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DIREITO PENAL
AULA 3
PARTE GERAL
(continuação)
CONTAGEM DO PRAZO
cálculo. Ex.: preso por prisão de alimentos pelo prazo de 30 dias, data da prisão da
18 de janeiro, será solto em 17 de fevereiro. (Prazo penal)
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Art. 12 – As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei, se
esta não dispuser de modo diverso.
Crime doloso
Dolo direto quando o agente visa certo e determinado resultado. Ex “A” quer matar
“B” diz respeito a primeira hipótese (o agente quis o resultado), sendo que o dolo
indireto, esta na segunda hipótese ( o agente assume o riso de produzir o
resultado). O dolo indireto por sua vez ainda divide-se outra classe:
Dolo indireto ou indeterminado quando o agente não se dirige a um certo e
determinado resultado, subdividindo-se em:
supondo que o tenha matado, atira seu corpo no mar, sendo que “B” vem morrer
afogado. “A” responde por crime doloso consumado e não por tentativa de homicídio
em concurso com homicídio culposo
Crime culposo
Culpa – A teoria adotada pelo Código Penal em relação a culpa, gira em torno da
não observância do dever de cuidado ao sujeito, causando o resultado e tornando
punível o seu comportamento.
Modalidades de Culpa
Espécies de Culpa
Culpa consciente: o sujeito prevê o resultado, mas espera que ele não aconteça,
difere-se dolo eventual, porque neste o agente prevê o resultado mas não se
importa se ele ocorrer ou não.
Culpa inconsciente: o sujeito não prevê o resultado, embora ele seja previsível ao
homus medius.
Culpa própria: o sujeito não quer e nem assume o risco de produzir o resultado
Culpa imprópria ou culpa por extensão: É aquela em que o agente supõe estar
agindo acobertado por uma excludente de ilicitude (discrminante putativa) em razão
disso e de forma intencional provoca um resultado ilícito. Apesar de a ação ser
dolosa, o agente responde por crime culposo na medida em sua avaliação acerca da
situação fática foi realizada de maneira equivocada. Falaremos mais adiante ao
estudarmos os, Arts. 20 § 1º, 2ª parte e 23, parágrafo único fim). o sujeito prevê e
quer o resultado, mas sua vontade baseia-se em erro de tipo inescusável ou
vencível
Graus de Culpa
A culpa se divide em grave, leve e levíssima, a Lei não faz nenhuma distinção entre
ambas que só têm relevância na aplicação da pena.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por
fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de
pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
Conforme já estudado, mesmo que um fato seja típico, não haverá crime se
estiver presente alguma das excludentes de antijuricidade previstas em Lei:
legítima defesa, Estado de necessidade, Estrito cumprimento do dever legal e
Exercício regular do direito e outras previstas na Parte Especial do CP.
O erro pode ser praticado por um indivíduo, entretanto causado por outra
pessoa, sendo que neste caso a terceira pessoa que causou a tal erro se agiu
dolosamente com a intenção de criar o crime respondera a título de dolo, se
praticou por erro responderá a título de culpa. O provocado, o indivíduo que foi
induzido ao erro será isento de pena.
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena.
Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
Para se pode aplicara pena faz-se necessário que exista a culpabilidade, que o
agente tenha agido ao menos a título de dolo ou culpa, tendo a capacidade de
entender a ilicitude do fato.
Assim tal artigo trata do erro sobre a ilicitude do fato, ou seja, o agente
agindo de forma consciente comete o delito, entretanto desconhecendo que o ato
praticado trata-se de um delito.
Ninguém pode usar em sua defesa o elemento do desconhecimento da lei,
entretanto o agente pode incompreender a ilicitude do fato.
O erro sobre a ilicitude do fato pode escusável, podendo o indivíduo ser isento
de pena, ou inescusável, respondendo o indivíduo a pena entretanto com uma
causa atenuante da pena.
O erro sobre a ilicitude do fato também é chamado de erro de proibição, podendo
ser conceituado da seguinte forma: o agente embora agindo com vontade, portanto
dolosamente, atua por erro quanto a ilicitude de sua conduta.
Efeitos
Exclusão de ilicitude
quem tenha o dever de guardar sigilo, lesões desportivas dentro das regras
desportivas etc
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo,
responderá pelo excesso doloso ou culposo.
Estado de necessidade
Art.24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar
de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável
exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena
poderá ser reduzida de um a dois terços.
Requisitos:
• Perigo atual;
• Ameaça a direito próprio ou alheio, cujo sacrifício era razoável exigir-se;
• Situação não provocada pela vontade do agente;
• Conduta inevitável de outro modo;
• Conhecimento da situação de fato;
• Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo.
É uma das causas de exclusão de ilicitude, contidas no Art. 23, I do Código Penal.
Pode existir o estado de necessidade próprio, de terceiro e putativo.
Legítima defesa
Art.25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Requisitos:
• Agressão injusta;
• Agressão atual ou iminente;
• Preservação de direitos, seu ou de terceiros;
• Repele agressão por meios necessários, usando moderadamente destes.
Excesso Punível
TÍTULO III
DA IMPUTABILIDADE PENAL
Inimputáveis
Natureza jurídica
É uma causa de exclusão de culpabilidade, para tanto basta verificar o que diz
o Código, citando que o agente será “isento de pena”.
Efeitos
Requisitos
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente,
em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Requisitos
Toda doença mental é perturbação, mas está nem sempre é doença mental,
exemplos: fronteiriços, oligofrênicos etc.
A idade penal adotada pelo nosso Código Penal é 18 anos. Assim aos menores
de18 anos são aplicadas normas especiais previstas pela Constituição Federal de
1988.
A presunção de inimputabilidade penal dos menores de 18 anos, prende-se tão
somente a critérios biológicos, pois acredita-se que o menor de 18 anos ainda não
possui uma personalidade formada.
O menor pode ser emancipado, casado ou superdotado, caso pratique uma infração
penal, a presunção legal persiste em seu caráter absoluto.
Desta forma ao menor infrator aplica-se o procedimento previsto na Lei
8.069/90, ECA.
Procedimento
Assim o menor de 18 anos não pratica infração penal, mas na verdade ato
infracional, apurando tal ato não pela ação penal, mas sim pela ação sócio-
educativa, aplicando ao infrator uma medida sócio-educativa e não a pena.
Na dúvida entre a maioridade e a menoridade, sempre prevalece a menoridade até
que seja dirimida tal questão.
Emoção e paixão
Emoção
É um movimento psíquico de forte e repentina comoção ou excitação, que pode
acometer numa pessoa, ä vista de alguém ou pela percepção de algo bom ou ruim.
Exemplos: raiva, alegria, medo, coragem etc.
Paixão
É um estado psíquico similar à emoção, porém mais duradouros, muitas vezes
originários de uma emoção guardada e constantemente lembrada. Exemplos: amor,
ciúme, ódio, ambição etc.
Efeitos
Dispõe o Art. 28, I, que tanto os estado emotivos como os estados passionais, não
afastam a imputabilidade penal. Entretanto se a emoção ou paixão entre em
estados patológicos, ao indivíduo pode ser aplicada a medida prevista aos
inimputáveis no Art. 26 do CP.
Porém a emoção ou paixão podem ser utilizadas como circunstâncias atenuantes em
consonância com o Art. 65, III, c, última parte.
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos
análogos.
Divisão da embriaguez
Graus de embriaguez