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XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006

Modelo para avaliação de riscos em ambientes de trabalho: um


enfoque em postos revendedores de combustíveis automotivos

André Luís Policani Freitas (UENF) policani@uenf.br


Waidson Bitão Suett (UENF) waidson@uenf.br

Resumo
Em um cenário de crescente competitividade, torna-se cada vez mais importante avaliar os
riscos presentes em ambientes de trabalho. Objetivando contribuir para esta questão, este
artigo apresenta um modelo para avaliação de riscos em ambientes de trabalho de postos
revendedores de combustíveis automotivos. Fundamentado no Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais, este modelo apresenta-se como um importante instrumento para uso dos
gestores na avaliação das condições de trabalho as quais os trabalhadores estão expostos.
Palavras-chave: Avaliação de Riscos, Riscos Ambientais, Segurança no Trabalho.

1. Introdução
Historicamente, a segurança e saúde no trabalho são temas que preocupam a humanidade.
Segundo Engels (1985), com a Revolução Industrial as condições de trabalho poderiam ser
qualificadas como condições sub humanas, ou seja, ambientes sem higiene, insalubres e
perigosos, onde o número de acidentes de trabalho cresceu consideravelmente. Em meados do
século XIX verificou-se uma maior consciência sobre os efeitos das más condições de
trabalho, sendo adotadas medidas de proteção sobre situações de trabalho penosas ou mais
sujeitas a riscos graves (formação das corporações do trabalho, nos países europeus). No
início do século XX, com o advento do Taylorismo, apareceram as primeiras noções de
higiene e segurança do trabalho.
Pode-se perceber através dos relatos anteriores que assuntos relacionados à saúde e segurança
no trabalho são tratados há algum tempo. Contudo, diante do surgimento de novas atividades
de trabalho que requerem novos equipamentos e novos procedimentos de segurança, percebe-
se que tais assuntos ainda não estão esgotados. Neste caso se enquadram os postos de
revendas de combustíveis automotivos, cujas atividades são perigosas e insalubres por
lidarem principalmente com produtos químicos, nocivos ao homem.
Buscando contribuir para o tratamento desta questão, este artigo propõe um modelo para
avaliar as condições de riscos em ambientes de trabalho, com um enfoque em postos de
revenda de combustíveis automotivos. Em suma, o presente artigo está estruturado da
seguinte forma: a seção 2 aborda os conceitos de risco e alguns métodos de análise de risco; a
seção 3 aborda os riscos no ambiente de trabalho, destacando o Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais, a seção 4 apresenta o modelo de avaliação, e a seção 5 apresenta algumas
considerações.
2. Conceitos de Risco
Durante sua existência o homem sempre buscou melhores condições de vida e de trabalho, às
vezes fazendo uso de equipamentos, ferramentas e/ou substâncias que colocam em risco a sua
integridade. Como a segurança e a qualidade de vida dos trabalhadores são importantes em
toda filosofia empresarial, é relevante investigar, controlar e conviver com o risco. Entretanto,
o termo risco é atualmente utilizado com vários significados, dentre os quais citam-se: risco

