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DIREITO PENAL

AULA 3

PARTE GERAL
(continuação)

PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO

Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo


mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na


espécie as mesmas conseqüências , pode ser homologada no Brasil para:

I – obrigar o condenado à reparação do danos, a restituição e a outros efeitos civis;


II – sujeitá-lo a medida de segurança.
Parágrafo Único. a homologação depende:
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja
autoridade judiciária emanou a sentença, ou na falta de tratado, de requisição do
Ministro da Justiça.

Como já dito anteriormente a aplicação de pena é ato de soberania, não


podendo a pena estrangeira ser aplicada no Brasil, a não ser em duas situações
condicionadas e restritas.
A sentença estrangeira pode ser homologada no Brasil, quando produza na espécie
as mesmas conseqüências civis (reparação de dano) e no caso de aplicação de
medida de segurança(aplicada aos inimputáveis e semi-responsáveis).
Entretanto para que aplicada a reparação de dano, para que esta seja homologada
dependerá de pedido da parte interessada. No caso da medida de segurança, esta
dependerá de tratado de extradição e requisição do Ministro da Justiça.
A competência para homologação da sentença nos dois casos é do STF.

CONTAGEM DO PRAZO

Art.10 – O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os


meses e os anos pelo calendário comum.

Ao contrário do que ocorre com os prazos processuais, na contagem daqueles


previstos pelo Código Penal, o próprio dia do começo inclui-se no cômputo do

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cálculo. Ex.: preso por prisão de alimentos pelo prazo de 30 dias, data da prisão da
18 de janeiro, será solto em 17 de fevereiro. (Prazo penal)

FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA

Art. 11 – Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de


direitos, as frações de dia, e na, pena de multa, as frações de cruzeiro.

LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Art. 12 – As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei, se
esta não dispuser de modo diverso.

Embora os principais ilícitos estejam descritos no Código Penal, existem


alguns que estão elencados em leis especiais, denominadas legislação penal
especial. Exemplo: Lei 9.437/97 etc.
Neste caso aplica-se o princípio da especialidade, ou seja sempre que existir uma
norma especial esta derrogará a norma comum, prevalecendo ao estabelecido na lei
especial.

Crime doloso
Dolo direto quando o agente visa certo e determinado resultado. Ex “A” quer matar
“B” diz respeito a primeira hipótese (o agente quis o resultado), sendo que o dolo
indireto, esta na segunda hipótese ( o agente assume o riso de produzir o
resultado). O dolo indireto por sua vez ainda divide-se outra classe:
Dolo indireto ou indeterminado quando o agente não se dirige a um certo e
determinado resultado, subdividindo-se em:

Dolo eventual – quando o agente aceita e admite o risco de produzir o


resultado;
Dolo Indireto
Dolo alternativo – quando a vontade do agente visa um ou outro
resultado, exemplo matar ou ferir.

Dolo de dano intenção de causar efetiva lesão a um bem jurídico


Dolo de perigo. Intenção de expor a risco o bem jurídico, Ex crime de rixa
Dolo específico, Vontade de realizar a conduta visando um fim especial. Ex extorsão
mediante seqüestro (art 159) o tipo é seqüestrar com o fim de obter vantagem
como condição ou preço do resgate.
Dolo geral Quando o agente supondo já ter alcançado o resultado por ele fisado,
pratica nova ação que efetivamente prova o resultado. Ex “A” atira em “B” e

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supondo que o tenha matado, atira seu corpo no mar, sendo que “B” vem morrer
afogado. “A” responde por crime doloso consumado e não por tentativa de homicídio
em concurso com homicídio culposo

Crime culposo

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência


ou imperícia.

Culpa – A teoria adotada pelo Código Penal em relação a culpa, gira em torno da
não observância do dever de cuidado ao sujeito, causando o resultado e tornando
punível o seu comportamento.

Modalidades de Culpa

Existem três modalidades de culpa: a imperícia ( falta de aptidão técnica, teórica ou


prática, somente atribuída no exercício da profissão), imprudência (prática de ato
perigoso) e a negligência ( falta de precaução).

