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PALESTRA NO CENOL

TEMA – A PRECE – LIGAÇÃO MAIOR ENTRE CRIATURA E CRIADOR


DIA – 29.01.04.
DIRIGENTE – DIANE.

Objetivos:
a) Identificar a Prece como meio de ligação entre criatura e criador;
b) Apresentar o pensamento e a vontade como mecanismos através dos quais se
manifesta a ação da prece;
c) Ressaltar a alegria que a prece nos proporciona, destacando os benefícios que a
mesma traz aos corações que a pronunciam.

Queridos irmãos, uma boa noite a todos.


Que a Paz de nosso Senhor Jesus Cristo habite
em nossos corações.

“Certa vez, disse Jesus: Por isso vos


digo: todas as coisas que vós pedirdes
orando, crede que as haveis de ter, e assim
vos sucederão”.

É interessante notar os acontecimentos que


marcam nossas vidas e nós sequer damos
importância a eles
Às vezes, acontecimentos marcantes são
registrados e nós, em nossa ignorância, não
paramos para notar-lhe as características,
vantagens, desvantagens, enfim, as
conseqüências de tais fatos em nossas vidas.

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Por exemplo: Por que estamos aqui hoje? O


que nos fez sair de nossas casas, deixar nossas
famílias, nosso lazer, nossos descanso, para vir
ouvir uma palestra?
Com certeza ninguém veio aqui para ver e
ouvir o Adailton falando.
O que nos fez vir aqui? Esta é a grande
pergunta.
Na verdade foram as palavras do Meigo
Nazareno, em busca daquele consolo, daquela
esperança, daquela certeza de vida nova,
prometida por Jesus quando Ele disse:
“Se me amais, guardai os meus
mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará
outro Consolador, para que fique convosco para
sempre”.
O Espírito de verdade, que o mundo não pode
receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós
o conheceis, porque habita convosco, e estará
em vós.” (João 14:17)

“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que


o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará
todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo
quanto vos tenho dito”.(João 14:26)

“Eu sou o caminho, e a verdade e a vida;


ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (João 14:6)

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“Bem-aventurados os pobres de espírito,


porque deles é o reino dos céus”;
- Bem-aventurados os que choram, porque eles
serão consolados;
- Bem-aventurados os mansos, porque eles
herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de
justiça, porque eles serão fartos;
- Bem-aventurados os misericordiosos, porque
eles alcançarão misericórdia;
- Bem-aventurados os limpos de coração, porque
eles verão a Deus;
- Bem-aventurados os pacificadores, porque eles
serão chamados filhos de Deus;
- Bem-aventurados os que sofrem perseguição por
causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
- Bem-aventurados sois vós, quando vos
injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem
todo o mal contra vós por minha causa.
- Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso
galardão nos céus; porque assim perseguiram os
profetas que foram antes de vós.
- Porque em verdade vos digo que, até que o
céu e a terra passem, nem um jota ou um til
se omitirá da lei, sem que tudo seja
cumprido.” (Mateus 5:18)

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Ficamos na certeza de que Jesus não nos


abandonaria.
E hoje temos a certeza plena de que o
Espiritismo é o Consolador prometido por Jesus.
Porque veio na hora certa nos lembrar e
cumprir as promessas do Cristo, nos consolar e
mostrar que fomos criados para a felicidade, para
a vida eterna.
Mas o que a Doutrina Espírita espera de cada
um de nós?
E quais são as conseqüências esperadas
dessa nossa vinda a esta Casa Espírita, que
poderão marcar nossas vidas de agora em
diante?
A resposta para estas perguntas é de suma
importância, pois ela nos mostrará o objetivo final
da Doutrina Espírita.
Quando cada um de nós entra nesta Casa ou
em outra Casa Espírita qualquer, está, de uma
forma ou de outra, esperando que esse milagre
aconteça.
Estamos nos referindo ao milagre da
transformação – este é o grande objetivo da
Doutrina Espírita. A grande obra que ela deve
realizar para com cada homem e, no geral, para
com a Humanidade.
Transformar o homem. Fazê-lo melhor.