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de negócio, risco social, risco econômico, risco de investimento, risco militar, risco país, etc.
Segundo De Cicco (1985) o risco pode ser sinônimo de Hazard ou Risk. No primeiro caso, o
risco pode ser definido como várias condições de uma variável com potencial necessário para
causar danos como: lesões pessoais; danos (a equipamentos, instalações e meio ambiente);
perda de material em processo ou redução da capacidade de produção. Como sinônimo de
Risk, o risco expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um período específico
de tempo ou número de ciclos produtivos, podendo ser indicado pela probabilidade de um
acidente multiplicada pelo dano em valores monetários, vidas ou unidades operacionais.
De acordo com Bastias (1997), risco é uma ou mais condições de uma variável que possuem o
potencial suficiente para degradar um sistema, seja interrompendo e/ou ocasionando o desvio
das metas, em termos de produto, de maneira total ou parcial, e/ou aumentando os esforços
programados em termos de pessoal, equipamentos, instalações, materiais, recursos
financeiros, etc. Também salienta que todos os elementos de um sistema de produção
apresentam um potencial de riscos que podem resultar na destruição do próprio sistema.
Jackson e Carter (1992) conceituam risco sempre em termos de probabilidade à possibilidade
de um sistema falhar. Contudo não trabalham com a probabilidade de falha visto que preferem
trabalhar com a possibilidade, pois consideram que a visão probabilística apenas se preocupa
com a ocorrência de um evento dentro de uma população de amostras, ao inverso da
possibilidade que enfoca um evento em particular.
As falhas em um sistema usualmente são antecedidas por um conjunto de fatores e condições
(riscos) que expressam a predisposição à desorganização. As situações, ao serem analisadas e
avaliadas, podem demonstrar que origem da falha está na não observação, não análise e não
avaliação dos aspectos e fatores que a antecedem.
A percepção do risco e do perigo pode ser considerada como um “processo psicológico ativo
pelo qual os estímulos são selecionados e organizados dentro de um modelo conceitual da
situação” (HUCZYNSKI; BUCHANAN, 1991). Com esta definição, tem-se que a percepção
pelo homem, da falha do sistema depende tanto do seu conhecimento sobre o sistema como
das características cognitivas do indivíduo, pois além de registrar os aspectos observados do
sistema do qual faz parte, atribui significados e valores aos mesmos. Mais especificamente,
pode-se concluir que o processo de percepção do risco e do perigo, nem sempre é racional,
tendo em vista que o indivíduo que tem a percepção do risco será influenciado por fatores
individuais definidos e adquiridos principalmente pela sua experiência dentro ou fora do
sistema. Desta forma, é de suma importância o conhecimento sobre os riscos e perigos
presentes em um sistema (ambiente) para que sejam possíveis a identificação, análise e
correção dos desvios do sistema.
Vários métodos de análise de riscos que vêm se difundindo nas organizações nos últimos 20
anos. Tais métodos vêm servindo de ferramenta para a identificação dos riscos, dos perigos,
das probabilidades de ocorrência, do desenvolvimento de cenários e da análise de
conseqüências dos acidentes. A tabela A.1 (no Anexo) descreve brevemente alguns dos
métodos mais utilizados.
Existem outros métodos de análise de ricos, contudo são menos utilizados, mas que possuem
grande importância em estudos de riscos. Dentre este métodos pode-se citar: Management
Oversight and Risk Tree (MORT); Técnica para Predição do Erro Humano/Technique for
Human Error Predicting (THERP); Análise por Situação Numérica Aleatória/Random
Number Simulation Analysis (RNSA); e Índices de Risco Dow e Mond/Dow and Mond
Indices.

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Segundo Ayyub e Bender (1999) o processo de Análise de Risco compreende várias áreas de
pesquisa, brevemente descritas na tabela 1.
Processo da Análise de Risco
Avaliação de Risco (Risk Assessment) - os objetivos da análise de riscos são: prevenir, prever falhas e acidentes,
minimizar conseqüências e auxiliar na elaboração de planos de emergência. A avaliação é um processo técnico-
científico pelo qual o risco previsto em um sistema é modelado e quantificado, dependendo de fatores
incontroláveis ou pouco conhecidos, estando sujeitos à incerteza do comportamento futuro de várias variáveis.
Gerenciamento de Riscos (Risk Management) - é o processo onde operadores, gerentes, proprietários e o órgão
regulador responsável tomam decisões com respeito à segurança, mudança nos regulamentos e no modo de
operação do sistema. Baseia-se na identificação, análise, avaliação e tratamento dos riscos dentro de uma
organização, com o objetivo de minimizar a possibilidade e a probabilidade de ocorrência de incidentes e
acidentes, melhorando a segurança e reduzindo os gastos.
Comunicação de Risco (Risk Communication) - é um processo interativo de troca de informações e opiniões
entre indivíduos, grupos ou instituições de modo a permitir a transmissão das mensagens de risco dos
especialistas para os não especialistas (público em geral). Nestes processos são apresentadas preocupações,
opiniões e razões às mensagens de risco ou aos acordos institucionais e legais.
Aceitabilidade do Risco (Risk Acceptability) - a aceitabilidade ocorre a partir do instante em que o risco
previsto em um sistema é quantificado, então se pode iniciar o julgamento se o risco em questão pode ser
tolerado ou não, de acordo com o grau de dano que poderá causar. Segundo Pofit (1995), em sistemas críticos
são inaceitáveis riscos que apresentem conseqüências indesejáveis e com alta probabilidade de ocorrência.
Percepção do risco - a percepção da falha do sistema depende tanto do conhecimento sobre o sistema quanto
das características cognitivas do indivíduo que percebe pois, além de registrar os aspectos observados do sistema
do qual faz parte, atribui significados e valores aos mesmos.
Tabela 1 - Processo da Análise de Risco

