Descomplicando A Lei 8.112 De 1990 De A A Z
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Descomplicando A Lei 8.112 De 1990 De A A Z - Roosevelt Ferraz
Descomplicando a Lei 8.112/90 de A a Z
Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais
-Legislação Comentada
-Exercícios Exemplos
-Resumos
-Tabelas
-Dicas
-Exercícios (Gabarito Indicação legislação)
Vídeo Aulas no Youtube (Professor Roosevelt Ferraz)
Capa: Rose Ferraz
Organização: Rose Ferraz
Índices para catálogo sistemático:
1. Brasil : Leis comentadas : Servidores públicos :
Direito administrativo 35.08(81)(094.56)
Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho não tem a pretensão de esgotar o tema, mas sim de
trazer de maneira completa a lei 8.112/90 para aqueles que em sua trajetória de vida resolvem encarar o tão disputado mundo dos concursos públicos, principalmente em âmbito federal.
Sabido esta que muitas questões são meramente a decoreba dos artigos
secos da lei, contudo cada vez mais exige-se do candidato algo mais aprofundado em relação, aquilo que chamo de questões seletivas, onde a decoreba não se apresenta e sim o conhecimento, o estudo da lei.
Tal trabalho procurou trazer os comentários de forma objetiva,
apresentando exemplos de questões já cobradas, com resumos e dicas que serão extremamente úteis, como revisão dos pontos estudados para solidificar esses conhecimentos, por final, os gabaritos comentados com as devidas indicações da lei. Ainda como apoio aos alunos, encontra-se na plataforma YouTube, vídeos aulas de todos os artigos comentados (Canal Professor Roosevelt Ferraz).
Espero que além das críticas que sempre serão bem vindas para cada vez
mais melhorar o presente trabalho, venha anexo as informações referentes a sua posse, pois é por ela e pelo seu sucesso que estou torcendo e na certeza dos objetivos realizados.
Roosevelt Ferraz
AGRADECIMENTOS
Antes de tudo a DEUS pela minha vida sempre maravilhosa, a minha família que em todos os momentos se fez presente e a minha segunda família pertencente a minha esposa amada Elaine pelo sempre e pronto apoio. Ao meu neto Rafael referência na continuidade de nossa simples existência.
Não poderia deixar de fora o agradecimento aos meus inúmeros alunos,
pois através deles o conhecimento e aprendizado só aumenta.
Obrigado.
Prefácio
A busca por uma prática pedagógica que atenda às novas exigências educacionais do século XXI e dos novos cidadãos da era da produção do conhecimento, em contraponto à era da reprodução, vem orientando os trabalhos dialógicos e de investigação por parte dos educadores.
Esta busca, entretanto, leva necessariamente à investigação de seus pilares, adequados e suficientes à nova realidade social, encontrando modelos na prática do ensino que ajustem o processo e o tornem suficientemente competente para atender às novas exigências e necessidades do aluno-cidadão, construtor do seu conhecimento.
Nesse mesmo diapasão, o mundo do trabalho sofreu grandes transformações, premido pelo avanço tecnológico – nunca antes experimentado nessa velocidade –, pela globalização e pela mundialização do capital, exigindo que seus atores busquem um protagonismo no processo de prospecção de seu futuro profissional, aliado a um necessário e permanente estudo e atualização.
Não à toa, a utilização da tecnologia desempenha papel fundamental na disseminação do conhecimento, de forma a abranger o maior número possível de alunos, formando uma rede poderosa no processo de ensino e aprendizagem.
José Roosevelt Gomes Peppe (ou Professor Roosevelt Ferraz, como o conhecem) está atento a todas essas transformações.
Conheci-o na Faculdade de Direito de Curitiba, onde Roosevelt Peppe (como eu o chamo) sempre demonstrou dedicação ímpar, comprometi- mento e elevado gosto pelos estudos, mesmo quando precisou enfrentar um drama pessoal que, para muitos, teria sido motivo de desistência. Não para Roosevelt Peppe.
A opção dele pela docência também me pareceu natural. Desde acadêmico, preocupou-se em compreender, em apreender mais do que aprender, em encontrar método de estudo eficiente e eficaz para si e para muitos dos seus colegas.
Suas aulas transformadas em vídeos em canais do Youtube prendem a atenção do espectador, pois ele constrói um papel de amigo, parceiro e colaborador. Sua comunicação se torna interativa entre o mundo do trabalho e a do- ciência, a aplicação e a hermenêutica do direito, num resultado positivo de ensino e aprendizagem.