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É por isso ou para isso que nós saímos de


nossos lares e nos dirigimos a uma Casa Espírita.
Caso contrário, não teria sentido. Não teria
porquê.
Alguém poderá contestar dizendo que veio
em busca do consolo, do esclarecimento, da
comunhão com as forças espirituais aqui
presentes, enfim.
Isso é verdade, mas por trás de tudo isso,
esperamos transformar a nossa vida. Se temos
problemas esperamos não tê-los mais, se temos
infelicidades, esperamos não tê-la mais.
Então quando nós buscamos o consolo e o
esclarecimento tão presentes em todos os
ensinamentos que a Doutrina nos oferece, que
são na verdade, os ensinamentos de Jesus,
estamos buscando também a nossa
transformação íntima.
Em todos os ensinamentos contidos nas
Obras Básicas da Codificação Espírita, nas
mensagens que os Espíritos nos mandam a todo
instante, vamos encontrar sempre a orientação
de que é preciso renovar, mudar, esquecer os
vícios, os velhos hábitos, a fim de que as
maiorias de nossos problemas, nossas
dificuldades, possam ser solucionadas ou
diminuídas.

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De que adianta vir ao Centro, ouvir uma


Palestra, tomar um Passe magnético e continuar
sendo o mesmo lá fora?
Fazendo as mesmas coisas que se fazia
antes?
Temos dificuldade de relacionamento com a
esposa, por exemplo.
Procuramos uma Casa Espírita e ouvimos as
lições de Jesus nos recomendando o perdão das
ofensas, o esquecimento das mágoas, a
reconciliação.
Achamos que tudo é lindo e maravilhoso. Nos
emocionamos e prometemos mudar.
E chegamos em casa e, nada. É melhor deixar
para depois. A lição não foi para mim e sim para
ela. Ela sim é que é desequilibrada.Ela sim,
precisa do Evangelho.
Claro que se compreende que a reforma é
demorada, não acontece da noite para o dia.
Porém, mais cedo ou mais tarde, ela tem que
acontecer. Senão, estaremos perdendo tempo.
Uma das mais urgentes e necessárias
mudanças que precisam acontecer em nossas
vidas e ser melhorada imediatamente é a nossa
comunicação com Deus, Nosso Pai.
As pessoas não sabem orar. Não sabem fazer
Prece. Não sabem conversar com Deus ou têm
vergonha de procurar o Pai para uma conversa

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particular. Muitos até mesmo não gostam de


conversar com o Pai. Dizem que não vai mudar
nada.
E existem aquelas, quase todas, que O
procuram, na maioria das vezes, somente na hora
do sufoco. Na hora da dor, do sofrimento.Só
quando estão precisando, e mesmo assim, não o
sabem fazer.
E aqui, entramos no tema da noite – A PRECE
– LIGAÇÃO MAIOR ENTRE CRIATURA E CRIADOR.
Afinal de contas o que é a Prece?
Podemos dizer, para nosso mais fácil
entendimento, que a Prece nada mais é do que
um diálogo com o nosso Pai.
Na nossa vida diária, diante dos problemas
que nos atormentam: o filho traumatizado. O Pai
que sofre algum tipo de vício. A mãe que está
com depressão. O casal que não se entende, para
estes problemas, os profissionais especializados,
cada vez mais recomendam como terapia
fundamental para o bom entendimento e
possíveis reparos da situação, o DIÁLOGO.
Sem o diálogo fica muito mais difícil a vida
em sociedade.
E para os problemas gerais do mundo, os
grandes problemas da humanidade: guerra,
violência, miséria, desamor, falta de caridade,
enfim... Recomenda-se o diálogo com Deus.

