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Questões de Direito Processual Penal

Paula Camila de Lima ( * )

01. Uma vez deferido pelo juiz o arquivamento do inquérito policial, a


pedido do Ministério Publico, resta à vitima, inconformada com tal decisão, a
possibilidade de:

(A) ajuizar ação penal privada subsidiária da pública, em razão da inércia do


Ministério Público;

(B) impetrar mandado de segurança, apontando o juiz como autoridade


coatora;

(C) interpor recurso de apelação da decisão, pois esta apreciou o mérito da


causa;

(D) impetrar mandado de segurança, apontando o Promotor de Justiça como


autoridade coatora;

(E) resignar-se, pois as investigações só podem ser retomadas se houver


notícia de novas provas.

02. A ação penal condenatória pode ser classificada, quanto à sua iniciativa,
em:

(A) pública incondicionada, pública condicionada à requisição, privada


originária, privada subsidiária da pública e popular;

(B) pública incondicionada, pública condicionada à representação, pública


condicionada à queixa-crime, privada originária e privada subsidiária da
pública;

(C) pública incondicionada, pública condicionada à queixa-crime, privada


originária, privada subsidiária da pública e coletiva;

(D) pública incondicionada, pública condicionada à representação, pública


condicionada à requisição, privada originária e privada subsidiária da
pública;
(E) pública incondicionada, pública condicionada à queixa-crime, privada
originária, privada subsidiária da pública e popular.

03. Acerca do processo e julgamento dos crimes de tráfico e uso indevido de


substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou
psíquica, julgue os itens abaixo.

I - Para a lavratura do auto de prisão em flagrante, não se faz necessário


laudo de constatação da natureza e da quantidade da droga.

II - Os prazos de conclusão do inquérito policial podem ser duplicados pelo


juiz, ouvido o MP, mediante pedido justificado da autoridade policial.

III - Em qualquer fase da persecução criminal, é permitida, mediante


autorização judicial e ouvido o MP, a não-atuação policial sobre os
portadores de drogas que se encontrem no território brasileiro, com a
finalidade de identificar e responsabilizar maior número de integrantes de
operações de tráfico e distribuição, ainda que não haja conhecimento sobre
a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores.

IV - o juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre as


circunstâncias judiciais previstas no CP, a natureza e a quantidade da
substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente.

V - O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a


investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-
autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto
do crime, no caso de condenação, poderá ser beneficiado com o perdão
judicial.

Estão certos apenas os itens:

(A) I e II.

(B) I e III.

(C) II e IV.

(D) III e V.

(E) IV e V.
04. A parte defensora deve opor, sob pena de preclusão, na oportunidade
do oferecimento de suas alegações preliminares, a exceção de:

(A) litispendência;

(B) ilegitimidade da parte;

(C) incompetência relativa do Juízo;

(D) coisa julgada;

(E) nulidade relativa do processo.

05. A possibilidade de o juiz rejeitar, no todo ou em parte, o laudo pericial e


uma consequência lógica do principio:

(A) das provas tarifadas;

(B) da intima convicção;

(C) das provas legais;

(D) da persuasão racional do juiz;

(E) da independência do Poder Judiciário.

06. Uma das partes processuais, desejando que um determinado processo


de seu interesse deixasse de ser processado por Júlio César, técnico
judiciário juramentado conhecido por sua extrema diligência e presteza,
resolve provocar com ele uma discussão, passando a injuriá-lo, criando
assim um pretexto para arguir a suspeição do referido funcionário, o que
efetivamente é feito. A decisão mais correta a ser tomada pelo juiz, ao
apreciar essa exceção de suspeição de Júlio Cesar, é julgá-la:

(A) procedente, determinando o processamento do feito por outro técnico


judiciário, pois a ocorrência da discussão justifica a suspeição alegada;

(B) improcedente, pois só uma discussão onde sejam cometidos crimes


contra a honra recíprocos caracteriza a suspeição do funcionário;

(C) improcedente, porque a suspeição do funcionário não pode ser


reconhecida quando a própria parte injuriar o funcionário ou der motivo
para criá-Ia;
(D) procedente, pois o motivo da discussão é irrelevante para efeito de
caracterizar a suspeição do funcionário, que não tem mais isenção de ânimo
para oficiar no processo;

(E) improcedente, pois tanto as partes processuais quanto os funcionários


da justiça possuem imunidade por suas palavras e opiniões, na discussão da
causa.