Espécies de Culpa

A Culpa se divide em:

Culpa consciente: o sujeito prevê o resultado, mas espera que ele não aconteça,
difere-se dolo eventual, porque neste o agente prevê o resultado mas não se
importa se ele ocorrer ou não.

Culpa inconsciente: o sujeito não prevê o resultado, embora ele seja previsível ao
homus medius.
Culpa própria: o sujeito não quer e nem assume o risco de produzir o resultado
Culpa imprópria ou culpa por extensão: É aquela em que o agente supõe estar
agindo acobertado por uma excludente de ilicitude (discrminante putativa) em razão
disso e de forma intencional provoca um resultado ilícito. Apesar de a ação ser
dolosa, o agente responde por crime culposo na medida em sua avaliação acerca da
situação fática foi realizada de maneira equivocada. Falaremos mais adiante ao
estudarmos os, Arts. 20 § 1º, 2ª parte e 23, parágrafo único fim). o sujeito prevê e
quer o resultado, mas sua vontade baseia-se em erro de tipo inescusável ou
vencível

Graus de Culpa

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A culpa se divide em grave, leve e levíssima, a Lei não faz nenhuma distinção entre
ambas que só têm relevância na aplicação da pena.

Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por
fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.

Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de
pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

Conforme já estudado, mesmo que um fato seja típico, não haverá crime se
estiver presente alguma das excludentes de antijuricidade previstas em Lei:
legítima defesa, Estado de necessidade, Estrito cumprimento do dever legal e
Exercício regular do direito e outras previstas na Parte Especial do CP.

Os termos Descriminantes, portanto, referem-se a essas causas que excluem


a ilicitude da conduta. Para tanto, há necessidade de todos os seus requisitos
estejam presentes, que serão objeto de outras aulas. Caso todos os requisitos
estejam presentes dizemos que o agente agiu em legitima defesa real, estado de
necessidade real estrito cumprimento do dever real e exercício do direito real.

Acontece que é possível que o sujeito, em face das circunstâncias, suponha


estarem presentes estes requisitos, quando, em verdade, não estão. A esta situação
dá-se o nome de legítima defesa putativa, estado de necessidade putativo etc. A
palavra “putativo” é sinônimo de coisa imaginária, suposta

Então quais as suas conseqüências? Depende da espécie de equívoco do


agente, assim o erro que levou o agente à situação imaginária pode ser referente
aos:
a) pressupostos de fato da causa excludene de ilicitude, o que a
doutrina resolveu denominar de descriminante putativa por erro de tipo
(permissivo) - Não confundir esta nomenclatura com o erro de tipo já estudado,
Como sabemos existem normas penais que são incriminadoras (tipos penais) e
normas penais permissivas (excludentes de ilicitude), todas com seus elementos e
requisitos próprios –.
O Art 20, § 1° vem estabelecer que se o erro foi plenamente justificado pelas
circunstâncias , fica o agente isento de pena (excluem o dolo e a culpa). Entretanto,
se o erro era evitável o agente responderá por crime culposo, caso haja previsão. Ex
“A” ouve um barulho á noite na sua cozinha, pensando tratar-se de um bandido,
pega uma arma e efetua um disparo alvejando “B”, que na verdade era seu filho,
que estudava em outra cidade e não o avisou que retornaria naquela noite. Tudo vai
depender se o erro era evitável ou não para a imposição de pena d “A”

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b) limites da excludente de ilicitude neste caso a doutrina diz haver erro


de proibição (Art 21 do CP) o agente tem perfeita noção do que está ocorrendo, ou
seja, não há nenhum erro quanto a situação fática, mas ele supõe a existência de
uma excludente que, na verdade, não existe

Erro determinado por terceiro

§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.

O erro pode ser praticado por um indivíduo, entretanto causado por outra
pessoa, sendo que neste caso a terceira pessoa que causou a tal erro se agiu
dolosamente com a intenção de criar o crime respondera a título de dolo, se
praticou por erro responderá a título de culpa. O provocado, o indivíduo que foi
induzido ao erro será isento de pena.

Erro sobre a pessoa

§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena.
Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.

