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DIREITO COMERCIAL
AULA 1

Para Carvalho de Mendonça, "o direito comercial é a disciplina jurídica


reguladora dos atos de comércio e, ao mesmo tempo, dos direitos e das obrigações
das pessoas que os exercem profissionalmente e dos seus auxiliares."
Do ponto de vista econômico, o comércio é toda atividade humana destinada a
aproximar produtores e consumidores, para fazer circular a riqueza produzida,
aumentando-se a utilidade.
No campo jurídico, contudo, o conceito de comércio é muito mais abrangente,
não havendo mesmo rígida coincidência entre os dois conceitos, tanto assim que
certas atividades tidas como comerciais, como as relacionadas a negócios
imobiliários, não estão sob a tutela do Direito Comercial. De outra parte, muitas
outras atividades, não necessariamente comerciais nem praticadas por
comerciantes, como é o caso das operações com títulos cambiários (letras de
câmbio e notas promissórias), são consideradas legalmente atos de comércio e,
como tais, submetidas à jurisdição comercial.
Sendo o exercício do comércio uma profissão, imprescindível é que a pessoa que
a exercite realize, em caráter permanente, uma série de atos, constituindo-se esse
fato a característica profissional.
É pela prática repetida dos atos de comércio que uma pessoa se profissionaliza
como comerciante. Atualmente o conceito de comerciante tornou-se mais
abrangente ganhando a denominação de EMPRESÁRIO.
O Comércio apareceu no fim da Idade Média e início da Idade Moderna sendo à
epoca caracterizado como atividade de trocas e depois de produção de bens
destinados a venda. Começou, então um maior intercâmbio entre os povos e a
atividade difundiu-se por todo o mundo civilizado. Os comerciantes começaram a
unir-se em corporações fortalecendo-se e ganhando até grande influência perante a
realeza. Foi, entretanto na França que institucionalizou-se o Direito Comercial com a
edição do Código Comercial delimitando sua área de incidência e a teoria dos
chamados atos de comércio. Com as modificações introduzidas pelo novo Código
Civil, o Código Comercial também sofreu uma série de alterações, visto que ambas
as matérias estão intimamente ligadas, pois compõe o que denominamos de Direito
Privado. Sendo assim, o Código Comercial alterou-se também principalmente
aumentando sua área de incidência; abrangendo uma enorme gama de atividades
econômicas como: compra e venda de bens, seja no atacado ou varejo, aluguel,
indústria, bancos, logística,espetáculos públicos, seguros, armação e expedição de
navios e etc...
Afora esses atos, executados pelo comerciante que agora conceituamos como
empresário, no exercício de sua profissão, outros existem que são considerados
comerciais, sejam ou não comerciantes as pessoas que nele tomam parte. Em geral,
é a lei que declara o caráter comercial desses atos, como é o caso dos atos de

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criação e circulação dos títulos cambiários (letra de câmbio e nota promissória).


