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INTRODUÇÃO

As escrituras ensinam que Deus é Um, e que além dele não existe outro
Deus. (Is 44:8; 45:5,18,21,22; 46:9; Jl 2:27; Mc 12:32; Dt 4: 35) Poderia surgir a
perguntar: “Como podia Deus ter comunhão com alguém antes que existissem
as criaturas finitas?” A resposta é que a Unidade divina é uma Unidade
composta, e que é a Divindade, e que, no entanto, cada uma está sumamente
consciente das outras duas. Assim, vemos que havia comunhão antes que
fossem criadas quaisquer criaturas finitas. Portanto, Deus nunca esteve só (Gn.
1:26; Gn 11:7; Jo1:1-3)
Não é o caso de haver três Deuses, todos três independentes e de
existência própria. Os três cooperam unidos e num mesmo propósito, de
maneira que no pleno sentido da palavra, são “um”. O Pai cria, o Filho redime,
e o Espírito Santo Santifica; e, no entanto, em cada uma dessas operações
divinas os Três estão presentes. (”Façamos o homem...” Gn 1:26) O Pai é
preeminentemente o Criador, mas o Filho e o Espírito são tidos como
cooperadores na mesma obra. O Filho é preeminentemente o Redentor, mas
Deus o Pai e o Espírito são considerados como Pessoas que enviam o Filho a
redimir. O Espírito Santo é o Santificador, mas o Pai e o Filho cooperam nessa
obra. (PEARLMAN, p.51 1997)
Às vezes as pessoas pensam que a doutrina da Trindade é encontrada
somente no NT (novo testamento), não no AT (antigo testamento). Mas se
Deus desde sempre existe como três pessoas, seria surpreendente não
encontrar indicação alguma disso no AT. Embora a doutrina da Trindade não
seja explicitamente encontrada no AT, diversas passagens sugerem ou dão a
entender que Deus existe como mais que uma pessoa.
Por exemplo, segundo Gênesis 1:26, Deus disse: “Façamos o homem à
nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. O que o verbo no plural
(“façamos”) e o pronome no plural (“nossa”) significam? Alguns têm sugerido
que são plurais de majestade, formas de linguajem que um rei usaria ao dizer,
por exemplo: “Estamos contentes em ceder ao vosso pedido”. Contudo, no
hebraico do AT, não há quaisquer outros exemplos de um monarca usando
verbos no plural ou pronomes no plural referindo-se a si mesmo ou usando o
“plural de majestade”, portanto não há evidência que dê apoio a tal idéia. Outra
sugestão é que Deus estaria aqui falando a anjos. Mas os anjos não
participaram da criação do homem, nem foi o homem criado à imagem e
semelhança dos anjos,de forma que essa idéia também não convence.
A melhor explicação, e a única sustentada quase unanimemente pelos
pais da igreja e teólogos mais antigos, é a de que já no primeiro capítulo de
Gênesis existe a indicação da Pluralidade de pessoas no próprio Deus. Não
que haja uma referência a quantas pessoas, e não temos nada nesse texto que
aborde uma completa doutrina da Trindade, mas fica implícito que mais de uma
pessoa está envolvida nesse texto. O mesmo pode ser dito de Gênesis 3:22
(“Agora o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem e o mal”),
Gênesis 11:7 (“Venham, desçamos e confundamos a língua que falam”) e
Isaías 6.8 (“Quem enviarei? Quem irá por nós). (Note a combinação de singular
e plural na mesma frase no último texto.) (GRUDEM, p.110 2005)