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Que tal pararmos por algum instante para


conversarmos com Deus, ou mais
especificamente, que tal ouvirmos Deus.
Com certeza, se tentarmos essa experiência,
se perguntarmos: “Pai, o que queres que eu
faça?” Ouviremos a voz doce e melodiosa de
Nosso Pai nos dizendo baixinho: “Filho, o que eu
quero é apenas isso: que vocês se amem como eu
voz amo a todos”.
É somente isso que Ele quer de nós.
Só que temos vergonha de falar com Ele.
Aqui, uma outra dificuldade que enfrentamos.
Nós temos vergonha de Deus.
E temos vergonha não por causa de nossos
erros ou de nossas falhas.
Apenas temos vergonha de admitir que
gostamos, que precisamos, que somos filhos de
Deus.
No livro - As mais belas orações de todos os
tempos, 5ª edição, - encontramos vários tipos de
orações que foram feitas pelos mais diferentes
tipos de pessoas, culturas, raças, posições
sociais, etc...
Neste livro, os autores traçam um perfil da
religião na vida da humanidade, além de lembrar
o valor e importância da oração, deste momento
de comunhão com o mais alto, em nossas vidas.
Pela leitura pode se perceber, também, que

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sempre foi uma dificuldade para o homem,


admitir que precisa de Deus. E que muitas vezes
só nos damos conta dessa necessidade em
momentos dramáticos de nossas vidas.
Existe aqui neste livro uma Prece, chamada
de oração sem nome.
A oração foi encontrada no bolso de um
soldado americano, em pleno campo de batalha.
Do desconhecido rapaz, estraçalhado por uma
granada, restava apenas intacta esta folha de
papel.
Diz ele:

“Escuta, Deus: Jamais falei contigo.


Hoje, quero saudar-te. Bom dia! Como
vais?
Sabes? Disseram que tu não existes,
E eu, tolo, acreditei que era verdade.
Nunca havia reparado a tua obra.
Ontem à noite, da trincheira rasgada
por granadas, vi teu céu estrelado...
E compreendi então que me enganaram.
Não sei se apertarás a minha mão.
Vou te explicar e hás de compreender.
É engraçado: neste inferno hediondo
Achei a luz para enxergar o teu rosto.
Dito isto, já não tenho muita coisa a te
contar:

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Só que... que... tenho muito prazer em


conhecer-te.
Faremos um ataque ameia-noite.
Não sinto medo.
Deus, sei que tu velas...
Ah! É o clarim! Bom Deus, devo ir-me
agora.
Gostei de ti, vou sentir saudade...Quero
dizer:
Será cruenta a luta, bem o sabes,
E esta noite pode ser que eu vá bater-te
à porta!
Muito amigos não fomos, é verdade.
Mas...sim, estou chorando!
Vês, Deus, penso que já não sou tão
mau.
Bem, Deus, tenho que ir. Sorte é coisa
bem rara:
Juro, porém: já não receio a morte.”

Essa oração retrata bem como tem sido a


nossa relação com Deus.
E deixa muito claro que é muito mais por
ignorância do que por maldade.

Temos um outro ponto interessante para


tocarmos aqui.

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Algumas pessoas perguntam por que a


Doutrina Espírita não é tão forte quanto outras
religiões. Por que tudo é muito tímido, pequeno?
E a resposta é muito simples: Nós temos
vergonha de dizer que somos Espíritas. Temos
vergonha de vestir a camisa da Doutrina Espírita.
Quando torcemos por um time, aquele time
que a gente gosta, que a gente escolheu para ser
o time do coração, a gente diz que ele é o melhor,
veste a camisa e briga e defende o time com
unhas e dentes.
Agora quando se trata da Doutrina Espírita, aí
não. A gente se esconde. Diz que pode ser, fica
envergonhado, tímido e por isso a Doutrina
Espírita não é tão forte.
Quando se pergunta: Qual é a sua religião?
A gente olhe para os lados e responde
baixinho: Sou espírita!
O mesmo se dá com Deus. A gente é capaz de
brigar por qualquer coisa. Mas por Deus, aí não.
Deus não se discute.
Mas é um fato: Somos filhos de Deus.
Precisamos Dele sim e precisamos demonstrar
isso de alguma maneira. Precisamos entrar em
contato com o Pai e dizer-lhe: “PAI, EU PRECISO
DE VOCÊ”.
Não é vergonha nenhuma o filho dizer que
ama o pai.