Qualquer pessoa que pratique um desses atos está praticando um ato de comércio,
digo, ato de empresa,mesmo que exerça ou não a profissão mercantil, empresarial.
Com esse aumento das atividades econômicas a teoria dos atos de comércio
como aqueles praticados pelo comerciante com habitualidade ou regularidade,
intuito de lucro e de determinadas atividades foi tornando-se incapaz de abarcar
todos os atos cometidos e que na realidade enquadravam-se como de mercancia.
Condicionantes econômicas, políticas e históricas que foram responsáveis pela
formulação desta teoria foram cada vez mais se tornando ineficazes. Surgiam
atividades bancárias cada vez mais complexas, de Seguros, Industriais e até
intelectuais que teriam que ser incluídas nesta divisão do Direito para terem
regularidade e segurança em seus contratos e perante as partes envolvidas. Por
tudo isto exposto a Teoria dos Atos de Comércio acabou revelando suas
insuficiências para delimitar o objeto do direito comercial. De fato, atualmente
qualquer atividade econômica independente de sua classificação e regida pelo
Direito Comercial se explorada por qualquer tipo de sociedade. Surge, então, outro
diferenciador no âmbito da teoria dos atos de Comércio: a Teoria da Empresa.
No Brasil nosso Código comercial data de 1850. Este somente agora no ano de
2002 foi amplamente alterado com a supressão de toda sua primeira parte, de
acordo com o que dita o artigo 2.045 do CC. Podemos dizer que apesar dessa
alteração tardia o Brasil vem utilizando-se de doutrina, jurisprudência e leis
esparsas para adequá-lo a teoria das Empresas, contudo somente com a entrada
em vigor do novo Código Civil concluiu-se essa demorada transição.
O EMPRESÁRIO definido em lei é aquele profissional que exerce determinada
atividade econômica organizada para a produção e circulação de bens e serviços. Ao
se colocar profissionalismo deve-se levar em conta a habitualidade não podendo a
atividade ser algo isolado e esporádico. Também deve ele pessoalmente exercê-la
contratando empregados e tendo em mente todas as peculiaridades e sua
atividade: qualidade dos produtos, condições de uso, defeitos eventuais, riscos à
saúde dos consumidores, padrão de seus empregados e assim por diante. Tem ele
que ter amplamente conhecimento sobre tudo que envolve sua atividade, isto é, a
real situação da circulação de seus bens e serviços. Logicamente a atividade
empresarial é econômica, visa, portanto, o lucro. Nenhuma atividade dentro do
sistema capitalista se mantém sem o lucro. Este pode ser atividade fim ou atividade
meio. Exemplo do 2º caso são as escolas e Universidades religiosas. Ao se colocar a
organização como uma das características da atividade empresarial tem-se em
mente os elementos que a compõem: capital, mão-de-obra, insumos e tecnologia. O
empresário se vale de seus conhecimentos para organizar esses elementos para que
juntos possam produzir bons resultados. Ele oferece, assim a estrutura para que o
negócio possa caminhar e a sua produção circule seja de bens ou de serviços.
Produtor de bens: confecções de roupas, montadoras de carros, fábrica de
eletrodomésticos; já o Produtor de serviços seriam: bancos, seguradoras, escolas,
estacionamentos, hospitais, provedor da internet etc...Circular esses bens e
serviços é intermediar a prestação de serviços. Seria uma de suas características
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originárias. Separar o que são bens e o que são serviços nunca foi uma tarefa difícil.
Com o surgimento da Internet tornou-se mais obscura essa diferenciação. Bens são
corpóreos enquanto serviços não o são. Como ficaria, entretanto os chamados bens
virtuais, as compras por essa rede seriam encaixadas em bens ou em serviços? Ou
se enquadrariam nos dois ao mesmo tempo? Programas de computador ficariam
classificados em que? Ainda existem muitas dúvidas sobre essas questões que a
doutrina não conseguiu resolver. O que temos claro é a entrada forte e bem clara da
figura do empresário em suas mais variadas formas de manifestação de atividade
empresarial.
Existem ainda as atividades econômicas consideradas civis. Seriam aquelas
exploradas por quem não se enquadra no conceito legal de empresário, por quem
presta serviços diretamente sem a figura de uma empresa, por empresários rurais,
pelos profissionais liberais, intelectuais e dos empresários não registrados na Junta
Comercial ou das Cooperativas.
A empresa não se confunde com a pessoa do empresário bem como também
não pode ser confundida com o local onde ela está estabelecida que é o
estabelecimento empresarial. A Empresa também não pode confundir-se com a
Sociedade. Separam-se os bens sociais e dos sócios que são distintos dos da
empresa, regra geral. O que se pode é utilizar o termo empresa como sinônimo de
Empreendimento. Convém assinalar que há determinados atos que isoladamente
são reputados civis, mas quando praticados por empresários para atender às
contingências do seu comércio, se tornam comerciais. É o que ocorre, por exemplo,
quando um comerciante adquire um balcão, não para revender, mas para expor
suas mercadorias, tal ato se torna mercantil em virtude de estar ligado às atividades
do comerciante, no exercício de sua profissão, e, por isso, é chamado ato de
comércio por conexão, por dependência ou acessório.
Portanto, ao conjunto das normas que regulam os atos considerados
empresariais e todas as suas atividades como pessoas que exercitam em caráter
profissional tais atos, é que se dá o nome de Direito Comercial. Acrescente-se,
ainda, que o Direito Comercial não resulta apenas de leis ou outros atos dos poderes
públicos, mas abrange, também, certos usos e costumes praticados pelos
empresários e que ainda não foram regulados pelo poder público.
A dicotomia do direito privado, em civil e comercial, impôs-se pelas necessidades
sociais. O direito comercial regula os negócios em massa, enquanto o direito civil se
ocupa dos atos isolados. Dentro do direito privado, o Direito Comercial é um dos
ramos de maior vitalidade, modernizando-se rapidamente, em contraste com o
Direito Civil.

MATÉRIA COMERCIAL

É a lei comercial que define o que é matéria comercial. Matéria comercial


constitui um conceito de direito positivo. Atos de empresário integram a matéria
comercial, mas também outros. A lei comercial estabelece várias outras relações
que, embora não constituam atos empresariais, são reguladas pelo direito
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comercial, assim como todas as relações resultantes de um ato de empresa sendo


fundamentais ou do estado de empresário, bem como todas as relações resultantes
de um ato ou um estado de fato conexo com uma atividade comercial.
Compreende a matéria comercial, ou seja, o campo de ação do Direito
Comercial, as relações jurídicas dos empresários no exercício de sua profissão e os
atos praticados por eles ou não, desde que a lei repute esses atos como
empresariais. Todos os atos necessários à organização das atividades dos
comerciantes, tais como contratar prepostos e auxiliares, aparelhar o seu
estabelecimento, locar prédios e serviços, etc., por dizerem respeito à atividade
profissional do comerciante, são atos subordinados à lei comercial.
A matéria comercial compreende também os contratos celebrados pelo
empresário no exercício de sua profissão.
De maneira alguma a autonomia da matéria fica comprometida pelo fato do
legislador brasileiro de 2002 trata-la com correspondência no Código Civil (Livro II
da Parte Especial). A autonomia didática e profissional não é minimamente
determinada pela lei, por isso o fato de existirem no Código Civil alguns dispositivos
sobre o Direito Comercial, não acarreta nenhuma conseqüência de ordem legal ou
no âmbito de sua autonomia.

ATOS DA EMPRESA

Tradicionalmente, o direito comercial é o direito dos comerciantes e dos atos de


comércio. Com o novo Código Civil, este passou a ser o Direito dos Empresários,
tornou-se mais abrangente. A Teoria dos Atos de Comércio, conforme acima falado
foi substituída pela Teoria dos Atos dos Empresários.
A origem desta teoria é italiana e suas características também já explicadas são:
profissionalismo, atividade, econômica,organizada, produção de bens e serviços,
circulação de bens e serviços e bens e serviços.
Os atos da empresa são atos jurídicos de natureza especial. Eles delimitam o
campo do direito comercial. E, como conseqüência, a jurisdição comercial vai até
onde vão os atos da empresa, incluindo neles os praticados por profissionais
intelectuais, empresários rurais, individuais e até mesmo as Cooperativas.
Não há, a rigor, um critério que distinga integralmente os atos empresariais dos
atos civis. Quem traça os limites entre a matéria comercial e a matéria civil é a
própria lei pelos Códigos vigentes. Existem, portanto, normas de direito comercial,
dentro do próprio Código Civil de 2002 sem que se comprometa a autonomia da
matéria, ambos pertencem como sabemos ao Direito Privado ter elencados artigos
que disciplinam o Direito Comercial.
O novo regime constitucional adotou princípios de liberalismo, ou neoliberais
onde se coloca acima de tudo a livre iniciativa, livre competição com a devida
repressão ao abuso de poder econômico e a concorrência desleal. Ainda assim,
visando também a proteção de toda a sociedade, a lei elenca hipóteses de
incapacidade jurídica para os atos de empresário. São exemplos: o falido não
reabilitado, o condenado por pratica de crime, o leiloeiro e ainda outras; por
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exemplo, previstas no Estatuto dos Funcionários Públicos que os proíbe de exercer o


