drogas e a sua liberação, por este assunto
atrair a tantos, verá que com o tempo toda a verdade virá à
tona e a repulsa estará no semblante daqueles que se
lembrarem de você. O ambicioso sabe ser dissimulado e se
aprimora na arte de enganar. Assim, por algum tempo, será
bem visto nas multidões. Mas a ambição está presente em
todos os homens, pois ela faz parte da natureza humana.
Bem ou mal conduzida, será uma bênção ou uma maldição.
Tolo é aquele que vive na ambição e despreza a modéstia. É
como tentar matar a sede bebendo água do mar. A ambição
vive na alma do traidor e a hipocrisia o acompanha todos os
dias. Com atos calculistas seguidos por palavras macias,
distribui seu veneno àqueles que lhe derem ouvidos. Em
busca dos aplausos que ambiciona, promove a apologia
daquilo que prejudicará milhões. Despreza o karma pesado
que adquire com isso, como se pudesse escapar das leis da
justiça do alto. Mas esteja certo: antes da benevolência vem
a justiça.
Quem anda na luz almeja as virtudes do espírito e despreza a
fama que a ambição deseja. Quem vive o amor incondicional
não anda à procura de aplausos, então jamais se ofende. Não
há vitória senão no amor incondicional e no desapego que
dele resulta. Quanto maior o amor incondicional, menor será
a necessidade de aplausos, Contudo, maior a luz que irá
irradiar e maior a honraria que irá receber pelos méritos
conquistados.
Nesta minha jornada, vi inúmeras pessoas encararem o
daime apenas como uma fonte de renda, desprezando a
santidade que nele habita. Desprezando que daime e droga
são coisas bem diferentes. Desprezando, inclusive, a
gigantesca diferença entre nosso sóbrio e luzente mestre
Irineu e Sebastião Mota de Melo, que trouxe as drogas, que
tanto usava, e o comércio para dentro do SANTO DAIME.
Vi pessoas que, se intitulando padrinhos de igrejas daimistas,
se mantiveram como políticos, acendendo velas para dois
senhores na tentativa de serem bem vistos por todos, sem
sequer se importar com o que é certo e o que é errado diante
das leis de Deus. Como esperam receber as bênçãos da luz
se, até no pouco que receberam, demonstraram ser infiéis?
Quem é infiel no pouco também será infiel no muito! Fiquei
triste ao ver um desses padrinhos de igreja daimista afundar
como um martelo sem cabo. Tanto o alertei que adiante das
leis do Criador não existe a tal da diplomacia, mas apenas o
correto. Se ele tivesse ouvido meus avisos, a luz do Senhor
não teria se afastado dele.
Eu e minha falecida esposa Genecilda jamais nos vendemos
ou arredamos os pés daquilo que é verdadeiro. Sempre nos
mantivemos firmes nos ensinamentos da mãe divina, nos
ensinamentos espirituais do astral superior. Posso, sim,
afirmar em voz alta: "Eu honrei os grandes mestres, com
ações e firmeza e me sinto honrado por ter feito isso". É pelo
carinho da madrinha e pelos ensinamentos do padrinho que o
CNSC tem hoje dezenas de milhares de filhos adotivos.
Houve a passagem da madrinha e nem mesmo a viuvez
alterou essa situação.
Minha parte eu fiz bem feita. Tenho passado com muita
clareza os ensinamentos que vêm do alto e nada tenho
pedido em troca. Tenho dado vivo exemplo de amor
incondicional e sobriedade espiritual. Tenho demonstrado
firmeza de caráter e a coragem espiritual de um filho da luz
por fazer aquilo que é certo, apenas por ser o certo, sem
olhar se vai agradar a fulano ou a sicrano e, decididamente,
recusando tudo aquilo que é meio certo, porque o meio certo
é também meio errado. Na luz nada pode ser manchado.

HISTÓRIA VIVA DO SANTO DAIME


Contemporâneos do Mestre Irineu

Entrevista - Março 2007'


Adália de Castro Granjeiro
Uma das devotas mais antigas do mestre Raimundo Irineu
Serra
Data de nascimento: 18/11/1933
Adália Granjeiro: Eu conheci o mestre lrineu com 5 anos de
idade e convivi com ele por uns 30 e tantos anos. O meu pai,
Antonio Gomes da Silva, era um homem de confiança do
mestre Irineu. O mestre Irineu era muito caridoso, alegre, só
nos ensinava coisas boas, para ser humilde, trabalhar pela
humanidade, a tratar os irmãos com amor, carinho e
respeito. Ele nos ensinou a cantar hinos, rezar, bailar, tudo
isso aprendemos com ele. Para mim, foram apenas coisas
boas.
Gideon dos Lakotas: O mestre Irineu alguma vez cobrou
pelos trabalhos?
Adália Granjeiro: Ele nunca cobrou, poderia haver
contribuições, mas nunca cobrava nada e até recusava o
dinheiro que algumas pessoas davam para ele. Só usava
para caridade.
Gideon dos Lakotas: A senhora sabe qual era a opinião do
mestre Irineu sobre o uso de drogas?
Adália Granjeiro: Ele era contra. Nunca ouvi ele falar que
tenha usado ou aconselhar alguém a usar. Alguns que
usavam iam lá atrás de ajuda e ele ajudava a pessoa a sair.
Com o daime nem pensar, porque o daime é puro, não se
mistura com nada. Então hoje existe essa mistura por conta
do mundo lá fora, porque ele nunca ensinou isso pra
ninguém.
Gideon dos Lakotas: A senhora conheceu no Alto Santo o
Sebastião Mota de MeIo?
Adália Granjeiro: Sim. E eu tinha pra mim que ele era uma
pessoa muito boa. Nunca pensei que ele fosse se transformar
assim. Quando ele convivia com a gente era uma pessoa
muito boa. Ele já até nos ajudou bastante naquela época.
Depois que ele separou, quando houve essa divisão no Alto
Santo, aí é que mudou tudo. Não consegui nem acreditar
pela pessoa que ele era. A gente tinha tanta consideração
por ele, trabalhava no daime junto com meu esposo, que
ensinou ele a fazer daime. Como é que a pessoa muda de
repente para outro lado? Aprendeu direito, tudo direitinho,
e depois foi fazer tudo errado. O mestre Irineu dizia para a
gente não se apavorar que chegaria uma época que
aconteceriam coisas que a gente ia duvidar. (...) Eu entrego
para Deus, que só ele que sabe resolver. Nos meus
pensamentos peço a Deus que lhe dê mais força, coragem,
para esse trabalho.
Gideon dos Lakotas: Qual é o conselho que a senhora deixa
para a juventude, sobre o daime, sobre a experiência que a
senhora tem?
Adália Granjeiro: Eu desejo que todos se voltem para essa
luz, para enxergar onde está a verdade, o poder, a
misericórdia de Deus, através dessa doutrina é que a gente
consegue a felicidade, a salvação, o bem-estar e a juventude
toda precisa pensar. Eu não sei falar muito.
Gideon dos Lakotas: O daime precisa ser usado com
responsabilidade?
Adália Granjeiro: Quem não tiver responsabilidade não tem
direito nem a uma gota de daime, é o que o mestre dizia. A
pessoa que não respeitar o daime, na casa que não tem
harmonia, não tem paz, o daime não entra. O mestre dizia:
"quem tiver sua boca porca não tome do meu daime". (...) O
daime só é as três misturas, cipó, folha e água. Agora o
"apuro", o resultado dele, quem dá é Deus. São algumas
coisas que ouvi o mestre falar.
Gideon dos Lakotas: A senhora tem mais alguma história
para nos contar?
Adália Granjeiro: O Sebastião Mota convidou uma vez meu
marido para ir lá trabalhar com eles, mas ele não quis por
causa desses negócios, de drogas, aí acabou a amizade.
Porque meu marido não se iludia com conversa. (...) Eu ouvi
dizer que o Sebastião Mota falava que o mestre Irineu que
tinha mostrado a maconha para ele, que ele viu no espiritual
que ele chegou com as folhas, com as ramas, e mostrou para
ele, pra fazer uso, curar todo mundo com aquilo.
Mensagem
Adália Granjeiro: Tudo o que o mestre fazia era com a
ajuda de Deus, o dinheiro não dá força. Ele queria a força
de Deus para ajudar ele não o dinheiro: Ele sempre dizia
que depois que não estivesse aqui era para tomarmos daime
e pedirmos a ajuda dele, que ele viria.

Entrevista - Março 2007


Família Carioca
Conviveram estreitamente com mestre Raimundo lrineu
Serra
Júlio Carioca Filho
Data de nascimento: 24/9/1956
Maria de Lourdes Carioca
Data de nascimento: 16/2/1936
Jane Maria da Silva Carioca
Data de nascimento: 3/4/1959
Gideon dos Lakotas: O que trouxe a senhora ao mestre
lrineu?
Maria de Lourdes Carioca: Eu estava muito doente, com
apêndice aguda, estava dias em repouso e estava tudo certo
que eu devia me operar. E aí fui até o mestre Irineu, ainda
nem tinha sede, era na casa dele o trabalho, e ele deu o
daime para umas 30 pessoas. Nós não conversamos nada
sobre o que eu sentia. Tomei o daime, todos começaram a
mirar e eu também. E na minha miração eu vi um hospital e
aí fiquei curada. E eu não falei nada para ele.
Gideon dos Lakotas: A senhora sabe se o mestre lrineu
usava alguma droga?
Maria de Lourdes Carioca: Ele nunca fez isso. A gente não
ouvia nem falar disso, de droga, maconha, nada, de 1975
para cá no Acre que começou com isso. E ficamos sabendo
que estavam dando maconha até para criança.
Gideon dos Lakotas: Vocês que conviveram com o mestre
Irineu acreditam que existe algum sucessor dele?
Maria de Lourdes Carioca: Não existe sucessor dele
porque ele era um homem puro, do natural. Ele era e é da
natureza. Ele sempre falava que era para nós nos reunirmos e
trabalharmos que ele estaria com a gente. E ele disse que
seria difícil conseguir chegar no daime verdadeiro. E que
aqueles que aprenderam a fazer daime com ele deveriam
reunir os outros no seu próprio quintal e fazer da forma que
ele ensinou porque ia ficar muito difícil chegar ao daime
puro e verdadeiro como ele deixou.
Gideon dos Lakotas: As pessoas comentam que o Sebastião
Mota de Meio almejava ser mestre?
Jane Carioca: Até o tempo que ele estava por aqui nós não
sabíamos disso.
Júlio Carioca: Quando soubemos que ele tinha ido embora
daqui já estava com um centro bem formado lá no Mapiá,
bem adiantado. E ele já andava como padrinho Sebastião
Mota.
Jane Carioca: Ele levou alguns componentes para lá, alguns
que eram amigos do mestre.
Júlio Carioca: Ele levou os componentes que visavam
lucro.
Jane Carioca: Não sei bem se era isso, porque logo que ele
foi pra lá não tinha "santa maria" (maconha). Só depois de
uns dois, três anos é que a gente ficou sabendo que ele tinha
adotado a "santa maria", através de uma visão que ele teve. E
por esse motivo nós fomos até agredidos aqui pela Polícia
Federal.
Júlio Carioca: A madrinha Peregrina ainda sente seqüelas
disso tudo, por isso ela sempre se fecha quando têm qualquer
documentário, essas coisas.
Jane Carioca: Você não vê um livro que fale do daime que
tenha a nossa imagem, todos têm a imagem passada pelo
Mapiá, por isso ela (madrinha Peregrina) nos preserva.
Dinheiro e drogas
Jane Carioca: O mestre Irineu nunca deu valor a dinheiro.
Ele preferia recusar qualquer coisa dessa natureza. O foco
dele era servir à humanidade.
Júlio Carioca: A gente já viu várias pessoas que vêm do
Mapiá pedir ajuda para tentar ficarem boas.
Gideon dos Lakotas: O que vocês acham que o mestre
Irineu falaria sobre tudo isso?
Jane Carioca: Ele iria ficar na dele, calado, vendo o que
queríamos.
Júlio Carioca: Estávamos vendo hoje o que ele avisou que
ia acontecer. Jane Carioca: O mestre Irineu na verdade é o
poder.
Júlio Carioca: Nunca existiu droga com o mestre Irineu e
nem deve existir com quem quer seguir ele. (...) E o
Sebastião Mota vai tentar infiltrar as drogas no mundo com o
daime por trás. E dou esse depoimento colaborando para isso
não acontecer. (...) Para quem conserva essa doutrina
descarte Sebastião Mota. Isso é uma coisa que existe na
colônia inteira. O que o mestre Irineu deixou para nós
cultivar foi a doutrina. E o Sebastião Mota já foi e deixou
semente de que? Do mal. A semente que ele deixou no
mundo foi do mal. E infelizmente os filhos dele acham que
isso está servindo não sei para quê. Agora querer usar o
nome do mestre Irineu?
Gideon dos Lakotas: E Cefluris é Centro da Fluente Luz
Universal Raimundo Irineu Serra, vocês acham isso justo?
Jane Carioca: Não, foi um pecado. (...) Ele nunca veio aqui
combinar nada aqui com a madrinha Peregrina falando que
ia usar o nome do mestre nos trabalhos. (...) E os nossos
trabalhos aqui são como o mestre deixou, não existe
incorporação ou desincorporação. É tudo bonito, usando as
frases que ele deixou, todo mundo sai mais feliz, melhor do
que chegou. Mas é puro porque tomou só água, chá e daime,
lúcido, nem cigarro a madrinha fuma mais. E ela não pede
nada, é a comunidade que colabora.
Júlio Carioca: Até que ponto vai o pessoal do Sebastião
Mota, até onde a justiça vai ser cega? Vamos ter que acabar
com isso, não podemos deixar isso ir para frente.
Jane Carioca: Eu acho que o que aconteceu com essa mistura
venenosa no cérebro da pessoa foi essa falta de pudor, falta
de amor dentro dos seres humanos. O daime é o centro, é o
divino, é o poder. Isso vai tirar o amor próprio das pessoas, o
amor ao próximo, à natureza. De 1975 pra cá é morte, é
guerra. Onde estava o daime puro era tudo calmo até 1975,
de 1975 pra cá isso veio tudo, veio a mistura da cocaína com
a maconha, com incorporação, e nada disso tinha antes. Nada
dessa mentira.
Gideon dos Lakotas: Houve até um assassinato, uma
castração do Ceará aqui, não foi?
Jane Carioca: Foi uma castração do curador, o Ceará. É que
com as mulheres durante o ato da cura aconteceram outras
coisas e os maridos se juntaram e fizeram um trabalho ali.
Mas tudo isso veio depois da maconha, das drogas. E ele
(mestre Irineu) avisou para a gente antes de ir que iria ter
muita coisa feia.
Mensagem
Júlio Carioca: É para a pessoa que quiser conhecer o que é
a doutrina procurar sempre o verdadeiro, não deixar se levar
por ilusões. Drogas jamais. Esse negócio do Cefluris com
drogas, isso não existe, essas são palavras de pessoas que
conheceram o daime verdadeiro. Um conselho que dou e até
peço a vocês: para conhecer essa doutrina procurem
conhecer pessoas que conheceram essa doutrina de verdade,
que conheceram e conviveram com o mestre Irineu. E essas
são palavras de quem conheceu o mestre Irineu e o Sebastião
Mota.
Maria de Lourdes Carioca: Meu recado é idêntico. Pra
deixarem de lado o Sebastião Mota, que eles estão
totalmente iludidos, para procurarem a verdade.
Jane Carioca: Eu tenho dó das pessoas que misturam um
poder divino com uma ilusão, que te leva a fazer o mal. O
mestre Raimundo Irineu Serra com Sebastião Mota não
combina nunca, é água e óleo, é luz e sombra. A verdade que
eu conheço, aos meus 48 anos, é a verdade das três coisas:
folha, a água e o cipó, fogo e a oração. E as palavras que
vieram dele (mestre Irineu). Tenha certeza que a droga é
ilusão, é tóxico. Cante os hinos que você já sabe. Quem for
jovem e ler esse livro já procure a perceber que se misturar o
daime com a maconha você está dentro de uma grande
ilusão. Ficará sempre no plano de pessoas que não sabe qual
é a verdade.
VI Situação da ayahuascaVoltar ao sumário
no Brasil

No Brasil, existem quatro linhas daimistas ou


ayahuasqueiras tradicionais que formaram a base de todas as
outras igrejas ayahuasqueiras independentes:
. Alto Santo: fundada pelo mestre Raimundo Irineu Serra.
Ele é o pioneiro e foi através dele que o daime surgiu. Esta
obra é muito séria, de pura luz e amor. Não usa e nunca usou
qualquer tipo de droga nos rituais com o daime. Está em
conformidade com a nossa Constituição.
. Barquinha: fundada pelo mestre Daniel Pereira de Matos.
Ele é seguidor do mestre Raimundo Irineu. É também uma
obra muito séria, que não usa e nunca usou drogas nos rituais
com o daime. Está em conformidade com a nossa
Constituição.
. União do Vegetal (UDV): fundada pelo mestre José Gabriel
da Costa. Essa obra é muito séria, de muita luz, não usa e
nunca usou drogas nos rituais com ayahuasca. Também está
em conformidade com as leis vigentes em nossa
Constituição.
. E, infelizmente, há o Cefluris: esta obra é a mancha negra
do daime, que faz tudo aquilo que o próprio mestre
Raimundo Irineu Serra dizia, inclusive em seu estatuto, para
nunca ninguém fazer.
Existem outras linhas que são independentes, como o Céu
Nossa Senhora da Conceição (CNSC). São obras sérias e de
luz, sem fins lucrativos, que não usam e nunca usaram
drogas com a ayahuasca, ou de qualquer outra forma.
Entretanto, há outras linhas independentes fundadas por
discípulos do padrinho Sebastião que, embora não sejam
filiadas ao Cefluris, também usam muitas drogas. Elas
também disseminam um grande incentivo ao uso dessas
drogas, alegando estarem consagrando a santa maria e
besteiras desse tipo.
Aqui no CNSC, nos últimos dois anos, pela graça e
misericórdia do Grande Pai, nos trabalhos de xamanismo
com ayahuasca foram recuperados por completo mais de
7.500 dependentes químicos, viciados em drogas como a
maconha (santa maria) e a cocaína (santa clara).
Um número considerável desses dependentes químicos que
aqui vieram buscar ajuda eram fardados e assíduos
freqüentadores das igrejas do Cefluris. Fiquei ainda mais
aborrecido quando ouvi os relatos e testemunhos de alguns
deles. Eles contavam que nunca haviam usado drogas de
qualquer tipo, até começarem a participar dos rituais do
SANTO DAIME das igrejas do Cefluris. Lá, acreditando na
história de que consagrando a maconha a Deus ela deixa de
ser a cannabis sativa que é e passa a ser a santa maria, em
poucos meses eles estavam totalmente viciados. Não
demorou nada para eles passarem para drogas ainda mais
fortes.
O irmão Sebastião tinha amor no coração quando começou.
Em sua trajetória, cometeu o erro terrível de se viciar em
drogas e foi exatamente isso que o desviou da luz. Mas as
coisas ficaram mais sérias quando ele deixou um grande
número de discípulos que acreditavam no mito "padrinho
Sebastião, homem iluminado pelas drogas". Portanto, é
necessário quebrar este mito para que o daime retome a sua
origem santificada. E, dessa forma, até o karma do padrinho
Sebastião, que é pesado devido às seqüelas que deixou, vai
também se amenizando. Assim, o CNSC também o está
ajudando.
Vocês nem imaginam a alegria que sinto quando vejo as
pessoas do Cefluris chegando aqui e acordando para a vida,
para a realidade libertadora do mundo espiritual. Há apenas
dois anos atrás, havia uma grande fila de daimistas que me
odiavam de morte devido às verdades que demonstro e provo
inclusive cientificamente. Hoje apenas 30% dessa fila existe,
pois ao menos 70% deles já acordaram e perceberam o
quanto eram verdadeiras as minhas palavras. A colheita
universal já bate às portas! Você acha que o Hercólubus é
conto da carochinha? Que o apocalipse bíblico não se
cumprirá? Pois saiba que até as vírgulas se cumpriram à
risca! Dois terços da população da terra vai cair. E metade
desses dois terços cairá pelo vício em drogas. Saiba que o
vício é um problema espiritual. Ele tem sua parcela
no físico, mas é no espírito que ele acontece. Você
desencarna e ele te acompanha Consegue imaginar um
espírito sofrendo por necessidade da matéria?
Ainda tenho a esperança de vê-los corrigidos, felizes e
libertos, somando força no caminho da luz para a iluminação
de toda a irmandade do planeta, incondicionalmente!
Amados, o crescimento espiritual acontece ora pela rosa, ora
pelo chicote. Ninguém neste mundo vai conseguir fugir
disso. Quando se colocam as cartas na mesa, quando se
mostra a verdade às claras, é necessário expor tanto os
mérito como os erros. Não se trata de críticas, ma sim de
mostrar a falha e explicar por que ela é uma falha.
Mostrando-se a ilusão dos dogmas e também a realidade da
verdade, só não enxergará aquele que deseja se manter na
cegueira da ilusão. E não há nada que valha a pena levar
deste mundo!

Testemunhos de quem viveu o


FALSO SANTO DAIME
A quem possa interessar:
Eu B_____ D_____R____RG:_____residente em
São Paulo -Capital, dou agora meu o meu testemunho com
muita satisfação e alegria porque fui tão abençoada e
presenciei tantos serem abençoados, que é mínimo que
posso fazer é falar a outros das muitas bênçãos e libertações
que tive e que presenciei muitos outros terem também.
Assim, estou levando um pouco de luz a eles também, porque
eles ficam conhecendo este caminho.
Sempre procurei em vida pessoas que como eu, estivessem
dispostas a fazer um mundo melhor.Até então, eu apenas
havia me decepcionado com pessoas desiludidas e egoístas.
Perdi-me nas drogas e na bebida, durante sete anos, me
revoltei contra o mundo, prejudicando a mim e a minha
família.
O mundo parecia uma escuridão sem fim, onde as pessoas
andavam perdidas, sem enxergar, tropeçando, caindo,
chorando.
Até que eu conheci o Instituto Espiritual Xamãnico "Céu
Nossa Senhora da Conceição", até que conheci o Daime
Xamanismo ensinado com tanta seriedade e carinho pelo
Xamã Gideon, até que conheci a Divina Ayahuasca.
É graças ao daime/xamanismo e da ayahuasca é que fui
liberta e curada dos vícios das drogas e da minha desilusão
interna. Essa planta de poder abriu uma nova visão, um
novo sentido em minha vida (para muitas pessoas também),
ela mostrou o caminho para eu me reencontrar, ela mostrou
que eu sou muito mais n do que eu pensava ser. Aqui neste
Céu (Céu Nossa Senhora da Conceição) nos podemos amar
de peito aberto, com coragem, porque todos mantêm a
mesma harmonia e o mesmo objetivo: um mundo melhor
para todos.E é neste Instituto Espiritual Xamãnico, o nosso
Céu, o lugar perfeito para eu ajudar os irmãos que chegam
em busca da cura e do amor Divino, porque aqui se
encontra um grande número de irmãos e irmãs com o
mesmo objetivo!
A Ayahuasca trás luz para a vida das pessoas e andando na
luz ninguém se perde porque é tudo muito claro.
Presenciei um grande número de pessoas que eram viciadas
em drogas que iam desde a maconha e o craque, a cocaína e
ao êxtase já se libertarem de vez das drogas e dos vícios já
nos primeiros trabalhos de daime/xamanismo do Céu Nossa
Senhora da Conceição. Foi assim comigo e foi assim com
tantos e tantos outros que nem consigo enumerar.
Ouvi o Xamã Gideon muitas vezes falar sobre as igrejas
falsas que falsamente usam o nome do Santo Daime . Ele
disse: Este povo que mistura o daime com drogas, ta fazendo
um grande mal a muita gente e maculando o divino Santo
Daime verdadeiro, aquele que o irmão Irineu deixou pra
raça branca. Com esta história de que santa Maria não é
maconha e de que santa clara não é cocaína, estão se
drogando e se viciando cada vez mais, tanto a eles quanto a
outros que vão lá inocentemente. Eles precisam mudar!
Mas eu mesma conheci muita gente viciada em maconha
principalmente, que vieram de muitas destas falsas igrejas
do santo daime que o nosso xamã falou. Um número grande
de pessoas, que começaram com aquela historinha
enganada de que estava apenas consagrando a santa Maria
( maconha) e a santa clara ( cocaína) , e que se viciaram e
chegaram no fundo do poço, perdendo tudo que tinham
inclusive a família e a dignidade.
Vieram aqui no Céu Nossa Senhora da Conceição
desesperados em busca de libertação e luz, em busca de um
caminho de verdades. A maioria deles já no primeiro
trabalho espiritual de daime/xamanismo se libertaram por
completo, largaram a dependência das drogas e do álcool,
se fortaleceram e hoje andam na luz. Presenciei muito destes
ex-viciados em drogas, recuperarem em pouco tempo a
família, os bens materiais e principalmente a autoconfiança
e a dignidade. Hoje eles vêm em seus próprios carros e
ainda trazem aqueles antigos companheiros das drogas para
se curarem também.
Também presenciei muitas curas físicas maravilhosas,
pessoas que chegaram aqui doentes, passando muito mal e
que saíram daqui curadas e com um bem estar maravilhoso.
O que mais me encantou e sei que encantou aos que aqui
vem sempre, é o fato de que neste Instituto Xamânico, os
trabalhos com a ayahuasca não visam lucros. Aqui não faz
comércio. É somente sete reais por pessoa, que é o preço de
custo da ayahuasca usada nos rituais xamãnico. Mas como
aqui vem muitos ripis e mendigos também, muitas vezes o
nosso amado Xamã paga por eles.
Agradeço ao nosso querido Xamã Gideon que, com muita
seriedade e muito amor administra os maravilhosos
trabalhos espirituais xamãnicos, e que com muito esforço e
compaixão fez nascer o abençoado Céu Nossa Senhora da
Conceição com um único objetivo: um mundo melhor para
todos os irmãos. Ele nos ensina os ensinamentos do
SENHOR JESUS e nos falados grandes segredos do um
universo.
Agradeço também a madrinha Genecilda e a todos os
irmãos da fazenda que dedicam suas vidas a obra, aos
irmãos e aos ensinamentos do Mestre Jesus. Agradeço a
Deus por ter criado essa ferramenta Divina que é a
Ayahuasca que nos faz evoluir em horas, o que
demoraríamos anos, nos curando, tanto fisicamente, quanto
àquelas mágoas existentes no fundo do coração, nos
fortalecendo para continuarmos a caminhada,
Ao instituto Xamãnico "Céu Nossa
Senhora da Conceição".
Sempre tive uma vida muito agitada, conhecia e vivia uma
vida movida a drogas, dinheiro fácil, usei todos os tipos de
drogas, para terem, idéia o que era minha vida, as drogas
mais fracas que usei foi maconha cocaína que foi quando
comecei nessa vida, passando para o L.S.D., extasy,
M.D.M.A., cristal, Ketamina, crack, Anfetaminas, em fim se
colocar aqui todas que já usei escreverei uma enciclopédia
famacéutica. Passei por uma vida de promiscuidade com
tudo de errado que possa existir. Desci no fundo do poço.
Até que um dia não agüentando mais essa vida resolvi
mudar, e com a ajuda de uma amiga tive a oportunidade de
conhecer o "Céu Nossa Senhora da Conceição", um lugar
divino, abençoado por "Deus", onde fui recebido
dignamente, lá me fizeram sentir uma pessoa de verdade me
receberam com muito Amor e me ensinaram o verdadeiro
sentido da vida.
Cheguei um dia uma pessoa, dois dias depois com um
tratamento com ervas, (Plantas de poder) e espiritual era
outra pessoa, me transformei em um homem digno e novo
com bons pensamentos, limpo não só o corpo, mais o
espírito e o coração também.
Hoje penso nas pessoas que prejudiquei e sei que a partir de
hoje vou poder
Ajudar muitas outras pessoas que estão nesse mundo a se
curarem e as que prejudiquei também.
Devo tudo isso ao nosso pai lá de cima, meu padrinho
Gideon e ao "Céu nossa Senhora da Conceição", e digo que
"Ayahuasca" é o começo de uma nova vida.
M.A.M.P.S., 30 anos, curado e agradecido.Amor, Paz e
Luz.

