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III Workshop Desafios e Perspectivas da Inclusão Digital na Sociedade da Informação:

Elementos para uma Estratégia Abrangente


Brasília, 14/15 de dezembro de 2009
Anais do Evento

Mariana Balboni
Coordenadora do Observatório para a Sociedade da Informação na América
Latina e Caribe – Cepal
Panorama e Perspectivas do acesso às TIC na América Latina e Caribe
Resumo: Apresentação do Programa Sociedade da Informação da CEPAL,
baseado no Plano de Ação e-Europe, em seus componentes Observatório
(OSCILAC) e Plano de Ação (eLAC2010). O Observatório funciona na base da
cooperação internacional para definir e coletar alguns indicadores, a partir de
um conjunto de ferramentas para comparar estatísticas de diferentes países. O
eLAC2010 tem como objetivo fomentar estratégias e colaborar no
desenvolvimento de políticas públicas, cujas áreas principais são: educação,
acesso e infraestrutura, saúde, gestão pública, governo eletrônico, setor
produtivo e instrumentos de políticas. Há metas definidas para todas essas
áreas. Com base nos dados estatísticos, o trabalho destaca a rápida expansão
da telefonia móvel e a inação da fixa, crescimento da Internet, etc.,
comparando-os com países da OECD. O impacto das TICs no mundo e na
América Latina é expresso numericamente em suas principais dimensões de
infraestrutura e acesso, incluindo comparações entre países da América Latina
e de outras regiões. (resumo acrescentado)

Bom dia. Queria agradecer inicialmente ao professor Emir, a Anaíza e a Cecília


por me convidarem e convidarem a CEPAL para este evento. Eu tenho uma

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apresentação em espanhol, mas eu vou falar em português e espero que todo
mundo entenda. Ela tem muitos números, indicadores e gráficos e vou usar
bastante a tela.

Vou apresentar hoje pra vocês, um pouco do que é o Programa Sociedade da


Informação da CEPAL (a CEPAL é a Comissão Econômica para a América Latina
das Nações Unidas), o panorama regional da TICs, o uso e acesso às
tecnologias da informação e da comunicação. Vou falar um pouco sobre as
perspectivas da banda larga, um tema que é muito importante hoje no país.
Vou falar rapidamente sobre a importância de algumas políticas públicas, o que
foi comentado na mesa de abertura, e acho muito importante que pude
apresentar logo depois da doutora Mercedes, porque, como a gente vai ver, é
parte do Programa Sociedade da Informação, que é o nosso programa eLAC.
Ele é financiado pela Comunidade Européia e baseado no e-Europe que foi
apresentado [antes].

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O Programa Sociedade da Informação é um projeto que se encontra dentro da


unidade de Inovação e Tecnologia da Divisão Produtiva e Empresarial da CEPAL
com base em Santiago no Chile. Ele tem três projetos principais: o primeiro é
o Observatório para a Sociedade da Informação na América Latina e Caribe
(OSCeLAC) que é o que eu coordeno; o segundo é o Plano de Ações Regional
para a Sociedade da Informação e o Diálogo Político Inclusivo, que é um
projeto que colabora com o eLAC financiado pela Comunidade Européia. O
OSCeLAC é financiado pelo IDRC.

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O Programa tem como objetivo principal contribuir para o desenvolvimento de


sociedades da informação na América Latina e Caribe. Na realidade, eu gostei
muito da definição do e-Europe, que tem como objetivo conectar a América
Latina e o Caribe, fomentar o desenvolvimento de políticas públicas, apoiar os
países numa análise atual do acesso e do uso das TICs, e chegar a colaborar
na produção de propostas de políticas públicas e de agendas digitais,
estruturas nacionais. Isso se faz através da harmonização estatística, do
trabalho com institutos nacionais de estatística, para produzir informação
comparável e harmonizada, através do segmento de projetos e programas
nacionais, no monitoramento desses programas, do desenvolvimento na
elaboração de estudos descritivos e quantitativos, do intercâmbio de
informação entre os países, as melhores práticas, informações e experiências,
e também através de assistência técnica e cooperação regional.