comércio.
Como privilégios específicos dos atos da empresa a Constituição Federal
estabeleceu que o poder público terá tratamento diferenciado às microempresas e
as empresas de pequeno porte, simplificando exigências, impostos, tributos,
contribuições previdenciárias e a qualquer momento podendo criar outros incentivos
para que se desenvolvam cada vez mais e possam produzir empregos. É o chamado
Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte, chamado SIMPLES. Vale ressaltar que os empresários
individuais não podem usufruir desse privilégio ou aquelas microempresas ou de
pequeno porte que não tenham feito a opção pelo simples. As operações comerciais
regem-se pela solidariedade nas obrigações presumida, ao contrário do direito civil
em que ela deve ser sempre expressa.
Como podemos observar não há que se falar mais na teoria dos atos de
comércio, pois ela tornou-se inviável na nossa realidade atual pela grande
quantidade de atividades que surgem a cada instante e não se enquadram na
codificação vigente do Código Comercial. Dentro deste contexto surgiram leis
esparsas tentando resolver situações diferentes, ocasionadas pela maior
complexidade das relações de consumo, como o Código de Defesa do Consumidor
em 1990., a Lei de Locações em 1991e a lei do Registro de Empresas em 1994.
Aos poucos o Direito Brasileiro já incorporava através da doutrina da
jurisprudência e por essas leis esparsas a Teoria da Empresa mesmo que antes da
entrada do Código civil de 2002, pois essa mudança era necessária e a transição foi
deveras demorada apesar das exigências da sociedade.

COMERCIANTE/EMPRESÁRIO

Comerciante é todo aquele que pratica atos de comércio com habitualidade. A


esses requisitos acrescentam-se mais os seguintes para identificar o comerciante:

a) capacidade civil;
b) atuação em próprio nome;
c) não estar expressamente proibido de comerciar. Do conceito se observa que o
comércio pode ser praticado por qualquer pessoa capaz, que atue com profissional
idade em seu próprio nome, desde que não expressamente proibida por lei, seja ela
pessoa física ou jurídica. No primeiro caso, temos o "comerciante em nome
individual"; no segundo, a "sociedade comercial".

Essa teoria caiu por terra, pois agora conforme já colocado o contexto em que se
inserem as atividades econômicas, atualmente é maior com a conceituação de
EMPRESÁRIOS e a Teoria das Empresas. O conceito de Empresário, núcleo do
moderno Direito Comercial, está compreendido no conceito de fornecedor. Todo

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empresário é fornecedor. Assim os deveres e direitos previstos no Código de Defesa


do Consumidor para ele são válidos em todas as suas relações de consumo.
Resumindo o que ora já foi explanado, o Empresário é definido em lei como o
profissional exercente de "atividade econômica organizada para a produção e
circulação de bens e serviços" (art. 966 do CC/2002). Excetuam-se os profissionais
intelectuais, de natureza artística, literária ou científica. No caso do empresário rural
o Código Civil reservou um tratamento específico.Ele será considerado empresário
se submeter-se às normas do Direito Comercial, por exemplo tiver seu registro
perante a Junta Comercial. As Cooperativas dedicam-se as mesmas atividades dos
empresários e costumam atender aos requisitos legais de caracterização destes,
contudo por disposição legal não se submetem ao regime jurídico empresarial( Lei
nº 5.764/71 e arts. 1.093 a 1.096 do CC/2002)

PROIBIDOS DE EXERCER EMPRESA

Dentro deste novo contexto jurídico os proibidos de exercer empresa


são plenamente capazes para a prática de atos e negócios jurídicos,mas o
ordenamento entendeu por vedar-lhes o direito dessa atividade profissional.
Poderíamos enumerá-los:
a) O falido não reabilitado; falido condenado necessita de declaração de
extinção das obrigações;
b) Os condenados por sentença criminal, quando reabilitados não entram na
exclusão;
c) O leiloeiro
d) Os Chefes do Poder Executivo nacional, estadual e municipal;
e) os Magistrados, Promotores e Defensores Públicos;
f) os empregados fiscais (Federais, Estaduais e Municipais);
g) os militares da ativa das três armas;
h) os devedores do INSS;
i) os funcionários públicos civis;
j) os médicos, para o exercício simultâneo da medicina e comércio de farmácia,
drogaria ou laboratórios farmacêuticos;
k) os cônsules, com exceção daqueles não remunerados;
l) os estrangeiros não residentes no país ou sociedade não sediada no Brasil

A proibição legal, contudo, se limita ao exercício da empresa e a


proibição de ser empresário. O que o direito tem em mente é a proteção dos
incapazes, e o resguardo de todos os membros da sociedade, resguardando os
interesses de todos os agentes econômicos.
a) Para exercer a atividade empresarial, é necessário o registro, que é feito no
Registro das Empresas, supervisionado pelo Departamento Nacional de
Registro de Comércio, em âmbito federal e no âmbito estadual nas Juntas
Comerciais.
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OBRIGAÇÃO DOS COMERCIANTES

