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Análise Combinatória - Fatorial e Binômio de Newton. Prof.

André Gustavo

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Análise Combinatória - Fatorial e Binômio de Newton. Prof. André Gustavo

ANÁLISE COMBINATÓRIA.

Fatorial
Sendo n um número natural diferente de zero, chamamos de fatorial de n a expressão;
n!= 1.2.3....( n − 2)(n − 1)n .

O Fatorial é uma ferramenta muito importante na analise combinatória, por isso vamos
estudar seu conceito e aplicação, de forma que este possa auxiliá-lo mais tarde.

Matematicamente, podemos definir assim Fatorial:

1, se n = 0
n!= 
n(n − 1)! se n > 0

Observe que com essa definição em dupla sentença, resolvemos todos os casos:

a) 0! = 1 (por definição)
b) 1! = 1.(1 – 1)! = 1. 0! = 1.1 = 1
c) 2! = 2.(2 – 1)! = 2. 1! = 2.1 = 2
d) 3! = 3.(3 – 1)! = 3. 2! = 3.2.1 = 6
e) 4! = 4.(4 – 1)! = 4. 3! = 4.3.2.1 = 24, e assim por diante.

Exemplo:

Calcule o valor de n na expressão:

n! + (n + 2)! n! + (n + 2)(n + 1)n! n![1 + (n + 2)(n + 1)]


= 31 ⇒ = 31 ⇒ = 31 ⇒ 1 + n 2 + 3n + 2 = 31 ⇒
n! n! n!
2
⇒ n + 3n − 28 = 0 ∴ n' = 4 ∨ n' ' = −7(não convém)

Daí podemos concluir que o conjunto solução é S = {4}

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Coeficientes Binomiais
Sendo n e p dois números naturais quaisquer tal que n ≥ p , chamamos de coeficiente
n 
binomial o número indicado por   definido por;:
 p

n  n!
  = ; n, p ∈ IN e n ≥ p
 p  p!(n − p)!

Fazendo uma analogia com o conhecimento a cerca das frações dizemos que o número n é
o numerador e p é o denominador; lê-se “n sobre p”.

Existem três conseqüências da definição de coeficiente binomial a considerar:

n n n


I)   = n II)   = 1 III)   = 1
1  0 n

Números Binomiais complementares: Dois coeficientes Binomiais são chamados


complementares quando ambos tiver o mesmo numerador, e a soma dos seus
denominadores for igual ao numerador comum, ou seja:

n   n 
  =  
 p  n − p 

Exemplo: Determine o valor de k, sabendo – se que os coeficientes binomiais


 8   8 
 =  são complementares.
 2k + 1  − k + 5 
   

Solução:
Se os coeficientes binomiais dados são complementares, então a soma dos denominadores é
igual ao denominador, logo, 2k +1 + (-k) + 5 = 8 ⇒ k + 6 = 8∴ k = 2.

TRIÂNGULO DE PASCAL OU DE TARTAGLIA

O Triângulo de Pascal recebe esse nome, devido à forma em que os elementos estão
distribuídos, e esses elementos são os coeficientes binomiais que tem a seguinte
característica:

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0
 
0

1  1
   
0 1

 2  2  2
     
0 1   2

3  3 3  3
       
0 1   2  3
M M M M

 n − 1  n − 1  n − 1  n − 1
      K  
 0   1   2 
       n − 1

n n n  n  n


      K    
 n − 1
0 1  2   n

Podemos também representar o Triângulo de Pascal substituindo os coeficientes binomiais


pelos seus respectivos valores:

1 1

1 2 1

1 3 3 1

1 4 6 4 1

1 5 10 10 5 1

1 6 15 20 15 6 1

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PROPRIEDADES DO TRIÂNGULO DE PASCAL

