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O documento discute a educação inclusiva em três frases:
1) Aborda os conceitos e práticas da educação inclusiva para apoiar a diversidade de estudantes e eliminar a exclusão social.
2) Descute como a discriminação contra estudantes com deficiência é comum e a importância de iluminar tais práticas.
3) Explora como a inserção de pessoas com deficiências requer transformações nos sistemas educacionais para respeitar as diferenças.
O documento discute a educação inclusiva em três frases:
1) Aborda os conceitos e práticas da educação inclusiva para apoiar a diversidade de estudantes e eliminar a exclusão social.
2) Descute como a discriminação contra estudantes com deficiência é comum e a importância de iluminar tais práticas.
3) Explora como a inserção de pessoas com deficiências requer transformações nos sistemas educacionais para respeitar as diferenças.
O documento discute a educação inclusiva em três frases:
1) Aborda os conceitos e práticas da educação inclusiva para apoiar a diversidade de estudantes e eliminar a exclusão social.
2) Descute como a discriminação contra estudantes com deficiência é comum e a importância de iluminar tais práticas.
3) Explora como a inserção de pessoas com deficiências requer transformações nos sistemas educacionais para respeitar as diferenças.
IRELAND T.; BARREIROS D.; FVERO O.; FERREIRA W. (Orgs). Tornar a
educao inclusiva.. Braslia: UNESCO, 2009. 220 p. RESUMO DA OBRA O livro constitudo de onze partes, cada uma delas sob a responsabilidade de um autor, traduzindo sua experincia e fundamentao aprofundando a discusso sobre o conceito e as prticas da educao inclusiva em abordagens que se complementam No Capitulo inicial Mel Ainscow nos mostra como a educao inclusiva de qualidade se baseia no direito de todos crianas, jovens e adultos a receberem uma educao de qualidade que satisfaa suas necessidades bsicas de aprendizagem e enriquea suas vidas. Apesar de ter sido bastante discutido e debatido, no h ainda unanimidade sobre a essncia do conceito de educao inclusiva. Em alguns pases o termo incluso ainda considerado como uma abordagem para atender crianas com deficincias dentro do contexto dos sistemas regulares de educao. Internacionalmente, porm, o conceito tem sido compreendido de uma forma mais ampla como uma reforma que apoia e acolhe a diversidade entre todos os sujeitos do processo educativo. Ainscow entende que o objetivo da educao inclusiva de eliminar a excluso social que resulta de atitudes e respostas diversidade com relao etnia, idade, classe social, religio, gnero e habilidades. Assim, parte do princpio que a educao constitui direito humano bsico e alicerce de uma sociedade mais justa e solidria. Em um pas to diverso e complexo como o Brasil, a educao no pode representar mais um mecanismo para excluir as pessoas cujas necessidades de aprendizagem exigem uma ateno especial. A educao inclusiva supe que o objetivo da incluso educacional seja eliminar a excluso social, que consequncia de atitudes e respostas diversidade de raa, classe social, etnia, religio, gnero e habilidade. Dessa forma, a incluso comea a partir da crena de que a educao um direito humano bsico e o fundamento para uma sociedade mais justa. No segundo capitulo Windzy B. Ferreira nos mostra as experincias de discriminao contra estudantes com deficincia na escola constituem, com frequncia, elemento comum na vida daqueles que pertencem a grupos sociais vulnerveis. No cotidiano de pessoas com deficincias, a vivncia de situaes ou
comportamentos discriminatrios caracteriza-se como um evento comum.