SÃO PAULO 23 DE AGOSTO DE 2004-


08-22
A QUEM INTERESSAR
PREZADOS SENHORES, (A) VENHO A TRAVES DESTA
RELATAR AS MINHAS PASSAGENS PELO CENTRO "CEU
NOSSA SENHORA DACONCEIÇÃO
DESDE DEZEMBRO DE 2003 PARTICIPO DOS
TRABALHOS QUE ESTA ENTIDADE PROMOVE E
TENHO OS SEGUINTES RELATOS A DECLARAR.
JÁ NA PRIMEIRA VEZ QUE ESTIVE NAQUELA
ENTIDADE: E PRECISO RELATAR QUE SOU
ESTUDIOSO DAS ERVAS NATURAIS (ESTUDANTE DE
PHITOTERAPIA) CONSTATEI A PRESENÇA DE
PESSOAS VINDAS DE LUGARES DIFERENTES
BUSCANDO A CURA E LIBERTAÇÃO DAS
DROGAS,VINDAS TAMBÉM DE OUTRAS IGREJAS E
INSTITUIÇÕES E APÓS JÁ UM SO TRABALHO UMA
GRANDE PARTE DESTAS PESSOAS HAVIAM
ABANDONADO O VÍCIO. E APÓS TER VOLTADO LÁ
OUTRAS VEZES EM CONTATO COM ESTAS PESSOAS
REALMENTE ELES HAVIAM ABANDONADO O VICIO E ,
MUITOS COMEÇARAM A TRABALHAR, SE
RELACIONAR NOVAMENTE NO CONTESTO
SOCIAL,VOLTANDO A TER UMA VIDA NATURAL E
SAUDÁVEL. MUITOS ATÉ TROXERAM SEUS
FAMILIARES POIS OS MESMOS QUERIAM CONHECER
O LUGAR QUE OS TORNARAM SAUDÁVEIS
NOVAMENTE.
EU MESMO POSSO RELATAR QUE ESTAVA SOFRENDO
DE UMA DOENÇA BEM CONHECIDA NA
MODERNIDADE O STRESS E APÓS UM MÊS DE
TRATAMENTO NÃO PRECISEI MAIS TOMAR OS
MEDICAMENTOS ANTI STRESS, VIVO DESDE ENTÃO
COM SAUDE MENTAL E FÍSICA.
APÓS TER CONHECIDO E FREQUENTADO ESTA
ENTIDADE OBSERVEI A CADA VEZ O AUMENTO DO
NÚMERO DE PARTICIPANTES E DOENTES SENDO
CURADOS E ABENÇOADOS COM ESTE REMÉDIO.
ESTE SENHOR QUE ESTÉ A FRENTE DESTA ENTIDADE
TEM TIDO UMA DEDICAÇÃO MUITO HONROZA E SEU
TRABALHO VEM SENDO NOS MEIOS ESPIRITUAIS
CADA VEZ MAIS ADMIRADO.
LENDO PESQUISAS A RESPEITO DA AYAHUASKA
EXISTEM PAISES NA EUROPA QUE AUTORIZARAM O
SEU USO PARA FINS RELIGIOSOS,SENDO OS MESMOS
PORTADORES DE LEIS ANTI DROGAS MUITO
SEVERAS.
Á SIMPLES DIZER MAS NÃO É SÓ A PESSOA QUE
UTILIZA-SE DESTE REMEDIO E QUE PODE
CONSTATAR OS BENEFICIOS FISICOS
,PSICOLOGICOS, MENTAIS E SOCIAIS QUE O MESMO
NOS PROPORCIONA. É IMPORTANTE SALIENTAR QUE
EM NENHUM MOMENTO SENTI UMA DEPENDÊNCIA
EM
RELAÇÃO AO USO, POIS A IDA PARA ESTE EVENTO É
RELACIONADA A UM CULTO RELIGIOSO COMO UMA
IGREJA.E NÃO ME CONSTA EU TER FICADO COM
ABSTNÊNCIA EM NENHUMA DAS VEZES EM QUE ME
DECIDI PARTICIPAR. E ENTENDO A PREOCUPAÇÃO
DAS AUTORIDADES TENDO EM VISTA OS PROBLEMAS
QUE AS DROGAS VEM CAUSANDO A SOCIEDADE, MAS
ME COLOCO PARA A DISPOSIÇÃO DOS SENHORES SE
FOR O CASO PARA FAZER UM ESTUDO MAIS
DETALHADO PARA SER CONSTATADO O MEU
RELATO.
NUNCA TIVE EXPERIÊNCIAS COM DROGAS MAS AS
REAÇÕES E SENSAÇÕES DE UMA PESSOA QUE USA
DROGAS SÃO TOTALMENTE DIFERENTES SEGUNDO O
QUE FOI INFORMADO POR PESSOAS

COMPETENTES NO ASSUNTO.(MÉDICOS)
É VERDADE E DOU FÉ

N.F.G.
Pensando hoje sobre a minha vida, nas mudanças constantes
e radicais que têm ocorrido desde dezembro do ano passado
até aqui, tenho a nítida sensação de estar no meio de um
furacão onde todas as coisas a minha volta estão sendo
arrancadas, transformadas e passam voando por mim que
permaneço simplesmente presa num só ponto, centrada,
visualizando e caminhando suavemente por este novo
caminho que se abre a minha frente e pelo qual sou levada
como um pena que flutua ao sabor do vento. Sabendo
exatamente o porquê de cada coisa que acontece, consciente
de cada passo e para onde este caminho está me levando...
Durante muito tempo estive em busca de algo que faltava em
minha vida... Na verdade sentia que faltava algo dentro de
mim, pois eu tinha tudo: família, amigos, saúde, trabalho...
Mas realmente nada preenchia aquele vazio constante...
Minha alegria era sempre momentânea; me sentia feliz em
estar ao lado das pessoas que eu gostava, assim como em
estar ao lado dos meus "amigos", de poder ajudá-los de
alguma forma, mas sempre me sentia diferente, pois já não
via graça naquela "curtição" que as pessoas queriam estar
constantemente, pois o que sempre "rolava" pra
proporcionar aquele "estado de felicidade" era exatamente
as coisas que eu sempre procurei me manter afastada:
drogas (maconha rolava ali com naturalidade), álcool,
fumo, etc... Das baladas até que eu gostava, de estar perto
dos meus "amigos", mas muitas vezes me sentia mesmo
deslocada no meio daquele monte de gente pulando,
gritando, xingando, tirando um barato de outra pessoa pelo
simples fato de se vestir diferente... Não... Eu não agüentava
mais aquela vida vazia... Então aos poucos fui me
distanciando, distanciando, o pessoal falando que eu já
estava mesmo era ficando velha, não agüentava mais curtir
as coisas boas da vida e assim fui ficando meio isolada. O
que se acentuou quando em busca deste "que" que faltava na
minha vida comecei a freqüentar uma determinada
"religião" quando as pessoas passaram a se afastar de mim,
pois achavam que eu estava virando bruxa, feiticeira ou
algo assim... Mas quando passavam por algum problema
que não achavam solução sempre vinham me procurar
pedindo ajuda.
Bem, então eu já estava me sentindo bem melhor comigo
mesma, pois não me preocupava com o que as pessoas iriam
pensar ou dizer... Importava que eu estava fazendo a minha
parte, achava que estava fazendo a coisa certa... Embora
tivesse "algumas coisas" com a quais eu não concordava
neste caminho, eu procurava praticar aquilo que era bom,
puxando para mim somente aqueles ensinamentos com os
quais eu me identificava...
Na verdade eu já conhecia o grande ensinamento que diz
"onde há luz não há trevas", mas houveram algumas
explicações, colocações que me fizeram permanecer por ali,
até porque já havia freqüentado diversos lugares e em
nenhum deles eu tinha me identificado tanto... Mas quando a
gente sabe e conhece a verdade, nosso espírito pode até
aceitar certas coisas até certo ponto, até que a gente retire
daquela experiência o aprendizado necessário, mas uma vez
que vimos da luz e para a luz voltaremos, temos que voltar
melhores, mais puros do que chegamos aqui e isto não
acontece se permanecermos no erro e então uma hora nossa
alma emite "um grito de socorro" quando começamos a
busca novamente...
Permaneci neste caminho por quatro anos, achando que
estava trilhando o caminho da verdade, mas não percebia
que tudo que eu ganhava se ia, que até o vinho, única bebida
que eu realmente gostava e a principio eu saboreava,
degustava de vez em quando, passei a ter cm casa como uma
necessidade, sendo que uma taça já não era suficiente, tinha
que ser uma garrafa sempre... Acrescentando que se
estivesse com um pessoal, de vez em quando dava vontade
de pegar um cigarrinho.
Namorados então, eu nem me preocupava... Sentia-me só
ficava com um, com outro e já não conseguia viver sem
sexo...
Tudo na minha vida estava tomando proporções de exagero,
assim os vícios iam chegando e ficando: sapatos eu tinha
que ter muitos, assim como roupas, bolsas, etc... O
materialismo cada vez tomando mais conta de mim e eu sem
perceber que as más influências estavam me dominando a
cada dia.
No trabalho não tinha como conversar com o meu chefe, as
brigas eram constantes... Com os outros funcionários havia
atrito constante, pois era um terrível clima de inveja,
insegurança, fofocas... Isto já me provocava dores de
estômago, cabeça, garganta e estava ficando afastada
direto... Quando eu vi que as coisas estavam indo de mal a
pior, não agüentava mais viver nesta loucura e não via uma
saída pra resolver tudo isto, pois me sentia já numa prisão,
uma porta imensa se abriu e uma mão de luz me puxou e
direcionou à fazenda Céu Nossa Senhora da Conceição...
Dez/O3 onde pela primeira vez eu participei de um trabalho
xamânico utilizando o Santo Daime, conhecido como
ayahuasca (ou vinho das almas), esta santa bebida que me
proporcionou tanta limpeza, tanto de corpo físico como
espiritual e me trouxe de volta à realidade da vida, me fez
perceber quão momentânea é a nossa existência e eu ali sem
cumprir um nada daquilo para o qual somos predestinados,
a praticar o bem e evoluir espiritualmente. Este chá tão puro
e sagrado me trouxe de volta ao encontro comigo mesma,
me fez perceber que tudo aquilo que eu buscava em outros
lugares ou pessoas estava na verdade guardadinho dentro
de mim, como um presente envolto em uma embalagem
apenas esperando a hora que eu me dispusesse a soltar as
amarras e acessar tudo aquilo que me foi presenteado desde
o meu nascimento.
A partir de então, nada na minha vida foi mais como antes,
a felicidade e o amor incondicional passaram a fazer parte
da minha vida e do meu vocabulário diário.
O trabalho que me prejudicava foi afastado, as pessoas que
me prejudicavam se afastaram, hoje eu vivo radiante e feliz,
pois aprendi que basta, apenas termos fé para conseguirmos
tudo aquilo de que necessitamos. Doenças não tive mais...
Até o óculo que eu usava por quase dez anos para controle
de miopia e astigmatismo foi banido da minha vida... Se às
vezes dou uma vacilada e me afasto um pouco do contato
com o astral superior (Deus) e as doenças querem me
rondar, já conheço as armas para lutar contra elas e me
manter íntegra, firme e forte no propósito que me foi
predeterminado.
Minha consciência ecológica aflorou de uma maneira como
eu nunca tinha percebido antes... Hoje eu consigo perceber
que existe um sol nascendo e se pondo todos os dias, que há
estrelas e uma lua linda brilhando no céu, que o vento sopra
e acariciam meu corpo todos os dias, que a terra que se
esconde sob nossos pés está cheia de vida e embora os
homens tentem a cada dia apenas poluí-la e extingui-la,
esquecendo-se da sua grandiosidade e importância, ela
continua gerando vida e recursos para a nossa
subsistência...
Assim surge a necessidade de pararmos de remar contra a
maré e procurarmos meios (e existem vários) de
continuarmos nosso processo de crescimento e evolução sem
agredir a natureza, pois mais grandioso que simplesmente
percebê-la é aprender que eu sou parte dela e que ela é
parte de mim e assim precisamos nos harmonizar para
continuarmos o doce ciclo da vida.
Eu sou grata! Imensamente grata a Deus por ter me aberto a
visão para este doce caminho de luz que é o Xamanismo, a
reintegração do homem à natureza - em especial à sua
própria natureza, e principalmente por ser na fazenda Céu
Nossa Senhora da Conceição onde a luz divina brilha com
uma intensidade jamais vista, aonde as pessoas chegam tão
mal, viciadas até mesmo em drogas pesadas como cocaína,
crack e outras (como eu tive a oportunidade de conhecer
várias pessoas que chegaram lá assim) e desde o primeiro
trabalho com daime/xamanismo receberam a libertação
total. Pessoas que por anos e anos eram viciadas em álcool,
cigarro, etc. e foram libertas desde o primeiro contato com o
santo-daime, este chá sagrado... ISTO É MARAVILHOSO!
Fora que ainda ganhamos uma nova família (literalmente),
pessoas que andam de mãos unidas, uma ajudando a outra,
de mãos dadas em verdade e espírito, pois sabemos que o
sucesso de um é o sucesso de todos, a felicidade de um é a
felicidade do outro... e claro, eu não poderia finalizar sem
agradecer à santíssima trindade, Deus e Jesus Cristo, Pai,
Filho e Espírito Santo por ser tão maravilhoso e nos ter
presenteado com esta grande obra. À mãezinha amorosa,
Nossa Senhora da Conceição que é a nossa guardiã e
protetora e ao nosso amado e iluminado Xamã Gideon dos
Lakotas, que está à frente deste trabalho, por nos dar
sempre tanto amor e passar com tanta clareza os
ensinamentos recebidos direto da mão do nosso Mestre
Jesus.
QUE O AMOR, A PAZ E A LUZ DIVINA SEJAM NOSSO
PRESENTES E GUIAS NESTA BUSCA DIÁRIA PELO
CONHECIMENTO DA VONTADE DO ASTRAL SUPERIOR
EM NOSSAS VIDAS!!!
Meu nome é T. C.da S. N., RG xx.xxx.xxx
Moro na cidade de Cruzeiro-Sp.
Freqüento os trabalhos de daime/xamanismo do Instituo
Espiritual Xamânico Céu Nossa Senhora da Conceição há
pouco mais de um ano, Neste tempo, devido aos trabalhos
espirituais xamânicos um grande número de irmãos que lá
chegaram, muitos deles pessoas cultas, médicos, advogados,
engenheiros, muitos comerciantes , pessoas de todas as
linhas religiosas, ricos e pobres, letrados e analfabetos, Mas
em comum todos eles assim como eu também, tínhamos a
busca da luz, da cura de nossos males, da sabedoria, da
compreensão do mundo espiritual para um crescimento
espiritual.
Lá não visa lucros com a ayahuasca, lá não se comercializa
a espiritualidade. Um trabalho xamânico com ayahuasca de
12 horas de duração custa só SETE REAIS.
Mas muito destes irmãos chegaram lá com doenças e
traumas, mas o que mais me chamou a atenção foi o grande
numero de pessoas viciados em drogas como a maconha,
cocaína, craque, êxtase, álcool e outras coisas. Fiquei muito
admirado ao conversar com muito destes irmãos viciados
em drogas, porque eles mesmo contavam que freqüentavam
igrejas que se intitulavam do santo daime mas que foi lá que
se viciaram em drogas!
A grande maioria destes irmãos viciados e drogados, foram
libertados por completo dos traumas e das drogas logo
no primeiro trabalho de daime/xamanismo.
Eram pessoas já desesperadas, que não conseguiam se
libertar e que hoje vivem normalmente. O Céu Nossa
Senhora da Conceição tem sido uma U.T.I. espiritual para
libertação de vícios de todos os tipos e curas completas de
qualquer doença .
Eu posso falar porque eu mesmo fui curado e posso provar
isto por laudo médico pra quem quiser ver!
Em agosto do ano passado, eu tive fortes dores no abdome,
dores que só passavam com altas doses de buscopam na
veia, ainda assim não resolviam por completo. Procurei um
especialista na Santa Casa de Cruzeiro aonde moro e depois
de muitas chapas de raios-X e uma bateria de exames foi
diagnosticado que eu estava com pedra na vesícula. O
diagnóstico foi dado numa quarta-feira após as 16:00h e
guardo comigo os exames e os raios X caso alguém duvide
de mim.
Foi marcada uma cirurgia para a sexta-feira às 5:00h para
a retirada da vesícula. Não me contentei com o resultado e
procurei o Céu Nossa Senhora da Conceição, aonde o nosso
amado Xamã Gideon se prontificou de imediato a realização
de um trabalho espiritual de cura. Este ritual xamânico de
cura que envolve ayahuasca durou pouco mais de quatro
horas, a dor passou já no inicio do trabalho e eu amanheci
na quinta feira como se nunca tivesse acontecido nada. Eu
estava curado!
Marquei uma consulta com o mesmo especialista para
desmarcar a cirurgia, ele não acreditou no que estava vendo
e me ouvindo dizer. Ele me disse: "Milagre não existe, daqui
um mês você vai voltar aqui com todo o abdome inflamado e
terá que fazer uma cirurgia de emergência correndo risco de
vida".
Mas ficou ainda mais surpreso quando eu disse a ele que
havia aqui um grande número de médicos se tratando dos
mais diversos males.
Com a graça de Deus e em nosso Senhor Jesus, nunca mais
tive problemas na vesícula e nem em nenhum outro órgão do
meu corpo.
Eu só tenho a agradecer à todos do Céu Nossa Senhora da
Conceição, aos trabalhos de daime/xamanismo que vem
curando e libertando de vícios cada vez mais irmãos,
especialmente os que se viciaram nas igrejas que se dizem
do santo daime mas que misturam drogas com o daime , que
chegam desesperados sem saber mais o que fazer e que aqui,
logo nos primeiros trabalhos se libertam das drogas e
encontram um novo sentido a vida, tanto moral como
financeira, cada vez mais o Céu Nossa Senhora da
Conceição vem ajudando maior número de irmãos
necessitados.
Obrigado à todos deste Céu que em nome de nosso Senhor
Jesus vem ajudando à todos que necessitam.
DECLARAÇÃO
Eu, A.M.D., portadora da Carteira
residente e domiciliada na Rua de
Identidade RG n° DECLARO, para os devidos
fins, que sou freqüentadora do Centro Espiritual Xamânico
Céu Nossa Senhora da Conceição, localizado na Cidade de
Pariquera-Açu, desde julho/2004.
Quando da minha visita à Fazenda Céu Nossa Senhora da
Conceição, o objetivo era apenas o de conhecer o local e a
seita, que libertaram meu filho do uso de drogas.
Qual não foi minha surpresa em lá chegando, ao conhecer e
ter a oportunidade de testemunhar, a presença de tantas
outras pessoas, vindas de outras igrejas e seitas, que através
do Xamanismo e do Vinho das Almas, usado na Fazenda
Céu Nossa Senhora da Conceição, encontraram sua
libertação espiritual e principalmente sua libertação do uso
de drogas.
Na bastasse o meu espanto com tantos testemunhos e relatos
de libertação, tive oportunidade de participar dos trabalhos,
no qual obtive a cura para um problema de saúde que me
afligia, qual seja, endometriose. Desde então, não tomei um
único comprimido para dor.
O que me deixa maravilhada e fascinada em relação a
"Fazendinha", é a freqüência de um grande número de
jovens e a maioria com suas famílias, o que caracteriza o
sentido familiar do local. Além da valorização do "instituto"
família, temos a valorização do jovem, seu trabalho, o ser
em si.
Também já me acostumei a ver igrejas, templos, etc., que em
algum dado momento, passa-se a "sacolinha". Lá não existe
nada disso.
Ademais em visita ao site da Fazenda Céu Nossa Senhora da
Conceição, pude constatar o seguinte: "se você irmão ou
irmã, obteve uma cura, doe uma cesta básica à alguma
família necessitada". Ora, claro está que a Fazenda não
busca nada para si, apenas prega a caridade.
Outra coisa impressionante é pessoas alcançam sua
libertação do uso de drogas. A maioria com quem conversei,
estava liberta logo nos primeiros trabalhos.
As mudanças na vida pessoal de cada freqüentador são
visíveis logo nas primeiras idas à Fazenda. Meu filho, por
exemplo, parece ter encontrado objetivo de vida, não é mais
aquela pessoa agressiva em casa, se interessa pelos
problemas da família, vive cantando músicas religiosas, tive
oportunidade de presenciá-lo ajudando outras pessoas,
como, por exemplo, carregar sacolas de uma idosa, o que
em outras épocas certamente ele não o faria.
Reitero, que todas as graças acima mencionadas, só foram
alcançadas através do uso do Vinho das Almas,
administrado de forma competente e responsável na
Fazenda Céu Nossa Senhora da Conceição.

VII Aliciamento e disseminação


do uso de drogas com daime Voltar ao sumário
na Internet
Neste capítulo, você encontrará a comprovação das ações de
discípulos do FALSO SANTO DAIME que buscam por
meio da internet disseminar o uso das drogas, manipulando
informações e tentando transformar o vício em algo sagrado.
Na maioria dos e-mails, a maconha é chamada de santa
maria. Além disso, muitas vezes proferem mentiras a
respeito do mestre Irineu na tentativa de legitimar o uso das
drogas com o daime. Neste exato momento, seus filhos
podem estar entrando no mundo das drogas pela porta do
falso SANTO DAIME, que se espalha como uma praga por
meio de e-mails e discussões em grupos da Internet. Leia
abaixo algum desses e-mails.
Tentativa de convencer usuários que o mestre Irineu
usava maconha
From: naiara
To: santodaimeplantassagradas@grupos.com.br
Sent: Sunday, January 09, 2005 3:23 PM
Subject: [plantassagradas] Re: Re: Polícia Federal
invade 5 Mil
Gostei desta pergunta por acaso tb tinha essa dúvida, aliás,
tenho muitas dúvidas sobre a santa maria.
Z <zerivan31@yahoo.com.br> wrote:
Olá Marco.
Sei que o texto não é seu, mas gostaria de saber se existem
registros (orais, gravações, escritos) qualquer coisa que
possa comprovar que o Mestre Irineu fez uso da Santa
Maria. Entrevistei no ano passado um contemporâneo do
Mestre Irineu e ele chegou a ficar um pouco irritado com a
pergunta que fiz sobre a ligação do Mestre com a Santa
Maria. Os outros contemporâneos do Mestre, o que dizem?
De: "Marco Antônio Gracie Côrte Imp"
<marcoimperial@uol.com.br>
Para: santodaimeplantassagradas@grupos.com.br
Assunto: [plantassagradas] Mestre e a Santa Maria
Data: Mon, 10 Jan 2005 17:15:14 -0200
Um som Crybaby, pra fazer o pensamento viajar nas
possibilidades.
Bom, na verdade eu sempre soube que o Mestre usava as
escondidas, e lógico que dá para entender o porque.
Mas conversar sobre isto é um tabu e uma guerra, pois dizem
que de maneira nenhuma e se ofendem com esta
possibilidade.
No caso do Mestre Irineu a coisa fica meio que às avessas se
declaramos que ele não conhecia ou desmerecia o seu uso.
Se ele teve passagem pelo Tambor de Mina que é conhecida
como Casa de Mina, e lá se cultua e bem cultuado o uso da
Cannabis.
Mestre Irineu era Maranhense e negro, no Maranhão
especialmente na parte onde os negros mais dominam,
sempre foi cultivada a planta. Nada mais do que normal, pois
o uso da Cannabis era de comum nas tribos africanas."Ma
Konia " Mãe Divina
Padrinho me disse que o Mestre usava, Padrinho Wilson
também me disse que o Mestre usava, eu ouvi vários relatos
lá em Rio Branco de que o Mestre usava sim, mas ai é que é
a questão, muitos vão dizer que não e outros vão dizer que
sim, mas é meio impossível agora querer descobrir se
realmente o Mestre usava.
A questão maior é sobre o que cada um quer para si. Eu
Marco abraço a Santa Maria como Doutrina e sei que isto
pode ser bom para quem realmente sabe da Doutrina.
Em maior conceito, também acho que as pessoas devem ser
livres para pitar o seu baseado sem estas de prisão e
perseguição.
A Doutrina da Santa Maria está ai para quem quiser segui-Ia,
para quem não quer, não siga. Mas esta polêmica é muito
ruim. Pois surgem medonhos seres com raiva e baba.
Temos relatos de parentes que apresentaram a maconha para
o Mestre e este disse ser uma planta de muita ciência, e por
ai vai.
Mas não acho que se o Mestre usava ou não usava pode
influir na vontade de alguém. Mestre Irineu comia 12 ovos
por dia segundo alguns historiadores, comiam carne de
porco. Este exemplo eu nunca seguirei, pois acho horrível a
carne de porco e ovo também não como. Mestre morreu
doente e sua circulação sanguínea era péssima, então
algumas coisas que o Mestre fazia, eu acho detestável, como
comer carne, principalmente de porco.
Nem por isto, eu desmereço o Mestre e sua missão que
também é minha e de quem quiser seguir os passos de
atender os doentes, distribuir Daime e Doutrinar o Mundo
Inteiro. Ser educado, alegre e amoroso, seguir sempre a
verdade e a justiça.
Na verdade, a Santa para uns é boa, e para outros não é boa.
Uns precisam e outros devem é manter distância, já vi
muitos casos de a pessoa não agüentar os trabalhos
espirituais, com Santa Maria, muita gente não agüenta, eu
acho que os trabalhos de Santa Maria podem ser mais fortes
do que com Daime.
Aqui na Rainha do Mar volta e meia eu suspendo a Santa
Maria e ai muitos vem se queixar e eu coloco para fora, pois
Doutrina não é fazer o que se quer e quando quer, doutrina é
doutrinar-se. Fumar a toa é bom, mas usar em Doutrina é
bem melhor. Três em três dias, sete em sete, quinze em
quinze trinta em trinta, fazer jejuns, diminuir o uso, eis a
Doutrina da Santa Maria. Como o Daime a Santa Maria
também pode levar o camarada para as profundezas. Daime
faz a mesma coisa, a pessoa ta ali tomando Daime e pensa
que ta subindo e na verdade esta descendo. Isto acontece
quando a pessoa está iludidíssima com as suas descobertas e
acha que ela é que detém o poder.
Padrinho dizia que o Daime vai dando escada e mais escada
para a pessoa subir e depois tira a escada, quem souber se
segurar no pincel se salva.
Mas pitar na Doutrina tem que ser macho, pois já vi muitos
tremerem e nunca mais nem passar perto do cheiro.
Já vi um cabra chegar com um kilo de fumo, traficante e
depois do trabalho com a Santa Maria, nunca mais pitar e
deu todo o fumo que tinha, nem se atreveu a vender nada da
planta.
A Doutrina é muito boa, só tem a dar coisas boas para este
país e para este mundo.
No caso de ser liberada para consumo próprio, de imediato
acaba com um grande financiamento que estes bandidos tem.
As prisões esvaziam em um terço da sua população.
A corrupção diminui em muito.
Os problemas familiares de pais e filhos diminuiriam, pois
ao país sem estudos e movidos pela propaganda da sociedade
e governo fazem barbaridade com seus filhos.
Há uns meses atrás um jovem de 14 anos, um garoto super
estudioso, gente fina, tranqüila, uma pessoa admirável, foi
colocado para fora de casa por causa de um baseado que o
pai achou no seu bolso. Bom, o camarada acabou na rua e
sem nada de auxílio. Ai vemos que isto é praxe, meu pai me
colocou pra fora de casa com 12 anos de idade porque me
viu fumando um baseado.
Dormi meses na rua, passei o pão que o diabo amassou só
porque o governo a sociedade resolveram sem bases
cientificas nenhuma e nem em bases morais, pois o fato da
pessoa usar um baseado, não a torna capaz de fazer atos
amorais, e muito pelo contrário, é um sedador, um calmante,
um relaxante muscular recitado desde os primeiros escritos
médicos consideráveis e que adotam como Pai da Medicina.
Para uso na hora do parto, hora sagrada que temos na nossa
vida. A crisma era feita com maconha, isto é fato
comprovado e ai?
Bom, muita coisa ainda vai ser revelada, como muita coisa
foi escondida na luz da noite. Mas nada como a luz do Sol,
brilhante e feliz, revelando o que estava escondido pela
negra escuridão.
Vejamos o mal que esta lei faz ao país e então podemos dizer
que a sua proibição gera mais injustiças e pobreza do que o
seu possível mal à saúde, sim possível pode causar, pode
fazer, mas nunca ouve provas de que fizesse. Uma lei que se
comparada ao uso do cigarro podemos encarar logo a
injustiça existente.
O injusto é ainda mais os que dizem coisas a respeito sem ter
o conhecimento sagrado e do conhecimento real da
sociedade, em relação ao que acontece mesmo, pois não se
pode admitir que ainda tenhamos leis tão perversas e de
cunho segregacionista, Confederalista do Sul dos EUA em
atuação aqui. Algodão, Algodão, e nem doce e nem salgado.
O importante é a pessoa saber o que é bom para si e deixar a
regra para se acomodar com a realidade de cada um.
No meu ver, parece que o Mestre usava.
Marco Gracie Imperial

"Marconheiro" e a morte do padrinho Sebastião Mota


de Meio
Email
De: Marco Antônio Gracie Côrte Imp
<marcoimperial@uol.com.br> Para:
santodaimeplantassagradas@grupos.com.br
santodaimeplantassagradas@grupos.com.br
Assunto: [plantassagradas] cruz credo!!!
Data: santodaimeplantassagradas@grupos.com.br
Tinha um camarada aqui em Pedra que fazia esta coisa, só
que estava com raiva de mim. Falou isto prum monte de
meninas e ai a namorada dele veio atrás, para saber se era
verdade. Mas eu acho bem legal, não tenho problema
nenhum de ser chamado de marconheiro, nesta Terra onde
muitas injustiças foram feitas, eu que comecei desde os 12
anos de idade, só sinto é feliz, feliz com Deus.Uma vez eu ia
chegando na casa do meu pai, e lá pelas tantas ele teve que
sair apressado, ai lá estavam várias meninas que enquanto o
papai tava em casa, mal falavam comigo. Mas bastou ele sair
que elas me rodearam e eu sem entender nada, porque elas
eram super frias comigo na frente do papai, fiquei ali no
meio e elas começaram, Marquinho, você fuma maconha? E
todas olhando para mim e eu disse que sim, e elas me
pediram pra fumar comigo. Bom, fumamos e me contaram,
que papai antes de eu chegar, fizera a minha caveira com as
meninas, disse que eu era drogado, que nem falassem
comigo. Mas o que aconteceu foi ao contrário, elas vieram
todas felizes me pedir um baseado.
A vida é assim, imagine, agora todo mundo tá sabendo de
como eu fui tratado, na época da morte do Padrinho, na
verdade esta mentira de que o Padrinho morreu de overdose,
foi criada pelo pessoal do CEFLURIS, para me desmerecer
perante ao ocorrido na época onde o Padrinho Sebastião
exigiu, debaixo de maldições contra aqueles que não
queriam deixa-Ia vir para a Rainha do Mar. Padrinho aqui
sempre foi muito bem tratado, estava sofrido, e só reclamava
do ramramram do povo. Aqui na Rainha ele foi tratado como
eu tratei o meu pai nos seus últimos dias aqui na Terra.
Recebi-o e o tratei, sempre contra o povo que o cercava.
Sofri o pão que o diabo amassou, e eram coisas deste tipo. O
Alfredo dizendo uma barbaridade desta, e foi assim mesmo.
Como se eu fosse culpado da morte do Padrinho, assim eu
fui tratado e ainda volta e meia alguém vem com estas
coisas. Se o velho tivesse morrido de overdose, eu mesmo
diria, mas não foi, tenho aqui até hoje o porta toalha,
quebrado onde ele se agarrou e caiu. Padrinho morreu depois
de um ataque fulminante, pois ele tinha mal de chagas uma
doença que deixa o coração imenso e ele fica mais propício a
ter este tipo de ataque fulminante. Mas padrinho chegou
quase morto aqui em casa. Fui buscá-lo a seu pedido no Céu
do Mar e de lá o retirei, fui chegando e ele amaldiçoava a
todos ali, e eu Marco, fui e o abracei e disse pra ele que ele
ficasse mais tranqüilo que eu tinha chegado e já o ia levar
para a nossa casa. Na verdade eu parei as maldições que
eram veementes e inesquecível para quem viu o Padrinho
abençoar, o tempo todo, mas amaldiçoar, eu raríssimamente
poderia ver o que vi. Mas depois da morte dele, foi só o que
eu recebi do filho e de muitos. Na morte dele eu levei o
corpo para o Céu do Mar e lá estendi a mão para um
dirigente e este me virou as costa, procurei saber e fui
informado, que eu tinha matado o Padrinho de overdose.
Esta coisa eu soube no dia da morte do velho no Céu do Mar
e nasceu ali, a troco de que só posso pensar que é maldade
pura, uma indecência a troco de nada, ou seja a troco de me
desmerecer. Porque esta coisa contra mim? Tem tiro que sai
pela culatra. Hoje a mentira cresceu e está pegando todo
mundo, daqui a pouco o raciocínio começa a ser este. Estão
acusando a todos e eu nem ligo, mas tem gente que vai ficar
sem dormir. O camarada ta é fazendo a minha fama. Ainda
mais eu filho de Carlos Imperial, o homem que dizia: "Falem
mal, mas falem de mim", e eu depois de aprender a apanhar
na Academia Gracie desde infância, hoje sou o próprio pão-
de-ló, quanto mais bate, mais eu cresço, cresço em estudos,
cresço em família, cresço em amigos, cresço no amor.
To mais preparado do que nunca, para trabalhar no astral,
"tenho as armas na mão" e me sinto feliz, e muito feliz com
o avanço da Rainha do Mar que está de vento em popa em
três municípios trabalhando com produção e sendo auto
sustentável. "As linhas do bem estão presentes aqui na
Rainha do Mar, salve as crianças encarnadas, salve todos os
orixás" e Salve a Rainha do Mar"
E Santa, gosto que me enrosco. Já comi com chocolate é
uma delícia. Apesar de ter uma rapaziada aqui que queria me
matar só de ver eu comer o bãozão que apareceu aqui, só o
cheiro dá vontade de comer.
Outra coisa, se querem aumentar o Daime é falarem mal
dele, uma vez a Veja fez uma reportagem horrorosa sobre o
Daime, e ai não parou o telefone, aqui em Pedra vieram mais
de 10 pessoas só por conta da reportagem. Falou mal do
Daime é aumento na certa.
Marconheiro é bem legal. Hoje eu digo que sou um Mariano
do Uso Sacramental. Ficou chic!
Um abração
Marco Gracie Imperial
Reconhecimento dos efeitos negativos da cannabis
Email
]From: valerialuanova
To: santodaimeplantassagradas@grupos.com.br Sent:
Thursday, January 13, 2005 5:09 PM
Subject: [plantassagradas] Re: Cannabis X Ayahuasca
Que maravilha!!!!!! quer dizer então que estamos no
caminho certo... Viva o santo Daime!!! viva a santa Maria!!!
...Obrigado irmão pelas informações...Abraços..Valeria
Lamat Ka <hessf@biof.ufrj.br> wrote:
Esqueci de dizer que os efeitos negativos da cannabis são
diminuídos e quase revertidos com infusões de 5-
HT(serotonina), ou análogos como o DMT. Já que este efeito
de perda da memória parece ser relacionado a uma
diminuição da 5-HT no hipocampo, que é a região
responsável pelo armazenamento da memória e aprendizado.
Com isso posso afirmar com certeza que o Daime ajuda a
inibir os efeitos negativos a memória relacionados com a
ingesta de THC.
Em attach o artigo onde estes dados são revelados
beijos e abraços
Lamat Ka- Estrela Lunar 28 7:7::7:7
In Lak'ech
Felipe F. Hess, M.Sc.
Jaboratório de Fisiologia da Cognição
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Dúvidas e perseguição
Email
From:"Marco Antônio Gracie Côrte Imp"
<marcoimperial@uol.com.br> To:
santodaimeplantassagradas@grupos.com.br
Sent: Tue, 16 Nov 2004 02:23:11 "0200
Subject: [plantassagradas] Ao irmão Marco Imperial
Bom, sobre a perseguição é realmente uma barra, muitos
perseguem e ai a coisa fica difícil, por isto é que se deva ter
segredo, não conversar com quem não usa, nem dar chance
de alguém falar nada, pois quem persegue, não sabe o que
diz, e nem o que faz.
Eu fui perseguido desde os meus 12 anos e imagine hoje
estou com 47 e ainda vejo perseguição, quando for liberado
o uso, ai as perseguições diminuirão.
mas o segredo é ter segredo, e viver numa boa, sem mostrar
para ninguém, e fazer os seus intentos sem alarde, para que
diminua a pressão dos que são contra.
Com tanta gente falando besteira, acabamos por ter esta
dúvida sobre se estamos fazendo o certo, e acabamos por
achar que podemos estar errados.
Mas este caminho ainda é de perseguição, quem entrar nele é
também para enfrentar estas coisas.
Não espere compreensão de ninguém, e descubra você
mesmo se é este o seu caminho. Mas de ante-mão pode
esperar perseguição, pois ainda é considerado crime, pela
legislação brasileira, um dia isto acaba.
Um abração
Marco Gracie Imperial
Boa Noite, irmão Marco Imperial
Estou com uma coisa na minha cabeça e preciso conversar
com alguém como vc, que é solícito e tenho certeza de que
me compreenderá. Faço uso da maconha, que recentemente
descobri ser uma planta de poder e ser chamada Sta Maria,
mas tenho recebido duras criticas sobre essa prática. Estou
fazendo mesmo algo de errado? Esta erva não deve ser
utilizada desta forma? Estou aqui para aprender e confio em
seu julgamento!! Obrigada por se mostrar atencioso comigo!
um abraço,Cris.