A DOUTRINA DECLARADA

A Trindade é uma comunhão eterna, mas a obra da redenção do homem


evocou a sua manifestação histórica. O Filho entrou no mundo duma maneira
nova ao tomar sobre si a natureza humana e lhe foi dado um novo nome,
Jesus. O Espírito Santo entrou no mundo duma maneira nova, isto é, como o
Espírito de Cristo incorporado na igreja. Mas ao mesmo tempo, os três
cooperam. O Pai testificou do Filho (MT 3:17); e o Filho testificou do Pai (João
5:19). O Filho testificou do Espírito (João 14:26), e mais tarde o Espírito
testificou do Filho (João 15:26). Será tudo isso difícil de compreender? Como
poderia ser de outra maneira visto que estamos tentando explicar a vida íntima
do Deus Todo-Poderoso! A doutrina da Trindade é claramente uma doutrina
revelada, e não doutrina concebida pela razão humana. De que maneira
poderíamos aprender acerca da natureza íntima da Divindade a não ser pela
revelação? (ICo 2:16) É verdade que a palavra “Trindade” não aparece no
Novo Testamento; é uma expressão teológica, que surgiu no segundo século
para descrever a Divindade. Mas o planeta Júpter existiu antes de receber ele
este nome; e a doutrina da Trindade encontrava-se na Bíblia antes que fosse
tecnicamente chamada Trindade. (PEARLMAN, p.51 1997)

A DOUTRINA DEFINIDA

Podemos compreender porque a doutrina da Trindade era às vezes mal


entendida e mal explicada. O Pai ama e envia o Filho, o Filho veio do Pai e
voltou para o Pai. O Pai e o Filho enviam o Espírito; o Espírito intercede junto
ao Pai (Rm 8:26). Se, então, o Pai, o Filho e o Espírito são apenas um Deus
sob diferentes aspectos ou nomes, então o Novo Testamento é uma confusão.
Por exemplo, a leitura da oração da oração intercessória (João 17) com
pensamento de que Pai, Filho e Espírito fossem uma soa Pessoa, revelaria o
absurdo dessa doutrina, isto é, seria mais ou menos isto: “Assim como eu me
dei poder sobre toda a carne, para que eu dê a vida eterna a todos quantos dei
a mim mesmo... eu me glorificarei na terra, tendo consumado a obra que me
dei a fazer. E agora eu me glorifico a mim mesmo com a glória que eu tinha
comigo antes que o mundo existisse.”
Como foi preservada a doutrina da Trindade de não se deslocar para os
extremos, nem para o lado da Unidade (sabelianismo- doutrina do bispo
Sabélio que ensinou que Pai, Filho, e Espírito Santo são simplesmente três
aspectos ou manifestações de Deus.) nem para o lado da Tri-unidade (triteísmo
– três deuses distintos)? Foi pela formulação de dogmas, isto é, interpretações
que definissem a doutrina e a “protegessem” contra o erro. (PEARLMAN, p.51
1997)
A DOUTRINA PROVADA

Visto como a doutrina da Trindade concerne à natureza íntima da


Trindade, não poderia ser reconhecida, exceto por meio de revelação. Essa
revelação encontra-se nas Escrituras.

a) O Antigo Testamento. O Antigo Testamento não ensina clara e


diretamente sobre a Trindade, e a razão é evidente. Num mundo onde o culto
de muitos deuses era comum, tornava-se necessário acentuar esta verdade em
Israel, a verdade de que Deus é Um, e de que não havia outro além dele. Se
no princípio a doutrina da Trindade fosse ensinada diretamente, poderia ter
sido mal entendida e mal interpretada.
Muito embora essa doutrina não fosse explicitamente mencionada, sua
origem pode ser vista no Antigo Testamento. Sempre que um hebreu
pronunciava o nome de Deus (Elohim) ele estava realmente dizendo “Deuses”,
pois a palavra é plural, e às vezes se usa em hebraico acompanhada de
adjetivo plural (Js 24:18-19) e com verbo no plural. (Gn 35:7) Imaginemos um
hebreu devoto e esclarecido ponderando o fato de que Deus é Um, e no
entanto é Elohim – “Deuses”. Facilmente podemos imaginar que ele chegasse
à conclusão de que exista pluralidade de pessoas dentro de um Deus. Paulo, o
apóstolo, nunca cessou de crer na unidade de Deus como lhe fora ensinada
desde a sua mocidade (ITm 2:5; Ico 8:4); de fato, Paulo insistia em que não
ensinava outra coisa senão aquelas que se encontravam na Lei e nos Profetas.
Seu Deus era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. No entanto, pregava a
divindade de Cristo (Fl 2:6-8; ITm 3:16) e a personalidade do Espírito Santo (Ef
4:30) e incluiu as três Pessoas juntas na bênção apostólica (II Co 13:14).
(PEARLMAN, p.52 1997)
b) O Novo Testamento