Exatamente por isso urgente dirigir nossos olhares para as experincias de discriminao vividas por crianas e jovens com deficincia no sistema educacional, visando iluminar tais prticas e, no mnimo, fomentar a reflexo sobre formas de combat-las. Mulheres, negros, indgenas, pessoas com deficincia, mais recentemente pessoas portadoras do vrus da aids, entre outros, lutam para conquistar direitos igualitrios na sociedade. Embora muitas barreiras para promover e ampliar tais direitos j tenham sido eliminadas em consequncia da ao dos movimentos sociais, ainda persiste a desigualdade social traduzida na falta de oportunidades. Defendo aqui que o acesso ao saber sobre os direitos humanos, em particular, os direitos das pessoas com deficincia no Brasil, conscientiza o professor e torna-se um elemento chave no combate excluso nos sistemas educacionais. No terceiro capitulo Jlio Romero Ferreira fala sobre o financiamento da educao bsica, consistindo em um comentrio que busca localizar a educao especial como expresso pontual das polticas educacionais, tentando mostrar a especificidade da relao pblico versus privado em termos de atendimento e financiamento pelo setor pblico e em termos dos servios de atendimento educacional. De incio, registra-se que, na histria da educao brasileira, a educao de alunos com deficincia sempre foi pouco priorizada ou assumida pelo Estado, o que permitiu s organizaes filantrpico-assistenciais assumirem papel central na poltica e na gesto da rea e no atendimento educacional para essas pessoas. Se a escola for democrtica e de qualidade, ela o ser tambm para o aluno com necessidades especiais, e menos adaptaes se faro necessrias (por exemplo, em relao ao nmero de alunos por classe, proviso de recursos de informtica). A garantia do acesso e da permanncia com qualidade de ensino para todos mais relevante do que a centralidade da discusso nos apoios especficos ainda que estes sejam indispensveis pois a responsabilidade pela educao desses alunos no da educao especial. A insero de alunos com deficincia na escola ainda um desafio, principalmente pela crise de nossa escola bsica, revelada nos diversos processos de avaliao e reforada pela nfase na racionalidade administrativa e na conteno de gastos. 4 Nesse sentido, retomamos trabalhos que focalizavam a formao de professores para a educao inclusiva, buscando refletir sobre problemas emergentes nesse contexto, tendo como referncia pesquisas que temos desenvolvido acerca da perspectiva da complexidade e da interculturalidade. Evidencia-se que a insero ativa de pessoas com deficincias nos processos institucionais escolares e empresariais requer, muito alm de adaptaes circunstanciais, transformaes paradigmticas e profundas no sistema organizacional, assim como o desenvolvimento de concepes, estruturas relacionais e referenciais culturais capazes de agenciarem a complexidade e a conflituosidade inerentes interao
entre diferentes sujeitos, linguagens, interesses, culturas. O desafio de fundo
consiste em desenvolver processos institucionais com condies de respeitarem as diferenas [e de] integr-las em uma unidade que no as anule, mas que ative o potencial criativo e vital da conexo entre diferentes agentes e entre seus respectivos contextos Educador-educando, neste sentido, propriamente um sujeito que se insere num processo educativo e interage com outros sujeitos, educandos-educadores, dedicando particular ateno s relaes e aos contextos que vo se criando, de modo a contribuir para a explicitao e a elaborao dos sentidos (percepo, significado e direo) que os sujeitos em relao constroem e reconstroem. o educador ter a tarefa de prever e preparar recursos capazes de ativar a elaborao e a circulao de informaes entre sujeitos, de modo que se reconheam e se auto organizem em relao de reciprocidade entre si e com o prprio ambiente sociocultural. 5 Aps as diversas avaliaes da integrao escolar na Espanha, ficou clara a necessidade extrema de introduzir mudanas de direo nos objetivos tericos e prticos que a fundamentam e tambm ficou constatado que a educao especial trouxe novidades em nosso pas. Devido s causas da integrao escolar, comearam a ser reproduzidos esquemas de atuao no corpo docente que perpetuam formas de segregao e de excluso para muitos alunos, assim como a baixa expectativa sobre eles. Desse modo, desde o final do sculo passado as pessoas com deficincia tm manifestado sentimentos de inferioridade, incapacidade e baixa autoestima. A escolarizao nas denominadas escolas de integrao os consideram alunos com necessidades educativas especiais, fazendo-os se sentirem segregados e rejeitados por sua maneira de ser e de existir no mundo. este trabalho apresenta uma srie de propostas que esto sendo aplicadas na Espanha e que ajudaro as escolas a realizar o processo de transformao de que necessitam para serem mais inclusivas. Diferentes estratgias didticas e organizacionais so propostas em relao ao prdio e s salas de aulas, sobre as quais o corpo docente pode refletir com a finalidade de tomar decises e estabelecer dinmicas de inovao e de mudanas para que a educao inclusiva seja uma realidade. 6 Em primeiro lugar, apresento a definio da populao-alvo dos programas de tipo funcional, tal como ela nos apresentada por Lou Brown. Em segundo lugar, o foco se dirige aos conceitos que norteiam as prticas propostas para as