Os empresários têm obrigações impostas por leis comerciais,


tributárias, trabalhistas e administrativas, quer no âmbito federal, estadual ou
municipal.
Todos os empresários estão sujeitos as três seguintes obrigações: registrar-se
regularmente no Registro de Empresa antes de iniciar suas atividades; escriturar
regularmente os livros obrigatórios e levantar balanço patrimonial e de resultado
econômico a cada ano.
Em princípio, o empresário, sendo pessoa física ou jurídica deve escriturar suas
atividades nos chamados livros obrigatórios, independente do ramo de sua
atividade, caso não o faça estará sujeito às penas da lei. São conseqüências
diversas que levam o empresário a ficar irregular e até mesmo o impedindo de caso
necessite possa pedir falência ou concordata.
Como exceção a essas obrigações somente os empresários optantes pelo
SIMPLES estão dispensados desta escrituração. Os dois únicos livros que eles devem
manter são o Caixa e o Registro de Inventário. Os empresários Individuais não
podem optar pelo SIMPLES.

EMPRESA E EMPRESÁRIO

Sob o aspecto econômico, pode-se afirmar que empresa é a atividade econômica


organizada. A empresa comercial é, portanto, um organismo formado por uma ou
mais pessoas, com a finalidade de exercitar atos de manufatura, circulação de bens
e prestação de serviços.
Quanto ao conceito jurídico de empresa, ainda não foi possível chegar-se a uma
conclusão definitiva sobre o assunto, havendo uma tendência para, no campo do
direito comercial, conceituar empresa como uma atividade exercida pelo
empresário, avultando no campo jurídico a pessoa do empresário. O empresário é a
figura central da empresa e agora mais ainda é a figura central do Direito
Comercial, pois não há que se falar mais de comerciante e sim de empresário.
O Projeto do novo Código Civil, que já está em vigor, evitou definir a empresa,
conceituando o empresário, ou seja, quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Assim, na acepção jurídica, a empresa significaria uma atividade exercida pelo
empresário.

ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL OU FUNDO DE COMÉRCIO (nome antigo)

Quanto ao Estabelecimento Empresarial é o complexo de bens corpóreos e


incorpóreos reunidos pelo empresário para o desenvolvimento de sua atividade
econômica, estes necessários para o desenvolvimento da mesma. Os bens da
empresa regra geral, não se confundem com os bens do empresário. Podem existir
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todas como estabelecimento empresarial em diversos bens situados em diferentes


locais, ou seja, o empresário pode ter sucursais, filiais ou agências.
O Direito Civil presta-se a proteger os bens corpóreos enquanto o Direito
Comercial aborda a tutela dos bens incorpóreos do estabelecimento empresarial.
Dentro desses bens que o compõem está o PONTO. É o local específico onde ele
se encontra e constitui na realidade um bem incorpóreo do empresário. Em função
do ramo da atividade desenvolvida e explorada pelo empresário, a localização do
estabelecimento pode ter como conseqüência acréscimo substancial em seu valor.
Tanto é a importância do ponto, que no Brasil os ditames legais são diferentes para
a locação residencial e para a comercial. Na Locação Comercial existem previsões
para proteger o empresário de ter que sair do seu estabelecimento num curto
período, quando seu negócio começa a dar certo e a fazer "nome"e clientela.
Para que o Estabelecimento Empresarial seja vendido, faz-se necessário
contrato por escrito devidamente registrado na Junta Comercial com a concordância
de seus credores caso existam.
Logicamente, para exercitar sua atividade, serve-se o empresário de um
conjunto de bens corpóreos (mercadorias, instalações, máquinas, viaturas, etc...) e
de bens incorpóreos (ponto comercial, nome empresarial, título do estabelecimento,
marcas, patentes, sinais ou expressões de propaganda, "know how", contratos,
créditos, clientela e aviamento), a que se dá o nome de estabelecimento
empresarial o antigo estabelecimento comercial ou fundo de comércio. Cada um
desses elementos citados possui valor próprio, que se reflete no patrimônio do
empresário.
O fundo de comércio é, na verdade, uma universalidade de fato, ou seja, um
conjunto de coisas distintas, com individualidade própria, que se transformam num
todo pela vontade do empresário. Os bens que compõem o fundo de comércio não
perdem sua categoria própria.
O fundo de comércio é classificado com bem móvel, incorpóreo, sendo objeto de
direitos, não sendo, portanto, sujeito de direitos, em razão de não possuir
personalidade jurídica.
Por ser considerado coisa móvel, pode o fundo de comércio ser transferido
(cessão ou venda) por instrumento público ou particular. O empresário só pode
ceder ou vender o fundo de comércio, se pagar a todos os credores, ou se ficar com
bens suficientes para pagá-los, ou ainda se estes, notificados, concordarem.
Sobre os elementos que compõem o fundo de comércio, podemos dizer que:

a) no tocante ao ponto, cuja localização assume valor patrimonial importante, o


direito ao ponto constitui uma propriedade do empresário, razão pela qual o
locatário de um imóvel quando utilizado para fins comerciais ou industriais possui
garantias especiais quanto à utilização desse imóvel, principalmente:
- o direito de requerer judicialmente a renovação do contrato de locação do
imóvel, desde que preenchidas certas formalidades legais, tais como: contrato por
prazo determinado, prazo mínimo de 5 anos, utilização ininterrupta do imóvel na
atividade comercial pelo prazo de 3 anos, exercício do direito de renovação no prazo
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de 1 (um) ano, no máximo, e de 6 meses, no mínimo, antes de terminar o prazo do


contrato a ser renovado. A ação de renovação do contrato do aluguel não será
admitida fora desses prazos. Se não houve renovação do contrato, terá o locatário
direito a uma indenização. Se a ação renovatória não for proposta no prazo devido,
pode o locador, findo o contrato, retomar o imóvel, independentemente de qualquer
motivo especial. A nova lei de locações manteve a denúncia vazia nas locações para
fins comerciais e industriais. Os direitos de renovação do contrato de locação são
igualmente assegurados aos cessionários ou sucessores do comerciante.