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O exercício da docência, antes considerado catalisador do conhecimento, não pode se furtar a acompanhar a evolução social que premia a cooperação e a construção conjunta do saber, sob pena de tornar-se inadequado às novas realidades.
Agora, para atender também as necessidades daqueles que, como eu –
a despeito de nos utilizarmos da high tech ainda preferem o sistema antigo de estudar
– Roosevelt Ferraz nos presenteia com este livro, que desbrava o Estatuto do Servidor Público Federal em toda a sua inteireza, recheando os comentários com exemplos de questões e macetes.
É uma preocupação própria de quem entende sua missão e as
necessidades de seus espectadores. A preocupação de um vocacionado, de um exemplar Mestre.
Roosevelt Ferraz representa a personificação da lição de Freire (1996):
Há uma relação entre a alegria necessária à atividade educativa e a esperança.
A esperança de que professor e aluno juntos podemos aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos igualmente resistir aos obstáculos a nossa alegria.
Honrada com o convite para prefaciar esta obra, homenagem
imerecida que atribuo ao coração nobre do Roosevelt Ferraz, espero que os seus alunos e leitores sintam a alegria do compartilhamento e encontrem a força necessária para superação dos obstáculos.
Nadia Regina de Carvalho Mikos
Doutora em Direito. Advogada. Professora.
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Sumário
TÍTULO I ............................................................................. 13
INTRODUÇÃO ................................................................... 13
CAPÍTULO ÚNICO ................................................................13
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ....................................13
TÍTULO II ........................................................................... 27
DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO,
REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO .......................... 27
CAPÍTULO I ..........................................................................27
DO PROVIMENTO ................................................................27
SEÇÃO I .........................................................................27
DISPOSIÇÕES GERAIS .................................................27
SEÇÃO II ........................................................................40
DA NOMEAÇÃO .............................................................40
SEÇÃO III .......................................................................45
DO CONCURSO PÚBLICO ............................................45
SEÇÃO IV ......................................................................50
DA POSSE E DO EXERCÍCIO ........................................50
13- (FCC/TRT-2ª/Técnico Judiciário – Segurança) Em
conformidade com a Lei n° 8.112/90, sobre a posse em cargo
público é correto afirmar: ................................................53
SEÇÃO V .......................................................................72
DA ESTABILIDADE ........................................................72
SEÇÃO VII .....................................................................79
DA READAPTAÇÃO .......................................................79
SEÇÃO VIII.....................................................................81
DA REVERSÃO ..............................................................81
SEÇÃO IX ......................................................................85
DA REINTEGRAÇÃO .....................................................85
SEÇÃO X .......................................................................89
DA RECONDUÇÃO ........................................................89
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SEÇÃO XI ......................................................................91
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO ........91
CAPÍTULO II .........................................................................93
DA VACÂNCIA ......................................................................93
CAPÍTULO III .....................................................................100
DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO ............................100
SEÇÃO I .......................................................................100
DA REMOÇÃO .............................................................100
SEÇÃO II ......................................................................103
DA REDISTRIBUIÇÃO..................................................103
CAPÍTULO IV ......................................................................108
DA SUBSTITUIÇÃO .............................................................108
TÍTULO III ........................................................................ 111
DOS DIREITOS E VANTAGENS .................................... 111
CAPÍTULO I ........................................................................111
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO ........................111
CAPÍTULO II .......................................................................128
DAS VANTAGENS ...............................................................128
SEÇÃO I .......................................................................131
DAS INDENIZAÇÕES ...................................................131
SEÇÃO II ......................................................................151
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS ........................151
CAPÍTULO III .....................................................................171
DAS FÉRIAS ........................................................................171
CAPÍTULO IV ......................................................................180
DAS LICENÇAS ...................................................................180
SEÇÃO I .......................................................................180
DISPOSIÇÕES GERAIS ...............................................180
SEÇÃO II ......................................................................183
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA
DA FAMÍLIA..................................................................183
SEÇÃO III .....................................................................186
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DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO
CÔNJUGE ....................................................................186
SEÇÃO IV ....................................................................189
DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR ...................189
SEÇÃO V .....................................................................191
DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA ..................191
SEÇÃO VI ....................................................................194
DA LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO ............................194
SEÇÃO VII ...................................................................198
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES
PARTICULARES ..........................................................198
SEÇÃO VIII...................................................................200
DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO
CLASSISTA ..................................................................200
CAPÍTULO V .......................................................................202