• 1ª PROPRIEDADE. Em cada linha do triângulo, o primeiro elemento vale 1, pois


n
qualquer que seja a linha, o primeiro elemento é   = 1, ∀ n ∈ IN .
0
• 2ª PROPRIEDADE. Em cada linha do triângulo, o último elemento vale 1, pois
n
qualquer que seja a linha, o último elemento é   = 1, ∀ n ∈ IN .
n
• 3ª PROPRIEDADE. Numa linha, dois coeficientes binomiais eqüidistantes dos
n   n 
extremos são iguais, isto equivale a dizer que   =  .

 p  n − p

Observe no quadro:
1

1 1

1 2 1

1 3 3 1

1 4 6 4 1

1 5 10 10 5 1

1 6 15 20 15 6 1
• A partir da 3ª linha, cada elemento (com exceção do primeiro e do último) é a soma
dos elementos da linha anterior, imediatamente acima dele. Essa propriedade é
conhecida como Relação de Stifel e afirma que:

n   n  n +1
  +    
p  p + 1 =  p + 1
     

Vamos mostrar um exemplo e uma aplicação da Relação de Stifel numa questão do


vestibular da Faculdade Baiana.

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Obs: Um detalhe importante no uso da Relação de Stifel é observar o valor que representa
n, p e p + 1. Na questão do vestibular da Faculdade Baiana, n = 12, p = 7 e p + 1 = 7 +1 =
8.

BINÔMIO DE NEWTON

Inicialmente vamos considerar as seguintes potências desenvolvidas:

• ( x + y ) 2 = x 2 + 2 xy + y 2 , que podemos escrever também da seguinte forma;


 2  2  2
x 2 y 0 + 2 x1 y 1 + x 0 y 2 ou   x 2 y 0 +   x1 y 1 +   x 0 y 2 .
0 1   2
• ( x + y ) 3 = x 3 + 3x 2 y + 3xy 2 + y 3 , que podemos escrever também da seguinte forma;
3  3 3  3
x 3 y 0 + 3x 2 y 1 + 3 x1 y 2 + x 0 y 3 ou   x 3 y 0 +   x 2 y 1 +   x1 y 2 +   x 0 y 3 .
0 1   2  3
• ( x + y ) 4 = x 4 + 4 x 3 y + 6 x 2 y 2 + 4 xy 3 + y 4 , que podemos escrever também da
seguinte forma; x 4 y 0 + 4 x 3 y 1 + 6 x 2 y 2 + 4 x1 y 3 + x 0 y 4 ou
 4 4 0  4 3 1  4 2 2  4 1 3  4 0 4
  x y +   x y +   x y +   x y +   x y .
0 1   2 3  4
Generalizando a situação, podemos escrever; para x e y ∈ IR e n ∈ IN :

n n n n n


( x + y ) n =   x n +   x n −1 y +   x n − 2 y 2 + K +   x n − k y k + K +   y n
0 1  2 k  n

É interessante notar que os expoentes de x começam em n e decrescem de1 em 1 até


zero, enquanto os expoentes de y começam com zero e crescem até n. A esse
desenvolvimento damos o nome de Binômio de Newton.

Exemplos:

1) Efetuar o desenvolvimento de ( x + a) 5 .

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Solução:

5  5 5  5 5  5


( x + a) 5 =   x 5 y 0 +   x 4 y 1 +   x 3 y 2 +   x 2 y 3 +   x 1 y 4 +   x 0 y 5 .
0 1   2  3  4  5

Observemos que:

5  5 5 5! 5.4.3! 20  5 5!


  = 1 ,   = 5 ,   = = = = 10 ,   = = 10 ,
0 1   2  2!.3! 2!.3! 2  3  3!.2!

5 5! 5.4! 5 5


  = = = = 5,   = 1
 4  4!.1! 4!.1! 1 0

Substituindo os valores na expressão temos:

( x + a) 5 = x 5 + 5 x 4 y + 10 x 3 y 2 + 10 x 2 y 3 + 5 xy 4 + y 5 .