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Todo o trabalho do OSCeLAC, do Programa Sociedade da Informação, funciona


através da cooperação internacional. Todas as atividades acontecem no
universo dos 27 países da América Latina e Caribe. O OSCeLAC foi criado em
2003, nasceu primeiro, antes do eLAC, e trabalha em colaboração com os
institutos nacionais de estatísticas, com a Conferência Estatística das Américas.
A institucionalização desses projetos é muito importante, desse trabalho que é
realizado nos institutos nacionais de estatísticas. Ele se consolida através
dessa Conferência que reúne os presidentes dos diversos institutos e da
Associação para Medição das TICs para o Desenvolvimento, que é um projeto
que reúne as diversas agências internacionais que trabalham com a produção
de indicadores sobre o uso das TICs: a ITU, Unesco, Banco Mundial, os
diferentes escritórios regionais da Nações Unidas, a UNCTAD, as comissões
econômicas, a OECD, a Eurostat. Trabalham juntos, desde 2004 quando foi
lançado o partnership durante uma reunião da UNCTAD em São Paulo, na
elaboração de indicadores únicos e harmonizados que ajudam na definição e
coleta de dados sobre uso das TICs, apoiando no desenvolvimento desses
esforços.

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Esse é só para se ter uma idéia do que esse projeto já conseguiu. Em azul
claro temos os dados de 2000 a 2004, porque varia de pais para país o ano da
coleta de dados; em azul mais escuro de 2005 a 2008. Então em 2000, quando
se teve a Cúpula do Milênio, e em 2003, a primeira fase da Sociedade da
Informação, havia pouca informação sobre o uso da Internet, não só na
América Latina, mas no mundo todo. Se pensarmos na nossa região, dos
indicadores principais desenvolvidos por essa associação, até 2004 apenas três
países possuíam informação de acesso e uso das TICs, e agora no período de
2005 a 2008 esse universo passou de três para quinze, 75% dos países;
alguns ainda não tem toda a informação. No Caribe é um pouco mais
complicado, a produção dessa informação é mais lenta, os institutos nacionais
de estatísticas tem mais dificuldade em incluir perguntas de uso da Internet
nas suas pesquisas. O Roberto Santana do IBGE está aqui, ele vai apresentar
os dados e pode comentar um pouco da dificuldade de institucionalizar esse
tipo de demanda de informação.
À esquerda a gente está falando de dados de pesquisa de domicilio, então o
crescimento de 15 para 75%, América Latina, e 10 para 24% no Caribe, foi na
disponibilidade de informação no uso da Internet através de pesquisa em
domicílio. Do lado direito são pesquisas de empresas, dados empresariais, por
isso os dados são muito menores, passou-se de dois países para nove na
América Latina, e no Caribe de zero para dois, ou seja, ainda faltam muitos
países a produzir essa informação.

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O OSCeLAC disponibiliza em seu site um banco de dados dinâmico onde


pesquisadores podem produzir tabelas e dados e comparações de vários
países. Os dados disponíveis são de 17 países da América Latina. Nesse banco
de dados dinâmico, que permite vários tipos de cruzamentos e cortes, então é
uma ferramenta muito importante para pesquisadores e políticos públicos,
quando se vêm com a necessidade de se fazer comparações ou cenários sobre
o uso da Internet na região.

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O segundo projeto, o eLAC, é o Plano de Ações Regionais para a Sociedade da


Informação, uma plataforma público-privada que busca coordenar os esforços
dos vários setores da economia no desenvolvimento de uma sociedade da
informação ou uma sociedade conectada, usando os benefícios, o poder da
tecnologia da informação, da comunicação para o desenvolvimento das
populações e dos países. Esse projeto trabalha com outro universo de
parceiros, ele tem um nível ministerial, trabalha com ministérios e outras
agências, com organizações da sociedade civil e do setor privado, que agora
participam também do eLAC; organismos internacionais participam como
observadores, e universidades também acompanham. O principal objetivo ou a
tarefa principal do eLAC é impulsionar, fomentar estratégias e iniciativas
nacionais para o desenvolvimento da sociedade da informação, que chamamos
de agendas digitais, mas, principalmente, colaborar no desenvolvimento das
políticas, criar os cenários, criar uma unidade latinoamericana, que é o que o
e-Europe tenta fazer com a Europa, com a Comunidade Européia.