Email
From: Marco Antônio Gracie Côrte Imp
To: santodaimeplantassagradas@grupos.com.br Sent:
Saturday, March 26, 2005 8:58 AM Subject:
[plantassagradas] Santa Maria
Olá criei uma comunidade sobre a legalização da Cannabis
Coloquei uns textos bons para debate
Cannabis Legalização Brasil
http://www.orkut.com/CommTopics.aspx?cmm=1515024A
mor. Alegria e
Educação, são as bases da Doutrina do Santo Daime
Endereço desta página:
http://www.grupos.com.br/grupos/santodaimeplantassagrada
s
E-mail do grupo:santodaimeplantassagradas@grupos.com.br
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Administradores do Grupo: administradores-
santodaimeplantassagradas@grupos.com.br
From: Antonio Garcia <garcia.antonio@gmail.com To:
santodaimeplantassagradas@grupos.com.br Sent:
domingo, 27 de março de 200511:51
Subject: [plantassagradas] Re: Re: Santa Maria
Marco,
Não quero de forma alguma questionar o valor de Santa
Maria para quem dela faz um uso de respeito e sabedoria...
Mas fico me perguntando se essa naturalidade em se falar,
em meios públicos como Orkut, de seu uso dentro da
Doutrina do Daime não seria um tanto quanto arriscado para
o livre desenvolvimento de nossos trabalhos... I
Quando fiz meus primeiros trabalhos o "pito" tinha um ar
meio restrito, secreto, que só se falava entre fardados... E o
que vejo hoje é uma escancaração de tal forma que aqueles
que já eram preconceituosos com o chá se tornam ainda mais
defensores de seus pequenos juízos, já que a canabbis há
muito vem sendo profanada de todas as formas por nossa
sociedade...
Mas de fato o que mais me preocupa é o lado da justiça
humana, das leis, do papel... Falar abertamente do uso de
uma substância proibida (por mais que já estejamos carecas
de saber da verdade) é, ao meu ver, uma maneira de dar
respaldo jurídico à raposa...
Deus queira que não chegue a época que tenhamos que nos
tornar clandestinos- para tomar Daime...
E só pra reforçar o que disse no inicio, "não quero de forma
alguma questionar o valor de Santa Maria para quem dela faz
um uso de respeito e sabedoria"...
Enfim, só um desabafo.
Boa Páscoa a todos.
[]s Antonio Garcia

Disseminação de receitas com a maconha


From: "Z" <zerivan31@yahoo.com.br>
To: santodaimeplantassagradas@grupos.com.br Senti
Sun, 28 Nov 200411:45:31 -0300 (ART)
Subject:[plantassagradas]Re: Chá de Santa Maria

olá galera
*olha, sempre tive essa idéia de que a santa era lipossolúvel
e por isso o chá de nada serviria... Nunca fiz, mas tão logo
tenha um pito de primeira eu vou fazer o teste...
O bolo a minha esposa às vezes e o efeito demora um pouco,
uma meia hora ou menos um pouco, mas quando vem é
muito bom... Dá pra fazer tb um patêzinho muito gostoso...
um abraço a todos
From: santodaimeplantassagradas@grupos.com.br
To: santodaimeplantassagradas@grupos.com.br
Senti Fri, 26 Nov 2004 17:46:48 -0200
Subject:[plantassagradas] Re:Chá de Santa Maria
Ola Marco, Sérgio e demais irmãos da lista...
Minha caixa de entrada é um pouquinho pequena e acaba
enchendo logo, enfim gostaria de te pedir a gentileza de me
passar como se prepara o Chá de Santa Maria, pois acabei de
receber uns pezinhos de Santa que tinha em casa e acho que
eles seriam apropriados para fazer Um chazinho..
Por favor se possível passar para
ricardoflexa@yahoo.com.br
Muito grato e bom final de semana..
Ricardo.
From: "Marco Antônio Gracie Côrte Imp"
<marcoimperial@uol.com.br>
To: santodaimeplantassagradas@grupos.com.br
Sent: Fri, 26 Nov 2004 09:39:10 -0200
Subject: [plantassagradas] Chá de Santa Maria
acredito que seria um desperdício fazê-lo, isto porque o THC
(substância ativa da santa) não é hidrossolúvel, isto é, ele
praticamente não se dilui em água.
Veja só Alex, eu não sei se o THC é ou não é hidrossolúvel,
mas deve sair alguma coisa ou então o THC não é a única
propriedade a dar o efeito, mas o chá é muito bom, ele leva
uns 10 minutos para fazer efeito, é bem mais tranqüilo e
menos ofensivo a garganta.
Eu sou a favor do chá, ou do bolo, ou de comer, já comi
várias vezes e é muito bom.
Um tempo atrás apareceu um soltinho de ouro por aqui e eu
comi tudo, para revolta geral do pessoal da Rainha do Mar,
quiseram me matar, por causa de eu comer quase tudo.
Eu colocava para destrinchar para fazer o pito e ai ao
destrinchar, eu ia comendo, comendo e quando eu via já
tinha comido tudo. O pessoal ficava batendo com a cabeça,
diziam que era desperdício e coisa e tal, eu sei que o pessoal
que não conseguia comer tava certo em parte, mas é muito
gostoso.
O THC é lipossolúvel, isto é, ele se dilui facilmente em
gordura, como por exemplo, na manteiga. Derrete-se a
manteiga suficiente para fazer um bolo numa frigideira em
fogo baixo, coloca a santa já "dichavada" até virar uma pasta
preta, cuidado para não queimar.
Depois usa esta "pasta" para fazer um bolo normalmente.
Além de ficar uma delícia, a força bate de uma maneira
incrível.
Mas se for fazer, procure uma santa mais pura e de
qualidade, para evitar alergias, intoxicações, etc
Sim as plantas cultivadas dentro da Doutrina da Santa Maria,
ou por pessoas que tem a ligação com a invocação do
espírito que ali habita, trazem mais pureza.
Agora eu digo que ai tem coisa nesta história de princípios
ativos.
Ex, É provado que os princípios ativos não sobrevivem por
muito tempo em extração aquosa quente, Aqui com
temperatura ambiente, eu garanto que estão preservadas. A
minha extração a temperatura ambiente, não estraga e fica
anos a fio sem estragar.
Mas é o que eu digo, que muitos acham que os tais conceitos
sobre princípios ativos explicam o mundo espiritual.
Mas estão muito longe de poderem ser um prumo para o
estudo do mundo espiritual. Vai ser um dia, quando
colocarem outro conceito de principio ativo de uma planta
em relação aos que a usam. Vejam que o metabolismo de
cada um é diferente do outro
Pois eu tenho experiência nesta área e vejo que o mais
importante é o entendimento da pessoa com o que ela
invoca.
Claro que os tais princípios ativos devem ser importantes,
mas a minha observação diz que nem tanto.'
Dizem que o Daime fervido produz Metanol, que de várias
amostras todas mostraram metanol na sua composição.
Segundo a Ana Vitória que mandou analisar o Daime feito
pelo Pedro Dário e outros.
Abraços,
Marco Gracie Imperial

Veja como mesmo atualmente é


perpetuada a disseminação da santa maria
(maconha) em um e-mail de um Encontro
de Mulheres marcado para julho de 2007
Email
Mensagem encaminhada de pllcarol@yahoo.com.br - - - -
From:Palloma Caroline <pllcarol@yahoo.com.br>
To: Ceu de maria <ceudemaria@grupos.com.br>, Reino
do Sol
<reino_do_sol@yahoogrupos.com.br>, Grupo Cheia
<Iuacheia_sp@yahoogrupos.com.br> Sent: Wed, 2 May
2007 14:02:35 -0300 (ART)
Subject: [reino_do_sol] mensagem de Maria Alice sobre
o Encontro das Mulheres
Reply-To: reino_do_sol@yahoogrupos.com.br
ENCONTRO DE MULHERES NA FLORESTA CÉU
DO MAPIÁ - AMAZONAS
De 15 a 25 de julho de 2007
ÁS QUERIDAS IRMÃS DA DOUTRINA DO SANTO
DAIME
Durante o terço de abertura do trabalho de São Sebastião, ao
som das muitas Ave-Marias, entrei numa meditação sobre o
feminino, sobre a origem e propósito de organizar um
"Encontro de Mulheres" no Céu do Mapiá. Viajei no tempo,
chegando ao Mestre Irineu e ao Padrinho Sebastião, mestres
iluminados que, na Terra, sempre valorizaram o feminino.
Mestre Irineu recebeu a doutrina do Santo Daime das mãos
de Nossa Senhora, que se apresentou na lua branca. Com
esta força feminina desenvolveu a doutrina.
Padrinho Sebastião, ao criar o comunitário, sempre contou e
valorizou o serviço feminino, dando com isso maior
liberdade à mulher, igualando-a ao homem, tantos nos
trabalhos espirituais como materiais: trabalhar nos feitios do
Daime, administrar centros comunitários, sentar-se à mesa
nos trabalhos espirituais, trabalhar nos roçados plantando e
colhendo. Na história do Padrinho Sebastião, o feminino
esteve sempre presente e alimentado pela força de Santa
Maria. E nesta força, como mulheres da Bandeira do
Padrinho Sebastião, vimos à necessidade de criar este
Encontro, e convidar as mulheres de todas as igrejas do
Santo Daime para participar. É um desafio para cada uma de
nós e ao mesmo tempo a oportunidade de estarmos reunidas
nesta linda Floresta Amazônica, trocando conhecimento.
Certamente trará muita alegria em nossos corações, vê-lo
realizar-se.
Para este importante evento contamos com o apoio e as
bênçãos de nossa querida Madrinha Rita, exemplo feminino
de amor e sabedoria.
Neste novo tempo vêm surgindo à Nova Jerusalém com as
mulheres da Nova Era, que vão despertar e libertar a mente,
criando esse grande elo espiritual. É o tempo da realização
do ser, o grande ser que está dentro de cada uma de nós
clamando por liberdade interior. É tempo de união que gera a
força.
Vivamos este tempo! Sejamos estas novas mulheres!
O encontro tem por objetivo criar um elo feminino de
intercâmbio e doutrina.
Assinado: Regina Pereira e Mulheres do Céu do Mapiá.
Descriminalização da maconha
From: iranildo correia
To: hinodasemana@yahoogrupos.com.br Sent:
Wednesd<:iY, November 24, 2004 5:12 PM
Subject: Re: [hinodasemana] VÍCIOS
ha fla serio vão tomar na peida fumo tb e não me culpo por
isso agora fica esse bando de fanáticos falando ai meu deus
isso ai meu deus a kilo assumam quem vcs são e o que fazem
e sejam feliz sem culpa ke fazem luz ou escuridão
caminhemos que só deus julga o que fazemos' certo ou
errado acho que vou sair dessa sala o povo vive na nos
tempos em que medo do inferno impewrava koleh galera
para com issoh porrrr.
cansei dessa sala e tanto fanatismo barato nem parece que
tomam daime ,e enxergam bem alem!!!!!
fala serio que carolice!!!! e depois do trabalho aquele bando
de gente como eu fumando seu cigarrinho e não como eu se
culpando...
HA VAO, SER FELIZAES PRA CANABIS
QUE SACO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!1
Email
From: marciorogeriomarques
TO: hinodasemana@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, May 10, 2005 8:31 PM
Subject: [hinodasemana] Re: na Argentina, 23 mil
pessoas se manifestaram pró-legalização Cannabis]!
Pois é, entendo que tenhamos errado na preparação do ato
mais uma vez. Naquela oportunidade da passeata em que a
polícia espalhou jogando água nos participantes entendo que
quando da organização do ato, nos atos preparativos
deveríamos ter enviado oficio às autoridades policiais,
requerendo proteção policial ao ato publico, cuja realização é
assegurada pela constituição, desde que sem violência é
claro. Outro fator que devemos deixar bem marcado é que a
luta antiproibicionista segundo seus diversos segmentos, é
geral, ou seja, relaciona drogas em geral, que mesmo as
famigeradas drogas químicas e seus viviados, não é uma
questão de polícia e sim de saúde pública, porém: devemos
nessas lutas ressaltar deixar claro, que não obstante, a luta
antiproibicionista generalizar, existem as diferenças entre
drogas e plantas de poder. Isso devemos sempre ressaltar
bem. Por outro lado, não podemos confundir
descriminalização com liberação ou favorecimento de uso,
incentivo ou apologia ao uso de drogas ou mesmo das
plantas professoras.
Devemos considerar que não há necessidade de se utilizar
drogas ou plantas para ser um bom ser humano, por outro
lado, não é por que o cidadão faz uso dessas substâncias que
o "mesmo seja uma má pessoa, precisa mesmo é sempre nos
respeitar. Quem usa e quem não usa "tratar-se
respeitosamente.
Por fim, peço que enviem ou reenviem pra mim essa
mensagem em pvt, por gentileza, quero, ver os anexos.
há braços
Márcio

Veja como a maconha é até cultuada em


hinos como santa maria
E-mail
From: "Vinicius, Viana" <vvviana2003@yahoo.com.br>
To: hinodasemana@yahôogrupos.com.br
Sent: Fri, 24 Dec 2004 13:10:24 -0300 (ART)
Subject: [hinodasemana] Santa Maria
108. Santa Maria
Quem não conhece Santa Maria
E faz uso dela todo dia
Vive sempre em agonia
Mas agora chegou como eu queria
Meu Senhor São João Batista
Jesus Cristo ê São José
Agora chegou como eu queria
Agora chegou como Deus quer
Chegando como Deus quer Daí, tudo fica bem
Chegando como meu Pai quer
Chegou como eu quero também
Na vontade da Virgem Maria
Ela agora vai vigorar
Ela é do meu comando
E manda eu comandar
Eu comando aquele que crê
Em Jesus Cristo e São João
Que esta a verdade
Que temos em nossa união
Vou dizendo assim para todos
E quero cumprir o que digo
Quem não for me ajudando
Não prova que é meu amigo
Para todos nos manda esta ordem
Agora respeita quem quer
Mas aqui eu digo a todos
Vamos ser todos como Deus quer
Olhem todos bem para o Sol
E todos olhem bem para mim
Sê ainda tem confusão
Mas meu Pai não pratica assim
Deus Pai e Espírito Santo
Na nossa Mãe se encerra
Vamos todos afirmar paz
Deixa quem quiser afirmar guerra
from: "Vinicius Viana" <vvviana2003@yahoo.com.br>
To: hinodasemana@yahoogrupos.com.br
Sent: Sun, 14 Nov 2004 13:36:44 -0300 (ART)
Subject: [hinodasemana] Santa Maria
Quando voltei de Petrópolis
Fiz um voto de fé
Joguei uma pedra de Santa Maria fora
E prometi não usar mais
Até que liberasse
Esperava liberar até o fim do ano
Mas eu tenho Pai e não padrasto
Agora estou convencido
De que o que vai libertar
Não vai ser a erva que faz ouvir
Mas a verdadeira, aquela que nos fala aos ouvidos
Viva a liberdade decretada de Santa Maria!
Que se rompam as correntes!
Ameaçaram-me para que eu me calasse,
mas subestimaram a verdade que me alicerça:

hinodasemana : Mensagem: ALE FELICIANO Página 1 de


2

Bom, eu recebi muitos e-mails de vindas destes viciados


drogados que fazem parte destas lista da Internet, dizendo
que deveriam me processar, que eu me escondo por detrás de
falsas identidades, que poderiam fazer a lei confiscar minhas
extensas terras e blá blá blá.......... então é para este povinho
que tanto fala sobre leis, que escrevo o resumo abaixo que
estou dando de novo:
"Eu, Emiliano Dias Linhares nome de batismo desta
encarnação e Gideon meu nome espiritual sob minha única e
total responsabilidade e nas minhas mais perfeitas faculdades
mentais estou dizendo;
Que as falsas igrejas de daime incluindo as do CEFLURIS
USAM DROGAS em teus rituais com daime................ FUI
CLARO COM VOCES!!!??? Alfredo mostre pra mim aonde
na constituição está dizendo ser permitido usar drogas com o
daime????
Que o padrinho Sebastião foi apenas um homem viciado em
drogas e traiu os ensinamentos verdadeiros do daime do
irmão Raimundo Irineu Serra. Ele nunca se iluminou
exatamente por que#9; usava maconha com pasta de cocaína
!!!!!
"ME PROCESSEM!" EU TOPO IR A UM
RIBUNAL........................

Que tal envolvermos a polícia federal nesta história,


a Secretaria Anti Drogas do Brasil, a imprensa as redes
televisivas, os pais das famílias cujo filhos estão se drogando
com a maconha ai com vocês!!!!!
Que tal vocês explicarem para um juiz em um tribunal que
vocês estão apenas consagrando a santa Maria e a santa clara
quando pitam a maconha e cheiram a cocaína !!!!!
Tolos vocês que acham que vou me esconder por detrás de e-
mails com outros nomes, Amo com coragem e confio na luz
do Grande Espírito que me guia. Aqui ha um espírito já
velho e um guerreiro da luz. Encontrarão aqui um leão e não
um carneirinho. Vim para unificar e não separar, até hoje
apenas tenho combatido as drogas com o daime e a cobrança
fariseista aos trabalhos espirituais, mas. daqui pra frente, é
vocês quem decidirão o rumo tudo isto vai tomar.
Assinado:
Emiliano Dias Linhares ou
Gideon dos lakotas.
-------------------------------------------------------------------------
-------------------
Yahoo' Mail: agora com 1GB de espaço grátis. Abra sua
conta!
Encaminhar
<Mensagem anterior / Próxima mensagem>
-------------------------------------------------------------------------
-------------------
Expandir mensagens Nome / E-mail Classificar por datas
ALE FELIClANO Emiliano Dias 4 de Jun de 2005 12:58 am
Então Ale Feliciano, não era você que dizia que
achava que deviam tomar providencia legais contra
minha pessoa?Então menino, aproveite agora........
Tópico anterior / próximo topico
Mensagem.................. OK

buscar.........................OK avançado

VIII Estados alterados de Voltar ao sumário


consciência

Amados, explicarei com muita simplicidade e sem


misticismo ou dogmas, sob n luz da ciência e do espírito, o
que são os estados alterados de consciência e qual sua
relação com o vinho das almas ou com as plantas de poder
verdadeiras. Mas, para isso, será necessário adentrar um
pouco a parapsicologia moderna e a ciência médica. Será
possível, então, compreender na íntegra o que são estados
alterado de consciência.
O primeiro passo é compreender o que é o sentir. Como já
devem saber, amados, tudo no universo vibra, tudo no
universo possui freqüência e as freqüências caminham.
Portanto, sentir é apenas a capacidade de perceber as
freqüências. É o choque de auras, simples assim! O segundo
passo é ter consciência dos níveis cerebrais. Nosso cérebro
pulsa, tem freqüências. O homem definiu, pela ciência
médica, quatro níveis de pulsação cerebral que qualquer
eletroencefalograma demonstra claramente: beta, alfa, teta e
delta.
No nível beta, o cérebro humano pulsa entre 14 e 28 ciclos
por segundo. Este é o estado da vigília, que se dá quando o
está homem acordado, com freqüência acelerada. Nele, o
homem está preparado para perceber o mundo da terceira
dimensão, para perceber a matéria mais grosseira com
rapidez. Pode realizar atos como desviar de um obstáculo
quando está dirigindo ou agir sobre reflexos motores,
realizar serviços mais brutais e até guerrear fisicamente. No
estado beta, o sentir do ser humano é pequeno, limitado, se
atém apenas à parte grosseira das freqüências da matéria e da
sobrevivência física. É no estado beta que existem para nós o
tempo e o espaço.
No nível alfa, o cérebro pulsa numa freqüência que oscila
entre 7 e 14 ciclos por segundo. É um estado de grande paz.
Nele, seu sentir se faz muito maior e é capaz de perceber
freqüências tão sutis e refinadas, que no estado de beta você
nem imaginava existir. Amados, sabem quando vocês estão
quase dormindo, ainda não dormiram, mas também não estão
despertos? Isso é alfa! Aquele estado gostoso que precede o
sono, no qual parece não existir o tempo e nem as
perturbações? É alfa!
Alfa é o estado perfeito para programações mentais e é nele
que acontece
a recepção das freqüências telepáticas e alguns outros
fenômenos parapsicológicos como clariaudiência,
clarividência, psicografia, radiestesia e energização. Em alfa
o homem fica com pelo menos o dobro da capacidade
cerebral de beta e, ainda possui uma memória quase perfeita.
Esse é o estado mental perfeito para as projeções mentais dos
seus desejos e para a meditação também.
Neste estado, o tempo e o espaço não existem mais.
Mantendo sua mente acesa, consciente, em alfa profundo,
você tem acesso às suas freqüências e facilmente percebe a
quarta dimensão, podendo entrar em contato íntimo com os
seres de lá. Com um pouco de treinamento, qualquer ser
humano pode entrar e permanecer, em alfa por períodos
longos com muita facilidade, mesmo que esteja no meio de
um campo de batalha. Nos cursos de xamanismo e magia
real, ministrados gratuitamente aqui no Céu Nossa Senhora
da Conceição, os irmãos e irmãs aprendem isso na prática
com extrema facilidade.
Em teta, o cérebro humano pulsa na freqüência que oscila
entre 3 e 7 ciclos por segundo. O tempo e o espaço não
existem. Nesse estado, o ser humano tem acesso a
ferramentas como telecinésia ou psicocinésia, saída do corpo
astral com materialização e até bilocação. No entanto, para
realizar a bilocação, a pessoa tem mesmo que ser muito boa
no que faz. Em toda a História conhecida, há apenas meia
dúzia de casos constatados.
O grau de percepção da mente quando o homem se mantém
consciente em teta é algo maravilhoso. É possível ter acesso
á memória DNA registrada em cada uma de nossas células,
assim como à memória espiritual. Então, você pode
acrescentar sua memória espiritual, que é eterna, à memória
DNA de seu corpo desta encarnação, enriquecendo-a muito!
Quando se está em teta profundo, pode-se sentir um ancestral
seu ser você. O conhecimento e a consciência dele são você,
claramente! Mas isso não é uma incorporação, é apenas você
tendo acesso à memória DNA das suas células.
É também em teta que temos acesso fácil aos arquétipos,
tanto coletivos como individuais. E, exatamente na passagem
de alfa profundo para teta ocorrem os sonhos. Como nesse
estado cerebral não existe tempo e espaço, os
microssegundos de cada passagem podem parecer uma
eternidade nos sonhos.
Com um pouco mais de treinamento, autodisciplina e
autodomínio, qualquer irmão ou irmã pode facilmente atingir
conscientemente o estado teta e desfrutar muito das
vantagens deste estado mental. Nos cursos de xamanismo e
magia real, ministrados gratuitamente no CNSC, ensina-se
rápido a fazer isso.
No estado delta, o cérebro pulsa entre zero vírgula alguma
coisa e 3 ciclos por segundo. Zero vírgula alguma coisa,
porque o zero absoluto ocorre no caso de morte do cérebro.
É em delta que o ser humano se refaz em energias para o dia
todo. Pesquisas demonstram que a somatória da freqüência
delta durante o sono de uma noite inteira de um homem gira
em torno de apenas 4 minutos. Eu não conheço nenhum ser
humano que conseguiu constatadamente atingir consciência
em delta.
Mas qual a relação entre plantas de poder e estados alterados
da consciência? A planta de poder, como o vinho das almas
(ayahuasca), faz com que você se mantenha
"conscientemente" no estado cerebral teta e ainda abre seus
chacras. Abrir um chacra do ser humano é algo demorado e
não é tão simples como muitos alegam, Através da
meditação, é possível abrir os chacras e atingir o estado teta
profundo com consciência, mas isso leva às vezes meio
século de um forte treino. Já quando se usa a planta de poder
dentro dos rituais corretos, isso acontece em apenas alguns
minutos. Assim, através do uso correto da planta de poder,
qualquer ser humano, mesmo sem qualquer treino, pode ter
acesso às ferramentas da mediunidade, da sensitividade total.
Terá acesso ao interior de si mesmo. Amados, o vinho das
almas abre uma conexão entre o cérebro e o coração,
revigora sua saúde e seu amor!
A planta de poder pode ser um grande auxílio para o irmão
conseguir abrir seus canais com Deus, com o cosmo. Saibam
que há passagens na Bíblia que falam sobre grandes profetas
de Deus com um cálice de vinho dourado e espumante nas
mãos! Por acaso vinho de uvas é dourado? Que vinho
dourado e espumante vocês acham que era este, meus
queridos? Através das batidas de um tambor também é
possível atingir alfa ou teta profundos. Por isso, o tambor é
uma das ferramentas sagradas do xamã. Há mantras que,
quando entoados por longos períodos, também levam o
homem à teta. Os irmãos tibetanos usam muito esses
mantras.
Um homem com a consciência ampliada pode compreender
facilmente as razões reais de seus traumas, ter acesso às
soluções e aprender a colocá-las em, pratica. Pode receber
com facilidade as orientações dos mentores de luz sob a
regência do senhor Jesus e da Virgem Mãe soberana. Um
homem em beta observa uma rosa e sente ou vê algo muito
diferente do que verá ou sentirá quando estiver em alfa
profundo ou teta. Com a consciência ampliada, um amado
tem acesso fácil à quarta dimensão, que foge por completo
do conhecimento da "ciência dos homens brancos". Passa a
lidar com conhecimentos e dados que extrapolam em muito
seus limites. Percebe cores que não conhecia antes.
Consegue respostas rápidas para perguntas que a
humanidade vem se fazendo há milhares de anos, como:
"Quem sou?", "Onde estou?", "De onde vim?", "Para onde
vou?"
É muito interessante lembrar que a planta de poder é apenas
uma ferramenta espiritual entregue à humanidade pela graça
e misericórdia do Grande Espírito. Ela lhe eleva rápido a um
alto grau de luz, consciência, autodomínio e sensibilidade. A
planta de poder nos rituais corretos retira o homem do
degrau do racional e o eleva ao degrau do espiritual, depois
disto você não usa mais a planta de poder porque está apto a
caminhar por si mesmo neste grande jardim. No universo da
ayahuasca está cheio de pessoas que alegam saber de tudo e
" falam e falam muito". Mas, após breve pesquisa, você
descobre se tratar de uma pessoa que sempre ficou "achando
e achando" como deve ser um movimento altruísta e uma
obra de luz, mas na hora de "obrar e obrar", ou seja, realizar
um ato altruísta e de luz, ele tirou o corpo fora dando uma
desculpa furada e simplesmente nunca fá nada de concreto!
Mas serão as suas obras que irão definir vocês. Quem não
junta espalha! Se você observar Hitler, Napoleão, Átila, o
Uno e até o Temogin, verá que todos eles fizeram grandes
obras, mas obras sem luz. Assim, as obras deles apenas
atestaram o tamanho do ego que possuíam! Por outro lado,
observe Gandhi, Francisco de Assis, os Lamas e monges
tibetanos, Francisco Cândido Xavier, DI'. Celso Charuri,
Alberto Montalvão, alguns xamãs e muitos outros que
tiveram grandes obras de luz. As obras deles atestaram o
tamanho do espírito que possuem! Como dizem os ditados,
"o pior cego é aquele que não deseja ver" e "mostra-me suas
obras que conhecerei sua fé".

IX A maconha do ponto Voltar ao sumário


de vista científico
OBS:Apresenta fotos tomográficas do cérebro humano de usuários
(Pesquisas atuais).