3. Riscos no ambiente de trabalho


São notórios os avanços alcançados na área de gestão de riscos da saúde e segurança do
trabalho no Brasil. Contudo ainda não é suficiente para garantir a perfeição nos ambientes de
trabalho. Os avanços até aqui conseguidos são frutos, principalmente, do uso da força da lei.
Dentre os grandes marcos legais destacam-se dois. O primeiro seria a Lei nº. 6.514, Um de 22
de dezembro de 1977 que altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do
Trabalho, relativo à Segurança e a Medicina do Trabalho, dando-se uma nova redação ao
Decreto-lei N° 5.452, de primeiro de maio de 1943. O segundo seria a portaria nº. 3.214, de 8
de junho de 1978, quando foram aprovadas as Normas Regulamentadoras (NR) do Capítulo
V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho.
O total de Normas Regulamentadoras (excetuando-se as Normas Regulamentadoras Rurais -
NRR) é 30, das quais destacam-se as Normas: NR-4 - Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), NR-5 - Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA), NR-6 - Equipamentos de Proteção Individual (EPI), NR-7 - Programa
de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) e NR-9 – Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (PPRA), brevemente descrita a seguir.
3.1 A NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
Esta Norma Regulamentadora estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), por parte de todos os empregadores e
instituições que admitam trabalhadores como empregados. O PPRA visa a preservação da
saúde e da integridade dos trabalhadores através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
ambiente de trabalho, considerando a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. O
programa é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da

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preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado as demais


NR’s, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
As ações do PPRA devem ser executadas no âmbito de cada setor da empresa sob a
responsabilidade do empregador, com a participação dos empregados, sendo sua abrangência
e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle.
Os riscos ambientais, que devem ser levados em consideração para elaboração do PPRA, são
os agentes, os elementos ou substâncias presentes nos diversos ambientes humanos, que
quando encontrados acima dos limites de tolerância, podem causar danos à saúde das pessoas.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (2006) estes agentes são classificados em 5
grandes grupos, de acordo com a sua natureza e a padronização das cores (vide tabela 2).

Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V


Riscos Físicos Riscos Químicos
Riscos Biológicos Riscos Ergonômicos Riscos de Acidentes
Microorganismos
Ruído e ou som Esforço Físico Arranjo físico
Poeiras (Vírus, bactérias,
muito alto Intenso inadequado
protozoários)
Lixo hospitalar, Levantamento e Máquinas e
Oscilações e
Fumos doméstico e de transporte manual de equipamentos sem
vibrações mecânicas
animais peso proteção
Ferramentas
Radiações Pinturas e névoas Esgoto, sujeira, Exigência de postura
inadequadas ou
ionizantes em geral dejetos inadequada
defeituosas
Radiações não Objetos Controle rígido de
Agentes Causadores