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Aqui alguma informação rápida sobre o processo. O eLAC começou em 2005.
Ele estabelece uma serie de metas e de atividades a serem desenvolvidas. Na
primeira fase ele tinha 30 metas e 70 atividades, agora ele tem 83 metas. A
segunda fase começou em 2007 e vai até 2010. Ano que vem vamos ter a
reunião de Lima onde serão avaliadas essas metas, o cumprimento dessas
metas e discutidas novas metas com vistas a 2015, então, é um processo
contínuo. As principais áreas do eLAC são educação - a prioridade, e a gente
sabe da importância da educação e o benefício para que possamos utilizar essa
ferramenta, para que o benefício seja real - o acesso a infraestrutura, a saúde,
ou a saúde eletrônica, gestão pública e governo eletrônico, setor produtivo e
instrumentos de política. Então as metas do eLAC são 83 e estão divididas
nessas seis áreas, eu não vou entrar no detalhes desse projeto.

Aqui só para comentar também, o eLAC tem 12 grupos de trabalho, nos quais
o Brasil participa em vários e lidera em dois, de conteúdos digitais e interativos
e indústrias criativas, e o de software, e essa é a base do trabalho do eLAC,
são os grupos de trabalho que se reúnem e discutem o tema e as metas, e vão
levando os avanços até os pontos focais do processo que está em andamento.

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Passando para alguns dados, o que a gente pode dizer de maneira geral,
dando uma primeira olhada no panorama regional, que é uma realidade que
houve uma parada da penetração da telefonia fixa em 18, mais ou menos,
linhas por 100 habitantes, isso considerando América Latina e Caribe, a região.
Uma rápida expansão da telefonia móvel, de 23 em 2003 para 79 em 2008,
assinantes por 100 habitantes; esse é o cenário que a gente já conhece, um
crescimento da telefonia móvel e uma estagnação da telefonia fixa. O aumento
do acesso a Internet que continuou baixo em relação ao que a gente sabe e já
viu nos outros países, mas um crescimento de 12 em 2003 para 27 em 2008
de usuários por 100 habitantes, o aumento de conexões de banda larga, mas
que continua com uma taxa de penetração extremamente baixa, a gente
passou de 0,45% em 2003 para 5% em 2008. Nós vemos na Europa a média
entre 20% e 30%, uma banda larga limitada, com capacidade em média de
1,2 megabits por 100 habitantes e tarifas de acesso a Internet muito elevadas.

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Vamos ver com um pouquinho mais de detalhe essa informação, aqui esse
gráfico mostra a diferença, entre o acesso nos países da OECD, nos países
mais ricos, e na América Latina. A linha azul escura é o acesso à telefonia fixa,
que a gente vê que ele caiu um pouco, mas ele não varia muito, está
estagnado em 35%, a telefonia móvel teve um grande crescimento
principalmente no início dos anos 2000, e agora a diferença diminuiu, porque
essa é a diferença entre o acesso dos países ricos e os países da América
Latina, ela diminuiu mas ainda existe. Quanto a Internet é bem interessante
vermos que no final dos anos 90 era pequena, mas veio crescendo
significativamente, mas o que chama mais atenção nesse gráfico é o aumento
da diferença, porque todos vêm de alguma maneira caindo, as diferenças vem
caindo, lentamente, mas vêm diminuindo, mas não é o que acontece no caso
da banda larga, essa distância vem crescendo anualmente e já esta chegando
na casa dos 25%, um pouco mais de 25%.

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O que a gente conclui: de alguma maneira o acesso móvel, ou o acesso a


telefonia fixa na região, já não é mais um grande problema, mas ainda existe
uma diferença quando a gente pensa - aqui a gente esta vendo os quintis da
população, o Q5 são os 20% mais ricos da população e o Q1 são os 20% mais
pobres da população - então a gente vê que no Chile quase não há mais
diferença entre o acesso ao telefone celular entre os quintis, mas em alguns
países, Brasil, Bolívia, existe essa diferença como a gente pode constatar
nesse gráfico.