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Nós precisamos dialogar com Deus e o meio


de dialogarmos com Ele é a PRECE.
Primeiramente, devemos saber o que é a
prece, como ela funciona, quais são os seus
mecanismos, onde a sua força e eficácia.
Mas falemos um pouco mais sobre Deus.
Allan Kardec, com o auxílio dos Espíritos
Superiores, em - O Livro dos Espíritos -, definiu
assim o Nosso Pai:
“Deus é a Inteligência Suprema, causa
primária de todas as coisas”.
Isso para que nós pudéssemos entender que
tudo aquilo que a gente imagina e o que a gente
não imagina.Tudo o que a gente pode ver e o que
a gente não pode ver. Todos os mundos que
compõem o Universo, enfim. Tudo foi criado por
Deus, e, ainda segundo os próprios Espíritos
responsáveis pela Codificação, tudo foi feito pela
vontade de Deus. Ou seja, Ele quis criar, ele quis
fazer e fez. Como fez, o modo como agiu, ainda é
complicado para nós entendermos devido a nossa
pequena compreensão. Mas à medida que
evoluímos, vamos tendo melhor compreensão de
como as coisas acontecem e aí, estaremos
capacitados para todo o entendimento.
E continuam Eles dizendo que há em todas as
criaturas um sentimento intuitivo da presença de
Deus que nos força a todos a procura-lo, busca-lo

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e que isso torna mais forte a prova de Sua


existência. Deus existe e isso nos basta.
E necessitamos Dele em nossas vidas. Daí a
importância da prece.
Antes, ainda quando éramos primitivos,
acreditávamos que para nos relacionar com Deus,
precisávamos de meios materiais, oferendas,
sacrifícios, coisas materiais.
E fomos aos poucos tomando consciência de
que Deus não precisava de gestos, formas,
comidas, nada disso, para nos ouvir, para nos
atender, para nos socorrer.
E hoje, graças a Doutrina Espírita, sabemos
que o meio mais eficaz, seguro e exclusivo de nos
comunicarmos com Deus é a oração.
A oração, a Prece ou a Reza, pois tudo é a
mesma coisa, nada mais é do que aquele
momento em que nos recolhemos para conversar
com o Pai.
Toda prece constitui, em essência, um “ato
de adoração”, é o que consta na Codificação,
segundo palavras das Entidades Sublimes.
Nela – estejamos no louvor, no pedido ou no
agradecimento – coloca-se a alma humana, em
genuflexão interior, diante da Majestade Divina.
O conhecimento Espírita vai, aos poucos,
corrigindo em nós, as distorções e arcaísmos, no

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que diz respeito ao entendimento da prece, seus


objetivos e conseqüências.
Por isso dissemos da necessidade de colocar
em prática aquilo que aprendemos em uma Casa
Espírita.
Principalmente aquilo que se refere á prece.
Pela prece podemos realizar três atos
fundamentais, que independem de lugar, tempo,
idioma, duração e forma: louvar, pedir e
agradecer.
Quando dizemos “Pai Nosso, que estais no
Céu, santificado seja o vosso nome”, usando esta
ou aquela forma verbal, nesta ou naquela atitude
física, estamos invariavelmente, louvando a Deus,
sua Misericórdia e sua Justiça, porque ao Criador
estamos elevando nosso pensamento respeitoso
e agradecido, confiante e sincero.
A prece é uma conversa que entretemos com
Deus, Nosso Pai; com Jesus, Nosso Mestre e
Senhor; com nossos Amigos Espirituais.
Sim, porque podemos orar para Deus, e para
os Espíritos, que são as Entidades que
representam o Pai nos mais variados planos da
vida. Assim, podemos orar a Jesus, podemos orar
pelos encarnados e podemos orar, também pelos
desencarnados.
E essa conversa é um diálogo silencioso,
humilde, contrito, revestido de unção e fervor, em

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que o filho, pequenino e imperfeito, fala com o