O erro sobre a pessoa é aquele em que há engano de representação, pois nele


o agente crê tratar-se de outra pessoa. Difere do erro de execução, que é o erro de
alvo, quando o indivíduo por acidente atinge outra pessoa diversa da pretendida.
O erro do agente quanto a pessoa ofendida não o isenta de pena, no entanto as
qualidades ou condições da vítima que contarão para agravara o delito, serão as
mesmas da vítima pretendida (aquela a que se quis ofender).

Erro sobre a ilicitude do fato

Art.21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do


fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um
terço.
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a
consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou
atingir essa consciência.

Para se pode aplicara pena faz-se necessário que exista a culpabilidade, que o
agente tenha agido ao menos a título de dolo ou culpa, tendo a capacidade de
entender a ilicitude do fato.

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Assim tal artigo trata do erro sobre a ilicitude do fato, ou seja, o agente
agindo de forma consciente comete o delito, entretanto desconhecendo que o ato
praticado trata-se de um delito.
Ninguém pode usar em sua defesa o elemento do desconhecimento da lei,
entretanto o agente pode incompreender a ilicitude do fato.

O erro sobre a ilicitude do fato pode escusável, podendo o indivíduo ser isento
de pena, ou inescusável, respondendo o indivíduo a pena entretanto com uma
causa atenuante da pena.
O erro sobre a ilicitude do fato também é chamado de erro de proibição, podendo
ser conceituado da seguinte forma: o agente embora agindo com vontade, portanto
dolosamente, atua por erro quanto a ilicitude de sua conduta.

Diferença em relação ao erro sobre os elementos do tipo: no erro sobre os


elementos do tipo, o erro recai sobre o tipo penal, sendo que no erro sobre a
ilicitude do fato o erro recai sobre a ilicitude do comportamento do sujeito.

Coação irresistível e obediência hierárquica

Art.22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência


a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor
da coação ou da ordem.

Coação é a utilização de força física (força física) ou grave ameaça (coação


moral) contra alguém a fim de que esse faça ou deixe de fazer alguma coisa. O Art.
22, trata da coação moral irresistível, não podendo o indivíduo agir de outra
forma em face de retirada de sua voluntariedade.
Tal coação moral irresistível tratada no Art. 22, leva a não exigibilidade de conduta
diversa, existindo o coator o coagido e a vítima, podendo tal ameaça ser dirigida a
terceira pessoa.

Entretanto se existir na coação a possibilidade de conduta diversa, (resistível)


poderá ser imputado ao agente a culpabilidade (terá uma circunstância atenuante),
somente isentando de pena, quando caracterizada a impossibilidade total de outra
conduta.
No que diz respeito a obediência hierárquica, torna-se necessário a existência de
dois pressupostos:

Subordinação Hierárquica (Grau de Superioridade)

DA ORDEM Formalidades legais (Funcionário Competente)

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Ordem não manifestamente ilegal

DA OBEDIÊNCIA - Deve a obediência ser estrita, pois se o agente se excede, não


obedecendo rigorosamente a ordem responderá pelo seu excesso.

Efeitos

Para quem excede a ordem – Se ela preenche os requisitos acima e é estritamente


cumprida, há exclusão de culpabilidade, caso seja desprovida o sujeito será
beneficiado por uma circunstância atenuante.
Para quem dá a ordem – Será este que sofrerá a punição pelo fato cometido em sua
obediência.

Exclusão de ilicitude

Art.23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:


I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

Como já explicado, para que um comportamento seja punível, faz-se


necessário que o fato seja típico e antijurídico, sendo que tal comportamento vai
contra ordenamento jurídico.
Entretanto a antijuridicidade e a ilicitude podem ser excluídas por algumas causas,
sendo estas causas tratadas no presente artigo.

Se forem excluídas a ilicitude e a antijuridicidade, não há crime, por isso o


Código trata dessa forma tais causas.
Vamos deixar para tratar no estado de necessidade e na legítima defesa nos seus
respectivos artigos, passando a comentar sobre o estrito cumprimento do dever
legal e exercício regular do direito.

Estrito Cumprimento do Dever Legal

O agente atua no cumprimento do dever legal, sendo que seu comportamento


não é antijurídico, devendo ser imposto por qualquer norma legal (lei, decreto etc.).
Admite-se que o dever seja referente não só a funcionário público, como também a
particular. Ex: policial que lesiona assaltante em fuga, Oficial de justiça que
apreende bens et.