b) no tocante ao aviamento, este pode ser entendido como a aptidão da


empresa de produzir lucro, decorrente da qualidade e da melhor perfeição de sua
organização. O aviamento é, pois, uma aptidão do empresário em se organizar de
forma a gerar mais lucros, o que, evidentemente, vai valorizar o fundo de comércio
na sua eventual venda. Tem o aviamento valor patrimonial e é comum ao ser
transferido o estabelecimento comercial, dar-se a este um valor superior ao real,
por força justamente do preço do aviamento, constituindo-se essa diferença para
mais no valor das "luvas" ou "chaves", termos especialmente empregados para a
valorização do ponto do estabelecimento empresarial.
Pode-se colocar outro elemento importante na atividade empresarial: a
freguesia. Esta é considerada o conjunto de pessoas que habitualmente fazem suas
compras no mesmo estabelecimento empresarial, como elemento do aviamento, por
sua importância na marcha dos negócios do empresário, tendo papel preponderante
nos mesmos.
O aviamento e a freguesia caracterizam a propriedade imaterial, um dos
elementos do fundo de comércio.

NOME EMPRESARIAL

Todos os empresários, sendo pessoa física ou jurídica, necessitam de um nome


para exercer suas atividades profissionais. Esse nome tem a designação genérica de
nome empresarial. Ao contrário do nome civil, este pode ser alterado pela simples
vontade do empresário desde que respeitadas as normas jurídicas de formação
deste nome.
Existem regras específicas para a formação do nome empresarial.Alguns tipos de
empresas somente podem utilizar-se de firma outras de denominação social e ainda
algumas podem optar por uma ou outra de acordo com sua vontade e interesse.
O nome empresarial, como elemento patrimonial e como componente que é do
fundo de comércio, goza de proteção legal, tanto assim que a legislação garante ao
empresário o direito de registrar sua firma ou razão social no registro do
estabelecimento principal, podendo, depois, registrá-la nos locais onde existirem
filiais. Uma vez feito o registro do nome empresarial na Junta Comercial respectiva,
toda firma nova deverá distinguir-se de qualquer outra que exista inscrita no
registro do lugar.

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O registro do nome empresarial dá-se, automaticamente, com o arquivamento,


nas Juntas Comerciais, dos atos constitutivos da sociedade e suas alterações,
conforme as assinaturas constantes dos instrumentos, e a proteção abrange o
território de jurisdição da Junta Comercial onde se deu o arquivamento. Desse
modo, para proteção nacional do nome comercial, será necessário o arquivamento
em todas as Juntas Comerciais do país.
Podemos distinguir duas espécies de nome empresarial conforme citado acima: a
firma ou razão social e a denominação ou nome fantasia.
A firma individual é a do empresário individual, que não possui personalidade
jurídica. Ele se obriga por sua assinatura, esta é baseada em seu nome civil.
O empresário individual terá seu nome comercial (firma) composto de seu nome
patronímico, usado por extenso ou abreviadamente. Por exemplo, Paulo Roberto
Silva, comerciante individual poderá usar como nome comercial um dos seguintes:
Paulo Roberto Silva, P Roberto Silva, Paulo R. Silva, P. R. Silva.
Os empresários individuais não podem usar nome de fantasia (denominação),
podendo apenas acrescentar ao nome uma palavra capaz de identificá-los. Exemplo:
PR.Silva, alfaiate.
A firma ou razão social será utilizada obrigatoriamente pela sociedade em nome
coletivo, a sociedade em comandita simples e a sociedade limitada devem utilizar
sempre a firma. Já a sociedade anônima só pode adotara denominação.A sociedade
em comandita por ações tem a escolha de adotar a firma ou a denominação
conforme seu desejo e interesse. Por fim a sociedade em conta de participação, por
sua natureza de sociedade secreta está proibida de adotar qualquer nome
empresarial que denuncie sua existência. Ainda as microempresas e as empresas de
pequeno porte terão seus nomes registrados de maneira diversa. Ao registro terão
acrescido ao seu nome uma locução que os identifique : ME ou MP de acordo com o
que dita a lei nº 8.864/94 em seu art. 11.
Todos esses tipos de sociedade serão explicados com algumas de suas
características em tópico posterior.
É importante ressaltar que o direito protege o nome empresarial através de
institutos visando garantir ao empresário sua propriedade. Existe, portanto, a tutela
a dois interesses do empresário; o interesse na preservação da tutela e também do
crédito. O titular do nome empresarial tem direito à exclusividade de uso, podendo
impedir que outro empresário se identifique com nome idêntico ou semelhante para
que não haja confusões ou distorções; ou até mesmo, prejuízos econômicos. Como
exemplo o art. 1.163 do CC/2002.
O Registro de Comércio tem por base que são iguais os nomes que tem o
mesmo núcleo em seus nomes empresariais. Penalmente considerando poderá ser
enquadrado como crime esta atitude de usurpação de nome empresarial
configurando-se crime de concorrência desleal.
O nome empresarial é muito importante, porque através dele é possível
determinar, em regra, qual a responsabilidade (limitada ou ilimitada) dos sócios da
sociedade . Ele deve refletir a verdade da sociedade a que se refere, atendendo ao
princípio da veracidade.
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Sendo o sócio com responsabilidade ilimitada, na sociedade responde com seu


patrimônio particular pelas obrigações sociais, se o patrimônio da sociedade for
insuficiente para solver os compromissos assumidos. Já sendo o sócio com
responsabilidade limitada, em regra, atrela sua responsabilidade limitada à
importância com que entra para a sociedade ou limitada ao capital social.
Além disso, o nome empresarial tem a finalidade de ser o nome com o qual o
empresário ou a sociedade se assina em todas as obrigações e exercendo direitos.
O uso de firma ou razão social e de denominação depende do tipo de sociedade
empresarial e da responsabilidade (ilimitada ou limitada) dos sócios que dela
participam. Vejamos cada caso:
Resumindo sobre como deve ser registrado cada tipo de sociedade:

I - SOCIEDADE EM NOME COLETIVO - art. 1.039 do CC/2002

As sociedades em nome coletivo usarão sempre firma ou razão social, na qual


constarão os nomes dos sócios que possuem responsabilidade ilimitada, de forma
subsidiária, pelas obrigações sociais. Exemplo: Pereira & Pedreira, o que indica a
responsabilidade ilimitada dos dois sócios.
Pode a sociedade ter também o seguinte nome: Pereira & Cia. ou Pedreira & Cia.
Neste caso, o sócio cujo nome figurar na razão social, terá sempre responsabilidade
ilimitada (responde também com patrimônio particular, se necessário). O outro (ou
outros) sócio(s) que se acoberta(m) sob a palavra & Cia. pode(m) possuir ou não
responsabilidade ilimitada, de acordo com o estabelecido no contrato social.

II- SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES - art. 1.045 do CC/2002

Neste tipo de sociedade participam duas espécies de sócios: uns com


responsabilidade ilimitada (são os sócios comanditados) e outros com a
responsabilidade limitada às suas entradas de capital (são os sócios comanditários).
A sociedade em comandita simples usará sempre razão social (firma), formada
com patronímicos dos sócios comanditados. Por exemplo: Pereira, Pedreira & Cia.

III- SOCIEDADE LIMITADA - art. 1.052 do CC/2002

Este tipo de sociedade, por lei, poderá possuir opcionalmente firma ou


denominação, seguida obrigatoriamente da palavra "limitada". Se possuir firma,
esta será formada com patronímicos dos sócios. Por exemplo: Pedreira & Cia Ltda.
Se possuir denominação, no caso de uma livraria, por exemplo: Livraria
Amazonense Ltda.
A sociedade se obrigará com a assinatura do gerente sob o carimbo da firma
(Pedreira & Cia. Ltda.) ou da denominação (Livraria Amazonense Ltda.).
Não se deve confundir a denominação da sociedade (no caso anterior, Livraria
Amazonense Ltda.) com o título do estabelecimento ( por exemplo: Livraria
Amazonense, explorada pela sociedade Pedreira & Cia. Ltda.). Não pode o gerente,
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neste caso, assinar sob o nome de Livraria Amazonense e sim sob a firma Pedreira
& Cia. Ltda., para que a sociedade se obrigue.

IV- SOCIEDADE ANÔNIMA - art. 1.088 do CC/2002

A sociedade anônima, por determinação de lei específica (Lei das Sociedades


Anônimas - Lei n° 6404/76), usará obrigatoriamente denominação, antecedida da
palavra "Companhia ou Cia." ou antecedida ou sucedida pelas palavras "Sociedade
Anônima ou S.A".
Exemplos: S.A. Sonhos Amazônicos ou Sonhos Amazônicos S.A. ou Sonhos
Amazônicos Sociedade Anônima ou Companhia Amazonense de Sonhos ou Cia.
Amazonense de Sonhos.

V- SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÔES - art. 1.090 do CC/2002

As sociedades em comandita por ações possuem sócios comanditados (diretores


ou gerentes) , que respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais, e sócios
comanditários (responsabilidade limitada).
A Lei das Sociedades Anônimas regula este tipo de sociedade. Ela pode ter firma
ou razão social, formada com patronímicos dos sócios comanditados, ou, se preferir,
pode usar denominação, mas, em qualquer caso, acrescida das palavras "Sociedade
em Comandita por Ações" ou "Comandita por Ações". Exemplo: Pereira, Pedreira
Comandita por Ações ou Indústria Amazonense de Sonhos Comandita por Ações.

VI- SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO - art.1.162 do CC/2002

Nesta sociedade existem os sócios ostensivos ou gerentes, que praticam os atos


de comércio e se obrigam no próprio nome, e os sócios ocultos, os quais não se
obrigam para com terceiros. A sociedade não possui firma ou denominação e não
tem personalidade jurídica. Sendo assim não poderá ter nem firma nem
denominação, pois não tem exist6encia perante o Direito.

ALIENAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL

No caso de empresário individual, ou sociedade empresária, o nome empresarial


é inalienável, admitindo-se, contudo, que, na aquisição de firma individual, o
adquirente use sua própria firma, seguida da expressão "Sucessor de ...".
Tratando-se de sociedades empresariais, existe diferença de tratamento entre
aquelas que usam razão social e as que usam denominação. Por exemplo, se falece
um sócio solidário, cujo nome compunha ou fazia parte do nome empresarial, ou se
o mesmo sai da sociedade, o nome de tal sócio há de ser retirado da razão social,
que deverá ser alterada e novamente registrada na Junta Comercial. Também é
permitido que a nova firma seja seguida da expressão "Sucessor de ...".

