Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Antropologia do Poder
Prof Ana Paula Miranda
Letcia Marques Camargo
significa que nessa sociedade de vigilncia, nossa identidade definida apenas por
fatores externos. Como essas identificaes se do a partir de informaes de cunho
biolgico armazenadas em bancos de dados, necessrio que analise essa nova
antropologia afim de que seja discutido quais consequncias essa realidade pode
acarretar.
Na outra parte do texto a autora aborda suas apreenses em seu trabalho de
campo entre os operadores do sistema de CCTV em Milo. Ela identificou uma
tendncia de associar o risco s minorias como africanos e cidados do Leste Europeu.
A partir disso se concluiu que etnia e gnero eram os critrios bsicos para se definir os
alvos de vigilncia.
Outra apreenso importante da autora o fato da distncia entre os operadores e
os alvos servir como um fator psicolgico que garantir o baixo grau de envolvimento
emocional entre os mesmos. Isso faz com que os operadores no hesitem em invadir a
privacidade das pessoas. Nesse contexto a autora descobriu que na verdade no existia
nenhuma metodologia acerca da forma de como as cmeras eram operadas, no havia
informao de que locais eram monitorados e no existia nenhuma evidncia de que a
eficcia do sistema era comprovada.
Para concluir seu trabalho a autora postulou acerca dos impactos causados por
esse processo. Em primeiro lugar confiana demais em tecnologia leva a um
empobrecimento da noo de identidade a partir da construo de tipos a serem vigiados
que ignoram completamente as dimenses sociais. Em segundo lugar, as caractersticas
fsicas se tornam preponderantes sobre as caractersticas sociais, o que pode levar a um
fim da antropologia baseada na biografia. Isso porque isso facilitar uma rotulagem que
permitir uma diviso da sociedade em padres pr-definidos. Seremos pessoas com
vrias partes do corpo espalhadas em bases de dados, estabelecendo o fim da noo do
self.