DOS AFASTAMENTOS ........................................................202
SEÇÃO I .......................................................................202
DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO
OU ENTIDADE .............................................................202
SEÇÃO II ......................................................................206
DO AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE MANDATO
ELETIVO ......................................................................206
SEÇÃO III .....................................................................208
DO AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO
EXTERIOR ...................................................................208
SEÇÃO IV ....................................................................211
DO AFASTAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
NO PAÍS .......................................................................211
CAPÍTULO VI ......................................................................222
DAS CONCESSÕES..............................................................222
CAPÍTULO VII ....................................................................227
DO TEMPO DE SERVIÇO....................................................227
CAPÍTULO VIII ...................................................................231
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DO DIREITO DE PETIÇÃO .................................................231
TÍTULO IV ........................................................................ 244
DO REGIME DISCIPLINAR ........................................... 244
CAPÍTULO I ........................................................................244
DOS DEVERES ....................................................................244
CAPÍTULO II .......................................................................247
DAS PROIBIÇÕES ...............................................................247
CAPÍTULO III .....................................................................251
DA ACUMULAÇÃO .............................................................251
CAPÍTULO IV ......................................................................257
DAS RESPONSABILIDADES ...............................................257
CAPÍTULO V .......................................................................267
DAS PENALIDADES ............................................................267
TÍTULO V ......................................................................... 300
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR .. 300
CAPÍTULO I ........................................................................300
DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................300
CAPÍTULO II .......................................................................307
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO ....................................307
CAPÍTULO III .....................................................................309
DO PROCESSO DISCIPLINAR ............................................309
SEÇÃO I .......................................................................317
DO INQUÉRITO ...........................................................317
SEÇÃO II ......................................................................325
DO JULGAMENTO .......................................................325
SEÇÃO III .....................................................................330
DA REVISÃO DO PROCESSO .....................................330
TÍTULO VI ........................................................................ 335
DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR ................ 335
CAPÍTULO I ........................................................................335
DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................335
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CAPÍTULO II .......................................................................341
DOS BENEFÍCIOS ...............................................................341
SEÇÃO I .......................................................................341
DA APOSENTADORIA .................................................341
SEÇÃO II ......................................................................358
DO AUXÍLIO-NATALIDADE ..........................................358
SEÇÃO III .....................................................................359
DO SALÁRIO-FAMÍLIA .................................................359
SEÇÃO IV ....................................................................361
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE ..........361
SEÇÃO V .....................................................................366
DA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E DA
LICENÇA-PATERNIDADE ............................................366
SEÇÃO VI ....................................................................373
DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO ..............373
SEÇÃO VII ...................................................................375
DA PENSÃO.................................................................375
SEÇÃO VIII...................................................................390
DO AUXÍLIO-FUNERAL ................................................390
SEÇÃO IX ....................................................................391
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO .............................................391
CAPÍTULO III .....................................................................392
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE ................................................392
TÍTULO VIII ..................................................................... 395
CAPÍTULO ÚNICO ..............................................................395
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ...............................................395
TÍTULO IX ........................................................................ 399
CAPÍTULO ÚNICO ..............................................................399
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS ..................399
GABARITO DOS EXERCÍCIOS EXEMPLOS .............. 404
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13
LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
DISPÕE SOBRE O REGIME JURÍDICO DOS
SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO, DAS
AUTARQUIAS E DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS
FEDERAIS
TÍTULO I
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em
regime especial, e das fundações públicas federais.
Vale destacar que o texto constitucional, tirando os atos
dispositivos constitucionais transitórios em nenhum momento
traz a palavra funcionário público e sim servidor público.
Para tanto a partir desse nosso estudo podemos aqui
entender que agente público será tratado como gênero. Servidor
público é uma espécie de agente público e deixaremos para o
direito penal em seu artigo 327 do código penal o tratamento para
funcionário público. Em todo nosso estudo da lei 8.112/90 não
poderemos em nenhum momento tratar a palavra funcionário
público.
Alguns autores para na situação de tratar ou não a lei
8.112/90 como estatuto do servidor público, parece uma questão
um pouco fora de propósito para os concursos públicos de maneira
geral, ou seja, não há necessidade de querer complicar os estudos.