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Além das alienações ou morte de um dos sócios o nome empresarial pode ser
alterado por outros motivos, sejam eles: alteração de categoria do sócio,
modificação do tipo de sociedade, ou ainda por estar acontecendo lesão a outro
empresário.
No tocante às sociedades anônimas, cujo nome empresarial é sempre uma
denominação, e às sociedades por quotas de responsabilidade limitada, às quais é
facultado utilizá-la, o regime legal é diferente, porque, sendo o nome comercial
formado por expressões de fantasia, sem utilização de nomes de sócios ou de
acionistas, a denominação, nesses casos, não goza da mesma proteção legal de
atributo da personalidade, podendo ser alienada com ou sem a empresa a que se
liga.
O nome empresarial não tem prazo de existência, de modo que perdura
enquanto existir a pessoa jurídica.

ESTABELECIMENTO PRINCIPAL

Pode o comerciante ter uma pluralidade de estabelecimentos, surgindo, então, o


estabelecimento principal e as suas sucursais, filiais ou agências.
Para os efeitos legais, inclusive no caso de declaração de falência, considera-se
estabelecimento principal aquele onde se encontra a administração central da
sociedade, de onde emanam as ordens e a política de negócios, e onde,
normalmente, estão os livros obrigatórios e fiscais.

REGISTRO DO COMÉRCIO

É da competência do Departamento Nacional do Registro do Comércio que


integra o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior a supervisão
coordenação orientação e fiscalização das Juntas Comerciais. Sendo assim no
âmbito federal o registro de uma empresa deverá ser feito perante este DNRC e já
estadual diretamente nas Juntas de Comércio.
Os registros de interesse dos empresários se dividem em duas espécies: registro
da empresa e o registro da propriedade industrial.
a) De acordo com o que preceitua a Lei nº8.934/94 e também o art. 967do
CC/2002 deve a Junta Comercial fazer todos os assentamentos dos usos e
práticas mercantis. A partir daí podem ser expedidas certidões aos
interessados. Também as Juntas fazem a habilitação e nomeação de
tradutores públicos e intérpretes comerciais. As carteiras de exercício
profissional de comerciante, empresário, e demais pessoas envolvidas na
atividade legalmente inscritas no registro da empresa também são
atribuição das Juntas Comerciais.
b) Todas as questões formais de documentos da empresa, toda a prática dos
atos registrais a ela incumbe-se. Havendo contenta poderá ela procurar a
Justiça Estadual ou federal, conforme o caso.

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REGISTRO DA EMPRESA:

A partir de 1994 as regras de registro de empresa foram simplificadas e foi


reduzida a três atos: matrícula, arquivamento e autenticação.
A matrícula consiste no ato de inscrição dos tradutores públicos, intérpretes
comerciais, leiloeiros, trapicheiros e administradores de armazéns gerais. São os
profissionais ligados a atividades paracomerciais. Já o caso de arquivamento diz
respeito à inscrição do comerciante individual bem como as Cooperativas, os
consórcios de empresas e os grupos de sociedades, empresas mercantis
estrangeiras, microempresas e empresas de pequeno porte. Pelo CC/2002 está
determinado em seu art. 968, parágrafo 1º que os atos modificativos da inscrição
do empresário sejam averbados à margem desta. A averbação é uma espécie de
arquivamento. Por último a autenticação que está ligada aos instrumentos de
escrituração no caso os livros comerciais e fichas escriturais.Consiste em condição
de regularidade para o documento, fazendo prova de que a cópia e o documento
original ambos estão registrados na Junta.

REGISTRO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

Chamamos de Direito Industrial esta gama do Direito Comercial. Busca-se a


proteção do que se chama patente ou registro, no caso o titular desses bens são os
empresários. Tenta-se proteger bens imateriais do empresário sejam eles: a
patente de invenção, a de modelo de utilidade, o registro de desenho industrial e o
de marca.
O prazo de proteção dado pela patente é de 15 anos para invenções, e de 10
(dez) anos nas demais criações, sempre a partir do depósito do pedido. Após esses
prazos, a criação cai no domínio público, tornando-se coisa de uso comum.
O autor de invenção capaz de ser utilizada industrialmente é o seu legítimo
proprietário, assim como seus sucessores, sejam pessoas naturais ou jurídicas. Os
inventores têm a propriedade de seus inventos garantida, bem como o direito da
exploração dos mesmos, tão logo obtenham junto ao INPI a patente de invenção.
Para que uma pessoa possa explorar um bem industrial patenteado ou registrado
necessita de autorização do titular do bem.
No caso de morte são passadas por herança e também podem ser alienadas por
ato inter vivos.
Todas essas questões são reguladas pelo Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (INPI), autarquia federal responsável por essas concessões.
Entende-se por invenção industrial ou modelo de utilidade a criação ou
concepção de um processo, produto, instrumento ou meio novo que possa ser
aplicado à indústria, com a finalidade de melhorá-la. É o ato original do ser humano,
há que ser algo novo, original, desconhecido pelas pessoas, nos termos da
legislação brasileira: a novidade que seja suscetível de ter utilização, aplicação
industrial. Mais propriamente o modelo de utilidade vem sendo chamado de