6
 1
2) Efetuar o desenvolvimento de  x −  .
 2

Solução:

6 6
 1   1 
Inicialmente, devemos observar que  x −  =  x +  −  .
 2   2 
6 0 1 2 3 4 5
 1 6 6  1  6 5  1  6 4  1  6 3 1  6 2  1  6 1 1 
 x −  =   x  −  +   x  −  +   x  −  +   x  −  +   x  −  +   x  −  +
 2  0   2  1   2   2   2   3   2   4   2   5   2 
6
6  1 
+   x 0  − 
6  2 

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 1
Calculando cada coeficiente binomial e as potências de  −  temos:
 2

0
6  1
  = 1 −  = 1
0  2
1
6  1  1
  = 6 −  = − 
1   2  2
2
6 6! 6.5.4! 30  1 1
  = = = = 15 −  =  
 2  2!.4! 2!.4! 2  2 4
3
6 6! 6.5.4.3! 120  1  1
  = = = = 20 −  = − 
 3  3!.3! 3!.3! 6  2  8
4
6 6! 6.5.4! 30  1 1
  = = = = 15 −  =  
 4  4!.2! 4!.2! 2  2  16 
5
6 6! 6.5! 6  1  1 
  = = = =6 −  = − 
 5  5!.1! 5!.1! 1  2  32 
6
6  1  1 
  = 1 −  =  
6  2  64 

Substituindo os respectivos valores na expressão temos:


6 4
 1 6 5 1 4 1  3 1 2 1   1   1 
 x −  = x + 6 x  −  + 15 x   + 20 x  −  + 15 x   + 6 x −  +   Fazendo as
 2  2 4  8  16   32   64  operações
elementares obtemos:

6
 1 6 5 15 4 5 3 15 2 3  1 
 x −  = x − 3x + x − x + x − x +  
 2 4 2 16 16  64 

TERMO GERAL DO BINÔMIO

O termo geral do Binômio de Newton é dado por:

 n  n−k k
Tk +1 =   x y
k 
O termo geral do binômio é muito útil quando queremos calcular um termo qualquer n
desse binômio.

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Questões comentadas

1) Qual é o 5º termo do desenvolvimento de ( x + 3) 5 , de acordo com as potências


decrescentes de x?

Solução: Inicialmente, vamos procurar o valor de T5 . Como k + 1 = 5 ⇒ k = 4 . Daí:

5  5  5! 5.4!
T5 =   x 5−4 .3 4 =   x.81 = ⋅ 81x = ⋅ 81x = 5.81x = 405 x
 4  4 4!.1! 4!.1!

Portanto o 5º termo de ( x + 3) 5 é 405x.

6
 1
2) Calcular o termo independente de x no desenvolvimento de  x +  .
 x

Solução:

6
k
1
Tk +1 =   x 6− k . 
k   x
6
Tk +1 =   x 6− k .x −k
k 
6
Tk +1 =   x 6− 2 k
k 

Observe que o termo independente de x é aquele cuja potência de x é zero, ou seja, x 0 .


Logo temos que:

6 – 2k = 0, e portanto k = 3.

Então temos que Tk +1 = T3+1 = T4

 6 6! 6.5.4.3! 120 120


T4 =   = = = = = 20
 3  3!.(6 − 3)! 3!.3! 3.2.1 6

3) Determine o termo médio (ou central) no desenvolvimento de ( x − 3) 6 .

Solução: Observe que se o binômio esta elevado a 6ª potência significa que o seu
desenvolvimento constará 7 termos, Lembre-se que se a quantidade de termos é ímpar,

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então o termo central é aquele que divide a esse grupo de termos em quantidades de termos
iguais.
Exemplo:

• 1 2 3, o termo central é 2.

• 1 2 3 4 5, o termo central é 3.

• 1 2 3 4 5 6 7, o termo central é 4.