Introdução

Consideramos importante esta atual abordagem sobre o


controvertido tema da maconha porque ainda persiste no
mundo médico-científico uma divergência grande de
opiniões, talvez por ignorarem os danos psico-neuro-sociais
em toda a sua abrangência. Graças aos avanços recentes dos
recursos tecnológicos (ressonância nuclear magnética,
tomografias computadorizadas-CAT, PET, SPECT,
mapeamentos cerebrais - eletroencefalogramas digitais,
polissonografias e exames laboratoriais na área de
psiconeuroendocrinologia) é que se pode esclarecer todas
estas dúvidas que rondam o meio médico e,
conseqüentemente, a população leiga.
A maconha é única do ponto de vista farmacológico. Não se
assemelha a nenhuma outra droga conhecida. Suas ações
clínicas são únicas, assim como as sustâncias químicas que
contém em sua estrutura molecular (WEIL, 1986). A
Cannabis sativa é a maconha cultivada no Hemisfério
Ocidental, enquanto que a Cannabis indica é a maconha
cultivada no hemisfério Oriental (SEYMOUR e SMITH,
1987).
Ao contrário do que se pensa a planta não é brasileira. Na
realidade, foi trazida pelos escravos africanos da África
Ocidental, que era lá usada para fins intoxicantes. Porém, a
África já havia recebido a planta da Ásia, onde nasce
espontaneamente ao pé das montanhas além do lago Baikal
(DÓ RIA, 1986). Um imperador chinês de 2.200 a.C. já
descreveu o uso da maconha (LEAVITT, 1995).
Os chineses reconheceram as propriedades psicoativas
potentes da maconha há 4000 anos atrás, mas a sociedade
Ocidental reconheceu suas propriedades intoxicantes apenas
no século XIX, quando as tropas de Napoleão III retornaram
à França com haxixe Egípcio. Um membro da Comissão de
Ciências e Artes reportou em 1810 que a maconha cultivada
no Egito era realmente intoxicante e narcótica (BEAR et aI.,
2007).
A maconha foi descrita por vários pesquisadores como a
droga 'que é a "porta de entrada"; um estudo relata que 98%
dos usuários da cocaína começaram com a maconha. Mas,
apesar disso, existem lugares onde a maconha é permitida
como medicamento o que faz com que a percepção de que a
maconha é perigosa deixe de existir. À medida que a
percepção do perigo da droga cai, seu uso sobe
(AMEN,2000).
A planta cânhamo (Cannabis sativa), fonte da maconha,
cresce em todo o mundo e floresce nas regiões temperadas e
tropicais. É uma das plantas não comestíveis mais cultivadas
no mundo. Seu principal componente psicoativo é o delta-9-
tetrahidrocanabinol (THC), que é um alcalóide encontrado
na resina que recobre os brotos fêmeos do cânhamo. Além
do THC, a resina contém cerca de 60 compostos
canabinóides, como o canabidiol e o canabino1. Todos eles
bem menos ativos que o THC. (Cannabis and the brain
Leslie Iversen Department of Pharmacology - University of
Oxford Brain 2003; 126: 1252 - 70.)
Os produtos da Cannabis incluem a maconha, haxixe, bang,
ganja e sinsemilla. Haxixe (charas), que consiste do exudato
resinoso das inflorescências fêmeas, é a preparação mais
potente, contendo cerca de 10 a 20 % de THC. Ganja e
sinsemilla são produtos secos das flores das plantas fêmeas e
contêm entre 5 a 8% de THC. Maconha e Bhang - também
pode ser preparado em forma líquida - são as preparações
mais fracas retiradas das folhas e às vezes das flores secas da
planta e seu conteúdo de THC é de cerca de 2 a 5 %.
A planta maconha sintetiza pelo menos 400 substâncias
químicas. Destas, mais de 60, incluindo o delta-9-
tetrahidrocanabinol são canabinóides (LEAVITT, 1995). A
estrutura química do THC é única, diferindo tanto da
estrutura dos sedativos quanto da dos psicodélicos.
Composição
SÁ descreve 421 constituintes da maconha, sendo eles:
- Canabinóides (61 conhecidos), entre eles do tipo
canabigerol, canabicromeno, canabidiol, delta-9-THC, delta-
8-THC, canabiciclol, canabielsoin, canabinol, canabinodiol,
canabitriol, miscelanio e outros;
- Compostos nitrogenados (20 conhecidos), entre eles: bases
quaternárias, amidas, aminas e alcalóides espermidina;
- Aminoácidos (18 conhecidos);
- Proteínas, Glicoproteínas e Enzimas (9 conhecidos);
- Açúcar e compostos relacionados (34 conhecidos), entre
eles:
monossacarídeos, dissacarídeos, polissacarídeos, ciclitóis e
aminoaçúcar;
- Hidrocarbonetos (50 conhecidos);
- Álcool simples (7 conhecidos);
- Aldeídos simples (12 conhecidos); - Acetonas simples (13
conhecidos);
- Ácidos simples (20 conhecidos);
- Ácidos graxos (12 conhecidos);
- Ésteres simples e lactonas (13 conhecidos);
- Esteróides (11 conhecidos);
- Terpenos (103 conhecidos), entre eles: monoterpenos,
sesquiterpenos,
diterpenos, triterpenos, miscelânea de compostos de origem
terpenóide;
- Fenóis não canabinóides (16 conhecidos);
- Glicosídeos flavonóides (19 conhecidos);
- Vitaminas (1 conhecida);
- Pigmentos (2 conhecidos).
Estatísticas
A maconha é a droga ilícita mais consumida no mundo e o
número de usuários vem crescendo a cada ano. Em 10 anos
(1991 a 2001) houve um aumento de 5,4% do número de
usuários nos EUA e também do teor de THC na maconha -
2,1%.
O uso na vida aumenta a cada ano, com início aos 12 (1%) e
pico aos 19 (18%).
Aos 25 anos esta freqüência cai para 8 % e chega novamente
em 1% entre 50 e 54 anos.
4 milhões de usuários jovens entre 18 e 24 anos (14%)
são usuários freqüentes, a maioria homens (17%) seguido
das mulheres (11%).
22% dos adultos jovens desempregados são usuários, sendo
menor este uso por aqueles que estão empregados (13%) e
também entre aqueles que trabalham meio período (15%).
Segundo pesquisa realizada com alunos do Ensino Médio e
Fundamental, da rede pública de ensino, pelo Centro
Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas -
CEBRID (1997) a maconha é a droga ilícita mais usada no
Brasil.
No levantamento de 1997, as capitais que apresentaram
maior consumo foram Curitiba (11,9%) e Porto Alegre
(14,4%). Constatou-se que 7,6% dos estudantes relataram já
ter experimentado maconha uma vez na vida. No estudo
realizado por Saibro e Ramos (2003), com 1586 estudantes,
em 14 escolas públicas e privadas do ensino médio e
fundamental de Porto Alegre, verificou-se que o uso de
maconha teve seu pico de experimentação na faixa etária dos
14 aos 16 anos (72,5%), sendo a prevalência de uso na vida
(uso experimental) de 21% nesta população. (Rigoni, M.;
Oliveira, M; e Andretta, I. (2006). Conseqüências
neuropsicológicas do uso da maconha em adolescentes e
adultos jovens: uma revisão da literatura cientifica recente.
Ciências & Cognição; Ano 03 Vol 08.)
Foi observado um aumento de registros de acidentes de
automóveis, motos, trens e até caminhões, envolvendo
motoristas consumidores de maconha. Um experimento com
pilotos de aviação avaliou que a maconha é mais perigosa
que o álcool e a mistura de ambas. Existem informações que
o THC é 4000 vezes mais potente que o álcool ao produzir
uma diminuição no desempenho de um motorista em
condições adequadamente controladas (KALINA, 1997).
Em 1993, foram estudadas 175 pessoas detidas por dirigir
"temerariamente", sob a influência de cocaína ou maconha.
Destes, 68 motoristas tinham teste de detecção da maconha
positivo. 88% (60 pessoas) oscilaram entre estados
moderados ou de extrema intoxicação e 12% (98 pessoas)
não mostraram sinais de alteração. Em 18 casos, também foi
detectada cocaína. Foram classificados 3 tipos de conduta de
acordo com o estado de ânimo: 19% (8 pessoas) foram
classificados como paranóides, briguentos e arrogantes, 62%
(26 pessoas) como cooperativos, despreparados e felizes, e
19% (8 pessoas) como lentos e sonolentos (KALINA, 1997).
Sistema endocanabinóide
Sabe-se atualmente que o sistema nervoso central produz
substâncias semelhantes ao THC - são os canabinóides
endógenos - anandamida (N-aracdonil-etanolamina), o 2-
aracdonilglicerol (2-AG) e o 2-aracdonilgliceril éter. Estes,
juntamente com os receptores canabinóides e as enzimas de
síntese e degradação, formam o sistema endocanabinóide.
A anandamida é a mais conhecida e estudada, mas o 2-
aracdonilglicerol é o mais abundante. São sintetizados a
partir de ácidos graxos de cadeia longa, principalmente o
ácido aracdônico. Os canabinóides endógenos são secretados
localmente, enquanto que o THC (principal psicoativo da
maconha) atinge de uma vez sÓ todos os receptores CEl do
cérebro. A ação dos canabinóides dura alguns segundos e o
THC permanece horas no sistema nervoso central; por fim, a
anandamida é cerca de 4 a 20 vezes menos potente que o
THC.
Engeli e colegas mostraram que os endocanabinóides
anandamida e 2-AG estão aumentados no plasma de
humanos obesos e seus níveis estão inversamente
relacionados com a atividade da FAAH (fofolipase-N-
acilfosfatidiletanolamina-seletiva). Já foi demonstrado que o
jejum aumenta os níveis de anandamida no intestino
delgado, o que se relacionaria ao estímulo da ingesta
alimentar (fome - "larica" na gíria).
O SNC também possui receptores específicos para os
endocanabinóides e o THC. Há dois tipos de receptores
conhecidos: o CB1, presente em todo o cérebro (próximo às
terminações nervosas de neurônios pertencentes a outros
sistemas) l' o CB2, localizado em tecidos periféricos,
principalmente no sistema imunológico.
Site: Álcool e Drogas sem Distorção
(www.einstein.br/alcooledrogas) / Programa Álcool e
Drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein.

As áreas do SNC com maior densidade de receptores são as


seguintes, com as respectivas funções:
Córtex frontal - raciocínio, abstração,
planejamento.
Núcleos da base - motricidade
Cerebelo - equilíbrio e coordenação
Sistema límbico - elaboração e expressão de
fenômenos emocionais
a. Hipotálamo - coordenação das manifestações
emocionais
b. Hipocampo - memória emocional e inibição
da agressividade
c. Giro do cíngulo - controle dos impulsos
Os receptores canabinóides CB1 estão localizados nas
membranas pré-sinápticas de diversos sistemas de
neurotransmissão. Os receptores pré-sinápticos é que
determinam a quantidade de neurotransmissores que será
liberada nas sinapses. Portanto, o sistema canabinóide
modula a ação de outros sistemas sobre o cérebro.
O sistema GABA é considerado o sistema de inibição do
cérebro enquanto o sistema glutamato é considerado o
sistema excitatório. Ambos trabalham em sintonia. O sistema
GABA prevalece nos momentos de relaxamento,
despreocupação e sono e o sistema glutamato prevalece nos
momentos que requerem atenção e vigília.
A atividade do sistema canabinóide parece inibir tanto o
sistema GABA quanto o sistema glutamato. Em momentos
de maior atividade (trabalho, estudo, jogos, etc) inibem o
sistema GABA e em momentos de menor atividade inibem o
sistema glutamato.
Os sistemas GABA e glutamato estão espalhados
difusamente por todo o cérebro. Já o sistema canabinóide se
concentra mais no córtex frontal, núcleos da base, cerebelo e
sistema límbico.
Os núcleos da base e cerebelo são responsáveis pela
coordenação da motricidade e do equilíbrio e o sistema
canabinóide é o "maestro" da sinfonia inibitória / excitatória
nestas regiões. Havendo um desequilíbrio deste sistema, há
prejuízo da função motor a e do equilíbrio.
O hipocampo, responsável pelo armazenamento da memória,
faz parte do sistema límbico, que é rico em receptores CBl.
A presença de anandamida e THC inibem de forma
retrógrada tanto o sistema GABA (inibitório) quanto o
sistema glutamato (excitatório) - este com maior intensidade
- tornando esta estrutura incapaz de armazenar informações
provenientes das diversas situações, devido ao déficit de
processamento das informações sensoriais.
Experimentalmente, no hipocampo os neurônios ficam
atrofiados e com menor número de conexões entre si após
meros três meses de exposição dos ratos ao THC.
Efeitos farmacológicos
Farmacologia
Apesar das pesquisas com maconha terem começado há
cerca de 150 anos, só em 1964 foi isolada uma substância
ativa chamada delta-9-tetrahidrocanabinóide (∆9-THC) e
apenas em 1970 chegou-se à conclusão de que este é o
principal componente psicoativo da maconha, sendo alguns
outros canabinóides também ativos - menos potentes - e até
mesmo agonistas do THC
(site http://qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/maconha/thc.html)
A distribuição do THC, que é solúvel em gorduras, é rápida
e completa. Os efeitos farmacológicos ocorrem cerca de 10 a
15 minutos após o uso do cigarro, permanecendo por cerca
de 3 a 4 horas, se outra dose não for administrada. A
substancia pode ser detectada no corpo até 12 horas após o
uso de um único cigarro. A absorção oral é lenta e
incompleta e os efeitos surgem em % a 1 hora, podendo
persistir por até 5 horas.
Sabe-se que o efeito da Cannabis é três vezes mais potente
quando fumado que quando ingerido pela boca, mesmo na
forma natural (chá ou resina), embora a absorção
gastrointestinal seja satisfatória.
Um cigarro médio de maconha tem cerca de 0,5 a 1 grama
da planta. Se considerarmos como 5% o percentual de THC,
teremos aproximadamente 50 mg de THC por cigarro. Em
geral, cerca de 1,4 a 1,2 do THC presente no cigarro é
disponível na fumaça. Então, em um cigarro com 50 mg de
THC, cerca de 12 a 25 mg são disponíveis na fumaça. Na
prática, a quantidade de THC na corrente sangüínea após o
uso de 1 cigarro de maconha está entre 0,4 a 10 mg.
Uma vez absorvido, o THC é distribuído aos vários órgãos
do corpo, principalmente aqueles ricos em gordura. Portanto,
penetra rapidamente no cérebro - rico em gorduras - sem ser
bloqueado pela barreira hemato-encefálica. O THC também
atravessa a barreira placentária e alcança o feto rapidamente.
É quase completamente metabolizado no fígado a um
metabólito ativo (1l-hidroxi-delta-9-TEIC) que é
subseqüentemente convertido em metabólitos inativos e
então excretado_ pela urina e fezes. O metabolismo do THC
é bastante lento: uma meia vida de 30 horas é aceita pela
maior parte dos pesquisadores, mas alguns reportam uma
meia vida de 4 dias. Portanto, o THC pode permanecer no
corpo por vários dias ou semanas e o uso subseqüente de
novas doses de maconha podem ser intensificados ou
prolongados.
Pelo fato de apenas mínimas quantidades de THC serem
encontradas na urino de usuários, os testes isolam
principalmente seus metabólitos. Em usuários agu dos ou
ocasionais os metabólitos podem ser identificados por 1 a 3
dias na urina. Já em usuários crônicos (mesmo 2 ou 3 vezes
por semana) os testes permanecem constantemente positivos.
Um usuário pesado que para de fumar pode ter testes de
urina positivos por cerca de 30 dias. Portanto, um único
exame positivo não esclarece se o usuário é agudo ou
crônico. Múltiplas amostras podem ser necessárias para
diferenciar os resultados.
A maconha pode se tornar extremamente tóxica quando está
intoxicada com paraquat, um herbicida químico muito
venenoso usado para matar plantas indesejáveis. Ele afeta os
pulmões e outros órgãos. O pior problema é que muitas
vezes este herbicida é dificilmente identificado na maconha
(WEIL e ROSEN, 1993).
Efeitos farmacológicos em animais
O THC e outros canabinóides produzem efeitos
comportamentais semelhantes numa grande variedade de
espécies animais. Em baixas doses produzem um misto de
efeitos depressivos e excitatórios e em altas doses,
predominantemente efeitos depressores do sistema nervoso
central (SNC). THC e anandamida são sedativos e
analgésicos (tanto na medula quanto no cérebro), deprimem
a atividade motora, deprimem a temperatura corporal,
acalmam comportamentos agressivos, potencializam efeitos
de barbituratos e outros sedativos, bloqueiam convulsões e
diminuem reflexos.
Em primatas, diminui a habilidade para tarefas
complexas, parecem induzir alucinações e distorções do
tempo. Também aumentam as interações sociais. Altas doses
também parecem diminuir a concentração de hormônios
sexuais femininos, diminuir a ovulação e também a
espermatogênese.

Efeitos farmacológicos no homem


Para uma droga tão bem estudada como a maconha, ainda
existem muitas controvérsias sobre os seus efeitos agudos e
crônicos no homem, talvez pela falta de trabalhos que
estudem o uso da maconha na "vida real". Veremos a seguir
o que a literatura atual, baseada nas novas descobertas da
psiconeuroendocrinoimunologia, tem a nos dizer:

Efeitos neuropsicológicos

Quatro pesquisadores da Universidade de Washington


publicaram um estudo na respeitada revista Journal of
Neuroscience mostrando o que ninguém queria acreditar:
maconha mata neurônios. O uso crônico da maconha pode
levar a déficits cognitivos e perda de tecido cerebral como
demonstram inequivocamente os estudos de Daniel Amen.
Imagens (SPECT) 3D de um cérebro normal

Imagens de cérebros de usuários de maconha

Sistema cardiovascular
Conforme descrito por Huestis e cols. (1992), o aumento da
freqüência cardíaca e da pressão arterial são efeitos
comumente observados após o fumo da maconha e são
proporcionais à dose. Estes efeitos se devem à ação
vagolítica da planta. As veias da córnea se dilatam,
provocando a hiperemia observada logo após o uso da
substância.
Sistema pulmonar
Em um estudo clássico, Hoffman e cols. (1975) fizeram uma
análise dos componentes do tabaco e da maconha e notaram
que, com exceção da nicotina no tabaco e do THC na
maconha, os outros inalantes eram muito semelhantes.
Tashkin e cols. (1995) encontraram evidências de irritação e
inflamação brônquica em usuário de maconha, mas não
puderam demonstrar um declínio da função pulmonar a
longo prazo, como nos estudo com tabaco.
Também ainda não se pode associar o uso da maconha com
o desenvolvimento do câncer de pulmão, mas os cientistas
também não podem afirmar que o uso crônico da maconha
seja seguro para o tecido pulmonar. Ressalta-se ainda a
presença do benzopireno, carcinogênico altamente
poderoso, e o benzotraceno, encontrado em uma proporção
50% superior na maconha com relação ao cigarro comum.
Sistema imune
Fora do SNC, existem receptores canabinóides específicos
no sistema imune.
O uso prolongado da maconha é associado com vários
graus de imunossupressão, que pode desencadear infecções
e outras doenças. As evidências a este respeito ainda são
inconclusivas, mas deve-se ressaltar que outras drogas
depressivas como álcool, harbitúricos, benzodiazepínicos e
anticonvulsivantes compartilham esta ação
imunossupressora.
O baço e os linfócitos, por sua importância no sistema
imune, foram estudados quanto a sua relação com os
canabinóides. Kaminski e cols. (1992) identificaram os
mesmos receptores de canabinóides em células do baço e
Diaz, Specter e Coffey (1993) identificaram os mesmos
receptores nos linfócitos. Quando ativados pelo THC estes
receptores inibem a resposta imune destas células. Cabral e
cols. (1995) reportaram que tanto o THC quanto a
anandamida inibem a função de células matadoras de
tumores.
Sistema reprodutor
As evidências sobre os danos ao sistema reprodutor e
hormônios sexuais estão cada vez mais fortes, em usuários
crônicos de maconha. Já se sabe que diminuem os níveis de
testosterona e a espermogênese em homens.
Em mulheres, os níveis de LH (hormônio luteinizante) e FSH
(hormônio folículo estimulante) estão diminuídos e podem
ocorrer ciclos anovulatórios e irregulares. Todos estes
efeitos são reversíveis com a interrupção do uso da droga.
Gestação
Já se sabe que a maconha atravessa a barreira placentária
livremente. Fried
(1995) pesquisou o efeito do uso de maconha na prole de
usuárias e não encontrou dados significativos em crianças
de 1 a 3 anos, mas com 4 anos houve aumento dos
problemas de comportamento, diminuição da performance
visual e cognitiva. A posição pré-natal altera funções de
execução e, portanto afeta o lobo pré-frontal da criança em
formação.
Estudos recentes relacionam o uso de maconha por
mulheres grávidas ao desenvolvimento de leucemia
linfoblástica na criança. O THC parece produzir aborto
espontâneo, baixo peso ao nascer e deformidades físicas
quando dado em períodos específicos da gestação (ZIMMER
e MORGAN, 1997).
Alguns estudos revelaram que filhos de mães que
fumavam maconha durante a gestação eram menores, ou
tinham menor peso (ZIMMER e MORGAN, 1997).
Efeitos da intoxicação
Aguda
Os efeitos da intoxicação aguda pela Cannabis aparecem
após alguns minuto do uso do cigarro e dependem de alguns
fatores como a qualidade e quantidade de substância usada
bem como do humor, personalidade e experiências prévias
com a substância. Estudos demonstram que diferentes
efeitos ocorrem em usuários " novos "e "veteranos". Parece
que com a repetição o usuário aprende a antecipar,
reconhecer e aproveitar mais os efeitos, enquanto um
usuário "novo" pode se sentir confuso e tonto. O ambiente e
as companhias também influenciam a experiência.
Efeitos psíquicos
. Euforia e/ou bem estar geral
. Risos sem motivo
. Aumento da sociabilidade e comunicação verbal
. Aumento da percepção de cores, sons, texturas, paladar
. Aumento da energia mental e criatividade
. Mudanças de consciência
. Distorção do tempo e espaço
. Aumento do apetite ("larica")
. Prejuízo da concentração e memória
. Paranóia - geralmente ligada ao fato de saber que está
infringindo a lei .Ansiedade e confusão
. Letargia e sonolência
Físicos
. Hiperemia das conjuntivas
. Taquicardia
. Boca seca
. Retardo e falta de coordenação motora
. Broncodilatação
. Tosse
Efeitos Crônicos
O uso crônico da maconha pode levar a danos
neuropsicológicos, infertilidade, impotência, problemas
respiratórios, deficiência imunológica, agravar problemas
cardíacos e também pode ser a droga precursora para o uso
de drogas cada vez, mais fortes.
Efeitos no campo bioelétrico
Pacientes usuários
Pacientes usuários
Pacientes Usuários

Pacientes usuários
Pacientes usuários

Mecanismo de dependência
A busca constante por estímulos prazerosos, como alimentos
saborosos, uma cerveja geladinha e a relação sexual
excitante, está associada a um "sistema cerebral de
recompensa", assim denominado pelo neurobiólogo
americano James Olds nos anos 60. Trata-se de uma
complexa rede de neurônios que é ativada quando fazemos
atividades que causam prazer. Este sistema nos fornece uma
recompensa sempre que fazemos determinadas atividades,
levando-nos, portanto, a repetir aqueles atos.
Biologicamente, ele tem uma função específica e essencial:
garantir n sobrevivência do indivíduo e da espécie, ao dar
motivação para comportamentos como comer, beber e
reproduzir-se.
Infelizmente, não somente as funções fisiológicas normais
estimulam este sistema - relacionado à liberação de
dopamina, mas também o fazem o álcool e outras drogas de
abuso, e às vezes gerando um prazer muito mais intenso do
que as funções naturais
(www.adroga.casadia.org/news/sistemaprazer.htm). A
dopamina circulante no sistema de recompensa pode ser 10
vezes maior que a encontrado durante prazeres cotidianos,
"internos". Diante de tal estimulação, o sistema reduz sua
sensibilidade e a pessoa precisa de cada vez mais drogas
para produzir os mesmos efeitos. A droga muda o "ponto
zero" do sistema de recompensa de ta I forma que nunca
mais, com ou sem droga, o mesmo grau de prazer ou
recompensa será atingido.
Síndrome de abstinência
A síndrome de abstinência do cannabis não está incluída no
DSM-IV pois "os sintomas da abstinência do cannabis...
foram descritos... mas suas significâncias clínicas são
incertas". Uma revisão realizada em 2002 por Smith
concluiu que os estudos não apresentavam forte evidência
para a existência da síndrome de abstinência do Cannabis.
Esta revisão precedeu a descoberta cientifica dos receptores
canabinóides, fato que permitiu estudos mais consistentes e
bem controlados. Por tanto, em revisões mais recentes não
há mais dúvidas sobre a existência da síndrome de
abstinência da maconha.
Sendo o tetrahidrocanabinol (THC) altamente lipofílico
(solúvel em gorduras), demora muitos dias para ser
eliminado e apenas 20, 25 e, às vezes, 30 dias após último
uso é que ocorrem os sintomas de abstinência, incluindo
irritabilidade inquietação, angústia, tremores, alterações de
sono e de apetite, agressividade além da busca de
substância dopaminérgicas como cigarros e/ou café que
atuam como o THC, de preferência nos receptores DA2 no
núcleo do septo acumbente na área límbica do cérebro
(KALINA, 1997). Também por esta propriedade lipofílica,
tem sido difícil estudar o THC e os canabinóides
relacionados, inclusive fazendo com que alguns
pesquisadores sugiram que o efeito se dê através de ação
direta n membrana e não mediada por receptor (NESTLER
et al., 2001).
Os sintomas são primeiramente emocionais e
comportamentais - humor negativo: irritabilidade,
ansiedade, depressão; insônia - muito embora a mudança de
apetite, perda de peso e desconforto físico sejam
freqüentemente citados. O início e curso dos sintomas se
mostraram semelhantes àqueles encontrados em síndromes
de abstinência provocadas por outras substâncias
psicoativas. A magnitude (gravidade destes sintomas foram
consistentes e os achados encontrados sugere que a
síndrome de abstinência do cannabis tem considerável
importância clínica.
O tratamento do ex-usuário de maconha deve incluir o
suporte durante a síndrome de abstinência e posteriormente
a reabilitação neuropsicoimunendocrinológica deste
indivíduo, pois como já foi dito nos itens anteriores, o dano
atinge outros órgãos e sistemas além do cérebro.

X Como fazer ayahuasca ou Voltar ao sumário


daime

Para uma ayahuasca de primeiro grau, você usa um saco de


farinha (desses de padaria) de 60 kg de jagube e 1/2 saco de
folhas, sendo a proporção dois para um. Prepare uma panela
de mais ou menos 70 litros, sendo a primeira camada de
jagube e a outra de folhas, sucessivamente, totalizando 4
camadas de jagube e 3 de folhas. Note que as folhas devem
ficar entre o jagube. Faça 4 cozimentos, em 4 panelas, com
fogo de fornalha ou de fogão de alta pressão. O elemento
fogo é muito importante para a ayahuasca pegar força, senão
fica aquela ayahuasca crua sem força nem luz ou com força e
luz que duram pouco.
Depois, junte todos os cozimentos. Tire 30 litros da primeira
panela, 15 litros da segunda, 10 litros da terceira e 5 da
última. Pegue esses 60 litros e monte outra panela, reduzindo
tudo isso a 20 litros apenas, sempre terminando um processo
de feitio, retirando e colocando o cozimento sucessivamente
por 4 vezes. Quando a mistura virar o vinho das almas, ela
formará um tipo de verniz e terá cheiro de melado. Os
verdadeiros feitores, que possuem a consciência de que nada
mais são do que instrumentos do poder superior, sabem bem
o "ponto de luz" do vinho das almas, pois, quando ele fica
pronto tudo fica cintilante, mágico e maravilhoso. Aí é tirar e
ter o vinho de primeiro grau.
Abstenha-se do sexo por 3 dias antes e 3 depois. As
mulheres não participam, mas podem juntar as folhas e
entregar ao feitor. Dobre seus joelhos em nome do mestre
Jesus, ore ao Grande Espírito e lhe entregue o feitio em
mãos. Escolha um bom jagube, de no mínimo sete anos e
que já tenha florescido. Dizem que a ayahuasca de rama dá
certo e dá mesmo, mas não tem a mesma força de um jagube
maduro. Quanto à folha use a folha de rainha ou chacrona
"cabocla", pois a orelha-de-onça dá ânsia de vômito, o que
muitos ainda acham que é limpeza espiritual, mas, na
verdade, é uma reação química no organismo. Evite um
feitio com tagarelices e palpites. Ouça hinos que não
idolatram falsas divindades e que não elogiem drogas como,
por exemplo, a santa maria (maconha).
O irmão Irineu Serra fazia somente ayahuasca de primeiro
grau e retirava somente 12 litros por saco, mas como os
tempos mudaram, eu sou a favor de utilizar bem o material...
Naquele tempo, cipó era praga de quintal.
Vinho das almas mais apurado
Normal ou de primeiro grau
Use um saco de jagube e 1/2 saco de folha, sendo 4 camadas
de jagube e 3 de folhas (entres as camadas colocar 2 de pó de
jagube) para 60 litros de cozimento (repassado várias vezes).
Reduza para 10 litros.
Concentrado: pegar 30 litros de cozimento mais 30 litros de
ayahuasca de primeiro grau e reduzir para 20 litros.
Dobrado: 60 litros de ayahuasca mais 1 saco de jagube e 1/2
saco de folha. Reduzir para 30 litros.
Apurado
Apure 60 litros de ayahuasca de primeiro grau mais 30 litros
de cozimento de primeira e segunda passadas em 1/2 saco de
jagube e 1 saco de folha. Quando levantar fervura, apure por
2 horas e reduza para 15 litros.
Mel
Cozinhe 1/2 saco de rainha em 60 litros de água. Quando
estiver bem cozida em 40 litros, entre com 20 litros de
ayahuasca de primeiro grau. Durante uma hora ou mais,
reduza para 6 litros.
XI A contabilidade verdadeira dos
trabalhos com daime ou ayahuasca
Voltar ao sumário

Vou agora mostrar ao leitor como o falso xamanismo e o


FALSO SANTO DAIME fizeram dos rituais sagrados um
meio fácil de vida apenas explorando comercialmente a
busca espiritual do homem por DEUS. Hoje nós produzimos
quase todo o daime que usamos em nossos rituais de daime
xamanismo. Mas no início desta grande obra, nós
comprávamos o daime de outros estados como Acre,
Rondônia e Amazonas. Portanto, sei exatamente quanto
custa um litro de daime nestes lugares e quanto sai o frete
por litro para chegar aqui em São Paulo, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Um litro de
daime quarto grau (o que é muito forte) vai custar nesses
estados cerca de R$ 25, mas terá cerca de R$ 2 de acréscimo
por litro devido ao frete até São Paulo, então um litro deste
forte daime de quarto grau vai chegar em São Paulo ao custo
de R$ 27. Uso por cada participante de 150 a 200 ml desse
forte daime quarto grau para que tenha um trabalho forte de
consciência ampliada por 10 horas ou mais. É o equivalente
a quatro copinhos de cafezinho, mas em geral as pessoas
ingerem apenas três copinhos, recusando o quarto, ou seja,
consomem só 150 ml. Mas 200 ml desse forte daime tem o
custo de R$ 5,40 apenas, como damos os trabalhos
espirituais a R$ 7 por pessoa, ainda sobra R$ 1,60 por cada
participante, o que custeia facilmente o papel higiênico, a
água e a luz, que consomem cada participante.
Em um ritual com nove horas de duração, para 100 pessoas,
o papel higiênico, a água e a luz que gastamos aqui, não
chega a se quer a R$ 100. Então pergunto: se aqui nós
cobrimos todas as despesas com os rituais de daime
xamanismo a R$ 7, o que leva outros locais se dizendo
espirituais e desapegado a cobrarem R$ 20, R$ 30, R$ 80 e
às vezes ainda mais? RESPOSTA: Fazem essa insanidade
por dinheiro, devido ao alto índice de lucro que é de mais de
300% que eles têm, comercializando trabalhos com o daime
ou ayahuasca a R$ 25. Imagine então os que cobram ainda
mais! Portanto cobrar vinte reais ou ainda mais, por trabalho
de daime, é visar lucro e alto. Saiu do espiritual e entrou no
comercial. Todas as bênçãos provêm de DEUS e de graça,
que direito tem o homem de negociar com tais coisas? "O
que recebeste de graça também dê de graça, disse o Senhor
Jesus".
Portanto se seu trabalho for mesmo espiritual repasse aos
participantes apenas a despesa que teve.
O mestre Jesus sempre diz: Cuida de meus pequeninos na
Terra, que te faço grande entre os homens. Isto é o que
fazemos aqui neste Céu santificado. O amor e a compaixão,
o carinho e a seriedade são a nossa recepção. A palavra pelo
ESPÍRITO SANTO e a prática destes ensinamentos, o nosso
lema. Nas nossas ações e atitudes, a demonstração clara de
que a fé sem obras é fé morta e que houve um dia em que
acreditei em palavras. Os resultados maravilhosos que os
participantes vêm alcançando através dos trabalhos
espirituais de daime/xamanismo que aqui acontecem, como a
libertação completa das drogas ou vícios. Curas das doenças
físicas, a quebra rápida dos karmas não vencidos, o rápido
crescimento espiritual e a prosperidade inclusive no mundo
da matéria, que experimentam todos aqueles que aqui têm
freqüentado é a testificação e prova das verdades que aqui
ensinamos. Você reconhecerá o FALSO SANTO DAIME e
os falsos xamãs pelos sinais da cobrança que fazem e pelas
drogas que usam.
Vou mostrar agora como era o quadro da exploração
comercial da fome e da sede de integração com DEUS, há
três anos quando inauguramos o Céu Nossa Senhora da
Conceição. Aqui nós ministramos inúmeros cursos de
xamanismo e esotéricos a preços ao alcance de todos e eles
ainda nos ajudam na realização de obras sociais, na formação
de às vezes até 90 cestas básicas por mês, sem precisar estar
explorando as necessidades espirituais dos buscadores. Há
três anos para um curso de Reiki, os três níveis em outros
locais custariam ao menos R$ 1.500, mas aqui neste instituto
de xamanismo o custo é R$ 30 os três níveis juntos. Rituais
com o daime cm falsas igrejas que cobram já com lucro de
300% o valor é de R$ 25, mas aqui neste instituto de
xamanismo é de R$ 7 e vamos abaixar ainda mais, é apenas
uma questão de tempo!
Tenda do suor em outros locais gira em torno de R$ 350 ou 2
X R$ 190 e nem uma ayahuasca é servida, mas aqui o valor é
de R$ 15 e com ayahuasca se você desejar. Curso de
fabricação de tambores, o mais em conta que vi lá fora foi
R$ 190 e não havia nem sequer uma consagração, mas aqui
no xamanismo verdadeiro o valor é R$ 40, já incluso um
ritual xamânico de consagração na fogueira e com ayahuasca
se desejar e você ainda leva o tambor para casa, porque ele é
seu! Para invocação e reconhecimento dos animais de força,
um curso muito procurado, o falso xamanismo cobra R$ 450
ou 3 X R$ 175, mas aqui onde habita a verdade é R$ 20 e
com um ritual lindo! Eu, xamã Gideon, demonstro isso de
peito aberto para que vocês vejam com clareza como as
falsas igrejas de daime, falsos xamãs e outros oportunistas
exploram impiedosamente a necessidade espiritual da
humanidade de buscar a integração com DEUS.

