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Pierre Schaeffer, John Cage, R. Murray Schafer, Orson Welles, Dylan Thomas, Samuel
Beckett e Glenn Gould, entre tantos outros, se valeram das potencialidades estticas do
rdio como instrumento de criao acstica e de disseminao de idias.
A arte acstica, estreitamente associada ao rdio desde os seus primeiros
passos nos anos 20 e 30 do sculo XX, tornou-se, na virada do milnio, uma arte
interdisciplinar por excelncia. Como arte de mdia, a arte acstica vem apresentando
desdobramentos, combinaes e possibilidades que demonstram ser ela uma arte
inesgotvel, em virtude da prpria dinmica do mundo da tecnologia e da criao
radiofnica. Nas palavras do dramaturgo alemo Klaus Schning:
Desde muito tempo, escritores, compositores, poetas sonoros, cineastas, reconheceram
o desafio criativo apresentado pela idia de ligar as suas atividades artsticas avanadas
com as novas possibilidades da eletroacstica. Isso levou emergncia de uma forma de
arte qual tenho me referido como Arte Acstica ou Ars Acustica desde 1970. Uma nova
arte de mdia, cujo desenvolvimento pode ser associado a um caminho entre artes e
instituies, um caminho com muitas rotas alternativas dentro e fora da esfera do rdio
(Schning, 1997:12).
De acordo com Foucault, estes espaos, que esto ligados com todos os outros
e, no entanto, contradizem todos os lugares, devem ser divididos em dois grandes
tipos:
Temos primeiro as utopias. As utopias so os lugares sem espao real. So os lugares
que mantm com o espao real da sociedade uma relao geral de analogia direta ou
invertida. a prpria sociedade aperfeioada ou o contrrio da sociedade, mas de
qualquer forma essas utopias so os espaos que so fundamentais e essencialmente
irreais. (Foucault, 1984:16)
Referncias Bibliogrficas
FARABET, Rn (1994). Realit/Fiction. In: Bref loge du Coup de Tonnere et du Bruit dAiles. Arles,
Phonurgia Nova. p.88.
FOUCAULT, Michel (1984). Espaos Outros: Utopias e Heterotopias. Outra Revista de Criao, v.1,
n.1., pp. 16-19.
GRUNDMANN, Heidi (1995). Horizontal Radio. ORF, Viena. (prospecto dos CDs)
SCHNING, Klaus (1980). Em Defesa de uma Criana Abandonada. In: Introduo Pea
Radiofnica. Trad., introduo e notas de George Bernard Sperber. So Paulo, EPU. (texto escrito
em 1979)
SCHNING, Klaus (1997). On the Archaeology of Acoustic Art in Radio. In: Sound Klangreise Journey.
Studio Akustische Kunst (155 Werke 1968-1997). Kln, WDR. p.12.
MARIETAN, Pierre (1997). Pour un Art Sonore au Quotidien. Paris, mimeo. (texto cedido pelo autor)