14
A lei 8.112/90 é uma lei. É um conjunto de normas
jurídicas que regula a relação do agente público, no caso servidor
público civil da administração pública federal, das autarquias e
das fundações públicas federais. Traz direitos, vantagem, deveres,
proibições, penalidades, responsabilidades e acumulações.
É de direito público, unilateral e legal, ou seja: trata de
prerrogativas perante a administração pública,
normas
apresentadas pela lei de maneira unilateral. Trata daquele que por
ela é regida de uma relação de trabalho institucional ou jurídica.
Podemos afirmar que não é uma relação perante administração
pública de uma relação contratual de trabalho, e sim uma relação
político-administrativa.
Quando no caput do artigo 1º nos deparamos com a
expressão regime jurídico, esse não é único adotado na
administração pública, e regime jurídico é justamente esse
conjunto de direitos, vantagens, garantias, deveres, proibições e
penalidades que serão aplicáveis numa determinada relação social
tratada pelo Direito.
Assim aplica-se a lei 8.112/90 a todos os servidores:
1- os do Poder Executivo Federal que não são abrangidos pela
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e nem pelos
temporários.
2- os que pertencem aos serviços auxiliares (corpo funcional) do
Poder Legislativo Federal (Congresso Nacional) e suas casas:
Câmara dos Deputados e Senado Federal.
15
3- membros e integrantes do corpo funcional (ou serviços
auxiliares) do Poder Judiciário Federal, com toda sua peculiar e
complexíssima estrutura integrada pelo Supremo Tribunal
Federal, pelo Superior Tribunal de Justiça e as duas instâncias
inferiores da Justiça Federal, pela Justiça do Trabalho com suas
três instâncias, pela Justiça Militar Federal com suas instâncias, e
pela Justiça Eleitoral com suas três instâncias, sendo todos esses
órgãos ordenados circunscricionalmente e distribuídos por todo o
território nacional;
4- membros e integrantes do corpo funcional do Ministério
Público da União.
5- membros e integrantes dos serviços auxiliares do Tribunal de
Contas da União.
6- das autarquias federais, à exceção daquelas especiais
corporativas, criadas e destinadas para exercer a fiscalização do
exercício profissional de integrantes de profissões disciplinadas
por legislação federal – e quanto a isso leiam-se os comentários
pertinentes a seguir.
7- das fundações públicas federais, criadas por lei com imediata e
plena personalidade jurídica de direito público, as quais
independem de registro em cartório para sua completa
personificação como tal.
8- membros e integrantes do corpo funcional da Advocacia-Geral
da União (CRFB, art. 131).
9- membros e integrantes do corpo funcional da Defensoria
Pública da União (CRFB, art. 134).
10- os servidores dos ex-territórios, atuais Estados, que eram
regidos, antes da promulgação da L. 8.112/90, pelo antigo estatuto
dos funcionários federais, a Lei n. 1.711, de 28-1-1952 (CRFB,
art. 243, caput).
11- os serventuários da Justiça remunerados com recursos da
União o (CRFB art. 243, § 5)
16
Outra observação que não deve passar em aberto é a
possibilidade de aplicação subsidiária da lei 8.112/90 em nível
estadual ou municipal quando da omissão das leis que tratam do
servidor público estadual ou municipal forem omissas.
Como cai na Prova
1-(ESAF/AFC/SFC)
O
regime
jurídico
típico
da
Administração Pública, denominado estatutário, caracteriza-
se por ser:
a) de direito público, de natureza legal e unilateral
b) de direito público, de natureza contratual e bilateral
c) de direito privado, de natureza contratual e bilateral
d) de direito público, de natureza legal e bilateral
e) de direito privado, de natureza legal e unilateral
Comentários
A lei 8.112/90 é de direito público, pois apresenta prerrogativas
na relação entre a Administração Pública e os servidores regidos
por essa lei. Diante disso as alternativas C
e E
já estão descartadas. Sua natureza é legal, pois a unilateralidade não
decorre de ato administrativo e sim da lei. Assim as alternativas
B
e também a C
estão descartadas. Como decorre de uma
relação unilateral a alternativa D
já se descarta.
Então a resposta deveria ser de direito público, de natureza legal
e unilateral.
Gabarito: A
DICA
Cuidado com questões que dizem que a lei 8.112/90 é aplicável a
todos os servidores da União ou Administração Pública Federal.