07. Gustavo, técnico judiciário juramentado, contraiu empréstimo de vultosa


quantia com Flavio, advogado amigo seu desde a época da faculdade. Um
dia, ao folhear os autos de um processo Criminal sob sua responsabilidade,
Gustavo percebe que o réu constituiu como defensor justamente Flávio, fato
que até então desconhecia. A providência mais correta a ser adotada por
Gustavo, à luz dessa constatação é:

(A) declarar nos autos a sua suspeição, requerendo ao juiz que determine a
distribuição do feito a um outro funcionário da serventia;

(B) prosseguir oficiando no feito normalmente, pois inexiste suspeição de


funcionário da justiça, mas tão-somente de juízes e membros do Ministério
Público;

(C) prosseguir oficiando no feito normalmente, porque embora seja possível,


em tese, a suspeição do funcionário, o fato deste ser devedor de uma das
partes não caracteriza suspeição;

(D) aguardar a arguição de sua suspeição por uma das partes processuais,
porque o funcionário não pode, por iniciativa própria, se declarar suspeito;

(E) prosseguir oficiando no feito normalmente, haja vista que somente a


dívida contraída durante o tramite do processo caracteriza suspeição.

08. Não se tratando de crime hediondo, a liberdade provisória SEM


arbitramento de fiança deve ser concedida pelo juiz sempre que:

(A) o auto de prisão em flagrante for nulo;

(B) o preso for primário e de bons antecedentes;

(C) a prisão em flagrante não puder ser convolada em temporária;

(D) não for possível o arbitramento de fiança;

(E) estiverem ausentes os pressupostos e circunstâncias autorizadoras da


prisão preventiva.
09. Bruno foi denunciado pela prática de infração penal, praticada em
meados de 1997, sendo a denúncia recebida pelo juiz, que determina sua
citação pessoal. Frustradas todas as tentativas de localizá-lo, o meirinho
certifica estar o denunciado em lugar incerto e não sabido. O magistrado
então determina a citação editalícia de Bruno, que não comparece ao seu
interrogatório. Três dias após a data dessa última audiência, todavia, o
advogado constituído por Bruno oferece defesa prévia, instruída com
procuração outorgada por seu cliente. A providência mais correta a ser
adotada pelo juiz é:

(A) determinar a suspensão do processo e do prazo prescricional, a


produção das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar a
prisão preventiva do réu;

(B) decretar a revelia do réu, determinar o prosseguimento do processo em


sua regular tramitação e, se for o caso, decretar a prisão preventiva do
mesmo;

(C) determinar a suspensão do processo, sem prejuízo da fluência do prazo


prescricional, a produção das provas consideradas urgentes e, se for o caso,
decretar a prisão preventiva do réu;

(D) decretar a prisão preventiva do réu, pois a revelia, por si só, já


demonstra estar o mesmo se furtando a aplicação da lei penal;

(E) decretar a revelia do réu, determinando a suspensão do prazo


prescricional e o prosseguimento do processo em sua regular tramitação e,
se for o caso, decretar a prisão preventiva do mesmo.

10. Mário foi condenado pela pratica do crime de furto pela primeira
instância. O Ministério Público não apelou da sentença condenatória. A
Defesa, por sua vez, interpôs apelação, pleiteando a reforma da decisão,
por entender insuficientes as provas dos autos para manter a condenação.
A 9ª Câmara Criminal do TJ/RJ, ao julgar o apelo, decide que, a bem da
verdade, as provas indicam a prática do crime de roubo, eis que a subtração
foi cometida por Mário mediante o emprego de violência. Nessa hipótese, a
decisão mais acertada é:

(A) negar-se provimento ao apelo, reformando-se a decisão para condenar


Mário nas penas do crime de roubo;

(B) negar-se provimento ao apelo, mantendo-se a condenação pelo crime de


furto;
(C) determinar-se a abertura de vista ao Procurador de Justiça com
atribuição junto à Câmara, para que ele adite a denúncia;

(D) declarar-se nulo o processo, determinando-se sua baixa à primeira


instância, para que o Promotor de Justiça junto ao juízo de primeiro grau
adite a denúncia;

(E) absolver-se o apelante, pela impossibilidade tanto de se considerar


elementar do tipo nova no segundo grau de jurisdição quanto de se baixar
os autos à primeira instância para esse fim.

11. Sendo um Deputado Federal acusado da prática de um crime comum, é


correto afirmar que:

(A) desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não


poderão ser presos, salvo em flagrante de crime afiançável, nem
processados criminalmente, sem prévia licença de sua Casa;

(B) recebida a denúncia contra o Deputado, por crime ocorrido após a


diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva,
que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da
maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento
da ação;

(C) desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não


poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem
processados criminalmente, sem previa Iicença de sua Casa;

(D) recebida a denúncia contra o Deputado, por crime ocorrido após a


diplomação, o Superior Tribunal de Justiça dará ciência a Casa respectiva,
que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da
maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento
da ação;

(E) desde a data da posse, os membros do Congresso Nacional não poderão


ser presos, salvo em flagrante de crime afiançável, nem processados
criminalmente, sem previa Iicença de sua Casa.