Pai, poderoso e Bom, Perfeição das Perfeições.
O Espírita, dentro de seus conhecimentos, já
sabe que quando está em prece, essa sua oração
não irá modificar a Lei que é imutável, mas, sabe
que o mundo íntimo se retempera valorosamente,
de modo a enfrentar com galhardia as provas que
se atenuam ao influxo da comunhão com o Mundo
Espiritual Superior.
Ou seja, a prece tem o dom de nos dar forças
para suportarmos as lutas e problemas, internos
e externos, de nos colocar em posição de
vencermos obstáculos que antes pareciam
irremediáveis.
Quando estamos bastante cansados, fazendo
uma caminhada em uma montanha, por exemplo,
somos então, vencidos pelo cansaço, pelo suor,
pela exaustão, pela fome, pela sede, avistamos
uma bela e generosa árvore, paramos então sob
sua sombra e, após alguns minutos de descanso,
já fortalecidos e mais recuperados, retomamos a
caminhada.
A prece é como se fosse o alimento espiritual
e produz um efeito semelhante.
Diante das dificuldades e problemas da vida,
busquemos o amparo da prece e estaremos mais
preparados para seguir adiante.

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Emmanuel, querido mentor espiritual nos diz


o seguinte: “A oração não suprime, de
imediato, os quadros da provação, mas
renova-nos o espírito, a fim de que
venhamos a sublima-los ou remove-los”.
Engana-se aquele que pede em prece bens
materiais, valores transitórios que “a traça
consome, a ferrugem destrói, o ladrão rouba”.
O que se deve pedir a Deus são os valores
eternos que se incorporarão a nossa
individualidade e não perderemos jamais:
paciência, tolerância, amor, caridade, virtude que
serão em nossas bagagens, verdadeiros tesouros
a nos encorajar pela vida em frente.
Outro ponto que é bastante interessante
frisar é que a forma como adorar a Deus é
problema secundário, tal como ocorre com o
aspecto idiomático.
Em português, francês, italiano, castelhano
ou japonês, o que prevalece é a linguagem do
coração. O que equivale dizer: a linguagem do
sentimento, a profunda manifestação da alma.
Quando Jesus recomendou orar em secreto,
no recesso do lar é por que não devíamos fazer
da prece um momento para chamar a atenção de
terceiros, como faziam os fariseus.
Isso não quer dizer que não podemos orar em
público. Podemos sim, só que com discrição.

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Tanto é que podemos e devemos, fazer


preces em grupo, em conjunto. A força da prece
está no pensamento, em grupo, conseguimos uma
maior comunhão de propósitos.
É como se fosse uma corrente elétrica.
Quanta mais força mais fácil de atingir o objetivo.
E a força da oração está no pensamento.
Também não importa se a prece tem mais ou
menos número de palavras, se é cantada,
declamada, chorada, escrita.
A força da prece, repetimos, está na pureza
do coração, na sinceridade e no pensamento.
Então alguém poderá dizer: mas Jesus não
garantiu que tudo o que pedíssemos em prece
alcançaríamos. E a eficácia da Prece?
Recorramos ao Evangelho Segundo o
Espiritismo para responder a esta questão.
Dizem os Espíritos amigos, em forma de
exemplo, que para aquele homem que se
encontra no deserto e ora ao Pai pedindo água
que Deus não vai fazer aparecer um rio a sua
frente somente por que ele assim o pediu. Deus
fará com que este homem receba a orientação de
um espírito amigo que lhe insuflará forças, ânimo
e vontade de vencer. Ele então se levantará e
será guiado até onde poderá encontrar água. Ou
seja, a água já estava ali, o homem apenas não

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sabia e precisava de forças para chegar até


aquele lugar.
É mais ou menos parecido com a história
daquele que pede um trabalho só que ele não se
levanta para o encontrar. Dessa maneira poderá
fazer mil preces, pois o trabalho não irá atrás
dele.
Podemos resumir assim este nosso estudo:
A prece é a ligação maior entre criatura e
criador. O momento em que o filho, humilde
reconhece que necessita do apoio, do amparo, do
carinho do Pai.
Pode e deve ser feita e qualquer lugar, desde
que estejamos com nossos corações e
pensamentos puros e ligados ao bem.
Não necessitamos de fórmulas, de utensílios,
de gestos, enfim, não necessitamos de nada para
fazermos uma prece. Apenas a vontade.
A prece não mudará nenhuma das leis de
Deus para nos beneficiar mas nos dará força,
renovará o nosso ânimo e restabelecerá em nós
as disposições necessárias para continuarmos a
luta.
Começamos o nosso estudo nessa noite
lembrando a necessidade de prestarmos maior
atenção aos fatos significantes que acontecem
em nossas vidas e dos quais poderemos tirar
preciosas lições.