Neblinas Iluminação inadequada


ionizantes contaminados produtividade
Gases asfixiantes Contágio pelo ar e Imposição de ritmos
Frio e ou calor Eletricidade
H, He, N eCO2 ou insetos excessivos
Picadas e mordidas
Ar rarefeito e/ou de animais (cães, Trabalho em turno e Probabilidade de
Vapores
vácuo insetos, répteis, noturno incêndio ou explosão
roedores, etc).
Alergias,
Substâncias,
intoxicações e
compostos ou Jornada de Trabalho Armazenamento
Pressões anormais queimaduras
produtos químicos prolongado inadequado
causadas por
em geral
vegetais
Solventes (em Monotonia e
Umidade Animais peçonhentos
especial os voláteis) repetitividade
Aerodispersóides no Outras situações Outros fatores que
Ácidos, bases, sais,
ambiente (poeiras de causadoras de stress podem contribuir para a
álcoois, éteres, etc
vegetais e minerais) físico e/ou psíquico ocorrência de acidentes
Fonte: Adaptado de http://www.areaseg.com/sinais/mapaderisco.html (2006)
Tabela 2 - Classificação dos riscos ocupacionais de acordo com a sua natureza

Pela NR-9 Programas de Prevenção de Riscos Ambientais no seu anexo IV, tem-se a
obrigatoriedade de elaboração deste instrumento, estando aí especificadas as diretrizes para o
desenvolvimento dos trabalhos. A NR-5 atribui também a CIPA (Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes) a função de elaborar o Mapa de Risco no ambiente empresarial, com
a colaboração do SESMT (Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho) se este existir,
devendo haver inspeção e reformulação do mapa a cada nova gestão da CIPA.
O Mapa de Risco é a representação gráfica dos riscos à saúde dos trabalhadores, identificados
em todos os locais de trabalho. É realizado apontando-se os riscos encontrados em cada setor
através de círculos coloridos desenhados no layout do setor. O tamanho do círculo e as cores

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indicam, respectivamente, o grau de risco (pequeno, médio ou grande) e o tipo do risco


(físico, químico, biológico, ergonômico ou de acidentes). A figura 1 ilustra a simbologia das
cores. Vale ressaltar que a NR-9 não é rigorosa em vários aspectos e, por essa razão, o bom
senso e a experiência ajudarão na elaboração do Mapa de Risco, além da literatura disponível.

Fonte: Disponível em http://www.areaseg.com/sinais/mapaderisco.html (2006)


Figura 1 - Simbologia da cores

Os objetivos principais do Mapa de Risco são: reunir as informações necessárias para


estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho e possibilitar, durante a
sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como
estimular sua participação nas atividades de prevenção. A inspeção para a elaboração do mapa
de riscos ou para a sua revisão deve ser feita por setor ou local. Quando a área for pequena
pode ser feito um único mapa para toda a empresa.
4. Modelo para avaliação do risco em ambientes de trabalho
Em relação à análise e a avaliação dos riscos em ambientes de trabalho a NR-9, com já dito
anteriormente, não é rigorosa em vários aspectos, ou seja, os atos e a ações relacionadas à
elaboração do programa não são claros o suficiente, deixando a critério de cada indivíduo
(analista e/ou avaliador) a forma de análise e de elaboração. Com esta falta de parâmetros e
rigorosidade torna-se difícil para o indivíduo realizar uma avaliação, pois existem diversos
fatores, aspectos e critérios que se interagem e se inter-relacionam, devendo ser considerados
quando se deseja avaliar ou decidir sobre assuntos relacionados a este tema.
Com o intuito de facilitar a avaliação dos riscos existentes no ambiente de trabalho, em
especial em postos de revenda de combustíveis automotivos, propõe-se a utilização de um
modelo (questionário) baseado na NR-9. Para tanto, este questionário apresenta uma escala de
valores do tipo Likert de 5 pontos (valores de 0 a 4), a qual avaliará a empresa em termos de
freqüência ou em termos do seu desempenho à luz dos itens. Adicionalmente, são
disponibilizadas questões que visam captar características operacionais da empresa. A seguir
apresenta-se uma síntese dos principais módulos que compõem o modelo proposto.