Feito isso, podemos voltar ao problema inicial. Como Já havíamos dito, se o binômio está
elevado a 6ª potência, então o seu desenvolvimento constará de 7 termos. Devemos então
procurar 4º termo, que é o termo central:

k+1=4
k=3

Portanto;

 6
T4 =   x 6−3 .(−3) 3
3
 6
T4 =   x 3 .(−27)
3
6!
T4 = ⋅ (−27) x
2!.3!
T4 = 20.(−27) x = −540 x 3

4) No desenvolvimento de ( x − 2) 50 , determinar os coeficientes do 4º e do penúltimo termo.

Solução: O termo geral é dado por

 50 
Tk +1 =   x 50− k .(−2) k
k 
• O 4º termo é o T4 . Como k + 1 = 4, então k = 3.

 50  50−3  50  47 50! 47 50.49.48.47! 47


T4 =   x .(−2) 3 = 
  3 
 x .(−8) = x .( −8) = x .(−8) =
 3    3!.47! 3!.47!
50.49.48 47
= x .(−8) = 19600.(−8) x 47 = −156800 x 47 .
3 . 2 .1

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• O penúltimo termo é o T50 . Como k +1 = 50, então k = 49.

 50  50!
T4 =   x 50− 49 .(−2) 49 = ⋅ (−2) 49 = 50 x.(−2) 49
 49  49!.1!
Portanto os coeficientes do 4º e do penúltimo termo são − 156800x 47 e 50 x.(−2) 49 .

3
 1
5) Existe o termo independente de x no desenvolvimento de  x +  ?
 x
Solução:
 3  3− k  1   3  3− k − k  3  3− 2 k
k

O termo geral é dado por Tk +1 =   x .  =   x x =   x .


k  x k  k 
Para que exista o termo independente é necessário que 3 – 2k = 0. Como
3
− 2k = −3 ⇒ k = , podemos observar que k não é um número natural. Logo, não há termo
2
3
 1
independente de x no desenvolvimento de  x +  .
 x

8
6) Qual o termo de x 5 no desenvolvimento de ( x + 3) ?

Solução: O termo geral é dado por

8 
Tk +1 =   x 8−k .3k . Observe que o termo em x 5 ocorre apenas quando 8 – k = 5, ou seja k
k 
= 3. Daí temos que Tk +1 = T3+1 = T4 e portanto o termo em x 5 é dado por:

8
T4 =   x 8−3 .33 = 56.27.x 5 = 1512 x 5
 3

Observações importantes;

n
I. No desenvolvimento de ( x + y ) temos: o número de termos no
desenvolvimento do binômio é igual ao expoente mais 1, desta forma teremos n + 1 termos.
II. A medida em que os expoentes de x vão decrescendo, os expoentes de y vão
crescendo.
III. Os coeficientes dos termos eqüidistantes dos extremos são iguais aos
coeficientes dos extremos , sendo que o maior deles se encontra no centro.
IV. A soma dos expoentes de x e y em cada termo é igual ao expoente do
binômio.
V. O coeficiente do primeiro termo é sempre igual a 1.

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VI. Os coeficientes dos outros termos se encontram através do produto do


expoente de x com o seu coeficiente, dividindo-se este resultado pelo número de ordem do
termo.
n
VII. No desenvolvimento de ( x + y ) temos; os sinais de cada termo do
desenvolvimento são alternados, isto é, os termos de ordem par são negativos e os de
ordem impar são positivos.
n
VIII. Para obter a soma dos coeficientes de ( x + y ) , basta fazer cada letra igual a
unidade.