12. José Renato foi denunciado pelo Ministério Público, tendo sido a
denúncia recebida pelo juiz, que determinou a sua citação pessoal para
comparecer ao seu interrogatório. Frustradas todas as tentativas de
localizá-lo, o meirinho certifica estar o denunciado em lugar incerto e não
sabido. O magistrado então determina a citação editalícia de José Renato,
que não comparece para ser devidamente interrogado. Em 1990, o juiz
decreta a revelia de José Renato, seguindo o processo sua regular
tramitação. Após a prolação da sentença condenatória, chega aos autos um
oficio que prova que José Renato esteve preso, desde a época do
recebimento da denúncia, naquela mesma unidade da Federação. Essa
circunstância caracteriza:

(A) mera irregularidade, sem maiores consequências;

(B) nulidade relativa, cabendo a Defesa demonstrar o prejuízo e arguí-la até


as alegações finais, sob pena de preclusão;

(C) nulidade absoluta, podendo ser arguida ate o transito em julgado da


decisão;

(D) nulidade relativa, cabendo a Defesa demonstrar o prejuízo e arguí-la até


as alegações preliminares, sob pena de preclusão;

(E) nulidade absoluta, podendo ser arguida após o trânsito em julgado da


decisão.

13. Segundo o Código de Processo Penal, o recurso é sempre voluntário,


EXCETO nas hipóteses de decisão que:

(A) concede reabilitação, habeas corpus na primeira instância ou habeas


corpus de ofício na segunda instância;

(B) concede habeas corpus de ofício na primeira ou segunda instância ou


absolve sumariamente o réu no Tribunal do Júri;

(C) absolve sumariamente o réu no Tribunal do Júri, concede habeas corpus


de oficio na segunda instância ou concede reabilitação;

(D) concede reabilitação, absolve sumariamente o réu no Tribunal do Júri ou


concede habeas corpus na primeira instância;

(E) concede ou denega habeas corpus em qualquer instância, concede


reabilitação ou absolve sumariamente o réu no Tribunal do Júri.

14. Com relação à prisão de natureza administrativa militar, é mais correto


afirmar ser cabível a impetração de habeas corpus:

(A) em nenhuma hipótese, por expressa vedação constitucional;


(B) nos casos de paciente policial militar ou bombeiro, pois o mesmo não é
integrante de nenhuma das três Forças Armadas;

(C) em qualquer hipótese, pois o artigo 5°, LXVIII, da Constituição da


República, não faz qualquer ressalva à prisão administrativa militar;

(D) somente no que diz respeito aos critérios de oportunidade e


conveniência da decisão;

(E) somente no que tange aos pressupostos legais da decisão.

15. Assinale a opção correta à luz do entendimento do STF acerca das


nulidades no processo penal.

(A) A coisa julgada material que recobre sentença condenatória por delito
de quadrilha ou bando não obsta, por si só, a que se reconheça, em habeas
corpus, a atipicidade da conduta e a consequente nulidade da condenação,
se um dos supostos membros foi definitivamente absolvido em outro
processo.

(B) Se o advogado constituído do réu, embora devidamente intimado, deixa


de apresentar alegações finais, o juiz pode proferir sentença condenatória,
sem necessidade de designar defensor público ou dativo para suprir a falta,
sem que haja qualquer espécie de nulidade.

(C) É nula a decisão de pronúncia que contem excesso de linguagem, ainda


que os jurados não tenham tido acesso a ela, pois não há necessidade de
comprovação de prejuízo concreto.

(D) No direito processual penal, diferentemente do que ocorre no processo


civil, é absoluta a nulidade decorrente da inobservância da competência
penal por prevenção.

(E) No rito do juizado especial criminal, o comparecimento do acusado a


audiência preliminar sem o acompanhamento de advogado, ainda que
tenha o réu recusado a proposta de transação penal, e causa de nulidade
absoluta, que independe da demonstração de prejuízo.

GABARITO:

(01) - E

(02) - D

(03) - C
(04) - C

(05) - D

(06) - C

(07) - A

(08) - E

(09) - B

(10) - E

(11) - B

(12) - E

(13) - D

(14) - E

(15) - A

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Notas:

* Questões de Direito Processual Penal, extraídas do SIMULADO 2009, da


Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro - EMERJ, selecionadas
por Paula Camila de Lima, Advogada, Pós-graduada em Direito Tributário
com formação em Magistério Superior - FMS pela Unisul/LFG, Bauru/SP.
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