Bandeira: Data: N. o:
Grau de Instrução dos Funcionários (Abast) Transporte de Combustível
1º Inc. 1º Com. 2ºInc. 2º Com. Tec / Sup Próprio Distribuidora

Horário de Funcionamento 24 horas Número de Funcionários


Sim Não Administração Apoio Abastecimento

Tipo de Revenda Número de Tanques Número de Bicos

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Combustível
GNV Ambos Gasolina Álcool Diesel Gasolina Álcool Diesel GNV
Liquido
Atividades Desenvolvidas (Sim ou Não)
Lavagem de Veículos Sim Não Lanchonete Sim Não
Troca de Óleo Sim Não Loja de Conveniências Sim Não
Borracharia Sim Não Restaurante Sim Não
Vendas e Estocagem de botijões de gás Sim Não Outra:

Sempre Muitas Vezes Às Vezes Poucas Vezes Nunca


4 3 2 1 0

Muito Bom Bom Regular Ruim Muito Ruim


4 3 2 1 0

RISCOS QUÍMICOS (RQ) 4 3 2 1 0


1) Com que freqüência os funcionários usam óculos de segurança para proteção dos olhos
4 3 2 1 0
contra respingos químicos?
2) Com que freqüência os funcionários usam protetor facial contra respingos químicos? 4 3 2 1 0

3) Com que freqüência os funcionários usam capuz de segurança ou boné para proteção da
4 3 2 1 0
cabeça contra respingos de produtos químicos?

4) Com que freqüência os funcionários usam luvas de segurança ou flanelas para proteção
4 3 2 1 0
das mãos contra produtos químicos?
5) Com que freqüência os funcionários usam calçados que protejam os pés contra umidade
4 3 2 1 0
e respingos de produtos químicos?
6) Com que freqüência os funcionários usam macacão para proteção dos troncos e
4 3 2 1 0
membros superiores e inferiores contra respingos químicos e umidades?

7) Com que freqüência os funcionários usam conjunto de segurança formado por calça e
4 3 2 1 0
blusa, para proteção contra umidade e respingos de produtos químicos?

RISCOS FÍSICOS (RF) 4 3 2 1 0


8) O estado de conservação do piso pode ser caracterizado (quando tomado como critério:
4 3 2 1 0
não ser escorregadio, não apresentar saliências e nem depressões) como:

9) A condição de iluminação artificial dos locais de trabalho pode ser caracterizada como: 4 3 2 1 0

10) O estado de conservação da cobertura pode ser caracterizado, no que concerne


4 3 2 1 0
assegurar proteção contra as intempéries, como:
11) O destino dos resíduos sólidos (óleo, embalagem de lubrificantes, filtros de óleo,
4 3 2 1 0
embalagem de xampu, limpa-vidros, removedores, etc.) pode ser caracterizado como:

12) O sistema (canaletas) de escoamento de água e resíduos sólidos do local de trabalho


4 3 2 1 0
pode ser caracterizado, como:
13) O sistema de emissão de efluentes domésticos/sanitários (sistema de tratamento, caixa
4 3 2 1 0
separadora água/óleo, etc), pode ser caracterizado como:

RISCOS DE ACIDENTES (RA) 4 3 2 1 0


14) A disposição das sinalizações das ações perigosas, como “não fumar”, “inflamável”,
4 3 2 1 0
“não é permitido o uso de celular” e “desligar o motor”, pode ser caracterizada como:
15) A conduta para descarga dos líquidos inflamáveis de caminhões tanques, no que
concerne a utilização dos procedimentos de seguranças como veículo ligado ao fio terra, 4 3 2 1 0
uso de cones e fitas, pode ser caracterizado como:
16) As condições de segurança do veículo de transporte dos combustíveis, observando-se a
existência de extintor de incêndio com prazo de validade correta, ausência de vazamentos 4 3 2 1 0
nos registros e tanques e situação mecânica, podem ser caracterizadas como:

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17) O procedimento para evitar e combater incêndios, quando analisados equipamentos


adequados (aspecto externo, lacres, manômetros, bicos, prazos de validades e tipo do
4 3 2 1 0
extintor), equipamentos em número e disposições corretas (respeitar o número de
4 3 2 1 0
extintores exigido e fácil acesso) e execução de exercícios de combate a fogo, pode ser
caracterizado como:
18) A conduta de prevenção e detecção de vazamentos de combustíveis em tanques,
quando observada vida útil, condições do terreno, material do tanque (possibilidade de 4 3 2 1 0
corrosão), pode ser caracterizada como:

RISCOS ERGONÔMICOS (RE) 4 3 2 1 0


19) As condições para descanso dos trabalhadores que realizam suas atividades de pé
(existência de assentos em locais que possam ser utilizados pelos funcionários durante as 4 3 2 1 0
pausas) podem ser caracterizadas como:

20) Quanto ao ambiente de trabalho quando analisado a preservação da integridade física e


mental dos trabalhadores (utilização da atenção concentrada e da atenção dispersa ao 4 3 2 1 0
mesmo tempo, e nível de stress), este pode ser classificado como:

21) Analisando as condições e fornecimento dos equipamentos e ferramentas utilizadas


pelos trabalhadores em seus ambientes de trabalho, usando como critério o estado de
4 3 2 1 0
conservação e a finalidade do equipamento e da ferramenta quanto à natureza do trabalho,
estas podem ser classificadas como:

RISCOS BIOLÓGICOS (RB) 4 3 2 1 0


22) Quanto à existência de lavatórios, vasos sanitários (em gabinetes com portas), mictório
e chuveiros (em gabinetes com portas) e as condições de uso estes podem ser 4 3 2 1 0
caracterizadas como:
23) As condições de higiene e de limpeza dos locais onde se encontram as instalações
4 3 2 1 0
sanitárias podem ser caracterizadas como:
24) As condições de higiene e de limpeza dos depósitos de produtos (lubrificante, material
4 3 2 1 0
de limpeza, etc) podem ser caracterizadas como:
25) As condições de higiene e de limpeza do local onde os funcionários realizam suas
4 3 2 1 0
refeições, podem ser caracterizadas como:
Tabela 3 - Formulário de Avaliação de Riscos em Ambientes de Trabalho

5. Considerações Finais
Em um cenário de crescente competição entre as empresas, sistemas compostos por máquinas,
equipamentos e pessoas são cada vez mais exigidos em termos de desempenho em processos
produtivos. Nesta circunstância, torna-se cada vez mais importante avaliar os riscos presentes
em ambientes de trabalho.
Apesar da existência de várias normas que visam delinear questões relacionadas as condições
saúde e bem estar do trabalhador e estabelecer ações de prevenção riscos em ambientes de
trabalho, observa-se que ainda existe uma lacuna no processo de avaliação dos riscos
existentes em ambientes de trabalho.
Com o intuito de contribuir para o tratamento deste problema, este artigo apresentou um
modelo (questionário) para avaliação dos riscos presentes em ambientes de trabalho de postos
de revenda de combustíveis automotivos. Para tanto, foram considerados itens (critérios)
abordados de forma geral na NR-9. Em especial, este modelo visa indicar itens em que as
ações de prevenção quanto à ocorrência de acidentes são consideradas críticas. Vale ressaltar
que este modelo pode ser utilizado por qualquer tipo de organização, independente de sua
atividade econômica, cabendo apenas a realização de algumas adaptações (inclusão/exclusão
de itens) que tornem o modelo mais condizente com a natureza da atividade da organização.

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Finalmente, deseja-se com este trabalho contribuir para investigações no contexto da análise
de riscos em ambientes de trabalho, bem como com o processo de tomada de decisão das
empresas.
Referências
AYYUB, B. M.; BENDER, W. J. Assement of the Construction Feasibility of the Mobile Offshore Base, Part I
– Risk Informed Assement methodology.Technical report nº CTSM-98-RBA-MOB-1.February, 1999.
BASTIAS, H. H. Introducción a la ingeniería de Prevención Pérdidas. Conselho Regional do Estado de São
Paulo da Associação Brasileira para a Prevenção de Acidentes. São Paulo, 1997.
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. São Paulo: Marron Books, 1996.
DE CICCO, F. Tecnologias Consagradas de Gestão de Riscos – Risos e Probabilidades. Séries Risk
Management, 1985.
ENGELS, F. A situação da Classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Global, 1985
HUCZYNSKI, A.A., BUCHANAN, D.A. Organizational behaviour. Hemel Hempstead: Prentice-Hall, 1991.
JACKSON, N., CARTER, P. The perception of risk. In: ANSELL, Jake, WHARTON, Frank. Risk: analysis
assessment and management. England: John Wiley & Sons, Ltd., 1992
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Disponível em http://www.mtb.gov.br Acesso em 06/03/2006.
POFIT, R. Systematic Safety Managements in the Air Traffic Service. Euromoney Publications PLC, 1995.