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A penetração da telefonia móvel é consideravelmente alta no Caribe, passando


os 100%. Agora, quando a gente pensa no número de assinantes de banda
larga esse cenário diminui bastante, a gente vê que o acesso cai, aqui o nosso
gráfico está indo até 25, o anterior estava indo até 180, a gente vê que a
diferença é bastante grande. Então, principalmente no que diz respeito, como
Rogério Santana comentou, há quatro fatores que determinam o acesso a
Internet, e a renda é o principal, a renda pela educação, e aqui a gente vê a
diferença por quintis também, nos acessos nos países da América Latina a
gente vê que efetivamente no que diz respeito a acesso a Internet,
diferentemente do acesso a telefonia celular, as diferenças são muito grandes.
Infelizmente o Brasil tem uma das maiores diferenças entre o primeiro quintil e
o ultimo quintil, agora não é só um problema de renda o acesso a Internet,
não é só porque a população não tem condições de pagar, quer dizer, uma
coisa está ligada a outra, mas ela é muito mais cara do que em vários outros
países. Se você considerar Portugal - as duas barras mais escuras são Portugal
e Espanha - aqui a gente vai ver a Argentina e os vários países, os países tem
até um custo de banda larga menor que 20 ou 40 dólares, mas em países mais
pobres como Paraguai, Equador, Bolívia passa dos 100 dólares.

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Aqui esse gráfico mostra a tarifa mensal da banda larga em relação ao PIB per
capita da população, e aqui fica bem claro o que o gráfico anterior queria dizer,
o custo do acesso a conexão nos Estados Unidos, Austrália, Espanha, Portugal
representa para o bolso do indivíduo algo muito menor que não chega a 5% do
que ele significa na Nicarágua, Bolívia, ou seja, é impossível que alguém na
Nicarágua, com esse custo tenha acesso a banda larga, mesmo que a estrutura
esteja disponível.

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Como eu dizia a exclusão digital, o panorama do acesso as TICs, depende


fortemente da possibilidade cognitiva de usar esse instrumento e a informação
que circula através da rede, e a gente vê que o vermelho que está a esquerda,
são pessoas sem educação formal, e na ordem primária, secundária,
incompleta e terciária. A gente vê que é óbvio que a população sem educação
formal, com uma educação primaria, tem baixíssimo acesso em todas os
países os quais a gente tem informação. É também um problema de idade
geracional, e eu acho que essa é uma grande preocupação, porque a gente fala
muito sobre a renda, o acesso, infraestrutura, mas a gente não pensa, como
foi comentado aqui, que quem não estudou com o computador hoje tem
poucos espaços onde pode aprender ou pode ser incluído; essa é uma
preocupação muito grande, quanto mais jovem maior o acesso.

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Uma grande preocupação nesse sentido também é a questão do urbano/rural,


que é a questão de levar principalmente pelo Brasil, com as dimensões que a
gente tem, levar o acesso até as cidades mais longínquas. O acesso, quando
você pensa que ele vai de 3% na área rural para 23%, os dados do Brasil de
2007, a gente vai ter dados mais atualizados na próxima seção.

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Qual é a necessidade então? O mapa mostra as conexões que existem para a


banda larga no mundo hoje, a maioria das conexões vão entre a Europa e os
Estados Unidos e também ali entre a Ásia e os Estados Unidos, mas na nossa
região, ainda há pouca infraestrutura de rede comunicando os países, e com a
grande demanda atual de informação interativa multimídia, Youtube, temos
uma tabela com as necessidades de largura de banda para as diferentes
necessidades e são sempre crescentes chegando a 2 megabits por segundo,
são velocidades que não conseguimos alcançar na América Latina com o que a
gente tem.