17
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa
legalmente investida em cargo público.
A lei não usa o termo funcionário público. Na verdade, o
gênero é agente público. Servidor Público (em sentido estrito) é o
servidor ocupante de cargo público.
O conceito de agente público traz as pessoas que atuam em
nome do Estado, exercendo uma função pública. Ou seja, cargo
público se ocupa e função exerce. Tal conceito de agente público
é muito geral, por isso afirmar que o agente público trata-se do
gênero.
É possível conceituar agente público todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função nas entidades da administração direta, indireta ou
fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios, de Território, por exemplo.
Apesar de existir inúmeras divergências doutrinárias na
classificação de agente público, entende-se que o servidor público
regido por essa lei é o servidor público em sentido estrito, ou seja,
aquele ocupante de cargo público.
Essa ocupação nos estritos requisitos colocados pela lei,
sendo a investidura a hipótese de nomeação unilateral pela
Administração Pública.
18
19
Como cai na prova
2-(Cespe/Técnico Judiciário/TRE-MS) A Lei nº 8.112/1990
aplica-se aos servidores temporários.
Comentários
No esquema apresentado o servidor público em sentido
estrito ocupa cargo público regido pela lei 8.112/90. O
empregado público ocupa emprego público regido pela lei.
9.692/2000 e a CLT. O servidor temporário exerce função pública
regido pela lei 8.745/1993.
Gabarito: ERRADO
DICA:
O servidor público que ocupa cargo público, nesse caso tratado na
lei 8.112/90, possui uma relação de trabalho institucional ou
estatutária (comumente dita). Não apresenta uma relação
contratual de trabalho e sim uma relação política-administrativo.
20
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que
devem ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e
vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em
caráter efetivo ou em comissão.
Quando a lei diz que cargo público é o conjunto de
atribuições e responsabilidades que são atribuídas a um servidor
não trata de matéria taxativa, pois além dessas atribuições e
responsabilidades se faz presentes também deveres e proibições,
tudo em nome do interesse público.
Lembrando que cargo público é sempre criado por lei e
assim deveria permanecer, o texto constitucional autoriza as casas
legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal) a criação
de cargos públicos por resolução. Para concursos específicos
como por exemplo da Câmara ou do Senado deve-se ficar atento
nessa exceção.
O artigo 37 inciso I da CRFB ao tratar do acesso aos cargos
públicos, permitiu que o mesmo fosse preenchido por
estrangeiros. No entanto deixa a matéria a ser disciplinada por lei,
sendo a lei 9.515/97 tratando da matéria.
A forma de preenchimento do cargo público pode ser tanto
para cargo público efetivo, onde um dos seus requisitos é que seja
preenchido por concurso público e cargo público em comissão
esse podendo ser preenchido por pessoa de fora da Administração
Pública, sendo de livre nomeação e exoneração.
21
Como cai na prova
3-(Analista Judiciário – Área Judiciária – TRF 1ª Região) -
Diz-se que os agentes públicos de colaboração são as pessoas
que
A) prestam serviços, sob regime de dependência à Administração
Pública direta, autárquica ou fundacional pública, sob relação de
trabalho profissional transitório ou definitivo.
B) detêm os cargos de elevada hierarquia da organização da
Administração Pública, ou seja, que ocupam cargos que compõem
a cúpula da estrutura constitucional.
C) se ligam, por tempo determinado à Administração Pública para
o atendimento de necessidades de excepcional interesse público,
sob vínculo celetista.
D) se ligam, contratualmente às empresas paraestatais da
Administração indireta, sob um regime de dependência e
mediante uma relação de trabalho, não eventual ou avulso.
E) prestam serviços à Administração por conta própria, por
requisição ou com sua concordância, exercendo função pública,
mas não ocupando cargo ou emprego público.
Comentários
Os agentes públicos em colaboração são os particulares em
colaboração. Apresentam-se como Agentes Delegados, Agentes
Credenciados, Agentes Honoríficos e Gestor de Negócios. São
equiparados aos agentes públicos para efeitos penais.
Não apresentam na relação com Administração Pública uma
relação contratual de trabalho, e sim essa prestação se dá por requisição (exemplo mesário) ou por delegação (exemplo
concessionário de pedágio, prestação essa por conta própria
exercendo função pública e não ocupando cargo público ou
emprego público.