Os Cristãos primitivos mantinham como um dos fundamentos da fé o


fato da unidade de Deus. Tanto ao judeu como ao pagão podiam testificar:
“Cremos em um Deus.” Mas ao mesmo tempo eles tinham as palavras claras
de Jesus para provar que ele arrogou a si uma posição e uma autoridade que
seriam blasfêmia se não fosse ele Deus. Os escritores no Novo Testamento, ao
referirem-se a Jesus, usaram uma linguagem que indicava reconhecerem a
Jesus como sendo “sobre todas as coisas, Deus bendito para sempre” (Rm
9:5). E a experiência espiritual dos cristãos apoiava estas afirmações. Ao
conhecer a Jesus, conheciam-no como Deus.
Assim a igreja primitiva se defrontava com estes dois fatos: que Deus é
Um, e o Pai é Deus; O Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus.

(RYRIE, p.64 2004)


E estes dois grandes fatos concernentes a Deus constituem a doutrina
da Trindade. Deus, o Pai, Era para eles uma realidade; O Filho era para eles
uma realidade; E da mesma forma, o Espírito Santo. E, diante desses fatos, a
única conclusão a que se podia chegar era a seguinte: Que havia na divindade
uma verdadeira, embora misteriosa, distinção de personalidades, distinção que
se tornou manifesta na obra divina para redimir o homem.
Várias passagens do novo testamento mencionam as três pessoas
divinas. (Mt 3:16,17; 28:19; Jo 14:16, 17,26; 15:26; IICo 13:14; Gl 4:6; Ef. 2:18;
II Ts 3:5; IPe 1:2; Ef 1:3,13; Hb 9:14.)
Uma comparação de textos tomadas de todas as partes das escrituras
mostra o seguinte: (1) Cada uma das três pessoas é criador, embora se
declare que há um só criador. (Jó 33:4 e Is 44:24) (2) Cada uma é chamada
Jeová (Dt 6:4; Jr 23:6; Ez 8:1,3); O Senhor (Rm 10:12; Lc 2:11; IICo 3:18); O
Deus de Israel (Mt 15:31; Lc 1:16,17; II Sm 23:2,3); O Legislador (Rm 7:25; Gl
6:2; Rm 8:2; Tg 4:12); Onipresente (Jr 23:24; Ef 1:22; Sl 139:7,8); A Fonte da
Vida (Dt 30:20; Cl 3:4; Rm 8:10). Mas, ao mesmo tempo, afirma-se que há só
um Ser que poder escrito dessa maneira. (3) Cada Um fez o homem (Sl 100:3;
Jo 1:3; Jó 33:4); Vivifica os mortos (Jo 5:21; 6:33); Levantou a Cristo (ICo 6:14;
Jo 2:19; IPe 3:18); Comissiona o Mistério (IICo 3:5; ITm 1:12; At 20:28);
Santifica o Povo de Deus (Jd 1; Hb 2:11; Rm 15:16), e faz todas as operações
espirituais (ICo 12:6; Cl 3:11; ICo 12:11). Contudo, é claro que somente Deus é
capaz de fazer essas coisas. (PEARLMAN, p.54 1997)
Não há uma ilustração que consiga capturar tudo o que está envolvido
na revelação bíblica da Trindade. A maioria, no máximo, consegue apresentar
apenas paralelos da idéia de “três em um”.
A água pode servir como uma boa ilustração desse conceito de “três em
um”, pois retém sua constituição química seja em estado sólido, líquido ou
gasoso. Existe também um aspecto triplo na água, pois sendo gelo, vapor ou
líquido, suas moléculas podem coexistir em equilíbrio. Continua sendo água,
mesmo que de maneira distintas.
O Sol, sua luz e força também podem nos ajudar a ilustrar a
Trindade. Ninguém conseguiu realmente ver o Sol, assim como ninguém
consegue ver o Pai. Mesmo assim, aprendemos muito a respeito do Sol ao
estudar sua luz, do mesmo modo que aprendemos muito a respeito do Pai por
intermédio de Jesus Cristo, o Filho, que é o resplendor de sua glória (Hb 1:3).
Vemos a força solar demonstrada em seu envolvimento no crescimento das