crianas e para os jovens em questo. O terceiro ponto refere-se s
caractersticas fundamentais da abordagem funcional e forma como pode ser posta em prtica nas escolas regulares, no meio familiar, na comunidade e nos contextos laborais. Prosseguindo o artigo foca as estratgias preconizadas por Lou Brown para a aplicao dos programas educativos funcionais e, finalmente, enquadro a perspectiva funcional no contexto da educao inclusiva. Os programas educativos desenvolvidos pela escola devem levar em conta estas aspiraes e procurar alcan-las ou delas se aproximar tanto quanto possvel. No entanto, a utilizao dessa perspectiva educativa funcional implica que a escola garanta condies para que ela seja alcanada com xito. Tais condies passam essencialmente pela atitude dos adultos que tm funes na escola (professores, diretores, auxiliares, tcnicos), o que caracterizado pela compreenso das vantagens da integrao desses alunos (vantagens no s para eles, mas para toda a populao escolar) e pela vontade de ultrapassar as dificuldades que emerjam, procurando as respostas mais adequadas para cada aluno, em cada momento. 7analisar e discutir o processo de subjetivao da condio de pessoa com deficincia intelectual leve a que so submetidos diariamente alunos que frequentam o ensino especial. Partimos da premissa de que a escola historicamente produz um determinado tipo de fracasso em seus alunos, especfico das sries iniciais do ensino pblico, que incide principalmente sobre as crianas das classes trabalhadoras. So alunos que no correspondem ao padro de aprendizagem e/ou comportamento estabelecido como adequado. O entendimento das causas dessa no correspondncia volta-se para o aluno, que compreendido como merecedor de um atendimento especializado, de acordo com suas necessidades individuais. Portanto, o processo de construo da condio de deficiente intelectual leve inicia-se na classe comum e legitimado por uma determinada forma de avaliao, majoritariamente psicometrista, envolvendo profissionais da rea da sade, mais frequentemente o psiclogo. 8Esse panorama de concepes e prticas ainda predominantes na rea tem sido bastante abordado, mas muitos temas nele envolvidos merecem maior investigao. Um dos aspectos que chamam a ateno nessa realidade a estreita vinculao existente entre a subestimao dos deficientes mentais e o carter eternamente infantil que lhes atribudo. Sabemos que esta no uma questo recente de emergncia.
No desdobrar da histria sobre a viso que a sociedade tem dos deficientes
mentais at mesmo quando foram distinguidos dos marginais de todo tipo em funo da atuao da medicina eles conseguiram ser vistos em sua possibilidade de maioridade No que concerne escolarizao, autores como Kassar (1999), Padilha (2001) e Carvalho (2004), entre outros, tm apontado para esta configurao de carter subestimador de jovens e adultos com deficincia mental que subjaz s polticas oficiais, atuao dos servios de sade (sobretudo nos mbitos da medicina e da psicologia), s ideias que impregnam o ambiente familiar e s representaes da sociedade civil como um todo. Ela endossada por educadores e profissionais especializados quando assumem a tutela e se responsabilizam por aes pedaggicas baseadas em atividades infantis e repetitivas, visando capacitar o aluno para habilidades bsicas. Esse trabalho tambm dirigido manuteno da dependncia e adaptao a normas de conduta. 9 Na busca para solucionar os problemas de comunicao enfrentados pelos alunos surdos quando de sua insero no ensino regular, surgem propostas de reconhecimento de que eles necessitam de apoio especfico de forma permanente ou temporria para alcanar os objetivos finais da educao; ento, devem ser oferecidos suportes tecnolgicos e humanos que contemplem suas possibilidades (VOLTERRA, 1994). Um desses apoios humanos o intrprete de lngua de sinais, que foi incorporado, h vrios anos, ao espao educacional em muitos pases (COKELY, 1992). Quando se insere um intrprete de lngua de sinais na sala de aula, abre-se a possibilidade de o aluno surdo receber a informao escolar em lngua de sinais atravs de uma pessoa com competncia nessa lngua. Ao mesmo tempo, o professor ouvinte pode ministrar suas aulas sem se preocupar em como passar a informao em sinais, atuando em sua lngua de domnio. medida que a condio lingustica especial do surdo respeitada, aumentam as chances de ele se desenvolver e construir novos conhecimentos de maneira satisfatria, em contraponto a uma incluso escolar sem qualquer cuidado especial O intrprete participa das atividades, procurando dar acesso aos conhecimentos, e isto se faz com traduo, mas tambm com sugestes, exemplos e muitas outras formas de interao inerentes ao contato cotidiano com o aluno surdo em sala de aula. Dessa forma, a questo central no traduzir contedos, mas torn-los compreensveis para o aluno. Nessa experincia, o interpretar e o aprender esto