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Na alternativa A
(errada) não prestam serviços sob
dependência, pois aqui estaria se falando em contrato de
trabalho. Na alternativa B
(errada) não se apresentam numa
relação de hierarquia e sim de vinculação e exercem função
pública não ocupando cargo público ou emprego público. Na
alternativa C
(errada) apesar de se ligarem a Administração
Pública não se vinculam pelo regime celetista, pois não há uma
relação contratual de trabalho. Na alternativa D
(errada), já afirmado anteriormente, não estão num regime de dependência e
muito menos numa relação de trabalho contratual já que a
palavra dependência assim se faz pensar. Na alternativa E
(correta) estão a prestar serviços a Administração Pública por conta própria, exercendo sim função pública, nunca a ocupar
cargo público ou emprego público.
Gabarito: E
DICA:
-nem todo cargo público é criado por lei
-nem todo cargo público é preenchido por concurso público
-nem todo cargo público é preenchido por brasileiros
23
Não se esqueça das características do cargo público.
24
25
Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os
casos previstos em lei.
Nem serviço pode ser prestado de forma gratuita pelo
servidor a Administração Pública, salvo aqueles expressos em lei
como por exemplo a de mesário nas eleições. A prestação de
serviço voluntário acaba por ir de encontro ao princípio da
eficiência, pois é necessário na prestação de um serviço uma
contraprestação.
É importante que a lei 8.112/90 vai permitir que essa
prestação gratuita quando a lei assim determinar em situações de
relevância utilidade pública ou de relevante interesse público.
Também em casos de participação de comissões criadas pelo
poder público, quando criadas para os mais diversos fins.
Quando ocorre a prestação de um serviço público de forma
gratuita pelo cidadão ele está prestando como cidadão e não como
servidor público, ou seja, será ele o particular que está em
colaboração com Administração Pública sendo equiparado como
servidor público (agente público no sentido genérico) somente
para efeitos penais.
Como cai na prova
4- (FCC–TRT 20ª Região AJAA) É elemento compatível com
o regime jurídico dos servidores públicos civis da União,
traçado pela Lei no 8.112/90,
A) a criação de cargos públicos sem denominação própria.
B) a impossibilidade de provimento em comissão em se tratando
de cargos públicos.
C) a prestação de serviços gratuitos, desde que prevista em lei.
D) a criação de cargos públicos por ato administrativo.
E) o pagamento dos vencimentos decorrentes de cargo público
com verbas da iniciativa privada.
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Comentários
Na alternativa A
(errada) a criação de cargos públicos se dá
sempre por lei, não esqueça que é possível a criação por
resolução (Câmara dos Deputados e Senado Federal) de cargos
públicos para serviços auxiliares. Na alternativa B
(errada) o
provimento de cargo em comissão é de livre nomeação e livre
exoneração, sendo discricionária essa nomeação. Na alternativa
C
(correta) a prestação de serviços gratuitos a Administração
Pública é vedada (proibida), salvo os casos que a lei permitir. Na
alternativa D
a criação de cargos públicos se dá sempre por
lei ou nos casos das casas legislativas (Câmara dos Deputados e
Senado Federal) por resolução, portanto nunca por ato
administrativo. Na alternativa E
o pagamento de vencimentos
decorrente do cargo público é pago pelos cofres públicos nunca
pela iniciativa privada.
Gabarito: C
DICA
Lembre-se que é possível a prestação gratuita de serviço público
quando a lei assim determinar.
27
TÍTULO II
DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO,
REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo
público:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de
outros requisitos estabelecidos em lei.
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito
de se inscrever em concurso público para provimento de cargo
cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são
portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por
cento) das vagas oferecidas no concurso.
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e
tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores,
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os
procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)
28
Provimento é a maneira de preencher um cargo público. Pode-se
apresentar em provimento originário (primário) ou provimento
derivado (secundário). Podemos traçar que o provimento
originário o indivíduo não possui nenhum vínculo anterior com
administração pública, enquanto no provimento derivado o
indivíduo já possui um vínculo anterior com ministração pública.
Assim observe o esquema:
29
Como se observa o provimento originário (primário) é a
nomeação. No provimento derivado (secundário) temos a
promoção, aproveitamento, reversão, reintegração, recondução e
readaptação.
O provimento vai exigir certos requisitos que no caput do
artigo 5º se apresenta como básico, ou seja, a lei pode exigir outros
requisitos, esses nunca por edital (mero ato administrativo). Se
assim o edital traçar outros requisitos esses devem estar expressos
em lei.