XII Quem está preparado para Voltar ao sumário


ser padrinho e madrinha

Quem está preparado para abrir seu ponto de luz, ser o


padrinho e a madrinha de sua própria igrejinha de luz...
Acaso já se perguntaram isso? Para ajudar a quem está se
afogando, primeiro precisa saber nadar ou corre o risco de se
afogar junto! Não se iludam, meus amados, estar à frente de
uma obra de luz exige grande responsabilidade, dedicação,
esforço e muita autodisciplina. Dar trabalhos de luz sem que
se ande na luz, é ilusão pura. Cego guiando cego, ambos
caem no precipício! Reflitam com sinceridade sobre as
perguntas que faço agora aos aspirantes a padrinho e
madrinha de seus próprios pontos luz:
. Como anda sua compaixão? Porque o homem sem
compaixão é como a candeeiro sem óleo...
. Acaso tem dobrado seus joelhos a Deus em nome do mestre
Jesus ao menos três vezes ao dia? Porque a oração ao grande
espírito é feita de joelhos postada ao chão com humildade,
em nome do Senhor Jesus, é o óleo que mantém a luz do
candeeiro!
. Tem refreado sua língua? Porque o insensato fala a esmo e
se embaraça na própria língua. Que condição tem um homem
de aconselhar e mostrar o caminho a ser seguido por outros
se nem domina a própria boca? Saiba que nada que entra
pela sua boca pode contaminá-lo, mas somente o que sai
dela!
. E o objetivo que o leva ao desejo de abrir seu próprio
ponto de luz: altruísmo ou egoísmo?
. Acaso não tem olhado com desejo o status que paira sobre
o padrinho e a madrinha de uma obra, se esquecendo da
grande responsabilidade que eles assumiram com Deus?
Obteve-se a confiança de Deus, mas permitiu em seu coração
que a ambição falasse mais alto que o altruísmo, o raciocínio
mais alto que o espírito, o desejo da carne mais alto que o
dever para com a luz, a fúria mais alta que a compaixão, o
vício maior que sua vontade, o "ter" mais alto que o "ser",
saiba traiu a si próprio e traiu o Deus que habita em você! De
que adianta dizer que lê uma passagem da Bíblia todas as
manhãs, e o restante do dia fica a meditar no que leu, se ao
realizar um trabalho espiritual o faz cobrando com lucro?
De que adianta você tanto falar de paz e das leis universais
se quando olham as suas ações percebem que você é apenas
um viciado em drogas como a maconha, por exemplo? É
pelo fruto que se conhece a árvore e tais obras revelam
claramente quem você é de fato!
Como vai sua sinceridade ao menos consigo próprio? Por
que você afirma ser o m daimista? Saiba que a mentira é o
espinho que mais fundo se crava na alma do homem! Porque
se veio ao daime em busca de amor, paz, luz e crescimento
espiritual para si mesmo e para os que lhe cercam, então
aleluia! Veio ao lugar certo, sim, Deus será consigo e
prosperará em todos os sentidos! Ou será que tem vindo para
o daime para curtir um "barato e viagens" que droga alguma
pode dar?
Lamentável, irmão, o vinho das almas não é droga e só vale
para quem deseja crescer! Ele é divino e o faz crescer.
Enxerga você além da máscara zen que tenta mostrar, veja
com clareza seus impulsos primitivos e a língua ferina que
ainda cultua. Um viciado e um insensato andam na mesma
canga. Ambos se encontram desqualificados adiante da luz,
então como poderiam liderar um povo? Bons frutos não
provêm de má árvore, o mestre ensinou!
Veja aqui mesmo no CNSC, achar que aqui parece um
quartel militar por impedirmos a sua rebeldia persistente de
após tomar o vinho das almas querer permanecer fora da
igreja e dos rituais, ir passear no platô ou achar que a sua
vontade é que deve prevalecer durante os trabalhos, como a
de fumar e pitar maconha, ficar conversando alto e outras
coisas erradas, mesmo contrariando as normas de luz desta
igreja daqui, são atitudes que representam a ignorância
sombria que ainda está dentro de si, saiba disso!
Daqui mesmo de nosso céu sagrado: reconheça de coração o
grande esforço e o suor derramado, que aqui acontecem
todos os dias para que as obras, plantios e prioridades sejam
realizados. Ou, sem nada fazendo a favor, tem simplesmente
criticado e julgado pelo seu ego e ignorância, sem nem ao
menos se dar conta de que ainda desconhece as prioridades
que nos são passadas do Alto? Quem não ajunta espalha, e
são as suas obras e palavras que demonstrarão isso, padrinho
ou madrinha de uma obra. Sacrificado, não é?
Como vai seu agradecimento a Deus após receber as bênçãos
que desejava, se manteve no caminho da luz de Jesus?
Olhando com sinceridade as atitudes que vem tendo e o
refrão constante de sua língua, saberá! Até para ser fraco no
caminho da luz, há limites. Errar é muito humano e por isso
Deus muito perdoa. Mas errar sempre o mesmo erro é se
afirmar nas sombras, é recusar a luz, é deixar claro o
caminho que escolheu trilhar!
De que adianta vir aos trabalhos de luz daqui, me dizer
mentiras quando fala que largou as drogas, a mentira e a
falsidade, a língua ferina e a maldade, que anda agora na luz,
se após os trabalhos suas atitudes mostram claramente que
ainda insiste em errar diante da luz? Embora sejam poucos,
ainda há alguns fazem isso! Aprendam a lição que nos dá a
toupeira, porque ela anda na escuridão pensando estar
segura, mas por engano sai para a luz com lama sobre sua
cabeça. Então o dedo do ridículo lhe aponta.
Como dizer que continua freqüentando as falsas igrejas de
daime mas que não compactua com o joio? Ora, diga-me
com quem tu andas que lhe direi quem és... ressaltou o
Mestre Jesus! Canarinho que anda com morcegos dorme de
cabeça para baixo e quem anda com porcos aprende a comer
lavagem, ressalto eu!
Você conhece verdadeiras obras de luz? Eu conheço
algumas! Dou meus parabéns ao Alto Santo, a Barquinha, a
União do Vegetal, fundada com muita sabedoria pelo irmão
Gabriel, que é de muita luz e que gosto muito. Parabenizo a
todas as igrejas independentes daimistas sérias e de luz
porque combatem as drogas e evitam lucros com os
trabalhos espirituais, tal qual ensinou o nosso estimado
irmão Raimundo Irineu Serra. Estas igrejas que acabei de
citar são igrejas sérias e de luz, fazem jus à divindade do dai
me ou vegetal. Há muitas falsas igrejas daimista. Na
verdade, a grande maioria delas são falsas e enganadoras,
visam o lucro financeiro e trabalham de modo a enfraquecer
o espírito de quem lá freqüenta. Citam o nome de irmãos
sérios e de luz como o irmão Irineu Serra e até fotos dele
colocam nos cultos que fazem, mas em verdade maculam
com drogas, como a maconha, a divindade do daime. Esses
são como sepulcros caiados, que embora bonitos por fora
escondem a podridão do lado de dentro. Mas os karmas que
adquirem são terríveis e crescem a cada um que eles
encaminham para o vício e para as drogas. Que alto preço
lhes será cobrado, padrinhos e madrinhas dessas falsas
igrejas. O plantio é de sua livre escolha, mas a colheita do
que plantou é obrigatória!
Com falso pretexto de que santa maria não é maconha e
santa clara não é cocaína, se drogam e são viciados agora.
Insistem neste vício mórbido e ainda levam para o abismo
que se encontram outros que por engano ou fraqueza lhes
procuram para ter ajuda. Naquele dia, falso padrinho irá
preferir a punição de 1000 foragidos da justiça do que
encarar o seu próprio karma. Assumir um trabalho de luz,
com a luz e pela luz é uma decisão difícil, exige muita
disposição, altruísmo e coragem. Mas vale a pena, queridos,
pois enquanto forem fiéis à luz suas bênçãos serão muitas,
aonde colocar sua mão o mestre colocará a dele. O que
disser, será.
De minha parte, eu, Gideon dos Lakotas, que carrego no
coração o selo de meu Senhor Jesus, tudo farei para auxiliar
os novos padrinhos e madrinhas das novas igrejas a serem
construídas. Nada pedirei ou cobrarei de vocês, porque
vivemos o limar incondicional. Nosso Único desejo é que
vocês vivam a luz, espalhem a luz, derramem a luz. Nos
sentimos realizados em ver vocês realizados, se vocês estão
felizes, também ficamos felizes! Não há necessidade
nenhuma de serem filial daqui, pois o vínculo que nos unirá
é o vínculo de sermos servos da luz, é o vínculo de
aspirarmos por um mundo bem melhor, o que nos manterá
unidos é o vínculo da luz do mestre Jesus, dentro de nossos
corações. Portanto, queridos, usem o bom senso espiritual e
o amor de vossos corações e escolham a denominação de
seu ponto de luz! Uma obra de luz provém de Deus, que
diferença faz que nome lhe dá? Tenham plena certeza de que
para os que forem fiéis a luz, oferecemos:
. O vinho das almas que precisarem para seus rituais, ao
preço de custo/despesa apenas e ainda parcelado se preciso
for;
. Apoio judicial para a legalização de seus pontos de luz;
. Acervo musical que necessitarão, compartilharei o que
tenho;
. Em qualquer problema que por ventura possam passar,
estaremos sempre aqui para o que possível for.
Mas lembrando a você, que é você o responsável pela sua
igreja, sendo assim podemos no máximo auxiliar você em
algum problema que possa estar passando, mas essa cruz é a
sua e o que fizer ou se passar em sua igreja é sua
responsabilidade, portanto, pés no chão! Temos por objetivo
tornar as novas igrejas de luz 100% independentes.
Para os novos padrinhos e madrinhas das novas igrejas eu
digo o seguinte: amados (as), vale a pena seguirem na trilha
da luz, vale a pena assumir e ser fiel aos compromissos
vindos da luz. Suas bênçãos serão inúmeras e fartas. Mas
lembrem-se novos padrinhos e madrinhas:
. Jamais façam comércio com as plantas de poder ou com o
vinho das almas;
. O que recebestes de graça também dê de graça, ensinou o
Senhor Jesus;
. Repasse apenas o custo / despesa do vinho usado, aos
participantes, tal qual tenho dado o exemplo;
. O vinho das almas é uma ferramenta divina, portanto
macular, vilipendiar, desrespeitar este vinho divino e
sagrado, misturando ele com drogas, álcool e outras coisas, é
desrespeitar a divindade.
Eu pergunto: você está mesmo preparado? A resposta sendo
sim, estou aqui!

XIII Como aconteceu a Voltar ao sumário


passagem da madrinha Genecilda
Faço questão de expor neste livro como foi a passagem da
madrinha Genecilda, a única mulher que amei nessa vida.
Aqui você, leitor, vai poder ver claramente O falta de luz
deste povo que compõe o Cefluris. O quanto esse povo que
fica defendendo e difundindo as drogas é baixo, medíocre.
Neste capítulo, você saberá como eles agiram durante o
falecimento de minha esposa, inclusive durante o velório
dela. Mesmo em uma batalha, precisa existir honra. Posso
compreender o fato do Cefluris e seus componentes terem
uma grande aversão à minha pessoa, afinal sou eu quem
começou a desmascarar a fraude que eles vêm sendo e as
enganações que vêm pregando. Contudo nunca inventei
história nenhuma para denegrir o Cefluris ou o padrinho
Sebastião. Eu fui atrás dos fatos e só falei a verdade. Tudo
que falo sobre o Cefluris e o Sebastião provo adiante de
qualquer tribunal. Eu com, bato a mentira mostrando a
verdade. Mas esse povinho defensor das drogas e do
Cefluris, esse povinho da santa maria, é mesmo dissimulado
e vive em mentiras. Agora vou mostrar a você como eles são
e como eles agem.
Minha amada esposa Genecilda fez a passagem de uma
forma brusca. Foi assassinato e doeu demais. Somente com
um espírito guerreiro e o senso de responsabilidade com as
obras que vêm do Alto para nos manter firme neste momento
tão atribulado. Mas DEUS nos dá o frio de acordo com o
cobertor, sei que posso superar e vencer mais esta vez.
Estávamos em um ritual de xamanismo com inúmeras
pessoas. Já era de madrugada do mês de julho de 2006
e,minha esposa pegando um carro foi comprar um
analgésico na farmácia 24 horas do posto Petropen, que fica
no município. Horas depois chegou uma viatura policial e
nos deu a notícia de que ela havia sofrido um acidente e
havia falecido. Passado um tempo a polícia falou o que
realmente havia acontecido: ela fora assassinada. O choque
foi intenso e por alguns minutos me deu um branco, fiquei
sem reação. Mas me recuperei em seguida. Conheço minha
esposa, dominar aquela mulher não é nada fácil, ela sempre
foi uma leoa. Acredito que aconteceu um assalto seguido de
morte, já que dela desaparecera dinheiro, carteira e jóias.
Muitos crimes vêm acontecendo aqui neste vale,
recentemente assassinaram em Registro um policial civil
com muitos tiros. Um dia saberemos da verdade. Não foi
fácil, tive que esquecer da própria dor e me lembrar
daqueles que estavam participando do ritual. As filhas de
minha amada esposa, Isis e Tatiana, também estavam
presentes no ritual. Que momento difícil! Mas eu já havia
sentido o mesmo sentimento séculos atrás no grande
massacre. Não desejo isso a ninguém.
Usando a mesma forma de agir que os policiais usaram,
orientei aos fiscais da casa que dissessem aos demais que
ocorrera um acidente de carro e que a madrinha falecera,
assim seriam poupados aqueles que estavam se iniciando no
caminho. Amanhecendo procurei saber de fato o que havia
acontecido. Constatamos que desapareceu dela um colar de
ouro, um anel de ouro com dois diamantes e um rubi, a
carteira com dinheiro e que havia um pneu furado de forma
estranha. Talvez tenha sido vítima de um latrocínio, talvez
não. Aqui ainda é mundo de provas. O fato de andar na luz
não o livra de passar por tais coisas. O próprio Mestre
Jesus passou por isso. Seus apóstolos e todas as grandes
mentes de LUZ que vieram pregar o amor neste mundo
também se sujeitaram a tais coisas. A vida neste mundo
ainda é assim. Poderia ter sido comigo, com você ou com
outro ainda. Mas isso não importa agora. Os caminhos do
DEUS PAI são estranhos aos olhos dos homens, mas tudo
sempre ocorre da forma certa independentemente de nós
entendermos ou não. Então pedirei ao GRANDE ESPÍRITO
que a fúria não tome conta de meu espírito, que o rancor
não ache casa em meu coração, que minhas mãos não
estejam manchadas com sangue inocente quando a verdade
vier à tona. Conheço os limites de minhas forças e sei bem
do que sou capaz. Me manterei na retidão e na humildade
como sempre fiz. Enfrentarei toda a situação com a coragem
e bravura que sempre tive e que são típicas dos filhos da luz.
Aguardarei no SENHOR, pois é nesta rocha que descanso.
Informei ao delegado de Pariquera-Açu que conheço os
procedimentos legais quando no caso de assassinato e que
cooperaria de todas as formas. Forneci eu mesmo a relação
de todas as pessoas presentes durante o ritual no dia do
ocorrido, com nomes, telefones e endereços de todos.
Também pessoalmente informei ao delegado que minha
esposa e eu sempre pagamos seguro de vida, mesmo antes
de nos conhecermos já fazíamos assim pela segurança da
família. Que aproximadamente há dois anos nós resolvemos
fazer novos seguros de vida onde nossos filhos e enteados
estariam como beneficiários. O meu seguro de vida é de
quase dois milhões de reais e o de minha esposa é de um
milhão. Mas em ambos os seguros os beneficiários eram
nossos filhos. Aos poucos fomos informando as pessoas que
não se tratou de um acidente, mas sim de um assassinato.
Deixamos a lei seguir o seu curso, mas segundo minha
opinião, houve falhas na investigação policial desde o
princípio. Coisas que talvez tivessem feito grande diferença.
Alguns parentes que durante estes três anos ao menos nunca
sequer telefonaram para a minha amada esposa Genecilda,
nem sequer para dar um bom dia assim que ficaram sabendo
do óbito já conversaram sobre se haveria herança com a
morte dela. Pessoas mesquinhas não respeitaram nem
mesmo a nossa dor e já olhavam se lhes sobraria algum
dinheiro com isso. Como que pessoas assim conseguiram ser
parente de uma alma de tanta luz como a minha amada
esposa Genecilda? Quão grande missão minha amada já
nasceu!
As próprias filhas da Genecilda, que moram aqui neste Céu
e que estavam presentes no dia da passagem, Tatiana e Isis
(minhas enteadas), indignadas, responderam a eles lhes
chamando a atenção e dizendo algumas verdades bem às
claras. Mas pelo menos este povo foi autêntico, assinava
embaixo.
Mas agora é que começarei a narrar as atitudes do povinho
do Cefluris e com agiram. No orkut, algumas pessoas
indignadas com as verdades sobre o padrinho Sebastião
Mota de Melo, as drogas e o comércio existente dentro do
FALSO SANTO DAIME Cefluris, que venho, expondo com
tanta clareza há três anos, pessoas que defendem o uso e
liberação das drogas ou o comércio com trabalhos
espirituais em beneficio próprio, criando e-mails falsos para
que não fossem responsabilizados ou encontrados, postaram
na internet boatos mentirosos inventados por pura maldade,
como "Gideon suspeito de assassinato de sua esposa".
Infelizmente nos grupos do IG e do Yahoo, e também no
próprio orkut, você pode criar um monte de e-mails como se
fossem outras pessoas. Eles não exigem sequer o CPF da
pessoa e não há nenhuma verificação da autenticidade das
informações fornecidas pela pessoa que está criando um e-
mail novo. Então, escondido por trás de uma identidade
falsa, se passando por alguém que na verdade não existe,
qualquer um poder ir a um cibercafé e enviar falsas
denúncias e mentiras sobre pessoas ou entidades. É a
mesma tática que usaram os concorrentes da Coca-Cola
quando lançaram aquele boato de que uma pessoa que
estava tomando uma coca geladinha em uma lanchonete
encontrou o pedaço de um dedo humano dentro do
refrigerante.
Assim eles conseguem caluniar, difamar e mentir à vontade,
sem que possam ser responsabilizados pelas mentiras,
calúnias e difamações que pregaram. Mentirosamente eles
colocaram na internet que eu era o suspeito do assassinato
de minha esposa e que o seguro dela estava inclusive no meu
nome. Que golpe baixo, que povo ardiloso. Esse povinho
desconhece de fato o significado da palavra honra. Todas
essas personalidades fantasmas e calúnias foram criadas
apenas para ver se conseguiam manchar minha imagem e a
imagem do Céu Nossa Senhora da Conceição que tanta
milhares de pessoas vêm ajudando ao longo destes três
anos. O intuito das calúnias e mentiras ditas anonimamente
por este povinho das drogas é que eu parasse de alertar ao
mundo sobre o Cefluris que usa drogas dentro e fora dos
rituais de SANTO DAIME, queriam que eu parasse de
demonstrar as verdades sobre o padrinho Sebastião Mota de
Melo ter sido apenas um viciado em drogas e que ainda
sujou o nome do SANTO DAIME, traindo o mestre Irineu.
Pensaram que eu ia desanimar, me abater, desistir da
missão espiritual que assumi. Mas vendo toda esta podridão
vinda deste povinho tudo isso só me fez ainda mais decidido
em combater as drogas dentro do SANTO DAIME. Aqui tem
um espírito velho, um guerreiro do coração. A grande
quantidade de energia que foi liberada pela emoção do ódio
que senti por esta situação, eu canalizei para realizações
construtivas, de forma que as obras que iríamos realizar em
cinco anos, agora serão realizadas em ,dois anos e meio.
A concretização destas obras é o presente que ofereço a
minha falecida, mas muito amada esposa Genecilda. A única
mulher que realmente amei nessa vida. Esta atitude também
será uma das minhas repostas a estas falsas personalidades
por detrás dos falsos e-mails, vindos deste povinho medíocre
e desonrado, que desconhecem por completo as virtudes do
espírito e os benefícios da luz. De agora em diante, estarei
muito empenhado nas novas construções e no cumprimento
das metas determinadas. Então deixei este povinho falar sem
lhes dar qualquer importância, que é o correto. Mas para
toda ação existe uma ou mais reações, para esses que
falaram de minha esposa, da idoneidade de nosso casamento
e ainda tentaram criar uma situação onde eu estaria como
suspeito de sua morte, alegando mentirosamente inclusive
que o seguro dela estava no meu nome e não no nome de
nossos filhos. Portanto agora é questão de honra, coisa que
eles desconhecem. A coisa foi muito longe, apoiando-se no
anonimato, nas mentiras e na hipocrisia, eles transpassaram
todos os limites do permitido, pois acreditavam que estavam
escondidos no anonimato, mas sei quem são, aonde moram e
o que fazem, cada um deles. Foi muito fácil saber. Em
relação a estas pessoas, 2007 será um ano justo. Sei que
meu tempo aqui pode ser pequeno, pode estar no fim. Pois
com a publicação deste livro e a aquisição das novas e
gigantescas terras, terei cumprido 100% a minha missão.
Mas isto não faz diferença, isto não me afeta. A ausência de
um corpo físico me faz ainda mais forte.
No momento, preciso cuidar que sejam cumpridas as metas
que tracei para os próximos anos e vou olhar para estas
pessoas com toda a atenção e farei destas um exemplo a
olhos vistos. Armas das trevas são fofocas e picuinhas, pois
não passam de borra-botas e firmas falidas. Mas eu ando
com a luz e o poder está apenas na luz. Existe algo que este
povo sórdido desconhece, este algo se chama "honra". A
honra é do espírito, não pertence a carne. A partir de junho
de 2007, verão II peso da honra de um espírito xamã. Os
vermes que vivem no lodo têm muito que aprender com este
povo. Sei bem das implicações do que aqui acabei de
escrever. Mas faço questão de deixar aqui registrado as
minhas palavras e por isto eu as escrevi de forma que em
nada poderão afirmar, mas entenderam muito bem a
mensagem. Fazer destes um exemplo a todos é a palavra
final do Leão Dourado, do Búfalo Branco, do Dragão
Branco, da Baleia Azul, do Urso Pardo e do Lobo. Também
sobre a passagem da madrinha Genecilda, minha amada
esposa, há o acontecimento citado abaixo:
Esta história envolve dois homens, os quais eu e minha
esposa recebemos com carinho e inclusive ajudamos muito
até materialmente sem nada pedir em troca. Um chama-se
Francisco, que mora em Santos e, segundo ele mesmo,
freqüentava o Cefluris. Apareceu aqui trazendo uns
cogumelos e se dizendo já ser um espírito muitíssimo velho
remanescente do continente de Atlântida. Eu e minha esposa
desconsideramos tais besteiras vindas de um ego muito forte
e lhe estendemos as mãos, na esperança de que ele
acordasse. Já o outro homem, Paulo, músico de São Paulo,
eu realmente tive esperança de que ele se firmasse na LUZ,
mas se entregou ao ego infelizmente. Escolheu continuar na
ilusão de que é um profeta, vidente, falando muito da vida de
todo mundo, mas, o que é pior, andou explorando
comercialmente os trabalhos espirituais, querendo se
enriquecer através da ayahuasca. Que pena, pois eu
realmente gostava deste Paulo. Mas ambos tiveram seus
intentos materialistas e egoísticos totalmente frustrados,
devido à seriedade e ao zelo dos princípios da luz que
mantêm o Céu Nossa Senhora da Conceição, onde não se
admite comércio com o sagrado ou drogas com as plantas
de poder.
Então se aproveitaram maldosamente do momento difícil
para todos nós, que foi o falecimento de minha amada
esposa Genecilda, madrinha desta obra, em julho de 2006,
para inventar uma profecia. Eles profetizaram, às
escondidas, a várias pessoas que freqüentam este Céu e aqui
estavam para o velório, que "as trevas haviam entrado no
CNSC e que até o final de dezembro de 2006 aqui não mais
haveria trabalhos espirituais e nem igreja, pois até as terras
já seriam de outro dono?", Esses dois, que se julgam
"espíritos evoluidíssimos", disseram isso a muitas pessoas,
que inclusive confirmam o que estou dizendo exatamente do
jeitinho que estou escrevendo, até adiante da lei. Foi uma
atitude sórdida, muito baixa e eles só tiveram essa
oportunidade porque nós (Gideon e Genecilda) os amamos e
os ajudamos como irmãos. Deus sabe quanto ajudamos
esses dois sem nada pedir em troca. Bom, após a profecia
desses "dois iluminados" e "mensageiros supremos da luz",
nós, meros mortais do CNSC, com humildade, muito
trabalho e pouca conversa, pela graça e misericórdia do
Grande Espírito apenas, prosperamos da seguinte forma de
julho a dezembro de 2006:
Aumentamos nossas igrejas irmãs de 11 para
57 até dezembro e já estamos agora em 6
estados do Brasil. Acredito que terminaremos
o ano de 2007 com mais de 100 igrejas
irmãs;
Construímos um salão ritualístico xamânico
para 2.000 pessoas em pé e que já foi
utilizado na passagem do ano em um ritual
maravilhoso;
O número de participantes em nossos
trabalhos espirituais aumentou tanto, mas
tanto, que teremos de iniciar logo a
construção da nova igreja com capacidade
para 1.000 pessoas sentadas, a qual iríamos
construir somente em 2008;
Em julho nós distribuíamos aproximadamente
umas 30 cestas básicas por mês. Mas daí
para dezembro isto aumentou para 60 cestas
básicas por mês. Há meses em que chegamos
a distribuir 90 cestas básicas às famílias
necessitadas da região;
Realizamos o que acredito ser o maior
batizado da história do SANTO DAIME, do
qual foram batizadas de uma só vez, 126
pessoas, sem contar às crianças que não
assinaram o livro. Já temos uma fila ainda
maior aguardando o próximo batismo;
Conseguimos repassar a ayahuasca
produzida aqui e muito concentrada para as
igrejas irmãs, não só a R$ 27 o litro, como
sempre fizemos, mas agora também cm três
vezes sem juros;
. Estamos com mais de 350 pedidos para o
próximo fardamento deste Céu santificado;
Ampliamos e melhoramos os banheiros daqui
com pisos no chão e paredes, 20 vasos
sanitários, 6 chuveiros, 8 pias e 1 mictório;
Pessoas de todo os estados do Brasil e até de
outros países ligaram tentando participar do
curso para padrinhos e madrinhas ocorrido
em no final de dezembro de 2006, que teve
grande número de inscritos;
Nosso site foi traduzido para espanhol e
inglês. Agora está na internet em três
idiomas. Também foram acrescidos em nosso
site vídeos de nossas palestras, rituais e
cursos para serem assistidos por você em
casa;
Olhe só quanta prosperidade realizada poucos meses após
as profecias egóicas de Paulo e Francisco. Em relação ao
Paulo, vi ganância e ingenuidade, pois ele chegou mesmo a
estipular uma meta financeira de ganhar dois mil reais por
mês com os trabalhos espirituais com ayahuasca,
desconsiderando as conseqüências desta atitude. Já em
relação ao Francisco de Santos, vi maldade e hipocrisia,
pois ele inveja o sucesso e a vitória daqueles que se
esforçam até alcançarem o êxito, ao invés de se esforçar
para sair da derrota em que vive. Francisco de Santos, você
está tão preocupado em ficar afirmando para os outros que
você já é um evoluído antigo espírito de Atlântida, que
desconsidera a realidade de estar desempregado a oito anos
viver em crises. A sua realidade mostra exatamente quem é
você. Assim como a realidade deste Céu santificado mostra
exatamente quem somos! Afirmo em alto e bom tom: muito
cuidado com aqueles que gostam de ficar profetizando e
demonstrando vidência. Em geral, são pilantras e
fracassados, pessoas com grandes frustrações pessoais e
profissionais, pessoas puramente ligadas à matéria. Em
verdade, são apenas vítimas do próprio ego enorme, que os
domina completamente.
OBS: Hoje, 21 de abril de 2007, o livro já está entregue na
editora e juntamente com mais dois irmãos, aumentamos
as terras da fazenda Céu Nossa Senhora da Conceição, de
150 alqueires para 40.000 alqueires.
BREVE BIOGRAFIA