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pequena invenção.Seria o conceito de patente. Elementos caracterizadores:


novidade, aplicação industrial e não-impedimento.
Durante o prazo de proteção, a propriedade da invenção poderá ser alienada,
por atos inter vivos ou mortis causa, a título gratuito ou oneroso, fazendo-se a
devida averbação no INPI. Poderá também ser objeto de cessão ou de licença. Pode
ocorrer também a desapropriação, por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, nos termos da legislação pertinente.
O privilégio de exploração exclusiva da patente industrial termina:
a) pela expiração do prazo de proteção;
b) pela renúncia mediante documento hábil;
c) pela caducidade, seja por falta de pagamento das anuidades devidas ao INPI,
seja por não se explorar o privilégio ou pelafalta de representante nobrasil quando o
titular é domiciliado no exterior.
d) pelo cancelamento administrativo ou pela anulação judicial, se ocorrer
preterição de disposições legais na concessão.
Considera-se modelo de utilidade a modificação de forma ou disposição em
ferramenta, instrumento de trabalho ou utensílio já existente, de que resulte um
aperfeiçoamento utilitário do objeto. Por exemplo, um novo modelo de brinco.
Considera-se desenho industrial a combinação de traços, cores ou figuras, a
serem aplicadas a um objeto de consumo, com resultado ornamental característico;
à forma dos objetos. Elementos: novidade, originalidade e desimpedimento. O seu
registro tem um prazo de validade de 10 anos podendo ser prorrogado por mais 3
períodos sucessivos de 5 anos. Paga-se uma taxa ao INPI denominada retribuição
para se ter esse direito.
Considera-se modelo industrial a forma nova dada a um objeto, só para fins
ornamentais. Por exemplo, um novo modelo de automóvel.
O registro, alienação, cessão, licenciamento, extinção, caducidade, cancelamento
e nulidade das patentes de modelos de utilidades, de desenhos e modelos
industriais seguem o mesmo processo admitido para as patentes de invenção, sendo
essa concedida depois de cumpridas as exigências legais e do exame dos modelos
pelos órgãos técnicos do INPI. O tempo em que o direito é exclusivo- de apenas 10
(dez) anos, não prorrogáveis.
A alienação dos modelos se faz pelos meios comuns, podendo o proprietário
permitir a exploração dos modelos por terceiros, mediante licença especial. A
exemplo das patentes de invenção, também haverá a concessão obrigatória da
licença de exploração caso o proprietário não a explore no prazo legal concedido
para a vigência do mesmo, ou seja, nos três anos seguintes à concessão de patente
ou, se iniciando a exploração, a interromper por prazo superior a 1 (um) ano, sem
causa justificativa.
Além das patentes, cuida o Código da Propriedade Industrial dos procedimentos
para registro das "expressões ou sinais de propaganda, marcas de indústria, de
comércio e de serviços".
Por expressões ou sinais de propaganda entende-se toda legenda, anúncio,
reclame, palavra, combinação de palavras, desenho, gravura, insígnia, originais e
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característicos, que se destinem a emprego como meio de recomendar quaisquer


atividades lícitas, realçar qualidades de produtos, mercadorias ou serviços, ou atrair
a atenção dos consumidores ou usuários (Art. 73 do CPI).
Tanto a expressão como o chamado sinal de propaganda pode ser feito através
de papéis avulsos, tabuletas, cartazes, anúncios, placas, sinais luminosos ou
quaisquer meios de comunicação.
Para que possam legalmente ser usadas e garantidas a exclusividade de uso, as
expressões ou os sinais de propaganda, devem ser devidamente registradas no
INPI. O registro tem efeito em todo o território nacional.
Marca é um sinal distintivo capaz de diferenciar um produto ou um serviço de
outro, ou seja é o designativo que identifica produtos e serviços.
A lei da propriedade industrial datada do ano de 1996 introduziu no direito
brasileiro, além da marca e produtos e serviços a marca de certificação e a marca
coletiva.
Para seu registro deve seguir os seguintes requisitos: a novidade relativa, no
sentido de originalidade e não coincidência ou semelhança com marcas existentes, a
não-colidência com marca notória, e o não-impedimento .
Dividem-se as marcas em marcas de indústria, marcas de comércio e marcas de
serviço, conforme sejam usadas por industrial, comerciante ou prestador de
serviços.
De acordo com suas características, podendo ser representadas por nomes, por
sinais ou por nomes e sinais associados, classificam-se as marcas em marcas
nominais ou verbais, quando apenas contêm letras ou palavras, marcas
emblemáticas ou figurativas, quando são constituídas por um emblema ou desenho,
e marcas mistas, quando encerram ao mesmo tempo palavras ou letras e desenhos
ou figuras.
De acordo com o Código de Propriedade Industrial, a marca considerada notória
no Brasil terá assegurada proteção especial, em todas as classes, mentido o registro
próprio para impedir o de outra que a reproduza ou imite, no todo ou em parte,
desde que haja possibilidade de confusão quanto à origem dos produtos,
mercadorias ou serviços, ou ainda prejuízo para a reputação de marca, sendo que o
uso indevido de marca notória registrada no Brasil constituirá agravante de crime
previsto na lei própria.
A proteção da marca, bem como das expressões ou sinais de propaganda,
opera-se pelo registro, válido por 10 (dez) anos, a contar da expedição do
certificado, podendo esse prazo ser prorrogado indefinidamente por períodos iguais
e sucessivos. A prorrogação deve ser requerida na vigência do último ano de
decênio de proteção legal.
A proteção não é geral no tocante às marcas, mas limitada a classes, dentro das
atividades efetivas e lícitas dos requerentes, exceto quanto à marca notória, que
pode ter proteção especial, em todas as classes.
A validade do registro termina:
a) com a expiração do prazo, se não tiver sido prorrogado;
b) com a renúncia, mediante documento hábil;
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c) com a caducidade, por falta de uso por 2 (dois) anos;


d) com a anulação administrativa ou judicial, por não terem sido obedecidos os
requisitos legais.
A alienação, cessão, licenciamento, suspensão, cancelamento e nulidade do
registro seguem os mesmos preceitos legais relativos às patentes, sendo que, no
caso de transferência de propriedade, faz-se necessário que haja uma anotação do
INPI, e, no caso de exploração de terceiros, necessário se torna uma permissão e
averbação do mesmo Instituto.

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