Nacionalidade brasileira. Cabe lembrar que certos cargos
só podem ser preenchidos por brasileiro nato como a CRFB traz
no artigo 12 § 3º (Presidente da República, Vice-Presidente da
República, etc.). Não se esqueça da figura do português
equiparado, que é o português que solicitou a equiparação com
base no estatuto da igualdade (Decreto 70.391/1972). É possível
também o estrangeiro ocupar cargos públicos com reza a CRFB
artigo 37 inciso I (lei 9.515/97).
No exercício do cargo público o brasileiro deve estar no
exercício (gozo) dos seus direitos políticos. Alguns autores dizem
que trazer a expressão pleno gozo estaria a exigir a plenitude dos direitos políticos, essa conquistada com 35 anos que é quando o
indivíduo pode se candidatar ao cargo máximo do país (Presidente
da República).
A quitação das obrigações eleitorais é exigida para todos
enquanto a quitação das obrigações militares exigida apenas para
os do sexo masculino.
A idade mínima na posse é 18 anos, salvo quando a lei não
exigir outra data para o preenchimento do cargo como ocorre para
certos cargos para os Tribunais de Contas que a idade mínima,
além de experiência comprovada é de 35 anos.
30
A aptidão física e mental é realizada para confirmar que o
indivíduo está apto física e mentalmente para assumir o cargo,
pois a natureza e atribuições do cargo difere de concurso para
concurso. Basta imaginar um cargo de técnico da Receita Federal
onde a deficiência de poder correr não iria interferir para um cargo
de agente da polícia federal onde aquela deficiência já seria
impeditiva, num primeiro momento, de tomar posse no referido
cargo público.
Importante destacar que qualquer requisito para prover o
cargo público sempre será dado por lei e nunca por ato
administrativo, pois esse não pode inovar a ordem jurídica (criar
direitos e obrigações) unilateralmente.
A CRFB no seu artigo 37 inciso VIII que a lei reservará
percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão, que a lei regulamente a matéria.
A lei 8.112/90 traz um percentual de até 20% dos cargos
públicos serem reservados a pessoas com deficiência (termo hoje
deve ser assim usado), não colocando uma obrigatoriedade e
também podendo ser, por exemplo, 0%. Ressalta-se que quando
administração pública vai em âmbito federal realizar concurso
público, a lei tem que trazer se há ou não reserva para pessoas com
deficiência, como será auferida essa deficiência e o percentual de
vagas reservadas.
O parágrafo 3º só ressaltou o que a CRFB traz no seu
artigo 37 inciso I quanto a possibilidade do estrangeiro ocupar
cargo público.
31
Como cai na prova
5- (FCC–TRF 1ªReg/Tec-Adm) As instituições de pesquisa
científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos
com
A) professores, técnicos e cientistas, brasileiros ou estrangeiros,
dispensado o gozo dos direitos políticos.
B) técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e
procedimentos legais.
C) técnicos e cientistas, desde que brasileiros e quites com as
obrigações militares.
D) professores brasileiros e estrangeiros, estando, ou não, no gozo
dos direitos políticos.
E) professores, desde que brasileiros natos ou naturalizados,
excluída a quitação das obrigações militares.
Comentários
Na alternativa A
(errada) o gozo dos direitos políticos são exigidos aos nacionais (brasileiros nato e naturalizado). Na
alternativa B
(correta) os cargos públicos podem ser
preenchidos pelos estrangeiros na forma da lei. Na alternativa
C
(errada) podem ser providos os cargos com estrangeiros na
forma da lei. Na alternativa D
(errada) exige-se para os
brasileiros o gozo dos seus direitos políticos. Na alternativa E
(errada) os professores estrangeiros poderão ocupar cargos
públicos conforme disciplinados em lei.
Gabarito: B
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DICA
Os requisitos de provimento de cargo público são básicos
podendo a lei , e somente ela, trazer mais requisitos. O percentual
que a lei reserva de cargos públicos para pessoas com deficiência
será de até 20%, não sendo obrigatória essa reserva quando
houver justificativas legais. O estrangeiro pode ocupar cargo
público de acordo com que a lei traçar (observe a lei 9.515/97).
33
Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante
ato da autoridade competente de cada Poder.