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Outra preocupação são as conexões nas escolas, a gente tem dados de alguns
países; no Chile 45% das escolas públicas estão conectadas, Colômbia 30%,
Panamá 20%, Argentina 10%, México 10%, mas essa conexão quando existe é
lenta e é cara, então a importância de se ter uma banda larga chegando a todo
esse universo nas escolas, e uma noticia boa é o plano de banda larga nas
escolas, esse projeto que esta em andamento e acho que é uma iniciativa
muito importante.

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Aqui rapidamente temos dois tipos de maneiras de buscar atender as


necessidades que vimos até agora, políticas de regulação e competição, e
políticas de universalização que acontecem no cenário latino-americano, é que
a gente está passando de um universo de regulação antes da convergência,
para pós-convergência, e existem diferenças e pontos que precisam ser
discutidos, não vou entrar no detalhe, mas é um momento muito delicado.

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Os estudos da Cepal mostram que as TICs são fundamentais para o


crescimento econômico, o investimento em TICs significa de 10% a 24% da
taxa de crescimento nos países de toda América Latina. Para cada 10% de
penetração de banda larga, significa um aumento de 1,3% do crescimento
econômico da região. Na América Latina, a expansão da banda larga
representa de 2% a 8% dos novos empregos, isso tudo foi um estudo do
professor Raul Cartes, mas para os últimos anos. Um aumento de 1% no
número de usuários de Internet significa um aumento de exportações de 4,3%
de acordo com o Banco Mundial. Então é uma ferramenta fundamental para a
inclusão social, finalmente, porque toda essa infraestrutura tem que significar
um acesso a informação e o conhecimento, acesso a serviços, governo
eletrônico, como já comentamos.

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De alguma maneira, com a crise se poderia pensar que o investimento em


banda larga fosse diminuir, mas muito pelo contrário, essa tabela mostra o
investimento de iniciativas públicas para o desenvolvimento de banda larga em
vários países, ou seja, quanto o governo está aportando no crescimento de
suas redes e é uma medida que de uma maneira geral é anti-crise. A gente
tem aqui números da Austrália, que de 2010 a 2018 vai investir 1 bilhão e 130
milhões, Canadá 200 milhões, Finlândia 290 milhões e aqui a gente tem os
números divulgados pelo Brasil, números do projeto banda larga, que ainda
não são muito claros, a gente tem o numero de 5 milhões de dólares.

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Outra estratégia que pode colaborar muito com a inclusão digital é o acesso
público. O gráfico tem números de 2005, e serão mostrados dados de 2008,
onde o crescimento no uso das lanhouses foi significativo, chega a 35%, esse
gráfico ainda tem dados de menos de 20%, mas aqui a gente vê que em
alguns países com mais recursos o acesso nos municípios e casas ainda é
grande mesmo com um crescimento paralelo muito grande no acesso
compartilhado, mas em países mais pobres, no Peru quase 80% do acesso é
feito através de cabines publicas. Ainda é um instrumento muito importante,
tem que ser considerado, pensado e ser transformado em política pública.

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Os fundos de acesso universal, não sabemos ainda, em vários países eles


ainda não foram usados e até ajudam a gente a ficar pensando que não é só
aqui, em vários países esse recurso não foi aproveitado.

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Uma última reflexão, vou terminar rapidamente, a questão da banda larga
móvel, porque não só banda larga mas de que maneira essa tecnologia vai
chegar a todas as pessoas, é só o telecentro ou também o uso individual
através do próprio equipamento na sua cidade, na praça pública, que é a
melhor maneira de acessar a Internet ou a ideal, então a preocupação no
desenvolvimento da telefonia móvel é muito presente na região, inclusive do
uso em políticas educacionais, como o “um laptop por criança”, nos projetos de
escola no Uruguai, no Brasil existem muito projetos também. Preocupação
muito grande no uso individual no uso desses equipamentos, e há um
crescimento muito grande dessa preocupação, e quando a gente pensa em
banda larga móvel, a gente tem que considerar que o que ela exige de
capacidade para que você possa baixar informação, dados, vídeos, áudio, exige
muita condição de troca de tráfego, e essa necessidade é crescente, a gente
precisa se preocupar muito em poder acompanhar e poder oferecer esse tipo
de serviço através desse tipo de tecnologia.
Agradeço a atenção de vocês.

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