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A brisa refrescante que arrefece o calor dos


dias de verão somente nos beneficiará se a
respirarmos compassadamente.
Somente poderemos sentir a chuva benfazeja
que se derrama sobre a larga faixa terrestre,
trazendo a fertilidade ao chão e alimentando as
fontes, se alongarmos as mãos para recolher o
líquido precioso.
Também as bênçãos de Deus se espelham
sobre todas as criaturas, porém, para que as
possamos sentir, dulcificando-nos ávida, é
preciso que nos unamos, em sintonia feliz, a
essas faixas de luz.
E esta sintonia se chama oração.
Assim,
Ao despertar, enquanto você abre os olhos e
se espreguiça na cama, seja para o Senhor da
vida o seu primeiro pensamento.
Meditando em tantas coisas que logo mais
lhe tomarão todas as horas do dia, sem lhe deixar
tempo para telefonar para o amigo que há muito
não o vê, ou almoçar coma família, eleve a Deus o
seu pensamento e lhe diga:
Senhor, acalma meu passo. Desacelera as
batidas do meu coração, acalmando minha
mente.

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Diminui meu ritmo apressado com a visão da


eternidade do tempo. Em meio às confusões do
dia-a-dia, dá-me a tranqüilidade das montanhas.
Retira a tensão dos meus músculos e nervos
com a música suave dos rios de águas
constantes que vivem em minhas lembranças.
Ajuda-me a conhecer o poder mágico e
reparador do sono.
Ajuda-me a me preparar bem para o repouso
de todas as noites, lembrando-me sempre que
enquanto dorme o meu corpo, eu, espírito,
adentrarei o verdadeiro mundo e irei aos lugares
que a minha mente elegeu como meu tesouro.
Ensina-me a arte de tirar pequenas férias:
reduzir o meu ritmo para contemplar uma flor,
papear com um amigo, afagar uma criança, ler
um poema, ouvir uma música preferida.
Ensina-me a ter olhos de ver a beleza do céu
azul, um raio de sol, a chuva da tarde, o cair da
noite, com seu manto aveludado bordado de
estrelas.
Acalma meu passo Senhor, para que eu possa
perceber no meio do incessante labor cotidiano
dos ruídos, lutas, alegrias, cansaços ou
desalentos, a tua presença constante no meu
coração.

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Acalma meu passo, Senhor, para que eu


possa entoar o cântico da esperança, sorrir para
o meu próximo e calar-me para escutar a tua voz.
Acalma meu passo, Senhor, e inspira-me a
enterrar minhas raízes no solo dos valores
duradouros da vida, para que eu possa crescer
até às estrelas do meu destino maior.
Obrigado, Senhor, pelo dia de hoje, pela
família que me deste, pelo meu trabalho e,
sobretudo, pela tua presença em minha vida.
Tudo isto te peço, Senhor, pois se estás
comigo, em nenhum lugar me sentirei triste,
porque, apesar da tragédia diária, tu enches de
alegria o Universo.
Se estás comigo, não tenho medo de nada,
nem de ninguém, porque nada posso perder e
todas as forças do cosmos são impotentes para
tirar-me o que me pertence, na qualidade de filho
de Deus: o teu amor.
Se estás comigo, tudo executarei em teu
nome.
Enfim, em nenhum lugar me sentirei estranho,
deslocado, porque estás em todas as regiões, na
mais suave de todas as paisagens, no limite
indeciso de todos os horizontes.
Muito obrigado Senhor. Muito obrigado.

Uma boa noite. Que sigamos em paz.

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