indissoluvelmente unidos, e o intrprete educacional assume, inerentemente a seu
papel, a funo de tambm educar o aluno. Este aspecto premente no ensino fundamental, em que se atendem crianas que esto entrando em contato com uma srie de contedos novos e, muitas vezes, com a lngua de sinais. 10 a discusso em torno da educao das pessoas cegas foi impulsionada por Denis Diderot (1713-1784), quando publicou, no ano de 1749, a Carta sobre os cegos para uso dos que veem. Em Paris, anos depois (1783), Valentin Hay (1745-1822) fundou a primeira escola para cegos, dando incio institucionalizao do ensino. Em sua escola, para o ensino da leitura, adaptou o alfabeto, traando-o em relevo, na expectativa de que as letras fossem percebidas por seus alunos atravs do toque dos dedos. Para a escrita, utilizou caracteres mveis. Dessa forma, os alunos aprendiam as letras e os algarismos e, combinando estes caracteres, formavam palavras, nmeros e construam frases e textos. Com a inveno do Sistema Braille sistema de leitura e escrita por meio de pontos em relevo abriu-se s pessoas cegas as portas para a cultura, o acesso educao, profissionalizao; surgiram finalmente mais possibilidades de participao efetiva na sociedade. Nos dias atuais, a luta para que essas pessoas sejam reconhecidas por suas potencialidades, e no em funo de um dever caritativo que muitos acreditam lhes deverem, continua em processo, e se mantm em discusso a investigao de como aprendem, qual o melhor mtodo e qual o tipo de escola mais favorvel para o seu aprendizado e para o desenvolvimento de suas habilidades incluso de alunos cegos no sistema regular de ensino a partir do seu processo de alfabetizao vivel e salutar tanto para eles como para os educadores e colegas, pois favorece tambm o aprendizado da convivncia com a cegueira e d voz aos cegos. Permite, assim, que possamos v-los realmente includos e no simplesmente tendo a sua presena tolerada por fora da lei ou, ainda, sendo aceitos por sua diferena, pois, como afirma Saramago (1995), quando se tolera, apenas se concede, e esta no uma relao de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro. 11Os educadores e os leigos em geral acreditam que a superdotao uma caracterstica exclusivamente inata e, por isso, o superdotado teria recursos para desenvolver por si s suas habilidades, sem necessidade de estimulao ou de um
ambiente promotor de seu potencial. Nesta concepo, o superdotado seria um
privilegiado por apresentar recursos intelectuais inatos superiores, sendo injusto e antidemocrtico oferecer-lhe mais privilgios, por exemplo, apoio para se desenvolver educacionalmente. importante os educadores entenderem que os talentos de alguns estudantes podem se manifestar em diferentes culturas de maneiras distintas, por exemplo, algumas valorizam mais as habilidades verbais, enquanto outras enfatizam a matemtica ou as artes. Eriksson (2006) explica que o conceito de superdotao deve ser definido culturalmente para que reflita os valores e as normas da herana cultural do aluno e, internacionalmente, para que os padres de realizao e os objetivos educacionais especficos de cada sociedade ou nao sejam considerados. Podemos concluir que a superdotao, em funo da sua diversidade de caractersticas e do seu carter multidimensional, dinmico e produtivo-criativo, configura-se como um permanente desafio para educadores, pais e sociedade. urgente, portanto, um olhar e um fazer renovado, atualizado e inovador sobre a superdotao de modo a possibilitar que o indivduo talentoso desenvolva seu potencial para altos voos e realizaes
Incluso em educao pode ser vista, dessa forma, como um
processo de transformao de valores em ao, resultando em prticas e servios educacionais, em sistemas e estruturas que incorporam tais valores. Podemos especicar alguns deles, porque so parte integral de nossa concepo de incluso; outros podemos identicar com um razovel grau de certeza, com base no que aprendemos a partir de experincias. Isto signica que a incluso s poder ser totalmente compreendida quando seus valores fundamentais forem exaustivamente claricados em contextos particulares.
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