XIV Gideon dos Lakotas e o início do Céu


Nossa Senhora da Conceição Voltar ao sumário

MINHA INFÂNCIA
Nasci às 16hs de 7 de março de 1964 em uma cidade
pequenina que fica aos pés de muitas serras da Zona da Mata
em Minas Gerais. Quando criança, eu não gostava muito de
estudar. Esse negócio de ficar raciocinando era difícil pra
mim. Minhas notas não eram lá aquelas coisas. Preferia
andar a cavalo que ficar com os livros. Tive uma infância
normal, como a de qualquer menino sadio e astuto. Uma
característica minha é que sempre fui muito obediente e
sempre manifestei profundo amor pela natureza e todas as
coisas vivas. Gostava de conhecer as plantas e observar os
animais. Gostava de cuidar da horta e conversava muito com
as árvores e animais. Também soltava às escondidas os
passarinhos que meu irmão mais velho pegava no alçapão e
prendia em gaiolas. Algumas vezes apanhei por isso.
Tive um grande amigo desde o jardim de infância, seu nome
é Paulo Roberto e seu pai era o dono do açougue da cidade.
Crescemos juntos e por muitas vezes eu ia com ele receber
contas atrasadas de alguns clientes do açougue. Era uma
forma de ganharmos um dinheirinho extra. Os pais do Beto,
Amauri e Lourdes, sempre foram como pais pra mim. Desde
que me conheço por gente, eu já comentava com as pessoas,
embora de forma infantil, que um dia eu compraria uma
fazenda grande e lá eu poderia acolher os animais
machucados. Dizia que lá soltaria um milhão de cavalos, um
milhão de aves, um milhão de bois, um milhão de cães, um
milhão de gatos etc, para eles viverem livres e morrerem de
velhice. Na mente de uma criança um milhão parece ser um
bom número.
Talvez cuidar sempre da horta e perceber a fartura que saía
dali me levou a perceber que a terra era agradecida e sempre
retribuía com muito. Essa era uma das razões de eu sempre
perguntar aos adultos como é que pessoas passavam fome se
o Brasil tinha tanta terra? Lembro muito bem que eu sempre
levantava de madrugada, às quatro horas, trocava minha
roupa e ia para frente da casa do Sr. Zeli Pereira esperar ele
sair para a sua fazenda, onde lidava 'com gado de leite. Isso
eu fiz por anos a fio. Através do sentir, eu sempre soube que
precisaria ter grandes terras para cumprir a missão que vim
realizar, embora ainda não tivesse consciência plena do que
era exatamente essa missão. Então, eu sabia que indo para a
fazenda do Sr. Zeli (que era como um avô para mim) todos
os dias, de certa forma eu já estaria dando início a alguma
coisa.
Meus Deus, como eu falava! Eu não parava de fazer
perguntas ao Sr. Zeli sobre os animais. Perguntava tudo
sobre os cavalos, sobre o gado, sobre os cabritos, sobre as
galinhas e patos, sobre os peixes, sobre as hortas e sobre os
pastos. O Sr. Zeli, pacientemente, sempre me respondia tudo.
Certa vez, ele, encontrando o meu pai na padaria do
Prachedes, onde se reuniam para jogar umas partidas de
buraco, disse sorrindo: "Você precisa me dar um quilo de
bala". Meu pai perguntou: "Por que?" E o Sr. Zeli
respondeu: "Para eu dar ao seu menino para ele ficar com a
boca ocupada e me dar um tempo com as perguntas". E
ambos riram muito.
Eu estudava no primário da escola pública, onde eram
comuns as visitações do padre João. Co mo eu simpatizava
com o padre João! Aquele holandês enorme, meio calvo e
dos olhos azuis que fumava constantemente um grande
charuto de cheiro forte. Muitas vezes nós sabíamos que o
padre estava próximo devido ao cheiro do charuto, que
chegava primeiro. Eu sempre sonhava com uma santa
pretinha circundada por um manto de estrelas que sempre me
confortava quando eu passava por momentos difíceis. A
vovó Bijuca, que teve formação católica, costumava contar
para nós, os netinhos, as histórias da santa Corrêa. Isso era
outra coisa que eu adorava.
Mas o interessante é que, apesar de todos esses fatores
positivos, eu sempre tive verdadeira ojeriza pela igreja
católica romana. Da igreja católica romana, o que mais
gostava era a distância! Aquela historinha de me confessar,
mesmo que fosse com o padre João, que eu tanto
simpatizava, jamais me agradou e era uma briga feroz tentar
me obrigar a confessar daquela forma. Por diversas vezes a
professora, a vovó Bijuca e até minha mãe, perguntavam:
- Por que você não gosta da igreja católica?
- Eu sinto não ser a coisa certa.
- Mas como então você gosta do padre João?
- Eu sinto que ele é bom.
Após muitas brigas, nas quais eu estava numa visível
desvantagem, precisei começar a articular planos. Sabia que
a tal da confissão na escola acontecia só duas vezes por ano.
Eu poderia fingir que havia me confessado e nenhuma briga
aconteceria. Aí ficaria muito mais fácil. Então veio a
primeira comunhão e as coisas se complicaram de novo. Eu
era apenas uma criança e sofria a maior pressão por parte da
minha mãe e das mães dos amigos também. Mas sentia que
ali não era o caminho, embora eu ainda não pudesse explicar.
Não teve jeito, me obrigaram na marra a fazer a primeira
comunhão. Como odiei ser ainda pequeno nesse dia!
Aos 7 anos, a sensitividade que eu manifestava já era forte.
Também já sabia ler comecei a estudar a Bíblia. Sempre
guiado pela intuição, eu encontrava as passagens que iam de
encontro com as atitudes da igreja católica. Trechos que
falavam sobre imagens e reverências, sobre a fé sem obras e
o suor de todos nós. Falavam também que "a árvore se
conhece pelos frutos que dá" e tantas outras coisas. Embora
eu não gostasse de estudar, havia uma forte razão que me
motivava a ler a Bíblia. Em pouco tempo nenhuma das mães,
minha e dos meus amigos, tentavam me obrigar a seguir a
doutrina católica romana, porque agora eu tinha argumentos
que as punham em cheque. Pouco tempo depois, minha mãe
começou a freqüentar um centro espírita Kardecista e ali sim
eu me sentia em casa. Sentia ser a coisa certa.
Certa vez, uma médium maravilhosa de nome Floripes ficou
me observando na rua enquanto eu andava com a minha mãe
e, se aproximando, disse: "Seu filho é um médium de traços
fortes, precisa se desenvolver". Essas palavras entraram em
minha mente como uma flecha. Aos 10 anos, no quarto ano
de grupo escolar, me tornei muito amigo de um rapaz da
mesma idade e começamos a estudar na mesma sala. Um
crioulo muito simpático e inteligente e muito alto que muitas
vezes me deu aulas nas vésperas de provas. O nome dele é
Jerônimo. Vinha de uma família humilde, de berço
Kardecista. Seus pais, Sr. João e D. Isaura, foram como pais
para mim e foi através deles que eu entrei, de fato, no mundo
do Kardecismo. Por diversas vezes, participava da semana
espírita que acontecia no asilo da rua de cima e dessa forma
pude presenciar os verdadeiros exemplos de amor
incondicional. Também nessa época, eu, o Paulo Roberto e o
Jerônimo, costumávamos acampar nas montanhas. Éramos
astutos e nadávamos bem, então nossos pais permitiam.
Tempos dourados aqueles!
Quando fiz 12 anos, já na sexta série ginasial, chegara a
época das confissões, mas aconteceu algo que mudaria muito
as coisas pra mim: a presença de um bispo e de um outro
padre. Não sei por que o simpático padre João não foi. Por
amor a ele eu até teria ficado quieto. Eu enxergara uma
forma de lutar, resolver de vez aquele problema e o estimado
padre João estava ausente. Aquele era o momento perfeito,
eu estava afiado na bíblia e há mais de um ano vinha
aprendendo com os espíritas muito sobre as verdades não
contadas na história. Enchi o bispo e o padre com perguntas
bíblicas que põem em cheque muitas das atitudes da igreja
católica romana. O interessante é que até então eu não sabia
que podia me sair tão bem. E ainda, tirando proveito sobre as
histórias da santa inquisição que muito, perguntei ao bispo se
o Senhor Jesus aprovaria os assassinatos e torturas
acontecidas por ordem do papa da época? O bispo e o padre
se entreolharam, tossiram, fizeram "ham ham" com a
garganta. Tanto o bispo quanto o padre novo já estavam
exaltados pela situação que os coloquei diante de 40
estudantes e, antes que pensassem em uma desculpa, fiz mais
uma indagação: "Senhor bispo, o senhor pode, me explicar o
que é hipocrisia? É que ouço tanta gente usar esta palavra
quando o assunto é a igreja católica que eu quero saber o que
significa".
O padre novo, já com a voz visivelmente alterada respondeu
com energia, que eu tivesse educação e respeito, que
perguntasse essas coisas para minha mãe e dentro de minha
casa. Então eu soube, aquele era o momento certo: "Seu
padre, será que hipocrisia tem há ver com o fato do senhor
andar numa Brasília novinha, mas nunca pagar as contas que
faz no açougue do pai do Beto?" Aos berros, me expulsaram
da sala de aula, graças a Deus! Aquele martírio escolar de
tantos anos se encerrara com aquele confronto. Mas algo
aconteceu nesse dia que me deixou maravilhado: descobri o
poder da inteligência seguida pela ação. Mas um outro
acontecimento é que viria consumar de vez esta lição, nesse
mesmo ano. Eu vadiei demais e levei bomba, repeti o ano.
Nunca vou me esquecer do que senti quando percebi que
meus antigos amigos seguiram adiante, e eu fiquei para trás.
Eu me senti como se tivesse desistido de continuar a
caminhar com eles. Isso me causou tamanho repúdio e gerou
uma tão grande energia que me acordou para a vida de uma
só vez. Eu me senti tão derrotado naquele dia, que tomei a
decisão de nunca, mas nunca, nunca mesmo, desistir de nada
que eu começasse enquanto não alcançasse a vitória. Eu
jamais seria derrotado novamente. Eu morreria de pé, mas
não viveria de joelhos!
E isso realmente me mudou, porque foi quando eu descobri o
poder da vontade e da inteligência. No ano que se seguiu
comecei a estudar em uma sala com pessoas estranhas a mim
e ao entrar na sala fui recebido com uma vaia enorme. Senti-
me o pior dos homens naquele momento. Mas o espírito de
luta da decisão que já havia tomado me sustentou. Tornei-me
um estudante assíduo. Passei inclusive a dar aulas para os
meus colegas nas vésperas de provas. Descobri o quanto eu
gostava de ciências. Havia descoberto a força da "cri
atividade". Passei a competir e a vencer as feiras de ciências
da minha escola e das escolas da minha e da região também.
Travei grandes amizades com o Wilson e seu primo Bruno, o
Regis dd Guido e o Reginaldo do Pedro Capixaba, o Flávio
Bichinho de Luz e o Naldo seu irmão, o João Almada e seu
irmão Rogério, o qual chamávamos de padre. Aquilo que
começou como um martírio se transformou em anos
dourados.
Alguns anos depois, junto com meu amigo Flávio do
Juquinha, cheguei mesmo a ir competir em Belo Horizonte,
representando a Secretaria de Ensino daquela região de MG.
Havíamos vencido todas as escolas daquela Delegacia de
Ensino e agora estávamos em belo Horizonte. Ficamos
hospedados no hotel Gontijo e um diretor, de uma empresa
de nome Nordberg, ficou emocionado com o projeto que nos
havíamos desenvolvido e nos deu 100 dólares de presente.
Comecei a praticar capoeira e me saí muito bem. Depois de
um ano passei para artes marciais mais fortes, com o
professor William. Junto também estavam meu inseparável
amigo Jerônimo e o Lala, filho do Orlando soldado, de quem
sempre gostei muito. As artes marciais me auto
disciplinaram ainda mais. Descobri o quanto, uma vontade
forte e bem canalizada fazia meu corpo forte e minha mente
obediente. Nadava muito no açude da usina Paraíso e no rio
Pomba também. Correndo acelerado eu fazia todas as tardes
a volta do "O", que tem 8 km. Aprendi a fazer malabarismo
em cima de cavalos e gostava do desafio de montar de vez
em quando em garrotes no curral do Sr. Zeli. Ser forte e
atlético resultava em muitos elogios e me fez muito popular
entre os amigos. Mas acabou por me deixar "convencido" e
houve um tempo em que eu me achava "o máximo". Havia
muito ego comigo. Antes de repetir o ano, eu estava numa
extremidade. Depois, através da vontade e da inteligência,
caminhei sentido ao centro. Então, forcei demais e agora
estava na outra extremidade.
Foi quando eu recebi uma lição que me marcou muito. Havia
um rodeio na cidade e os verdadeiros peões que viviam disso
já tinham se recusado montar o touro araçá daquele rodeio.
Eu, me achando muito grande, quis fazer bonito e disse que
montaria aquele touro. Quase morri neste dia! Eu vi a viola
em cacos! Aquele tanque de guerra que mugia me
arremessou para mais de 10 metros no chão e passou por
cima de mim como se fosse uma locomotiva. Num ato
desesperado de tentar sair da frente daquele monstro, eu me
arrastei rápido no meio da bosta com palha de milho e passei
por debaixo da cerca. Mas isso não antes de ter minha perna
direita pisoteada por aquela locomotiva de chifres. Além de
machucado, ainda levei uma vaia daquelas da platéia do
rodeio. Naquele momento, todo lambuzado e machucado,
enquanto alguns peões me socorriam, pude perceber
claramente o alto preço que cobra a vaidade, enquanto a
platéia, rindo, gritava por mais diversão. A vaidade nada lhe
dá e tudo exige em troca. Minha perna não quebrou graças a
Deus, mas o músculo da barriga da perna inchou e ela ficou
tão grossa quanto a coxa. Levei mais de um mês para me
recuperar por completo. Esse acontecimento me fez retomar
ao caminho do meio, ao meu centro. Quanto ao touro araçá,
observo que sua decisão de nunca se deixar domar era
fascinante. Aquele touro foi magnífico.
Quase todas as tardes eu ia para a casa do Jerônimo. O fato
de nós estudarmos em salas diferentes em nada atrapalhou
nossa amizade. Mas aquela tarde havia algo no ar. Tanto eu
como o Jerônimo percebíamos uma brisa diferente, um calor
diferente. Embora o céu estivesse todo azul e ensolarado, e o
vento estivesse calmo, uma sensação de que havia algo de
diferente se fazia presente. O comportamento dos animais
não era o mesmo. Naquela tarde, não houve a revoada
costumeira de algumas aves e nem o canto do sabiá. Até os
pardais, que se aninhavam no final de tarde nas árvores da
praça, fizeram isso nervosos. Naquela noite, uma grande
massa de nuvens carregadas tomou a região. Eram umas
nove horas da noite quando começou a chover muito. De vez
em quando, a escuridão da noite era anulada pelos flashes
fortes dos relâmpagos que corriam pelo céu. O estampido
dos trovões ecoava seguindo a claridade dos raios.
A chuva estava muito forte e não parava. No começo da
madrugada, os trovões se fizeram ainda mais fortes e a chuva
aumentara ainda mais. Já madrugada adiantada, quando a
chuva já havia diminuído muito, quando ouvimos algumas
pessoas passarem na rua avisando alto a toda a cidade: "O rio
está subindo, o rio está subindo!" Pensei comigo: todos os
anos o rio Pomba cresce. Já havia presenciado aquele rio
subir uns três metros de altura, por que agora pessoas
anunciavam a enchente que chegava? A noite estava
terminando e a manhã começava a romper o dia. O céu
estava novamente limpo e teríamos, mais uma vez, um dia
bem ensolarado. Mas havia um barulho diferente: um som
como de um ronco era contínuo naquela manhã.
Eram umas cinco e meia da manhã quando troquei minhas
roupas e fui ver o que era. Ao chegar do outro lado da
pracinha, vi algo que me gelou o estômago, O rio Pomba
havia subido mais de 10 metros. A ponte alta, que toda as
manhãs eu atravessava para ir à escola, agora estava meio
metro abaixo da água que continuava subindo. Lembrei-me
de imediato do Jerônimo. Embora sua casa não fosse na
beira do rio, pela altura da enchente, certamente sua morada
teria sido atingida. Fui correndo e, ao me aproximar, me
deparei com um grande número de casas dentro da água. Por
sorte, naquela parte a água fizera volume, mas não havia
qualquer correnteza, pois era um terreno meio que plano mas
longe do leito original do rio.
A água nas casas já estava com mais de um metro e meio e
ainda subia mais. Na outra extremidade da rua, em meio a
uma multidão, vi a D. Isaura e o Jerônimo sentado em um
banquinho velho. Atravessei nadando e, chegando até eles,
senti o Jerônimo totalmente desanimado. A D.Isaura, em
silêncio, mantinha uma expressão preocupada enquanto
olhava sua casa agora na água. Perguntei a D. Isaura onde
estavam as coisas da casa. Ela respondeu que a água subiu
depressa demais e quase nada eles conseguiram tirar de
dentro. E disse que cada família precisou se ocupar com a
própria casa, de forma que não puderam se ajudar
mutuamente, D. Isaura contou que nem mesmo a compra do
mês feita no dia anterior eles conseguiram retirar. Perguntei
ao Jerônimo se ele sabia onde estava guardada a compra do
mês. Ele disse que sim, mas do que adiantava perguntar isso
agora?
Era hora de ação e não de palavras. Segurei forte a mão do
meu tão estimado amigo e literalmente o puxei águas
adentro. Então ele se animou. Ao entrarmos na sua casa, uma
caixa grande que continha toda a compra do mês estava no
alto, em cima das paredes do quarto da Nancy sua irmã,
sobre um suporte de madeira feito por dois caibros e ainda
estava sequinha. Tiramos a compra do mês, toda a roupa
restante e quase todos os móveis da casa. A água estava
muito alta e tivemos que parar, mas quase nada restava lá.
Uma hora depois, a água subira demais e apenas o telhado
aparecia. Lamentavelmente, vimos o telhado se mover e a
casa ruir. Não houve vítima e nem feridos, graças a Deus. O
Sr. João e D. Isaura ficaram na casa do Sr. Beazino. Já o
Jerônimo aceitou passar uns dias na minha casa. Então, tudo
começou a voltar ao lugar novamente. Naquela noite, de
madrugada, o Jerônimo leve um pesadelo e acordou
gritando. Demos todos muitas risadas por isso.
Dois dias depois houve uma outra enchente ainda maior.
Desta vez o rio Pomba havia subido um metro a mais do que
a primeira vez. Lembro-me bem do Jerônimo me dizendo:
"O estrago que a enchente podia me fazer, ela já fez. Então
agora eu vou é admirar esta segunda enchente". E eu achei
isso maravilhoso, porque tanto eu como o Jerônimo havia
aprendido a olhar o lado bom de todas as coisas.De bicicleta,
nós andamos muito pelo município admirados com a força
que a natureza podia ter. Dois meses depois, Jerônimo e sua
família estavam morando em uma nova casa com um grande
quintal, no morro do Cabibó, um bairro alto da cidade. Tudo
havia se ajeitado e a paz voltava a reinar.
Já no segundo grau, eu estudava à noite e as manifestações
mediúnicas se faziam mais fortes e mais visíveis. Eu tinha
uma namorada de Dona Euzébia, uma cidade vizinha
chamada Leninha. Eu e ela e suas muitas colegas do vilarejo
do Jacaré estudávamos juntos. Foi quando eu percebi o
quanto podia ajudar as pessoas com meus dons mediúnicos,
mesmo sem que elas soubessem disso. Descobri que podia
conversar com a mente das pessoas enquanto elas dormiam.
E, ainda melhor, no dia seguinte, quando elas acordavam, a
idéia que eu havia posto na mente delas estava lá. Elas, sem
saberem do acontecido, pensavam que a idéia era delas e
ficavam muito empolgadas e animadas para colocá-la logo
em ação.
Então, comecei a compreender a responsabilidade que eu
tinha nas mãos e que precisaria de orientação. Foi nessa fase
que uma entidade espiritual, um preto velho muito amável,
começou a me instruir sobre o mundo espiritual. Era uma
entidade de muita luz e de extremo amor. Tinha profundo
conhecimento sobre as coisas. Fui orientado a subir as
montanhas por diversas vezes em retiro espiritual, onde
aprendi muito sobre o mundo espiritual, os segredos da
floresta e o podei espiritual e curativo das plantas. Também
foi nessa época que descobri que podia com muita facilidade,
invocar os espíritos animais. Foi também quando aprendi a
silenciar a mente para escutar a voz do Grande Espírito que
está em todas as coisas.
Por diversas vezes, subi as montanhas em caminhadas junto
com muitos dos meus amigos, pois eu tentava compartilhar
com eles as maravilhas que via. Impotente, assisti um grande
número de meus amigos e conhecidos, pessoas que eu
amava, cair no vício das drogas. Eles começavam com a
maconha. Diziam que aquilo era uma maravilha e defendiam
seu uso dizendo que estavam numa boa. Começavam a ter
explicações para tudo e viviam em uma cegueira racional
completa. Seis meses depois, já se tornava visível os sinais
de degeneração na personalidade deles. Eles tinham
depressão, pitavam todos os dias e não admitiam que já
estavam viciados. A maioria deles passou para drogas mais
fortes, talvez em busca de uma solução para o vazio que os
corroia por dentro. Grandes amigos meus foram prejudicados
pelas drogas. Malditas sejam as drogas!
Certa vez, um rapaz já maior de idade, da cidade de Ubá,
durante as comemorações da semana portuense, junto de um
outro rapaz que sempre gostei muito, veio me oferecer
drogas para comprar. Surpreso, perguntei a eles porque me
ofereciam essas coisas já que eu não usava drogas e nem
precisava destas coisas. O rapaz de Ubá, indignado com a
minha resposta, rebateu dizendo: "Aí careta, fica dando uma
de gostosão, mas até seu irmão compra o meu bagulho".
Maldito foi esse momento, pois quebrei os dentes da frente e
o braço direito desse rapaz. Ele estava inconsciente no chão
quando retirei do bolso dele um saco plástico com maconha
e muitos vidrinhos de lança perfume caseiro que na época
chamávamos de loló. Joguei tudo de cima da ponte dentro do
rio. Naquela época a polícia não brincava em serviço, era o
final da ditadura. Então, não houve queixa na polícia devido
ao grande número de testemunhas que me viram tirar as
drogas do bolso dele. Sendo assim, ele escolheu ficar quieto
e ainda se manter escondido, pois o molho poderia lhe sair
mais caro que o peixe. Atribuo minha reação à impulsividade
da juventude. Até hoje me arrependo disso.
Sempre houve aqueles que me ofereciam um cigarro dessa
droga, mas eu sempre recusei porque meu sentir acusava não
ser isto a coisa certa. Tive todas as oportunidades possíveis
de usar drogas, mas nunca usei qualquer tipo delas. Quando
fiquei sabendo que um irmão meu havia se envolvido com
tais coisas, entendi que não era hora de passividade. Deixo
aqui relatado que desde criancinha eu sempre soube que vim
para dar início a uma obra sagrada que ajudaria a
humanidade. As vezes, o ego inflava e eu me sentia grande
com isso, mas então me recordava da lição do touro araçá e
me mantinha na humildade.
Em 1984, senti que meus dias em MG haviam terminado. Eu
andava sempre duro. Não tinha dinheiro nem para namorar.
A passagem para Dona Euzébia era cinqüenta centavos e
houve uma vez que tive de voltar a pé por que nem isso eu
tinha no bolso. Minha família vivia uma crise financeira
devido à Souza Cruz e os seus cigarros já prontos. Dois de
meus tios donos de confecção, por razões que nada tinha
haver comigo, me negaram um emprego modesto para que
eu pudesse fazer a faculdade. Minha intuição me apontava
São Paulo. Foi quando procurei um homem de nome Ailton,
que era um dos dirigentes do Bradesco e morava na minha
cidade. Pedi a ele uma oportunidade de emprego, pois eu
precisava começar minha vida. Mesmo com pouca roupa e
quase sem dinheiro, eu vim para São Paulo. Cheguei numa
segunda-feira e em uma semana já estava empregado no
banco Bradesco da Cidade de Deus. Nos exames escritos eu
me saí muito bem, mas no exame de datilografia sei que foi
o Ailton quem deu uma força. Uma das poucas pessoas na
vida que me ajudou de verdade foi o Sr. Ailton. Tenho por
ele profundo respeito e gratidão. Hoje sou um homem muito
abençoado no mundo da matéria e, de bom grado, pago a
faculdade para um número considerável de jovens. Mas tudo
começou com o apoio que ele me deu. Eu agora estava
empregado, quanta bênção!
No ambulatório da Cidade de Deus, conheci um
fisioterapeuta espírita e místico cujo nome é Cláudio.
Embora bem mais velho do que eu e já com família formada,
tínhamos grande afinidade. Nos tornamos grande amigos e
através dele adentrei a Rosa Cruz, o que foi muito bom.
Certa manhã, antes de acordar, eu tive uma visão: vi um
homem branco alto, com cabelos escuros partidos para o
lado e costeletas. Ele me olhava nos olhos com muita
seriedade. Esse homem apenas me olhava e nada dizia. A sua
enorme luz se fazia visível e senti fortemente que ele tinha o
universo dentro do peito. Nesse mesmo dia, me encontrei
com o Cláudio e ele me contou sobre uma escola de
parapsicologia, a Pró-vida. Eu soube na hora que havia
encontrado o que vim buscar. Ele me passou o telefone, eu
telefonei e peguei o endereço. No dia seguinte, eu já estava
lá sendo entrevistado pelo senhor Fausto. Foi quando eu vi
uma fotografia grande do homem da minha visão. Era o Df.
Celso Charuri, fundador e idealizador da Pró-vida, falecido
em 1981. Sabia que eu seria preparado por um tempo até
estar pronto para dar o início à grande obra que vim para
apenas iniciar.
Desta parte até eu completar 38 anos de idade, me ocupei em
continuar o aprendizado, mas também em juntar dinheiro
para quando chegasse o momento de dar início a grande
obra. Procurei um emprego estadual, onde eu teria
estabilidade, não dependesse de produção. Dessa forma,
entrei no Corpo de Bombeiros. A minha escala era 24 por 48
horas, ou seja, eu trabalhava um dia e folgava dois, o salário
era pouco, mas garantido. Além do mais, eu tinha 20 dias
livres por mês à minha disposição. Eu sempre costumava
dizer aos outros: "O arroz e o feijão o Corpo de Bombeiros
garante, a mistura eu busco fora!"
Comecei a vender mel puro que trazia de MG. Certa vez eu
vendi, em um só mês, mil e quinhentos quilos de mel só no
panelão da PM, que é um prédio redondo azul próximo à
estação Armênia. Fiquei muito conhecido como o "bombeiro
do mel". No final das vendas daquela semana, um major
descendente de japonês, cujo nome é Hitil, que chefiava uma
pequena sala no quinto andar, me comunicou
administrativamente alegando que eu não tinha uma
autorização por escrito para vender mel ali. Que homem mau
humorado e quanta prepotência! O coronel que comandava
aquele prédio todo me disse para ficar tranqüilo. Ele não iria
quebrar a comunicação administrativa daquele major, mas
telefonaria para o meu comandante e eu não teria a punição.
Mas tudo bem, eu já havia vendido todo mel que tinha e
estava com um bom dinheiro em mãos. Foi assim que dei
entrada na minha primeira casinha e me mudei para o
interior do Estado, de forma a poder educar melhor meus
filhos. Na capital as drogas já faziam grandes estragos!
Sempre gostei de juntar dinheiro em silêncio. Como nunca
confiei no governo ou nos bancos, eu comprava dólares, O
Sr. Collor de Mello em nada me afetou no seu governo
quando confiscou as poupanças dos brasileiros. Mas
presenciei pessoas morrerem de enfarte devido a esse plano
do governo.
Assim toquei minha vida e criei minha família. Meus filhos
cresceram fortes, sadios e com muita responsabilidade. Já no
interior, resolvi fazer a faculdade de Teologia, coisa de que
muito gostei. Também costumava passear na fazenda Nova
Gocula dos Hare Krishnas, que fica em Pindamonhangaba,
no bairro Ribeirão Grande. Lá conheci um devoto que
cuidava da cozinha de lá, seu nome é Haracanta. Este sim era
um bom devoto. Era sempre um dos últimos a se deitar e um
dos primeiros a se levantar. Certa vez eu lhe dei um pote de
mel puro. Ele, sem qualquer hesitação disse na hora: "Que
bom, vou pôr este mel no bolo que farei à tarde para servir a
todos", A sinceridade e o senso de solidariedade desse
homem me fascinaram.
Para aprimorar ainda mais meus estudos, certa vez eu resolvi
passar uma semana com eles e estudá-los melhor. Eles
ensinavam que nossa alimentação é sagrada e que tomar um
banho de rio todas as madrugadas assim que se levantavam,
era uma forma de começar o dia se limpando das impurezas.
Durante à noite, no alojamento, um jovem devoto moreno
me contava a história de que existia um oceano branco como
leite e nele havia peixes tão grandes que comiam cardumes
de baleias todos os dias. No final, me perguntou se eu tinha a
capacidade de acreditar nele. Respondi, sorrindo muito:
"Conheço apenas o oceano da terra que é azul esverdeado,
onde as baleias são os maiores víveres do planeta todo. Acho
que as baleias de lá se reproduzem como os coelhos ou já
estariam extintas. Haja baleias nesse oceano, né, moreno!
Ele ficou sem graça e parou com as historinhas. Então,
fomos dormir. Às três e meia da manhã, eles tocaram um
trombeta que era uma concha. O som era bonito".
Era o sinal para todos se levantarem, e tomar o seu banho
matinal e irem para o templo dançar. Era mês de julho, mês
de inverno e ali é a Serra da Mantiqueira, próximo a Campos
do Jordão. O frio era mesmo intenso e a serração vinha
fazendo ondas no ar. Mas quem sai na chuva é para se
molhar. Coloquei um short, desci ao córrego até onde ele
formava uma piscina natural, molhei primeiro a fronte e os
pulsos, criei coragem e mergulhei na água. Um minuto
depois eu não sentia mais frio, mas também não sentia as
mãos, o rosto, os pés, eu não sentia mais nada!
Como não apareceu nenhum dos devotos Hare Krishnas, eu
subi de volta. Pensei talvez que tivesse descido no local
errado. Ao me aproximar do alojamento, um jovem
descendente de japonês, cabeludo e muito simpático, de
nome Paulo, me olhando espantado disse, visivelmente
admirado: "O senhor tem uma mente muito forte, porque
convencer o corpo a entrar no rio com todo este frio não é
nada fácil". Daí quem ficou surpreso fui eu. Perguntei a ele
há quanto tempo ele já se encontrava naquela fazenda e ele
me respondeu: "Amanhã faz trinta dias. Amanhã irão cortar
o meu cabelo e eu serei aceito como devoto". Caramba, ele
estava ali já há 30 dias e estava surpreso de eu ter entrado no
rio de madrugada? Algo estava muito errado! Segui para o
alojamento e me deparei com todos os devotos tomando um
belo banho de chuveiro. O único trouxa pelo jeito fui eu.
Segui com todos para o templo e os observei dançarem
músicas lindas tocadas por instrumentos maravilhosos. Foi
muito bonito. Assim que amanheceu e após todos nós nos
alimentarmos bem, resolvi andar a divisa dos 62 alqueires
daquela fazenda. Foi outra surpresa. Do alto da serra se via a
fazenda quase inteira e eu não vi uma única horta, nem
mesmo um canteirinho ao menos. Mas nem mesmo um pé de
mexerica que fosse. Mas então aquela história toda de se
alimentar com cuidado, de plantar e colher o próprio
alimento, como ficava?
Quando retomava, parei em uma casa velha, onde eles
guardavam livros, que tinha uma grande piscina rachada e
abandonada. Eu estava ali a pensar, quando passou por mim
um devoto muito velhinho. Era tão velhinho que, para andar,
ele movia os pés sem tirá-los do chão. Ele arrastava seus
pezinhos delicados pouquinho a pouquinho. Esse velhinho
tinha muita luz e transmitia muita paz. Ali permanecendo um
pouco mais, percebi um galhinho de laranjeira, com rala
folhagem bem no meio, acima de um capinzal de colonião
com uns dois metros de altura. Isto sim me chamou muito a
atenção.
Entrei no capinzal e descobri vários pés de frutas ali
abandonados e muitos deles já mortos. Então, descendo até o
alojamento, disse a um rapaz moreno, o dos peixes que
comiam bandos inteiros de baleias: "Encontrei um pomar
inteiro abandonado no meio de uma capinzal. Não acha isso
estranho?" Ele me respondeu que aquele pomar havia sido
formado por um devoto antigo dali. Mas que agora estava
muito velhinho e não tinha mais força para cuidar das
fruteiras. Qual foi minha surpresa, o velhinho que arrastava
os pés era quem havia formado o pomar. Perguntei ao
moreno por que ele não cuidava do pomar. Então, ele
respondeu que não nasceu para fazer essas coisas. Prefiro
nem escrever aqui o que pensei nessa hora! Então me dirigi
ao Harakanta e lhe disse com muita seriedade: "Andei toda a
divisa desta fazenda, não vi nenhuma horta. Encontrei um
pomar morrendo as mínguas por falta de cuidados, no meio
do colonião. De onde vem o alimento que vocês cozinham,
Harakanta?" Ele olhou, me observou por um milésimo de
segundo e em seguida me levou para detrás da cozinha onde
havia um monte de caixas do Ceasa e disse: "Nós nos
preocupamos mais em vender os livros e os incensos. Nem
sempre se é possível conciliar a teoria com a realidade,
Emiliano. Precisamos nos adaptar sempre." Então
compreendi.
Nada havia de errado ali. Eles faziam aquilo que era
necessário para sobreviverem da melhor forma possível e
ainda disseminarem a filosofia que viviam. Quanto ao
moreno das historias fantásticas, entendi as necessidades
dele de crer em tais coisas. Aprendi muito com os Hare
Krishinas e nutro por eles um profundo respeito. Só quem
não os conhece como eu os conheci, é que fala mal deles ou
da filosofia que seguem. Ali não é o meu caminho, mas
afirmo a todos que é um bom caminho. Sei que chegará o dia
em que eles terão hortas e pomares próprios.
Lá dentro há boas pessoas. Há também aqueles que apenas
se escondem por detrás desse movimento. Mas aí o problema
é a pessoa e não a filosofia. Comentei com o Paulo japonês
que em breve eu iria montar uma comunidade semelhante
àquela, só que com muito mais magia. Ele, me olhando feliz,
disse que gostaria muito de vir conhecer quando eu a
montasse. Neste ano de 2007 irei atrás dele.
Alguns anos depois, eu, com uma outra pessoa, havia
arrendado um sitio pequeno. Começamos a retirar das ruas
os bêbados e mendigos e levá-los para morar naquele sítio. À
noite acendíamos uma fogueira grande e sempre vinha nos
visitar o Lanterninha, que era um vaga-lume muito grande.
Podíamos vê-lo de longe, quando ele saía da mata, porque
ele se destacava dos demais vaga-lumes. As entidades
espirituais sempre nos visitavam, mas nem todos ali podiam
perceber isto. Por diversas vezes os habitantes magros e
esguios da cidade subterrânea de Aurora vinham nos dizer
um olá. São eles irmãos maravilhosos.
A VISÃO
Com 38 anos de idade, eu retornara à Osasco. Minha família
já estava formada, meus filhos já estavam bem crescidos e
capazes. Poderia ter comprado ou alugado qualquer casa
daquele bairro, mas escolhi morar em uma pequena casinha
nos fundos da casa do meu sogro, pois ali moravam muitos
primos e parentes, então a segurança era maior e era por isso
que eu zelava. Agora eu até tinha a internet em minha casa.
Que coisa maravilhosa é a tecnologia a favor do sagrado!
Numa manhã de domingo, eu tive uma visão que novamente
mudaria a minha vida. Nessa visão, eu havia levantado de
minha cama e ia até a janela do quarto. Então vi que no
quintal havia um grande pé de ipê amarelo todo florido e em
seus galhos estava pousada uma arara vermelha linda. Eu
olhava a arara vermelha e ela ficava também me olhando
com um olhar diferente, como uma mescla de profundidade
espiritual e tristeza.
Então acordei e havia em minha mente uma palavra impressa
que eu nunca na vida havia ouvido: "Xamanismo"! Liguei o
computador e acessei a internet. Entrei na busca do UOL e
digitei a palavra "xamanismo". O resultado foram inúmeras
páginas. Havia, só na primeira página, um grande número de
links de sites xamânicos. Houve um entre os demais que
minha intuição acusou na hora. Então eu cliquei nele. Foi a
primeira vez que eu havia entrado em um site de xamanismo.
Foi a primeira vez que tomei conhecimento da palavra
xamanismo ou planta de poder. Caí num site de um índio