Exemplos:

6
a) A soma dos coeficientes de ( x + y ) é:
S c = (1 + 1) 6 = 2 6 = 64
65
b) A soma dos coeficientes de (2 x − 3) é:
S c = (2.1 − 3) 65 = (−1) 65 = −1

n
De uma forma geral, no desenvolvimento de ( x + y ) , a soma dos coeficiente será
dada por 2 n

EXERCÍCIO COMENTADO

(UCSAL –BA) O coeficiente de terceiro termo do desenvolvimento do binômio de


(x + y )n , segundo as potencias decrescentes de x, é igual a 60. Nessas condições, o valor
de n pertence ao conjunto:

a) {3, 4} b) {-5, 6} c) {7, 8} d) {9, 10} e) {11, 12}

Solução comentada: Em primeiro lugar devemos desenvolver o binômio dado até o


terceiro termo, pois é a partir daí que vamos identificar o valor de n. Portanto:
Pela definição temos que:

(x + 2)n = 
n  n 0  n  n −1 1  n  n − 2 2 n
 x .2 +   x .2 +   x 2 + K = x n + nx n −1 .2 +   x n − 2 .4 + K
0 1  2 2
2
n n! n(n − 1)(n − 2)! n(n − 1) n − n
Temos que   = = = = , que substituindo na
 2  2!(n − 2)! 2!(n − 2)! 2 2
expressão temos:

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 n 2 − n  n −2
x n + 2nx n −1 + 4  x + K Ocorre que:
 2 
 n2 − n 
4  = 60 ⇒ 2n 2 − 2n = 60 ⇒ 2n 2 − 2n − 60 = 0 dividindo todos os termos da
 2 
equação por 2 temos n 2 − n − 30 = 0 e portanto o valor de n pertence ao conjunto solução

{-5, 6}.

Alternativa B.

TEORIA DOS CONJUNTOS

1. REPRESENTAÇÃO

Inicialmente vamos representar um conjunto de três formas diferentes;

NA FORMA TABULAR

Nessa forma, vamos representar o conjunto por uma letra latina maiúscula, colocando-se
seus elementos entre chaves e separados por ponto e vírgula.

A = { a, e, i, o, u } B = { 2; 4; 6; 8}

POR UMA PROPRIEDADE

Nessa forma, vamos representar o conjunto por uma propriedade que determine seus
elementos.

A = {x / x é vogal do alfabeto latino}

B = {x / x é um número par positivo menor do que 9}

OBS. A barra (/) significa “ tal que”.

POR UM DIAGRAMA DE VENN

Podemos representar conjuntos por diagramas de Venn-Euler, também conhecidos como


diagramas de Venn, consistindo de curvas simples planas fechadas. No interior de tais
diagramas representamos os elementos, e do lado de fora indicamos os nomes dos
conjuntos.

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Exemplo: representemos o conjunto A dos números primos menores que 15 usando o


diagrama de Venn:

São válidas as seguintes relações de pertinência:

• 1 ∈ A ( lê – se: “ 1 pertence a A” )
• 15 ∉ B ( lê – se: “ 15 não pertence a B” )

2. CONJUNTOS ESPECIAIS

Existem alguns conjuntos que aparecem com freqüência em nosso estudo. Veja alguns
deles:
CONJUNTO UNIVERSO

O conjunto que possui todos os elementos com os quais se deseja trabalhar é chamado de
conjunto universo e usualmente é representado por U.

CONJUNTO UNITÁRIO

Como o próprio nome já diz, o conjunto unitário é aquele que possui um único elemento.

Exemplo: M = {x / x é mês do ano com menos de 30 dias}

CONJUNTO VAZIO

O conjunto que não possui elemento algum é chamado de conjunto vazio e é representado
pela letra grega φ ou por chaves sem elementos entre elas.

M = {x / x é dia da semana com 32 horas} ∴ M = φ ou M = { }


3. RELAÇÃO DE INCLUSÃO ( SUBCONJUNTOS)

Quando todos os elementos que pertencem a um conjunto A também pertence a um


conjunto B, diz-se que A está contido ( ⊂ ) em B ou que A é subconjunto de B, ou ainda
que B contém A ( representa-se B ⊃ A) .
Em símbolos:

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A ⊂ B ⇔ (∀x, x ∈ A ⇒ x ∈ B )

Obs. O símbolo ∀ significa “ qualquer que seja” ou “para todo”.

