Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

Programa de P
os Graduac
ao em Fsica

Disciplina: Mecanica Estatstica

Aluno: Marcel Figueredo

Prof.: Dr. Henri Michel Pierre Plana

O teorema de Liouville

Considera
co
es Gerais

onde J e a matriz (2N ) (2N ) definida por



O teorema de Liouville, trata da evoluc
ao dinamica de
O
I
J=
regi
oes localizadas num espaco de fase determinando. ConsiI
O
dere um espaco de fase S de p em q, onde h
a uma regiao R de
volume V . Aplica-se sobre este espaco uma transformacao sendo O uma matriz n n nula e I uma matriz identidade
can
onica, levando-o a outro espaco de fase S 0 de P em Q, n n.
onde a regi
ao passa a ser R0 determinando um volume V 0 .
Para a matriz J, pode-se estabelecer as seguintes propriO teorema de Liouville, garante que V = V 0 .
edades:
Pode-se escrever, para os espacos de fase S e S 0 os volumes determinados por R e R0 com sendo
1. J 2 = I, onde I e a matriz identidade (2N ) (2N ).

V =
dq1 dqn dp1 dpn =
d2N z
(1)
2. J T J = JJ T = 1
R
R

e
V0 =

d2N Z

dQ1 dQn dP1 dPn =

R0

(2)

3. det J = 1

R0

Retomando a equacao (6), e escrevendo o determinante

Para verificar o teorema de Liouville, leva-se em con- de ambos os lados, segue:
siderac
ao o teorema de mudanca de vari
aveis de integral
m
ultipla. Esta aplicac
ao se justifica pelo fato de tentar esdet(M JM T ) = det(J)
crever (1) em func
ao (2).
Do c
alculo, tem-se o o seguinte resultado:
Das propriedades so determinente, sabe-se que o deter

minante
do produto e o produto dos determinantes, logo:


(Z

Z
)
1
n  2N

(3)
V0 =
 (z1 zn ) d z.
R
det(M )det(J)det(M T ) = det(J)
Em palavras, a equac
ao acima nos informa o volume V 0
(Z1 Zn )
calculado atraves da regi
ao R, onde
representa
det(M )det(J)det(M ) = det(J)
(z1 zn )
o jacobiano da transformac
ao de Z para z.
Da propriedade (3) relativa a matriz J, pode-se resumir
Vale notar que
o resultado anterior como segue:
(Z1 Zn )
= detM,
(4)
[det(M )]2 = 1
(7)
(z1 zn )
onde

Z1
Z2N
Este resultado leva a conclusao de que, todo matriz ja
cobiana
M de transformacao canonica, tem determinante
z1

z
1

.
.
.
igual
a
1.

..
..
..
M =
(5)

Aplicando este resultado em (3), verifica-se que:

Z
2N
1

z2N
z2N
 (Z1 Zn )  2N
0

d z =
V =
d2N z = V
(8)
que e a matriz jacobiana da transformac
ao.
 (z1 zn ) 
R
R
Como foi determinado que a transformac
ao que leva do
espaco de fase S e para o espaco de fase S 0 e can
onica, vale
Em suma, para um sistema mecanico que evolui temporessaltar que a matriz M , dada por (5) deve estar submetida
ralmente, de acordo com as equacoes de Hamilton, e v
alido
a seguinte condic
ao:
o resultado anterior, pois uma transformacao temporal e
M JM T = J,
(6) canonica.