que falava sobre plantas de poder e ayahuasca. Eu nunca
havia ouvido falar também nesta tal de ayahuasca. Achei
tudo aquilo muito estranho. Tinha boa cultura e profundo
conhecimento espiritual sobre os segredos da floresta, como
nunca ouvi falar neste tal de xamanismo e nesta tal
ayahuasca? Essa pergunta me martirizou por algumas horas.
Mas como no site do índio havia telefone para contato,
eu telefonei. Atendeu o tal índio, chamado Romã. Contei a
ele sobre a visão que eu havia tido e tudo que acontecera
desde então. Ele, rindo, me disse que estava tudo certo.
Haveria um ritual na sua casa naquele mesmo domingo
durante à noite e ele estaria me esperando. Seria um ritual
com ayahuasca e eu deveria participar sem falta. A despesa
com o ritual era de oitenta reais por participante. Fiquei
muito feliz porque percebi que entraria em um novo ciclo de
minha vida. Anotei o endereço do índio Romã. Estava muito
feliz e com aquele sentimento de "encontrei". Continuei na
Internet, em vários sites de xamanismo. Fui lendo e
começando a saber um pouco sobre a ayahuasca, bem como
sobre o tal xamanismo. Quanto mais eu lia mais apreensivo
eu ficava. O xamanismo era tudo o que eu já praticava há
muito tempo. Nada do que eu lera ali era novidade pra mim,
com exceção da tal da ayahuasca. Conhecia na prática tudo
aquilo que sabia que a maioria das pessoas apenas teorizava.
Mas por que então eu nunca havia ouvido sequer a palavra
xamã ou xamanismo?
Havia algo errado. Minha mente estava tomada por uma
grande sensação de que o mundo espiritual havia se
escondido de mim, propositalmente: todos os livros e
manuscritos, qualquer forma de literatura que fosse relativa a
ayahuasca e ao xamanismo. Conheço minha intuição e nunca
duvido dela. Mas, então, o que o astral superior não queria
que eu soubesse? Por que eu não deveria saber, seja lá o que
fosse? Fosse o que fosse, sabia que naquela noite tudo ficaria
às claras.
Convidei o meu filho Júnior para participar também, caso
desejasse. Como sempre, ele topou na hora e à noite fomos
para a casa do índio Romã participar do ritual. Lá chegando,
percebi uma boa energia. Um garotinho de nome Tomas foi
quem atendeu. Ele é filho da Cristina, esposa do Romã.
Fiquei conhecendo a Cristina e o Romã. Muito me
simpatizei com eles. Senti no Romã havia um conhecimento
ancestral grande, mas também senti nele certa energia nociva
de dinheiro.
Em pouco tempo, chegaram algumas pessoas também para o
ritual. Foram estendidos alguns cochonetes e cobertores no
chão. Nos foi servido em um copinho de café, um fundinho
da tal ayahuasca. Nada aconteceu. Nos foi servido
novamente um outro fundinho. Nada de novo. Pela terceira
vez, um outro fundinho de ayahuasca e o Romã me disse que
eu devia estar ansioso. Respondi que não. Seja lá o que
fosse, eu sabia que não era comigo. Mas voltei a deitar e dei
uma mãozinha rebaixando meu cérebro conscientemente
para o nível de teta, tal qual aprendi na Pró-vida. Foi então
que aconteceu. A princípio havia uma grande luz. Em
seguida, eu havia voltado à minha última encarnação. Eu
estava na tribo dos Lakotas novamente, eu estava em casa.
Junto com milhares de irmãos e irmãs e a Grande Paz se
fazia presente. Mitakue Oasin reinava. Me conheciam pelo
meu nome espiritual Gideon, mas havia um outro nome que
me chamavam desde criança. Tive o privilégio de nascer
filho de um grande xamã, que na tradução seria algo assim
como homem sagrado ou xamã de branco.
Nessa tribo, quando ainda bem menino fui iniciado na arte
das curas e dos espíritos pelos xamãs mais velhos e me
aprofundei muito nesta esfera. Dentre os curadores, cheguei
a ocupar a posição de curado r consagrado, após severos
testes. Esta foi um encarnação de muitas provas.
Nós, homens, estávamos fora em um ritual quando sentimos
dores em nosso plexo solar e a tristeza era visível no avô sol
e nas nuvens de elementais que chegavam a nós. Quando
chegamos, nos deparamos com algo que, mesmo agora, me é
difícil descrever. Então revivi toda a intensa dor de minha
última encarnação. Revivi o grande massacre e todo o
sofrimento que foi gerado a nós. Compreendi porque o astral
superior havia retirado de mim toda a consciência daquela
vida. Eu, juntamente com vários outros xamãs, havíamos
jurado vingança contra a raça branca séculos atrás. E isso é
algo muito sério quando parte de espíritos que já ocupam a
posição de xamãs. Somos fiéis à palavra empenhada e o
tempo não afeta nossas decisões. Por séculos, em silêncio,
mantive esse fogo dentro de mim e por esta mesma razão
levei séculos para poder reencarnar. Quando estava para
reencarnar, prometi ao meu povo que levantaria a bandeira
do bom caminho vermelho entre todos os povos e deixaria
bem demonstrado a firmeza e o amor dos Lakotas. Contudo,
escondido dentro de mim, ainda havia o intuito de dominar a
ciência dos brancos e provocar um grande extermínio. De
todos nós xamãs, que fizemos o juramento, somente eu ainda
insistia em cumprir aquele intento. Mas o Grande Pai que
tudo vê sabia da mágoa que ardia em meu coração.
Então, retornei. Agora estava ali, sentado ao lado de uma
fogueira feita pelo índio Romã, com meu filho e outras
pessoas em volta. As lágrimas rolavam, toda as dores de
antes estavam ali novamente. Mas desta vez eu precisava
perdoar. Precisava perdoar principalmente a mim próprio por
não ter conseguido fazer nada em relação ao grande
massacre. O Romã me perguntou por que eu chorava.
Respondi que era por meus irmãos mortos. Ele perguntou se
eles haviam morrido em São Paulo. Então vi que ele não
sabia o que se passava e apenas balancei a cabeça.
Finalmente, após um período de choro, encontrei forças para
perdoar, e séculos de magoas se foram junto de minhas
lágrimas naquela fogueira. Vou tentar pôr em palavras toda a
consciência que me foi devolvida naquele trabalho inclusive,
sobre o grande massacre que eu e muitos irmãos
presenciamos ainda ontem, quando o irmão Tatanka era nos
campos como as estrelas são céu.
Vivíamos em paz e livres. O Grande Espírito se fez ao nosso
redor. O trovão era sua voz e nas asas do vento ele
caminhava e passeava com nossos espíritos. A mãe Terra
cuidava de nós, o avô Sol sorria feliz e a irmã Lua, sempre
irradiando suas bênçãos ao nosso povo, dizia-nos: "Amo
vocês, irmãos. Mitakue Oasin."
Mitakue Oasin significa "Somos todos irmãos". Temos a
consciência do real significado desta frase. O grande irmão
búfalo era a nossa força e nossa raiz. Dele provinha nosso
sustento e seu couro nos dava roupagens e tendas, "tatanka"
em minha língua. Nos tornamos um portal do céu em um
planeta, nossa vida andava na luz e nos conformes do astral
superior. Por isso, minha tribo Lakota sempre foi conhecida
como a tribo do pai dos xamãs, pois fizemos da integração
com o universo um meio de vida.
Estávamos fora, em ritual com os espíritos da natureza, e
pela primeira vez vimos o irmão vento anunciar desgraça. O
olhar do avô Sol estava triste, a mãe Terra parou. Em
grandes nuvens, os amados elementais sobrevoam as
planícies em clara demonstração de desgosto. Paramos os
rituais e retomamos com os nossos cardíacos pesados e
nossos plexos solares com dores. Ao retornarmos a nossa
tribo, uma cena indescritível por palavras humanas nos
aguardava: eram milhares ao todo, mulheres, velhos e
crianças foram massacrados e mortos! Vimos nossas
famílias, mulheres, pais, filhos e filhas estirados em um chão
manchado de vermelho com o sangue daqueles que
amávamos. A raça branca havia chegado e junto deles a
ganância e o insaciável desejo do TER.
Ó, Grande Espírito, por quê? Nada sabíamos ou
entendíamos. Apenas a dor quase que insuportável se fazia
presente... Mas nossa natureza guerreira em espírito nos
mantinha firmes. Chegaram nossos irmãos de muitas outras
tribos, incluindo a nossa tribo mãe, os Sioux. Um grande
ritual xamânico voltado à guerra aconteceu. Usando de todo
conhecimento real de xamanismo e magias, despertamos os
animais de força na forma física em centenas de irmãos... O
vento, o trovão e a força estavam em nós Partimos para a
batalha contra o algoz de nosso povo, um povo com pés
diferentes dos nossos. Com os corpos transformados, os
atacamos em campo aberto e chance alguma eles tiveram tal
qual fizeram com os nossos amados já velhos ou nenéns. A
batalha foi rápida e impiedosa. Não houve prisioneiro ou
feridos da raça branca e nenhum deles permaneceu com o
coração no peito. O que podiam eles contra a magia do
xamanismo voltada para guerrear? Raça cruel e insana, como
lhes chamar de irmãos? Os vermes imundos do limo têm
muito que aprender com vocês!
Grande Espírito, por quê? Por que, ó Misericordioso!? O que
fizemos de errado, Grande Espírito, para que tal mal
assolasse agora nossa alma? Presenciei meus irmãos
morrerem em batalha porque desejavam morrer, ou se
matarem após o último daqueles com pés estranhos ter o
coração arrancado. Senti o peso do meu povo em minhas
costas. Vi os ainda vivos e com seus corpos ainda
transformados lançarem um olhar de agradecimento ao ritual
realizado, então se matavam e partiam para o encontro da
Grande Luz. Para onde ir, o quer fazer, como suportar aquela
tristeza e, ainda pior, como compreender o que havia se
passado? Três dias depois desencarnei por desgosto.
Raça branca, de que adiantou? Nós voltamos, estamos aqui!
Embora agora em corpos de brancos permanecemos ainda
Lakotas em espírito e estamos nos reunindo de novo. Muitos
de nós juntos já nos encontramos, nossa tribo se reúne. Raça
branca, dominamos a sua ciência e entendemos como vocês
pensam, raciocinam. Aprendemos a usar o lado esquerdo do
cérebro e nos tornamos guerreiros ainda melhores, ficamos
mais fortes. O tempo não nos afetou, raça branca, e
retomamos para a grande vingança espiritual: "Trazer luz aos
corações dos brancos!" Raça branca, vocês não tem escolha.
Agora vão se iluminar ou terão que partir. Repararem todo
mal que causaram à Mãe Natureza e aos filhos da Terra.
Trazer luz ao coração da raça branca é a grande vingança
Lakota, e ainda lhes chamaremos de irmãos. Somos todos
irmãos. Mitakue Oasin voltará a reinar.
Após terminar, já de madrugada, o Romã me disse: "Você
tomou uma dose cavalar de ayahuasca". Fiquei admirado
com o que ele havia dito, afinal toda a ayahuasca que ele me
dera não dava sequer 50ml. Depois, ele me disse que
ayahuasca era o mesmo SANTO DAIME. Nem mesmo a
palavra SANTO DAIME eu ainda havia ouvido falar. Mas é
assim mesmo, o astral superior nada faz mal feito. Paguei ao
Romã cento e sessenta reais pelos trabalhos meu e do
Juninho. Nos despedimos e fomos embora.
Quando acordei fui direto para a internet. Agora eu iria
pesquisar muito sobre a ayahuasca ou SANTO DAIME.
Descobri que haviam várias igrejas do SANTO DAIME ali
mesmo na capital de SP e proximidades. O Céu de Maria, no
Pico do Jaraguá (Glauco e Bia); o Céu da Lua Cheia, em
Itapecerica da Serra (Leo Artese); o Céu Nova Era, em São
Lourenço; o Céu da Mantiqueira, em Camanducaia (Chico);
o Céu de Midan, em Sorocaba e muitos outros. Descobri que
os dirigentes das igrejas recebiam o nome de padrinho e
madrinha. Dessa parte eu gostei muito, porque onde eu nasci,
para o batismo, nossos pais convidavam sempre duas
pessoas que eles consideravam amigos, para se tornarem
padrinho e madrinha da criança batizada.
Então, resolvi ir ao Céu da Lua Cheia, em Itapecerica da
Serra, onde o padrinho era um homem de nome Leo Artese.
Consegui o número do telefone e liguei. Me atendeu um
rapaz de nome Caio. O telefone era de um restaurante na
cidade. Fui até lá e conversei com eles. Nenhuma entrevista
aconteceu. Nenhuma palestra foi dada. Eles apenas me
disseram o preço, que era 20 reais por pessoa, e que haveria
um ritual de lua cheia no próximo sábado. Eu disse que
queria ir e eles me explicaram como chegar lá. No sábado de
lua cheia, eu e meu filho Junior fomos ao Céu da Lua Cheia.
Como o bom mineiro não perde o trem, procurei chegar
muito mais cedo do que haviam me orientado. E isso foi
muito bom porque não foi tão simples, achar o local, mas
com a ajuda de moradores locais na beira da estrada de ferro
conseguimos.
A princípio, fiquei observando muito e havia poucas pessoas.
A energia do local que vinha da mata era muito boa, mas a
energia que vinha dos participantes era pesada. Havia ali
algumas pessoas com as quais eu me identificava. Mas,
mesmo assim, percebia nelas uma energia densa. Também
percebia muita arrogância em muitas das pessoas que
freqüentavam ali há mais tempo. Havia um certo ar de
autoridade imposta. Uma mulher dizendo ser médica estava
nervosa porque havia enfiado seu carro dentro de um buraco,
quando fora encher um galão de 20 litro com água potável.
Aquela mulher estava visivelmente fora de sintonia e
chegava inclusive a ser agressiva com os demais. Procurei
me aproximar e ela se afastava.
Havia lá um rapaz que morava próximo e treinava corrida
que foi tirar o carro dela do buraco. O rapaz me pareceu uma
boa pessoa e eu me ofereci para ir junto, Andamos por uns
20 minutos no máximo e nos deparamos com o carro da
médica. Era um carro bem velho. Um Chevette antigo,
marrom e em péssimo estado. Não havia caído em buraco
algum, apenas estava atravessado na estradinha de chão de
tal forma que bastou uma pequena manobra para tudo
resolver. Isso me fez ficar muito pensativo. Ou aquela
mulher era mesmo uma péssima motorista ou havia algo de
muito errado com ela. Teria ela bebido? Estaria ela drogada?
Aliás, seria mesmo uma médica? Ao retomar, entreguei as
chaves do carro a ela e pude perceber que ela não cheirava a
álcool, mas chupava sem parar balas de hortelã. Sabia o que
geralmente isso significava. Percebi que havia chegado uma
espiritualidade semelhante às que acompanhavam a
umbanda, mas definitivamente eram de pouca luz e
demonstravam muita ansiedade. Lidar com a espiritualidade
nunca me foi difícil e o domínio no manuseio das energias é
coisa que já trago de outras vidas. Apenas me mantive firme
e em paz, mas cobri com um manto energético de proteção o
Juninho e a todos que estavam ali pela primeira vez.
Então, chegou à hora do ritual e já havia ali, acredito, umas
25 pessoas. Disseram que eu fosse até uma cabana de
madeira. Eu e meu filho nos dirigimos para lá achando que
agora haveria alguma explicação sobre o daime e sobre
como aconteceria o ritual. Mas, que nada, apenas assinei um
livro e paguei vinte reais que cobravam. Não houve nenhuma
explicação ou palestra. Não houve qualquer orientação ou
explicações nem a mim, nem ao meu filho e nem a outros
que ali também estavam pela primeira vez. Fomos para
dentro da igreja sem ao menos ter noção do que lá
aconteceria. Não precisa ser uma pessoa muito experiente
para perceber que as coisas certas não são assim.
O RITUAL
Dentro da igreja do Céu da Lua Cheia, observei que
homens e mulheres ficavam separados, um de cada lado da
igrejinha. Disso eu gostei muito. As mulheres usavam saias
brancas compridas e os homens calças brancas. No centro
havia uma mesa redonda com a forma de uma estrela.
Alguns músicos estavam sentados. Os membros de lá tinham
um hinário na mão. Em seguida foi aberta a sessão e
começaram a servir o daime ou ayahuasca. Vi que o moço do
restaurante, o Caio, era quem servia o daime a todos, sempre
no mesmo copo. Questionei a mim mesmo o porquê deles
não usarem copos descartáveis, assim seria higiênico e não
haveria o risco de transmissão de alguma doença como a
hepatite, por exemplo.
Enfim, provei do tal SANTO DAIME. Deram-me um copo
americano cheio. O gosto era forte e ácido. O cheiro me
lembrava um pouco o vinagre. Então, me lembrei do Romã
dizendo que no ritual dele que eu havia tomado uma dose
cavalar. Que história furada aquela! Todo o daime que tomei
com ele durante todo o trabalho não chegou sequer a 50 ml.
Esse foi o primeiro contato com o comércio que tive dentro
do SANTO DAIME ou com a ayahuasca.
Após todos terem ingerido o daime, os músicos começaram a
tocar e todos começaram a cantar. Em vinte minutos comecei
a ver uma infinidade de cores. Houve uma explosão de cores
maravilhosas e depois aconteceram às visões que eles
denominam de mirações. À medida que todos cantavam os
hinos, as mirações começavam e, conforme o cântico
terminava as mirações acabavam. Eu estava maravilhado.
Nunca havia passado por uma experiência assim tão intensa.
O tempo e o espaço deixaram de existir, coisa que eu já
estava acostumado, pois sempre ia para a quarta dimensão
durante os exercícios de meditação que fazia com
freqüência. Mas com ayahuasca era muito mais intenso e
maravilhoso. Eu estive consciente o tempo todo. Embora eu
estivesse em pleno contato com o mundo espiritual, também
me mantinha em contato com o mundo da matéria. A minha
percepção havia se ampliado muitas vezes e isso era
fantástico. Podia ouvir e ver de uma forma que nunca antes
eu havia ouvido ou enxergado. A clarividência e a
clariaudiência eram plenas.
Depois de um tempo, todos nós tomamos mais um copo
americano de daime. Aquilo que já era intenso se tornou
ainda mais. Eu estava encantado. Pensei mesmo ter
encontrado o paraíso, a pedra filosofal. Um tempo depois
senti náuseas. Saí da igreja procurando um banheiro e um
dos fiscais me disse para seguir uma trilha que daria no
banheiro. Assim eu fiz. Segui aquela trilha para dentro da
mata acredito que por mais de 50 metros e por fim achei uma
barraca de lona onde dentro havia uma fossa coberta por uma
tábua furada que servia de privada. Vomitei um pouco.
Quando retornava, me deparei com um rapaz que também
procurava o banheiro, mas estava visivelmente confuso. Ele
não sabia se estava indo ou voltando. Conversei com ele, o
segurei pelo braço e o levei ao banheiro. Vendo o estado
daquele moço e o fato de que até então ele estava sozinho,
fiquei um pouco preocupado com o meu filho. Ele vomitou
também e depois eu o acompanhei de volta até a igrejinha.
Foi então que vi que havia muita gente vomitando ali mesmo
próximo a igreja. Eram tanto as pessoas mais antigas quanto
as que iam pela primeira vez.
Entrei na igrejinha e não vi o meu filho. Voltei, perguntei
aos fiscais que estavam ali fora e eles não souberam me dizer
nada de concreto. Ainda vieram com uma história de que eu
não me preocupasse com o meu filho porque tudo estava
bem. Então perguntei a eles: "Se podem afirmar que está
tudo bem, me digam onde o meu filho está". Eles ficaram
com um sorriso amarelo, sem saber o que falar e dei as
costas para eles e fui procurá-lo em volta da igreja. De
irresponsáveis sorridentes o inferno está cheio. Achei o
Juninho se apoiando em uma árvore vomitando também.
Conversando com ele vi que ele estava bem e tão lúcido
quanto eu. Orientei a ele que evitasse sair de dentro da igreja
e eu também fiz o mesmo. Contudo, era claro que os fiscais
deveriam acompanhar os iniciantes. Na maior parte dos
iniciantes falta à firmeza necessária. O ritual continuou e
tudo foi lindo. Depois, deram um intervalo e acenderam uma
fogueira, mas tanto eu quanto o Junior permanecemos dentro
da igrejinha. Havia alguns rapazes que comiam bananas e
nos ofereceram. Meu Deus, que delícia! Eu nunca havia
comido uma banana tão gostosa. Até o paladar a ayahuasca
havia ampliado.
Uma moça muito simpática, de nome Daniela, se aproximou
e perguntou meu nome. Depois me perguntou como eu
estava. Respondi que muito feliz e que durante o ritual eu
havia reencontrado antigos conhecidos de jornadas. Senti por
está moça uma profunda ternura. Desde esse dia eu guardo
essa moça no meu coração e tenho por ela um carinho de
irmão. Percebi que esta moça passava por problemas
financeiros, pois, quando lhe dei um pote de mel puro e ela
disse que o usaria fazendo um ritual dentro da floresta, para
conseguir uma solução financeira. Sei que as coisas da
matéria não se resolvem assim e que aquele ritual não ia
resolver de verdade. Pensei em auxiliar Daniela
financeiramente, mas minha intuição me disse que não.
Mesmo hoje eu às vezes me lembro dessa irmãzinha. Como
será que ela se encontra e que caminho terá tomado? Será
que, assim como muitos que ali conheci, também se perdeu
nas drogas? Será que ela hoje é mais um daqueles que, em
defesa da maconha santa maria, praguejam contra meu nome
devido às verdades que exponho a todos e que a ciência
inclusive confirma? Às vezes penso em procurá-la e ver
como ela está. Por diversas vezes eu lhe presenteei com
vidros de mel puro. Na época ela tinha uma filhinha e sérios
problemas com o aluguel. Muitos anos se passaram, mas às
vezes me recordo dela e penso em lhe dar uma casa de
presente se ela ainda pagar aluguel. Quem sabe se eu a
encontrarei novamente.
Algum tempo depois começou novamente o ritual. O coral
começou a cantar hinos para Yemanjá. Senti quando uma
grande luz amarela esverdeada adentrou naquela igrejinha e
me deu um abraço enorme. Entrei em um êxtase ainda muito
maior do que o que eu já me encontrava. Senti ser um abraço
de uma mãe para um filho. Como sorri, como fiquei feliz. É
impossível colocar tais coisas em palavras. A noite seguia
em cores e mirações e de vez em quando passava um trem na
ferrovia próxima à igrejinha, mas que em nada me
atrapalhava. Foi a experiência mais incrível que eu já
vivenciei nesta vida. Pude ver com clareza o poder que a
ayahuasca contém. Ao final do hinário se encerrou o ritual.
Conversamos com muitas pessoas, inclusive com os mais
antigos que tinham o nome de fardados. Pude perceber que
eles estavam aéreos, pensei que talvez fosse cansaço.
Procurei não falar do meu trabalho e continuando a conversa,
com muito jeitinho, consegui que eles me contassem um
pouco do trabalho deles. Definitivamente eles não haviam
entrado no êxtase e nem mesmo percebidos a presença da
Yemanjá. Isto me fez ficar muito pensativo, pois já conhecia
bem as leis da causa e efeito, e a lei do merecimento. Percebi
também que muitos grupinhos com homens e mulheres
entravam floresta adentro. Pensei: "Acho que eles vão ver o
sol nascer em algum local mais alto". Muito, mas muito
felizes, eu e meu filho entramos em nosso Gurgel e fomos
embora. Naquele mesmo domingo, durante à tarde, eu já
ansiava por um próximo trabalho. Recordando todo o
acontecido, eu mantinha um sorriso largo no rosto.
Na segunda-feira à tarde, entrei na Internet e intensifiquei em
muito as pesquisas que queria fazer. Queria saber como era
aquele cipó e o arbusto da rainha da floresta. Queria saber
como cultivá-los e, principalmente, como é que se produzia
o daime. Queria saber a história do SANTO DAIME, de
onde ele veio e como ele surgiu. Eu tinha muito tempo livre
naquela semana e aproveitei para ir o mais fundo quanto
possível. Na terça-feira à tarde, eu telefonei para o Romã.
Disse a ele que eu havia participado de um ritual no Céu da
Lua Cheia. Conversamos um pouco e então combinamos de
nos encontrar à noite na casa dele. Contudo, já estava muito
claro para mim que o Romã comercializava com a
ayahuasca, com o que é sagrado. Retornei ao Céu da Lua
Cheia do Leo Artese por diversas vezes. O uso de drogas é
comum entre eles.
CÉU DE MARIA
Pela internet fiquei sabendo o telefone do Céu de Maria, que
fica no Pico do Jaraguá. Telefonando lá, me confirmaram
que haveria trabalho no sábado seguinte, às 20h. Cheguei lá
às 18h. A igreja era grande e bonita, acredito que tem
capacidade ali dentro para umas 300 pessoas. Observei as
pessoas que iam chegando. Pessoas mais antigas, fiscais e as
novatas também. Não eram bem recepcionadas, havia um
mau humor e certo ar de prepotência nos fardados de lá.
Ouvi-os mencionarem, por diversas vezes, o nome do
padrinho Sebastião e do padrinho Alfredo, tanto que resolvi
me informar melhor. Foi quando alguns deles me disseram
que o padrinho Sebastião era o sucessor do mestre lrineu e
que ele era a reencarnação do profeta João Batista. Um
homem iluminadíssimo que trouxe a doutrina da floresta, o
SANTO DAIME, para o sul e para o mundo. Afirmaram
inclusive que o padrinho Sebastião era o patrono do SANTO
DAIME. Esta afirmação eu já comecei a questionar, com
base em todo material que eu havia estudado na Internet. Lá,
a história mostrava o mestre Irineu Serra como o primeiro
daimista, então como poderia ser o padrinho Sebastião o
patrono do SANTO DAIME? E quanto ao Sebastião Mota
ser a reencarnação de João o Batista (aquele que prega no
deserto), nem precisei questionar, pois era evidente se tratar
de uma grande mentira e fanatismo.
Assinei o livro de presença e paguei na época o valor de
vinte reais. Sempre tive bom tirocínio comercial, sempre
soube avaliar o valor real de qualquer coisa, se está havendo
exploração ou não, baseado no custo do produto. Por isto eu
pensava: Quanto será que custa um litro de daime? Trezentas
pessoas, que é o que imagino que comporta a igreja, vezes
vinte reais, são seis mil reais! O litro de daime deve ser
muito caro. Mas se é assim tão caro e provém apenas de duas
plantas, por que eles não fazem plantios aqui em São Paulo e
produzem o próprio daime?
O ritual começou com um grupo de pessoas em pé dentro da
igreja rezando a Ave Maria e o Pai Nosso. Eles rezavam,
rezavam e rezavam estas duas rezas. Perguntei a um rapaz na
entrada da igreja se eles oravam sempre. O rapaz me disse
que sempre se abre o trabalho com aquelas orações. Percebi
que eles não conheciam a diferença marcante entre o que é
uma reza e o que é uma oração, coisa que qualquer pessoa
com um pouco de luz ao menos, conhece! Depois esse rapaz
me mostrou a fotografia do padrinho Sebastião. Olhei de
perto a fotografia, observando atentamente os traços físicos
do padrinho Sebastião. Em estudos da alta magia eu já havia
aprendido a reconhecer a situação real do espírito encarnado,
pelos traços físicos do seu corpo, principalmente os traços
que possui no rosto. É a lei da causa e do efeito, a qual atinge
o ser humano em todos os aspectos. Definitivamente se
tratava de uma pessoa sem luz.
Havia um rapaz no Céu de Maria, cujo nome é Luís. Ele é
magro e tem um filho de nome Acauã. Como gostei deste
moço! Lamentei muito por vê-lo perdido na maconha, nas
drogas. Ele acendia um baseado novo com o final do
anterior. Depois ele me contou que estava desempregado
fazia tempo, a esposa o tinha largado. Contou que vinha aos
feitios para ajudar em qualquer coisa para poder fazer os
trabalhos depois. Contou também que o padrinho Valter Dias
estava abrindo um novo céu do Cefluris em
Pindamonhangaba, próximo aos Hare Krishnas. Eu disse a
ele que conhecia bem a região. Passados uns dez dias, junto
de um outro rapaz, eu resolvi ir lá para ver de perto como
que era o surgimento de uma nova igreja. Cheguei lá e de
cara percebi que as drogas já rolavam soltas o dia todo,
mesmo ainda sendo apenas a construção. Me surpreendi
quando lá vi o Luís do Céu de Maria. Ele tinha um facão na
mão e cortava um caibro, mas na boca mantinha um cigarro
de maconha. Puxa vida, que tristeza me deu, aquele céu seria
mais um ponto de drogas!
Numa outra ocasião, durante um trabalho no Céu de Maria,
um homem desmaiou. Caiu tremendo de cara no chão,
machucando o rosto. Era apenas um ataque de epilepsia,
nada mais. Mas os fiscais ficaram em volta, dizendo para
deixarem ele porque era caso de incorporação. Isto não foi o
cúmulo. Pedi aos fiscais que se afastassem e comecei os
procedimentos de socorro daquele homem. Um rapaz
branquinho do cabelo arrepiado se ressentido por eu não
acatar as orientações dos fiscais, com estupidez disse para eu
parar, porque era uma incorporação problemática e ele ia
chamar lá uma outra pessoa da igreja que lidava com estas
coisas. Respondi com energia, devido à necessidade da
situação: "Moço, já trabalhei como enfermeiro de uma UTI
por muitos anos. Isso aqui é apenas epilepsia". O senhor
moreno alto que estava do lado, nada sutil, disse: "Se não vai
ajudar também não atrapalhe, seu moleque". E ainda mandou
o rapaz procurar sua turma. Graças a Deus aquele senhor
moreno abaixou e começou a ajudar, porque logo em seguida
outras pessoas também ajudaram e levamos o paciente para
fora do salão de trabalho, onde foram realizados os
procedimentos padrões para o caso. Quando tudo passou e o
senhor se encontrava apenas na ressaca epilética, um fiscal
chegou e disse que haviam preparado um colchão com
cobertas num cantinho da igreja. Lá o colocamos e ele ali
permaneceu em paz até de manhã.
Deixo aqui registrado que continuei a freqüentar o Céu
da Lua Cheia do Leo Artese e o Céu de Maria do Glauco
e da Bia, por diversas vezes ainda. E tanto em um como
no outro o uso de drogas era bem intenso, mas no Céu de
Maria a coisa é muito pior.
A APARIÇÃO
Numa outra ocasião, havia um feitio, que é o nome que eles
dão quando produzem o daime. Eu participei junto dos meus
dois filhos, Juninho e Leonardo, Lá conheci muita gente.
Com alguns deles caminhamos juntos até hoje. Durante o
feitio também se serve daime a quem desejar. Fiquei
impressionado com a quantidade de gente que pitava
maconha durante o feitio. Nossa, como se drogavam! Será
que eles não sabiam que aquela energia pesada das drogas
que tanto usavam era absorvida pelo daime e que ela passaria
a quem o ingerisse depois?
Mas estávamos ali para observar e aprender, então apenas
colaboramos com a mão de obra, lavando manivas de
jagube, rachando lenha para a fornalha, lavando panos e
vasilhas, carregando panelas e ajudando na bateção do
jagube. Por vários dias eu participei. Chegava cedinho e ia
embora entre as 22h e 1h da madrugada. De um grupo que
limpava o jagube, quase todos ficavam um pouco e saíam.
Somente eu e um outro homem estávamos firmes ali
trabalhando há mais de oito horas. Então, perguntei o nome
dele para puxar assunto. Ele me disse que seu nome era
Eugênio e que morava em Piedade. Perguntei o que ele
sentiu durante àquelas horas de serviço. Ele disse: "Estou
aqui no mesmo serviço desde de manhã, que foi quando você
chegou. Comunguei o daime e me mantive aqui, como você.
Mas as experiências são diferentes para cada um. Passei por
diversos estágios. Houve momentos em que senti vontade de
parar; vontade de ir embora; vontade de relaxa; vontade de
comer e beber. Mas me mantive na firmeza do daime e agora
eu posso só parar com alegria no coração". Fiquei muito
admirado com as palavras desse moço. Ele me pareceu uma
boa pessoa.
A grande parte das pessoas dali era boa, apenas cometiam o
erro de se refugiar na ilusão das drogas, fugindo das
obrigações e responsabilidades da realidade que todos nós
temos que lidar todos os dias. Durante a noite, o uso das
drogas se intensificava ainda mais. Na bateção noturna eles
passavam de mão em mão a maconha, a qual denominavam
de santa maria. Quando veio para mim eu simplesmente a
passei a quem estava do meu lado. Um rapaz de nome Pedro
que eu já o conhecia do Céu da Lua Cheia do Leo Artese, me
indagou: "Você não faz uso da santa maria?" Respondi que
não. Então ele me disse que ao menos quando eu a pegasse
na mão fizesse o sinal da cruz com ela antes de repassá-la a
quem estava do meu lado. Olhei para ele com firmeza e
também respondi que não. Rapidamente, ele desviou o olhar
e não tocou mais no assunto. Aquele feitio teria sido lindo,
se não fosse pelas drogas que tanto usavam.
Mas num certo domingo, durante a noite desse feitio, senti
algo diferente, A intuição me avisava que era para me afastar
um pouco para ficar a sós. Eu havia conhecido um homem
com quem travei uma grande amizade, seu nome é Rafael
Soriano. É muito esforçado, estava ali desde o início do
feitio e se alojava em uma barraca. Juntos, assumíamos a
bateção do jagube por horas a fio. Dirigi-me a ele dizendo
que iria me afastar um pouco, mas depois voltaria para
continuar o trabalho. Fui para uma parte do Pico do Jaraguá
onde se enxerga a cidade lá embaixo. Eu havia comungado
um pouco de daime umas horas atrás. De repente olhei para
o céu e vi a santa pretinha que sempre me consolava quando
eu era criança. Era linda e estava cercada por um manto de
estrelas. Só que desta vez o contato era muito mais intenso e
me eram passadas mensagens claras. Lembrei dos santos da
igreja católica, coisa que nunca gostei. Neste momento o
Mestre Jesus também apareceu e me disse: "Gideon, é com a
minha autorização".
Então tudo ficou certinho, se era da vontade do meu Mestre
nada podia ter mesmo de errado. Fui tomado por uma
felicidade e um êxtase que não é possível pôr em palavras.
Ali aquela santa pretinha me disse que havia chegado a hora
de eu realizar a obra que vim para fazer. Que agora meus
recursos materiais (que já eram abundantes) seriam
acrescidos inúmeras vezes. Que as terras que haviam sido
prometidas a mim, agora seriam entregues e neste momento,
mirando, vi as terras sagradas. Um sol amarelado veio e as
folhas das árvores ficaram mais verdes, então escutei o canto
de uma araponga. Muito mais coisas me foram ditas, mas
uma foi frisada mais dos que as outras: "Que eu devolvesse o
daime para a seriedade com que Irineu caminha". Depois de
tudo que vi, retornei ao feitio apenas para me despedir do
Rafael Soriano e de alguns outros. Fui para casa.
A COMPRA DAS TERRAS SAGRADAS
No dia seguinte, de manhã cedinho, eu estava com três
enfermeiros amigos meu, pelos quais tenho profundo
carinho: Gomes, Aluísio e Marquinhos. Tempos atrás eu já
havia comentado com eles que minha intuição apontava o
Vale do Ribeira, que acreditava que seria ali onde eu
compraria as terras.
Nesta manhã de segunda-feira, nós quatro conversávamos e
ríamos muito, quando o Marquinhos abriu, do meu lado, um
jornal, bem na página dos classificados... Minha intuição
acusou na hora um ponto pequenininho do jornal, algo não
maior que uma unha. Ali dizia apenas "vende-se fazenda
boa" e dava o número de telefone. Eu disse, feliz, que havia
achado as terras. Os três ficaram surpresos.
O Marquinhos, sempre muito cético e brincalhão disse após
olhar no jornal o que eu havia apontado: "Mas você não
tinha nos dito que sentia que as terras seriam no Vale do
Ribeira? Este telefone é da capital!"
Então, telefonamos. Atendeu um senhor de nome Sebastião.
Perguntei sobre o anúncio e ele ficou surpreso do jornal
ainda tê-lo publicado, porque já tinham publicado no sábado.
Perguntei onde eram as terras. Ele me respondeu "Em
Pariquera-Açu". Neste momento, o Marquinhos bateu a
palma da mão na testa e disse: "É no Vale do Ribeira, eu
nasci lá!" Eu disse ao Sr. Sebastião que queria ver a fazenda.
Na terça de madrugada, viajamos de São Paulo a Pariquera-
Açu, no Vale do Ribeira. Chegamos de manhãzinha. Desci
do carro e pedi ao Sr. Sebastião que ficasse em silêncio por
um instante e assim fiquei a contemplar um pouco a beleza
do lugar. Neste instante um sol amarelo desceu e as folhas
das árvores ficaram mais vívidas, então uma araponga
pousou e cantou forte. Era a mesma visão que a minha Mãe
pretinha tinha me mostrado na miração. Perguntei ao Sr.
Sebastião o preço que ele queria. Fechamos negócio e foi
nesse lugar que começou todo o trabalho abençoado do Céu
Nossa Senhora de Conceição
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APÊNDICE Voltar ao sumário