Exercício Regular do Direito

O agente atua dentro dos limites e prerrogativas conferidos pelo


ordenamento jurídico, seja civil, penal ou administrativo, Ex recusa em depor por

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quem tenha o dever de guardar sigilo, lesões desportivas dentro das regras
desportivas etc

Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo,
responderá pelo excesso doloso ou culposo.

Em todas as causa de exclusão de ilicitude, pode ocorrer o excesso punível.


Isso ocorre quando ele agindo em conformidade com o estabelecido na lei, extrapola
o limites dela, excedendo-se na conduta.
Desta forma, pode responder o agente pelo excesso doloso ou culposo, resultante
do erro.

Estado de necessidade
Art.24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar
de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável
exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena
poderá ser reduzida de um a dois terços.

Estado de necessidade é a situação de perigo atual, não provocado


voluntariamente pelo agente, em que este lesa bem de outrem, para não sacrificar
direito seu ou alheio, cujo sacrifício não podia ser razoavelmente exigido.

Requisitos:

• Perigo atual;
• Ameaça a direito próprio ou alheio, cujo sacrifício era razoável exigir-se;
• Situação não provocada pela vontade do agente;
• Conduta inevitável de outro modo;
• Conhecimento da situação de fato;
• Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo.

É uma das causas de exclusão de ilicitude, contidas no Art. 23, I do Código Penal.
Pode existir o estado de necessidade próprio, de terceiro e putativo.

Legítima defesa
Art.25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

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Age em legítima defesa quem, usando do meios necessários com moderação,


reage à injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de terceiro.

Requisitos:

• Agressão injusta;
• Agressão atual ou iminente;
• Preservação de direitos, seu ou de terceiros;
• Repele agressão por meios necessários, usando moderadamente destes.

Diferença entre a legítima defesa e estado de necessidade:

- No estado de necessidade (EN) há conflito entre titulares de interesses jurídicos


lícitos e na Legitim,a defesa (LD) uma agressão a um bem tutelado.
- EN se exerce contra qualquer causa (de terceiros, caso fortuito, etc.), mas só há
legítima defesa contra a conduta do homem.
- No EN há ação e na legítima defesa, reação.
- No EN o bem jurídico é exposto a perigo, na LD é exposto a uma agressão.
- Só há LD quando se atua contra o agressor e há estado de necessidade na ação
contra terceiro inocente.
- No EN a ação é praticada ainda contra agressão justa, como no estado de
necessidade recíproco; na legítima defesa a agressão deve ser injusta.

Excesso Punível

Art. 23 do CP, podendo o agente responder a título de dolo ou culpa. O meio


necessário não indica o excesso punível, mas sim forma que este é usado com
moderação ou não. Exemplo. Um indivíduo repele uma agressão, podendo
utilizar-se de uma bengala ou uma arma, por sua vez este pega a arma e atira no
braço do agressor, utilizou-se moderadamente dos meios necessários.

O policial que mata um bandido age em estrito cumprimento do dever legal ou


legítima defesa? Age em legítima defesa, pois ele não tem o dever legal de matar,
atributo somente do pelotão de fuzilamento em caso de guerra

Pode ocorrer legítima defesa seguida de outra legítima defesa?

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Legítima defesa putativa?

Armadilhas de defesa ou ofendículos.

TÍTULO III

DA IMPUTABILIDADE PENAL

Inimputáveis

Art.26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento


mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.

Imputabilidade é capacidade da pessoa entender que o fato é ilícito e de agir


de acordo com esse entendimento. Assim como anteriormente o agente somente é
punido se este for imputável, desta forma a imputabilidade é pressuposto de pena.
Diante disto se o agente no momento da ação ou omissão ilícita, era incapaz
de entender o caráter ilícito do fato, este será inimputável, sendo isento de pena.

Natureza jurídica

É uma causa de exclusão de culpabilidade, para tanto basta verificar o que diz
o Código, citando que o agente será “isento de pena”.

Efeitos

Declara a inimputabiluidade do agente, este não é condenado, sendo


absolvido, entretanto submetido a uma medida de segurança, conforme disposto
nos Arts. 96 e 97 do CP.