ANEXO: Métodos qualitativos e quantitativos para análise de riscos

Revisão de Segurança (Safety Review) - este método se baseia na revisão de uma instalação, isto é, um
grupo formado por especialistas no processo percorre a instalação buscando identificar as condições ou
procedimentos de operação dos equipamentos, que possam conduzir a uma casualidade ou resultar em
danos à propriedade ou impactos ambientais (acidentes).
Série de Riscos (SR) - técnica que permite a determinação da seqüência de riscos associados ao evento
catastrófico, que é considerado o risco principal. A partir dos riscos iniciais ou básicos, são seqüenciados
todos os riscos subseqüentes capazes de contribuir na série, resultando no risco principal.
What-if - técnica que examina ordenadamente as respostas do sistema frente às falhas. Para esta técnica se
faz necessário à constituição de uma equipe com conhecimentos sobre o processo a ser analisado e sobre
sua operação. A equipe busca responder a questões do tipo "O que... se... ?” na tentativa de identificar os
riscos potenciais presentes no processo.
Métodos Qualitativos

Checklist - técnica usada para identificar os riscos associados a um processo e para assegurar a
concordância entre as atividades desenvolvidas e os procedimentos operacionais padronizados, ou seja,
garantir que a organização atende as práticas normativas. Através desta técnica, diversos aspectos do
sistema são analisados por comparação com uma lista de itens pré-estabelecidos, criada com base em
processos similares, na tentativa de descobrir e documentar as possíveis deficiências do sistema.
What-if/Checklist (WIC) - técnica que une as características das técnicas What-if e Checklist, combinando
ao brainstorming gerado pela primeira com a característica sistemática apresentada pela segunda,
resultando, desta forma, em uma análise mais detalhada e completa do sistema.
Análise de Operações e Riscos (HazOp) - examina de forma eficiente e detalhada as variáveis de um
processo. Através da HazOp, sistematicamente se identificam os caminhos pelos quais os equipamentos do
processo podem falhar ou ser inadequadamente operados. A técnica é desenvolvida por uma equipe
multidisciplinar, sendo guiada pela aplicação de palavras específicas a cada variável do processo, gerando
os desvios dos padrões operacionais, os quais são analisados em relação às suas causas e conseqüências.
Análise Preliminar de Riscos (APR) - técnica aplicada a sistemas em fase inicial, no qual é realizada
uma análise superficial dos riscos ainda na fase de projeto do processo, buscando-se identificar e priorizar
os riscos, recomendando ações e mudanças necessárias para reduzir a freqüência e/ou conseqüência dos
riscos, de modo que não implicam em gastos expressivos e excessivos.

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Análise Crítica dos Efeitos dos Modos de Falha (FMECA) - técnica usada para identificar os modos de
falha de componentes (equipamentos) e os impactos sobre os componentes vizinhos e no sistema. A
Métodos Quantitativos

análise crítica envolve um estudo detalhado e sistemático das falhas de componentes e/ou sistema
mecânicos.
Análise de Árvore de Falhas (AAF)/Fault Tree Analysis (FTA) - técnica baseada no raciocínio dedutivo
que parte de um evento, uma falha específica de um sistema, denominado evento topo, sendo este pré-
definido. Busca determinar as relações lógicas de falhas que possam gerar um evento. A análise é realizada
através da construção de uma árvore lógica, partindo do evento topo para as falhas básicas.
Análise de Árvore de Eventos (AAE) – Event Tree Analysis (ETA) - técnica usada para identificar as
seqüências de eventos e os resultados em termos de falhas ou sucessos que possam conduzir a acidentes a
partir da análise de um dado evento inicial resultante de uma falha específica, denominado evento
iniciador, para determinar um ou mais estados subseqüentes de falha possíveis.
Tabela A.1 – Métodos para análise de Riscos

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