Propriedades

1. A ⊂ A; ∀ A
2. φ ⊂ A; ∀ A 11

Exemplos:

Se A = { 2; 3; 4 } e B = { 1; 2; 3; 4; 5; 6}, então A ⊂ B ..

4. IGUALDADE

Dois conjuntos A e B são iguais, se e somente se, A ⊂ B e B ⊂ A .

Observe a seguinte situação:


A = { a; b; c } e B = { b; a; c}

A⊂ B eB ⊂ A ⇔ A = B.

• A ordem dos elementos não interferem na igualdade dos conjuntos.


• A repetição de um ou mais elementos em um conjunto não interfere na sua
igualdade.

5. OPERAÇÕES ENTRE CONJUNTOS

UNIÃO (∪)

A união dos conjuntos A e B é o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto


A ou ao conjunto B.

A B={x/x A ou x B}

Representação em diagrama:

15
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Exemplo: Se A = {a,e,i,o} e B = {3,4} então A B ={a, e, i, o, 3, 4}.

Propriedades:

• A∪ B = B ∪ A
• A∪ A = A
• A ∪φ = A

INTERSECÇÃO (∩)

Dados dois conjuntos A e B chama-se intersecção de A com B o conjunto formado por todos
os elementos comuns a A e a B.

A B = { x: x Aex B}

Representação em diagrama:

Exemplo:

Se A = {a, e, i, o, u} e B = {b, c, a, d, u} então A B = { a,u }.

Se A = {a,e,i,o,u} e B = {1,2,3,4} então A B = Ø.

Propriedades:

• A∩ B = B ∩ A
• A∩ A = A
• A ∩φ = φ
• A ⊂ B ⇔ A∩ B = A

DIFERENÇA

A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto de todos os elementos que pertencem ao


conjunto A e não pertencem ao conjunto B.

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A - B = {x / x Aex B}

Representação em diagrama:

Exemplo:

Se A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {4, 5, 7, 8, 9} então A – B = { 1, 2, 3 } e B – A = {7, 8, 9}.

Propriedade:

• A− B ≠ B− A
• A− A =φ
• A −φ = A
• φ − A=φ

COMPLEMENTAR (C BA )
Dados dois conjuntos, A e B, tal que A ⊂ B , chama-se complementar de A em relação a B a
diferença B – A .

CBA = B − A

Representação em diagrama:

A região colorida representa CBA

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Exemplo: Se A = { 2; 3; 4} e B = { 1; 2; 3; 4; 5; 6 }, então CBA = B − A = {1; 5; 6 }

Propriedades:

• C AA = φ
• CBφ = A

Obs. CU = U − A = A' = A
A

LEIS DE MORGAN

O complementar da reunião de dois conjuntos A e B é a interseção dos complementares


desses conjuntos.

(A B)c = Ac Bc

1) O complementar da reunião de uma coleção finita de conjuntos é a interseção dos


complementares desses conjuntos.

(A1 A2 ... An)c = A1c A2c ... Anc

2) O complementar da interseção de dois conjuntos A e B é a reunião dos complementares


desses conjuntos.

(A B)c = Ac Bc

3) O complementar da interseção de uma coleção finita de conjuntos é a reunião dos


complementares desses conjuntos.

(A1 A2 ... An)c = A1c A2c ... Anc

6. NÚMERO DE ELEMENTOS DA UNIÃO DE DOIS CONJUNTOS

Sejam A e B dois conjuntos e:


n(A) = número de elementos do conjunto A
n(B) = número de elementos do conjunto B

n( A ∪ B) = n( A) + n( B) − n( A ∩ B)

Se n( A ∪ B) = φ , ou seja, A e B são dois conjuntos disjuntos, temos:

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n( A ∪ B) = n( A) + n( B)

CONJUNTOS NUMÉRICOS

Conjunto é o agrupamento de elementos que possuem características semelhantes.


