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Rio de Janeiro
2014
Ainda sobre os fenmenos da alma humana, Freud diz que: Ao que parece, toda nossa
atividade psquica est voltada para obter o prazer e evitar o desprazer, automaticamente
regulada pelo princpio do prazer. (Freud, 1917, p.473). No conto, o bater do relgio age em
clara oposio ao princpio do prazer, j que interdita todos os recursos prazerosos
disponveis: bobos da corte, improvisadores, danarinos de bal, msicos, beldades e vinho.
Em suas especulaes metapsicolgicas, Freud (1920) procura a relao entre o princpio do
prazer e a compulso repetio: As manifestaes de uma compulso repetio
exibem em alto grau um carter impulsivo e, quando se acham em oposio ao princpio do
prazer, um carter demonaco. (Freud, 1920, p.146). Por isso, toda vez que o relgio toca, o
mesmo embarao, receio e reflexo tomam conta do ambiente.
Todos estavam ligados s peculiaridades do prncipe que desdenhava a decorao que
simplesmente seguia a moda e tinha paixo pelo bizarro. Essa priso a que eles se submetem
no castelo era como uma sentena de morte. A Morte Rubra, ao retornar-los ao estado
inanimado, cessa com todo o sofrimento causado por todas essas coisas: a msica e o relgio,
os que consideravam o prncipe louco e os que o seguiam, a realidade e a profuso de sonhos.
Referncias:
Freud, S. (1940). Teoria dos Impulsos - Compndio de psicanlise Porto Alegre:
L&PM, 2014
Freud, S. (1920). Alm do princpio do prazer - Histria de uma neurose infantil : (O
homem dos lobos) : alm do princpio do prazer e outros textos (1917-1920) So Paulo:
Companhia das Letras, 2010.
Freud, S. (1917). Teoria Geral das Neuroses - Obras completas, volume 13:
conferncias introdutrias psicanlise (1916-1917) So Paulo : Companhia das Letras,
2014
Poe, E. (1809-1849). A mscara da morte rubra Porto Alegre: Artes e Ofcios, 2007.