Esse artigo traz a competência para dar provimento ao cargo
público e ao se referir cada poder também determina que além do
poder executivo federal ou poder legislativo e judiciário
estabeleçam por atos normativos as competências a quem dará
provimento dos cargos públicos.
Um artigo sem grandes dificuldades de entendimento e
simplório na colocação da matéria.
Como cai na prova
6- (adaptada) O provimento do cargo público poderá ser por
qualquer autoridade.
Comentários
A autoridade competente dará provimento ao cargo público.
Perceba que não é qualquer autoridade e sim autoridade
competente.
Gabarito: ERRADA
34
Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a
posse.
Logo após a nomeação, o próximo ato será a posse. Ocorre
a investidura que é um ato administrativo complexo, que só se
completa com a manifestação de vontade da Administração
Pública (provimento) e com a concordância do provido por meio
da posse. É só com a posse que alguém torna-se servidor público.
Também é na posse que toda a documentação ou habilitação do
candidato é exigida.
É o que traz a súmula 266 do STJ (Superior Tribunal de Justiça):
O diploma ou habilitação legal para o exercício
do cargo deve ser exigido na posse e não na
inscrição para o concurso público.
É na investidura que temos a fusão das vontades da
Administração Pública e daquele que vai prover o cargo público.
Como cai na prova
7- (Analista Judiciário – Jud/Exec Mand – TRT 22ª Região) -
Com a nomeação de Agenor para o cargo de Analista
Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 22a Região,
pode-se asseverar que o correspondente ato constitui forma de
A) provimento originário a esse cargo público, ficando a
investidura na dependência da posse e exercício.
B) investidura originária no citado cargo público, ocorrendo o
provimento com o exercício. C) ascensão ao referido cargo
público, ao passo que a investidura ocorre com a nomeação. D)
investidura derivada ao respectivo cargo público, podendo ocorrer
o provimento com o exercício.
E) provimento desse cargo público, sendo que a investidura
ocorrerá com a posse.
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Comentários
Na alternativa A
(errada) realmente pode-se afirmar que
constitui ato de provimento, porém não podemos afirmar que
trata-se de provimento originário pois esse só é possível com a
posse e o exercício não traz essa informação. Poderia se tratar
de uma forma de provimento derivado. Na alternativa B
(errada) não há como afirmar que se trata de provimento
originário. A investidura ocorre com a posse e o provimento não
ocorre com o exercício que é um ato que pode ser concomitante
com a posse ou alguns dias após a posse. Na alternativa C
(errada) ascensão que era uma forma de provimento ao cargo
público foi declarada inconstitucional e revogada pela lei
9.527/97. Na alternativa D
(errada) a investidura se dá com a
posse. A posse ocorre após a nomeação que é uma forma de
provimento originário (primário). Na alternativa E
(correta)
deve-se ocorrer o provimento desse cargo (não sabemos se
estamos diante de um provimento originário ou provimento
derivado) sendo que a investidura ocorre com a posse.
Gabarito: E
DICA
Lembre-se que toda a sua documentação deve ser exigida na posse
(STJ 266).
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Art. 8º São formas de provimento de cargo público:
I - nomeação;
II - promoção;
III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.
A nomeação é a única forma de provimento originário
(primário) ocorrendo tanto para cargo público efetivo como para
público em comissão. É por esse ato que autoridade competente
nomeia alguém para prover cargo público em caráter permanente
(efetivo) ou em caráter precário (comissão)
A promoção é a movimentação do servidor dentro da
carreira, em virtude de transcorrer o tempo ou por qualificação
(merecimento), passando de um cargo inferior para um cargo
superior. Os cargos públicos efetivos de carreiras são divididos
em classe ou classe e nível. É na mudança de classe que se dá a
promoção, pois a mudança de nível estamos diante da progressão.
A lei não traz de forma clara sobre promoção, apenas indicando
que é uma forma de provimento (derivado ou secundário).
A readaptação é a investidura do servidor que tenha
sofrido limitação em sua capacidade física ou mental em cargo
com as mesmas atribuições e responsabilidades, essas
compatíveis com as limitações sofridas, após verificadas por
inspeção médica. Caso se mostrar incapaz na readaptação terá
direito a aposentadoria por invalidez.
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A reversão é o retorno do aposentado na Administração
Pública. Não será qualquer tipo de aposentaria, e sim a invalidez
ou voluntária. Vale lembrar que