sementes, árvores e plantas, e quando nos perguntam o que causa isso
dizemos que foi o Sol. O Espírito Santo é como a força que emana do Sol, e
Ele é Deus. (RYRIE, p.63 2004)
Precisamos ser advertidos pelos erros que têm sido cometidos no
passado. Eles todos se devem às tentativas de simplificar a doutrina da
Trindade e de torná-la completamente inteligível, removendo todos os
mistérios. Nunca podemos fazer isso. Contudo, não é correto dizer que não
podemos de forma alguma entender a doutrina da Trindade. Certamente
podemos entender e saber que Deus é três pessoas, que cada uma delas é
plenamente Deus e que há somente um Deus. Podemos saber essas coisas
porque a Bíblia as ensina. Além disso, podemos conhecer algumas coisas a
respeito do modo pelo qual as pessoas se relacionam uma com as outras. Mas
o que não podemos entender plenamente é como encaixar esses ensinos
distintos todos juntos. Nós nos perguntamos como pode haver três pessoas
distintas e cada pessoa ter o ser total de Deus em si mesma, e todavia Deus
ser um só ser indivisível. Não somos capazes de entender isso. De fato, é
espiritualmente sadio para nós reconhecermos abertamente que o verdadeiro
ser de Deus é grande demais para podermos compreendê-lo. Isso nos humilha
perante Deus e nos leva a adorá-lo sem reservas.
Mas também deve ser dito que as Escrituras não nos pedem para crer
em uma contradição. Uma contradição seria: “Há um Deus e não há um Deus”,
ou “Deus é três pessoas e Deus não é três pessoas”, ou ainda (o que é similar
à afirmação anterior) “Deus é três pessoas e Deus é uma pessoa”. Mas dizer
que “Deus é três pessoas e há um só Deus” não é uma contradição. É algo que
não entendemos, e é, portanto um mistério ou um paradoxo, mas que não nos
deveria perturbar, uma vez que os aspectos diferentes do mistério são
claramente ensinados pela Escrituras. Pois, desde que somos criaturas finitas
e não divindade onisciente, sempre haverá (por toda a eternidade) coisas que
não entendemos plenamente. (GRUDEM, p.127 2005)
O mistério da Trindade é o que nos protege de acharmos que
conhecemos Deus em sua totalidade. Ter o conhecimento total é impossível,
mas podemos receber de Deus através de sua palavra (A Bíblia) a certeza de
que: Deus é três pessoas e há um só Deus.
REFERENCIAL TEÓRICO

- Manual de doutrinas cristãs : teologia sistemática ao alcance de todos /


Wayne Grudem ; tradução Heber Carlos de Campos. – São Paulo : Editora
Vida, 2005.

- Conhecendo as doutrinas bíblicas : teologia sistemática / Pearlman Myer ;


tradução Lawrence Olson. – São Paulo : Editora Vida, 1997.

- Teologia Básica – Ao alcance de todos / Charles Caldwell Ryrie; traduzido por


Jarbas Aragão. – São Paulo : Mundo Cristão, 2004.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

- A Bíblia Sagrada Mapas Referências e Concordância: Bíblia Sagrada /


tradução : João Ferreira de Almeida Revista e Corrigida Fiel (Textus Receptus)
– São Paulo : Editora Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1994

- Pequena Enciclopédia bíblica : dicionário, concordância, chave bíblica, atlas


bíblico, enciclopédia bíblica / Orlando Boyer ; Instituto bíblico das Assembléias
de Deus – São Paulo : Editora Assembléia de Deus, 1996

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