Requisitos

• Causa – doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado;


• Conseqüência – incapacidade completa de entender a ilicitude do fato ou de
determinar-se de acordo com essa compreensão;
• Tempo – os dois requisitos posteriores devem existir ao tempo da conduta.

Doença mental – a lei se refere as moléstias de qualquer origem (psicose


maníaco depressiva, esquizofrenia, paranóia etc.)

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Exame médico-legal – o acusado deve ser submetido a perícia médica, porém


é o juiz quem decidirá da inimputabilidade ou não.

Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente,
em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

O parágrafo único cuida da hipótese semelhante a do caput, mas referente tão


somente a capacidade ou entendimento reduzidos, não isentando de pena, mas
sim utilizando da redução de pena, pois o agente não era inteiramente capaz de
entender a ilicitude de sua conduta.

Requisitos

• Causa – perturbação de saúde mental, ou desenvolvimento mental incompleto ou


retardado;
• Conseqüência – falta de inteira capacidade de entender a ilicitude do fato ou de
orientar-se de acordo com esse entendimento;
• Tempo – existência dos requisitos anteriores no momento do crime.

Perturbação de saúde mental

Toda doença mental é perturbação, mas está nem sempre é doença mental,
exemplos: fronteiriços, oligofrênicos etc.

Menores de dezoito anos

Art.27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis,


ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.

A idade penal adotada pelo nosso Código Penal é 18 anos. Assim aos menores
de18 anos são aplicadas normas especiais previstas pela Constituição Federal de
1988.
A presunção de inimputabilidade penal dos menores de 18 anos, prende-se tão
somente a critérios biológicos, pois acredita-se que o menor de 18 anos ainda não
possui uma personalidade formada.
O menor pode ser emancipado, casado ou superdotado, caso pratique uma infração
penal, a presunção legal persiste em seu caráter absoluto.
Desta forma ao menor infrator aplica-se o procedimento previsto na Lei
8.069/90, ECA.

Procedimento

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Assim o menor de 18 anos não pratica infração penal, mas na verdade ato
infracional, apurando tal ato não pela ação penal, mas sim pela ação sócio-
educativa, aplicando ao infrator uma medida sócio-educativa e não a pena.
Na dúvida entre a maioridade e a menoridade, sempre prevalece a menoridade até
que seja dirimida tal questão.

Emoção e paixão

Art.28 - Não excluem a imputabilidade penal:


I - a emoção ou a paixão;

Emoção
É um movimento psíquico de forte e repentina comoção ou excitação, que pode
acometer numa pessoa, ä vista de alguém ou pela percepção de algo bom ou ruim.
Exemplos: raiva, alegria, medo, coragem etc.

Paixão
É um estado psíquico similar à emoção, porém mais duradouros, muitas vezes
originários de uma emoção guardada e constantemente lembrada. Exemplos: amor,
ciúme, ódio, ambição etc.

Efeitos

Dispõe o Art. 28, I, que tanto os estado emotivos como os estados passionais, não
afastam a imputabilidade penal. Entretanto se a emoção ou paixão entre em
estados patológicos, ao indivíduo pode ser aplicada a medida prevista aos
inimputáveis no Art. 26 do CP.
Porém a emoção ou paixão podem ser utilizadas como circunstâncias atenuantes em
consonância com o Art. 65, III, c, última parte.

Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos
análogos.

§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa,


proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.

§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez,


proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da
omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.

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Embriaguez é o estado de intoxicação aguda e passageira, provocada pelo álcool (ou


outras substâncias de semelhantes efeitos), que reduz ou priva a capacidade de
entendimento.
Somente a embriaguez acidental (não culposa e nem a voluntária) exclui a
imputabilidade.

Divisão da embriaguez

Para o Art. 28 do CP, há duas espécies de embriaguez:

a) acidental (resultante de caso fortuito ou força-maior);

b) não-acidental (voluntária ou culposa).

Graus de embriaguez

A embriaguez pode ser completa ou incompleta.

Embriaguez pré-ordenada – Princípio da Actio Libera in Causa, circunstância


agravante do Art. 61, II, I do CP.

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