Algumas matérias veiculadas na mídia que retratam o


lado negro do SANTO DAIME:
REVISTA Veja - DATA: 10/01/1996 EDIÇÃO: 1426
PÂG.: 40-44
A SEITA DO BARATO
Engrossam as acusações de que há algo de podre no reino
do SANTO DAIME e seus cultos embalados a chá
alucinógeno
Okky de Souza, de Boca do Acre
Até poucos meses antes de se matar com um tiro de carabina
na testa, há dois anos, Laudelino Geraldino de Souza
confundia-se com os milhares de trabalhadores rurais que
vivem no município de Boca do Acre, no sul do Amazonas.
Aos 30 anos, casado e com três filhos, ele dizia aos amigos
que era feliz. Tinha um único problema: era epiléptico e de
tempo em tempo sofria ataques. Um dia, Laudelino ouviu
falar que a cura para sua doença, que na verdade é
incurável, poderia estar perto, no município de Pauini, a um
dia e meio de canoa pelo Rio Purus. Lá funciona a
comunidade de Céu do Mapiá, quartel-general da seita do
Santo Daime, aquela em que os adeptos tomam um chá
alucinógeno em seus cultos religiosos e também nas sessões
de cura que promovem com doentes. Laudelino partiu para
lá sem demora.O Santo Daime, que surgiu nos anos 20 no
interior do Acre, ficou conhecido no final da década de 80
por atrair artistas conhecidos para suas fileiras. Lucélia
Santos, Ney Matogrosso, Maitê Proença, Eduardo Dusek,
Raul Gazolla todos eles participaram de rituais num dos
trinta centros que a seita mantém no país e que hoje se
multiplicam em ritmo equivalente ao da Igreja Universal de
Edir Macedo. O agricultor Laudelino não conhecia esse
lado glamouroso do Santo Daime.
Queria apenas se curar e passou dois períodos seguidos no
Céu do Mapiá. Quando voltou para casa pela segunda vez,
sua saúde e sua personalidade haviam mudado - para pior.
Os ataques epilépticos tornaram-se mais freqüentes. Ele
ficou violento, a ponto de a mulher e os filhos abandoná-lo.
Foi ao Daime pela terceira vez, voltou para casa
carregando uma garrafa do chá alucinógeno, consumiu-a e,
terminada a última gota, suicidou-se. "A cada vez que ia
para o Daime ele ficava mais perturbado", chora a mãe do
agricultor, Lindalva de Souza. O suicídio de Laudelino é um
dos muitos episódios que, nos últimos tempos, vêm
levantando suspeitas acerca das atividades do Santo Daime.
Para os fiéis, que hoje somam cerca de 5.000 em todo o
país, a seita representa uma forma de ajuda através da
espiritualidade. O chá, conhecido como ayauhasca, obtido
pelo cozimento de um cipó e uma planta, ambos nativos da
Amazônia, teria poderes de desvendarem novos mundos a
seus consumidores. Ele os faria mergulhar na consciência,
levando a uma reavaliação da própria vida e a uma
aproximação com Deus. Os daimistas acreditam tanto nos
poderes da beberagem que, nas cerimônias, administram-na
até em crianças pequenas. Chegam a misturá-la às
mamadeiras dos bebês. Ao mesmo tempo em que a seita
floresce, engordam as denúncias de que seus rituais podem
levar à loucura e à morte, de que seus adeptos são
submetidos a lavagens cerebrais e de que drogas como a
maconha e a cocaína são moeda corrente nas cerimônias.

MORTE NA FOGUEIRA
Dois livros lançados nas últimas semanas reúnem o mais
grave pacote de acusações até hoje levantado contra os
daimistas. No primeiro deles, Santo Daime - Fanatismo e
lavagem Cerebral, a terapeuta Alicia Castilla relata o
penoso caminho que tem percorrido para recuperar sua
filha, Verônica. Em 1990, então com 13 anos, Verônica
começou a freqüentar o Daime no templo que a seita
mantém em Visconde de Mauá, uma cidade turística na
Serra da Mantiqueira, no Estado do Rio de Janeiro. Mudou-
se para lá, nunca mais voltou para casa e hoje mora na
Colônia 5000, núcleo da seita em Rio Branco, no Acre.
Alicia arrola uma série de argumentos para provar que
Verônica foi vítima de uma manobra do Daime para
seqüestrá-la e aliciá-la. No segundo livro, Tragédia na Seita
do Daime, o jornalista Jorge Mourão relata o suicídio de
seu filho adotivo, Jambo, ocorrido há três anos na colônia
do Céu do Mapiá. Num acesso de loucura, Jambo, na época
com 20anos, armou uma fogueira, acendeu-a e atirou-se
sobre ela. Mourão está processando a seita. Em torno do
relato desses dois dramas familiares, tanto Alicia quanto
Mourão costuram um rosário de denúncias contra o Centro
Eclético da Fluente Luz Universal Raimundo Irineu Serra,
conhecido pela sigla Cefluris, a maior entre as várias
correntes do Santo Daime. O integrante mais conhecido do
Cefluris, que ocupa o cargo de secretário-geral e principal
administrador, é Alex Polari, ex-terrorista que na década de
70 militava nas organizações clandestinas de esquerda e por
isso passou vários anos na cadeia. [Polari ganhou certa
notoriedade por ter sido a última pessoa a ver vivo o colega
de luta armada Stuart Angel Jones, filho da estilista Zuzu
Angel, morto nos porões do DOI-Codi. Há 14 anos,
abandonando o ateísmo marxista, Polari ingressou no Santo
Daime, transformando-se em sua principal autoridade e
porta-voz. Hoje, usa até a longa barba branca de Matusalém
que caracteriza os "padrinhos" - líderes religiosos da seita -
e tem dois livros publicados sobre o Daime. Para Alicia
Castilla e Jorge Mourão, Polari é uma espécie de Jim Jones
amazônico que comanda uma organização inescrupulosa.
Em seu livro, Alicia conta as diversas etapas de sua luta
para recuperar a filha junto aos membros do Cefluris e à
Justiça. Em junho de 1990, os daimistas conseguiram a
guarda de Verônica junto a um juiz de Resende, no Estado
do Rio de Janeiro, alegando que em casa ela era maltratada
pela mãe. Alicia recorreu à promotoria e, em outubro, um
outro juiz determinou que Verônica voltasse para casa.
Como ela relutasse em acatar a decisão, a promotora deu-
lhe uma alternativa: "A única chance, não sendo a casa da
tua mãe, é a casa do menor de rua". Verônica preferiu a
segunda opção. Depois de dividir o mesmo teto com
menores delinqüentes, nos dois anos seguintes ela foi
acolhida por diversas famílias de Resende e morou um
tempo na casa do ator Carlos Augusto Strazzer, também
adepto do Daime e morto pela Aids em 1993. Foi para São
Paulo e se abrigou com o cartunista Glauco, autor das tiras
do Geraldão, também daimista. Finalmente, tomou dinheiro
emprestado de Glauco e comprou uma passagem de ônibus
para Rio Branco, onde se instalou na comunidade da
Colônia 5000. Alicia nega que maltratasse a filha. Verônica
diz apenas que "sofreu muito" com as brigas na Justiça e
com a constante troca de lares.

ARTISTAS
Jorge Mourão, em seu livro, acusa o Cefluris de ter
submetido Jambo a torturas psicológicas que o teriam
levado ao suicídio. Em 1991, Jambo deixou Porto Seguro,
na Bahia, onde morava com a família, e mudou-se para
Visconde de Mauá, passando a freqüentar o centro daimista
local. Lá trabalhava como aprendiz de marceneiro. Segundo
o relato de Mourão, um ano depois ligou para a família,
aflito. Considerava o trabalho insalubre por ter de respirar
pó de serragem e agüentar o barulho da motosserra horas
seguidas. Fez as malas e tentou deixar a comunidade, mas
foi impedido. Teriam dito que ele estava desequilibrado
mentalmente e que poderia até ser amarrado se tentasse
deixar o local. Jambo fugiu, abrigando-se na casa de
parentes no Rio, e pouca semana depois seguiu para o Acre,
certo de que no Céu do Mapiá encontraria melhores
condições de vida dentro da comunidade daimista. Acabou
se matando.O Cefluris procura minimizar os casos de
Verônica e de Jambo. Para Alex Polari, Verônica optou, por
conta própria, viver na Colônia 5.000, e o livro de sua mãe é
"fruto de uma mente transtornada, danificada" Quanto a
Jambo, Polari afirma que ele foi para o Céu do Mapiá
contrariando a própria orientação da comunidade, e que ele
era viciado em cocaína. "Casos como o de Verônica e de
Jambo, de jovens que abandonam a família ou se suicidam,
acontecem entre gente de qualquer credo, católicos,
protestantes ou umbandistas, mas ninguém culpa essas
religiões pelas fatalidades", pondera Alex Polari. "Por que
então responsabilizar o Daime nesses dois episódios?", ele
pergunta. Polaris tem razão. É impossível avaliar até que
ponto a convivência com os daimistas teria influenciado a
fuga de Verônica ou o suicídio de Jambo. Mas não há como
negar que o Santo Daime é uma seita com características
muito peculiares. Sua maior concentração de fiéis vive num
local da selva amazônica acessível apenas a barcos
pequenos. Embora vivam quase como índios muitos deles
são egressos da classe média das grandes capitais
brasileiras. Há também filhos de famílias ricas. Embalam
sua fé com uma droga alucinógena, consumida fartamente
até pelas crianças, Atraem artistas de sucesso e turistas
estrangeiros. São comandados por um ex-terrorista
transformado em líder espiritual. Finalmente, concorre para
a estranheza da seita o fato de que muitos de seus adeptos a
abandonam com denúncias sobre o que acontece no dia-a-
dia do Céu do Mapiá.Tanto as acusações de Alicia quanto
às de Mourão devem ser encaradas com certa reserva -
ambos têm sua parcela de responsabilidade pelo que
aconteceu a seus filhos. Alicia foi adepta do Santo Daime
durante vários anos - ela mesma levou Verônica à seita, em
Mauá, pela primeira vez, permitindo que consumisse a
ayauhasca. Jambo foi parar no Céu do Mapiá com a
anuência de Mourão, que chegou a ajudá-lo na viagem. Se a
experiência do garoto em Mauá fora tão assustadora, é
estranho que ele logo a seguir se tenha mudado para o QG
dos daimistas, e mais estranho ainda que seu pai adotivo o
tenha ajudado na mudança. Mourão, que no prefácio do
livro se orgulha de ter vivido uma juventude aventureira,
com longas peregrinações pelo mundo e mergulhos fundos
em todas as drogas, alega que Jambo apenas seguiu o
caminho que escolheu.
SOTAOUE CABOCLO
Por trás dos casos de Verônica e de Jambo, o que existe é o
comportamento típico dos fanáticos religiosos, dos adeptos
de seitas exóticas que prometem mundos ilusórios a seus
fiéis. Muitos deles se dão por satisfeitos e seguem em frente
sem transtornos aparentes. Alguns, mais suscetíveis a danos
mentais nessas experiências, acabam como vítimas.
Verônica, que teve uma infância confortável, hoje mora de
favor no casebre de uma colega de seita da Colônia 5.000.
Passa o tempo fazendo serviços domésticos nas casas das
catorze famílias que compõem a comunidade. Tem o olhar
perdido de quem vive em outra dimensão. Fala pouco, em
português errado, e sempre num carregado sotaque caboclo
- o sotaque urbano e o português polido não são bem-vistos
pelos daimistas. Verônica diz que não volta para casa de
jeito nenhum e que sua vida, agora, "é só o Daime". Basta
assistir a uma cerimônia do Santo Daime para verificar
como seus rituais podem facilmente induzir ao fanatismo.
Portando as obrigatórias roupas cerimoniais, chamadas de
"fardas", eles se reúnem no templo e chegam a passar doze
horas seguidas dançando e cantando hinos religiosos. O
ritmo da cerimônia é frenético, obsessivo. O combustível,
tanto para empreender o mergulho espiritual quanto para
suportar a maratona física, é a ayauhasca, o chá
alucinógeno, consumido repetidamente durante o culto. Em
pouco tempo estão tomados pelo que chamam de "mirações"
- algo parecido com as "sacações" dos hippies que tomavam
LSD. A ayauhasca é usada tradicionalmente por vários
grupos indígenas da Amazônia. Ela entrou no Santo Daime
através do criador da seita, o agricultor Irineu Serra, morto
em 1971 aos 79 anos. Ele próprio escreveu as centenas de
hinos entoados nos cultos. Os hinos, que misturam o
cristianismo e o espiritismo, falam de Deus e do amor, das
virtudes do trabalho e da justiça. Juntos, formam um livro
de mais de 300 páginas, cujos exemplares hoje costumam
ser impressos na gráfica do Senado Federal como uma
homenagem dos políticos do Acre aos eleitores daimistas.

ENZIMA
A ayauhasca é uma dessas criações espantosas da medicina
indígena, uma combinação química feita intuitivamente
pelos nativos a partir de dois vegetais que nem sequer
crescem um perto do outro. O psicobiologista Elisaldo
Carlini, da Escola Paulista de Medicina e atual secretário
de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, explica que
o cipó, conhecido como jagupe, contém dimetiltriptamina,
ou DMT, uma substância que, quando ingerida, produz
fortes alterações mentais. Ocorre que uma das enzimas
presentes no intestino humano impede a absorção do DMT.
A função do segundo ingrediente da ayauhasca, a planta
conhecida como rainha, é neutralizar essa enzima."O DMT
pode levar a vários estados de alteração mental", explica o
médico Carlini. "A pessoa pode entrar em delírio, ter
alucinações ou apenas ilusões visuais." Desde 1961, o DMT,
em sua forma sintética, é proscrito para uso humano pelo
International Narcotics Control Board, órgão da ONU que
estuda as substâncias químicas e aconselha os países
membros da entidade quanto à sua regulamentação. A ONU,
porém, nunca se manifestou sobre a ayauhasca. No Brasil, o
Conselho Federal de Entorpecentes, Confen, encomendou
estudos sobre a ayauhasca em 1992 e entendeu que não
deveria proibi-la. "Na época, constatou-se que sua
utilização era ritualística e que não havia motivos para o
Estado intervir no assunto, mas é possível que essa posição
mude no futuro", diz Luiz Matias Flach, presidente do
Confen. "A ayauhasca sem dúvida tem propriedades
alucinógenas", ele completa. No início do ano passado, o
Confen determinou que o chá não seja ministrado a menores
de idade nem a portadores de qualquer forma de distúrbio
mental. A primeira determinação é solenemente ignorada
pelos daimistas. Quanto à segunda, não há nenhum controle
a respeito da saúde mental dos que consomem o chá.

MERCADO NEGRO
Os médicos concordam que a ayauhasca, quando tomada
apenas durante a cerimônia, para atingir o transe espiritual,
é inofensiva. Acontece que cada vez mais ela vem sendo
usada indiscriminadamente. Os grandes centros daimistas
fabricam cerca de 8 000 litros de chá por ano. É impossível
exercer um controle rígido sobre a utilização do produto.
Nos últimos tempos, até em centros de candomblé de Rio
Branco pode-se ver gente consumindo ayauhasca. "Muitas
pessoas estão pirando com o daime, largando a família, o
trabalho, porque tomam a bebida sem acompanhamento
espiritual", diz um veterano daimista de Rio Branco. Parte
do chá produzido no país é exportada para os dez centros
daimistas que hoje funcionam no exterior, na França,
Espanha, Holanda e Finlândia. Teoricamente, ele deveria
chegar a esses países de graça, ou em troca das pequenas
doações mensais de 5 ou 10 reais que os adeptos do daime
costumam destinar aos centros para cobrir os custos de
produção. Sabe-se, no entanto, que a ayauhasca no exterior
já é comercializada no mercado negro, a 30 dólares o litro,
suficiente para meia dúzia de doses. Por coincidência ou
não, as pessoas que acabam se indispondo com a seita
depois de freqüentá-la são egressas na maioria dos casos
justamente do Céu do Mapiá, o principal centro do Cefluris.
A aldeia do Céu do Mapiá reúne hoje cerca de 800 pessoas
que vivem em regime comunitário. Está instalada dentro da
Floresta Nacional Mapiá-Inauini, criada pelo governo
Sarney em 1989 numa área de 311.000 hectares no sul do
Amazonas. Nessa área, o Ibama delimitou oito territórios
para o desenvolvimento de projetos-modelo de ocupação e
manejo sustentado da floresta. Um deles foi entregue ao
Cefluris. Nele, os daimistas dedicam-se a atividades
extrativistas, beneficiam frutas e castanhas, realizam seus
cultos e, no dia-a-dia da comunidade, praticam o escambo
com alimentos e serviços.

"MESSIANISMO"
Não faltam testemunhos, porém, de que o Céu do Mapiá está
longe de ser um paraíso. Um publicitário paulista que
passou três anos no local diz que o espírito comunitário do
Cefluris vale apenas para os habitantes mais humildes. "Os
mais esclarecidos formam uma classe dominante, que come
melhor e tem acomodações mais confortáveis" , afirma ele.
"O Mapiá tem também um ditador, o Polari, que se perdeu
no messianismo e no despotismo", diz o publicitário, que
prefere ficar no anonimato. Um estudante gaúcho que há
pouco tempo passou um período no Mapiá também voltou
com má impressão. "Há muita gente que está lá apenas para
ficar doidona, e quem tem dinheiro vive muito melhor", ele
diz. O carioca Carlos Alberto Macedo, sócio de uma firma
de produção de vídeos, passou três anos entre os daimistas
do Cefluris, no Rio e no Mapiá, e não gosta de lembrar o
que passou. "Quando se começa a freqüentar o Santo
Daime, entra-se numa microssociedade que tem todos os
defeitos das sociedades grandes: corrupção, privilégios etc".
E é muito difícil sair dela, pela própria pressão dos fiéis.
Tem muito mais gente pirando lá dentro do que se noticia.
Quando alguém não agüenta a barra, começa a ouvir que
não está agüentando 'a luz', e que isso é muito grave. As
pessoas acabam desvitalizadas, amorfas."

CRIME PASSIONAL
O pai de Carlos Alberto, Luiz Macedo, publicitário e vice-
presidente do Jockey Club do Rio de Janeiro, conta que
passou por um sufoco para tentar tirar o filho do Santo
Daime. "Ele estava à beira do fanatismo, sofreu uma
lavagem cerebral, foi explorado. Quando vi a situação,
resolvi resgatá-lo. Fui falar com o padrinho Sebastião Mota,
um pobre caboclo que se achava enviado de Deus. Não
adiantou - havia um cerco em volta do meu filho. Duvido
que algum pai cujo filho tenha freqüentado o Santo Daime
tenha alguma palavra de simpatia pela seita."O padrinho
Sebastião Mota a que Macedo se refere, morto há cinco
anos, era o principal discípulo de Irineu Serra, o fundador
do Santo Daime. Mota criou o Cefluris e
foi também o responsável pela introdução na seita do
hábito, hoje teoricamente abandonado, de acompanhar a
beberagem da ayauhasca com cigarros de maconha.
Batizada de "santa maria" pelos daimistas, a maconha fazia
parte dos rituais do Cefluris até 1992, quando a Polícia
Federal resolveu acabar com a festa. Numa visita à Colônia
5000, os policiais queimaram uma enorme plantação de
maconha e receberam a promessa do padrinho Raimundo
Nonato, neto de Mota, de que a
partir daquele momento a erva estaria fora dos cultos.
Nonato já recebera outras visitas da polícia. Pouco antes do
episódio da maconha, seu ex-sócio no comércio de secos e
molhados foi preso por tráfico de cocaína. E há vinte anos
ele foi indiciado num processo de crime passional por ter
matado e cortado os órgãos sexuais de um desafeto que
andava tentando seduzir as mulheres da colônia. No
julgamento, foi absolvido sob a tese de legítima defesa da
honra. O Céu do Mapiá é hoje freqüentado por turistas
brasileiros e estrangeiros que buscam conforto espiritual ou
apenas uma aventura exótica. Quem não tem dado as caras
pm lá são os artistas, que transformaram o Santo Daime na
seita da moda nos anos 80. Muitos deles são reticentes ao
falar sobre o assunto, o que indica que suas experiências
não teriam sido tão positivas quanto eles alardeavam na
época. O cantor Eduardo Dusek guarda boas lembranças:
"O Daime é uma terapia natural, se parece com as viagens
de regressão conduzidas pelos psiquiatras" , diz. Ney
Matogrosso acha que o Daime "proporciona uma
experiência diferente para cada pessoa". Já a atriz Maitê
Proença, que tomou ayauhasca até o sexto mês de gravidez
de sua filha Maria, simplesmente se recusa a falar no
assunto. Sua colega Lucélia Santos, que chegou a ser a
garota-propaganda do Santo Daime, também não abre a
boca pé\ra avaliar sua passagem pela seita. O ator Raul
Gazolla, porém, que na época era casado com Lucélia, tem
reclamações a fazer. "Eles passaram a perna na Lucélia,
que arrecadou 30.000 dólares para a seita e, quando foi ver,
o dinheiro havia sumido", acusa Gazolla. "O Santo Daime
tem muita gente com fé, mas os que administram a seita só
têm má-fé. Onde já se viu gente criada na Zona Sul do Rio
falar com sotaque caboclo de uma hora para outra?",
questiona Gazolla. Funciona em Rio Branco, meia dúzia de
outras correntes daimistas, como o Barquinho e o Alto
Santo, freqüentadas e administradas por gente simples e
humilde, que busca preservar as tradições primitivas da
seita. Nesses centros não há turistas, projetos comunitários
ou líderes messiânicos. Mas é outra a situação do grupo
instalado no Céu do Mapiá. Tanto em Rio Branco quanto em
Boca do Acre - cidadezinha que funciona como base para
tomar as embarcações até o Mapiá - todos parece ter uma
história para contar de um parente ou amigo que teve uma
experiência ruim com o Santo Daime. Histórias assim já
fazem parte do folclore das duas cidades. Invariavelmente, o
personagem em questão freqüentava algum dos centros
ligados ao Cefluris. Agora, com as denúncias de Alicia
Castilla e Jorge Mourão transformadas em livros, o coro de
ataques a essa corrente da seita torna-se ainda mais
carregado.
TRAGÉDIA POR MEMBRO DA SEITA
"SANTO DAIME"
Data: 07 de Janeiro de 2004 às 16:47:31
Tópico: Notícias
Braçal que matou amigo é levado à Penal
A Polícia Civil já concluiu o inquérito que apura a morte do
trabalhador Arnoldo da Silva Franquino, ocorrido dia 20 de
novembro deste ano. Na manhã de ontem, o juiz da Vara do
Tribunal do Júri determinou a prisão preventiva do
trabalhador braçal Alessandro Arruda dos Santos.
De acordo com o inquérito policial presidido pelo diretor da
polícia Civil, Walter Prado, Alessandro é acusado de crime
de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, com
agravante do crime haver sido cometido com requinte de
extrema crueldade.
Após matar o colega, Alessandro usou um machado para
esquartejar o corpo dividindo em várias partes. Em seguida
ateou fogo nos restos mortais e enterrou em uma cova rasa
nas proximidades do acampamento onde trabalhavam.
Alessandro, que confessou o crime, relatou que estavam num
casebre na fazenda do senhor Hermítlio, localizada em
território boliviano, onde ingeriam daime."O santo daime".
Ele conta que Amoldo teria incorporado um espírito
maligno e tentado lhe matar, depois de misturar o chá com
bebida alcoólica. Após luta corporal, Alessandro matou
Arnoldo e temendo que o espírito o ressuscitasse,
esquartejou a vítima a golpes de machado e facão.
O crime só foi descoberto porque o próprio criminoso, após
consultar seu o patrão e guia espiritual, Hermínio Feitosa
do Nascimento, procurou a polícia para se entregar e contar
sua versão sobre o crime. Conforme resultado do exame
produzido pelo Instituto de Criminalística, no local não
houve luta e conclui que a vítima foi atacada de surpresa
quando dormia.
O inquérito será entregue a Justiça dentro do prazo legal. O
preso já cumpre prisão preventiva e vai aguardar decisão da
Justiça no complexo penitenciário Dr. Francisco D' Oliveira
Conde.
(Fonte: Jornal A Gazeta, em 12.12.2003.)

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