Os Conjuntos numéricos especificamente são compostos por números.
Divididos em:
• Conjunto dos Naturais (N),
• Conjunto dos Inteiros (Z),
• Conjunto dos Racionais (Q),
• Conjunto dos Irracionais (I),
• Conjunto dos Reais (R).

CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS ( N )

Pertencem ao conjunto dos naturais os números inteiros positivos incluindo o zero.


Representado pela letra N maiúscula. Os elementos dos conjuntos devem estar sempre entre
chaves.

N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, ... }

- Quando for representar o Conjunto dos Naturais não – nulos (excluindo o zero) devemos
colocar * ao lado do N.
Representado assim:

N* = {1, 2,3 ,4 ,5 ,6 ,7 ,8 ,9 ,10 ,11 ,12, ... }

A reticência indica que sempre é possível acrescentar mais um elemento.

N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...} ou N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ... }

Qualquer que seja o elemento de N, ele sempre tem um sucessor. Também falamos em
antecessor de um número.
• 6 é o sucessor de 5.
• 7 é o sucessor de 6.
• 19 é antecessor de 20.
• 47 é o antecessor de 48.
Como todo número natural tem um sucessor, dizemos que o conjunto N é infinito.

Quando um conjunto é finito?


O conjunto dos números naturais maiores que 5 é infinito: {6, 7, 8, 9, ...}
Já o conjunto dos números naturais menores que 5 é finito: {0, 1, 2, 3, 4}
Veja mais alguns exemplos de conjuntos finitos.
• O conjunto dos alunos da classe.

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• O conjunto dos professores da escola.


• O conjunto das pessoas que formam a população brasileira.

CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS ( Z )

Pertencem ao conjunto dos números inteiros os números negativos, os números positivos


e o zero. Fazendo uma comparação entre os números naturais e os inteiros percebemos que
o conjunto dos naturais está contido no conjunto dos inteiros.

N = { 0,1,2,3,4,5,6, ... }
Z={
... , -3,-2,-1,0,1,2,3,4, ... }
N Z

O conjunto dos números inteiros é representado pela


letra Z maiúscula. Os números positivos são
representados com o sinal de (+) positivo na frente
ou com sinal nenhum (+2 ou 2), já os números
negativos são representados com o sinal de
negativo (-) na sua frente (-2).

►Os números inteiros são encontrados com freqüência em nosso cotidiano, por exemplo:

♦ Exemplo:

Um termômetro em certa cidade que marcou 10°C acima de zero durante o dia, à noite e na
manhã seguinte o termômetro passou a marcar 3°C abaixo de zero. Qual a relação dessas
temperaturas com os números inteiros?

Quando falamos acima de zero, estamos nos referindo aos números positivos e quando
falamos dos números abaixo de zero estamos referindo aos números negativos.

+10° C ------------- 10° C acima de zero


- 3° C --------------- 3° C abaixo de zero

♦ Exemplo 2:

Vamos imaginar agora que uma pessoa tem R$500,00 depositados num banco e faça
sucessivas retiradas:

• dos R$500,00 retira R$200,00 e fica com R$300,00

• dos R$300,00 retira R$200,00 e fica com R$100,00

• dos R$100,00 retira R$200,00 e fica devendo R$ 100,00

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A última retirada fez com que a pessoa ficasse devendo dinheiro ao banco. Assim:

Dever R$100,00 significa ter R$100,00 menos que zero. Essa dívida pode ser representada
por – R$100,00.

►Oposto de um número inteiro

O oposto de um número positivo é um número negativo simétrico. Por exemplo: o oposto


de + 2 é - 2; o oposto de - 3 é + 3.

►O conjunto dos números inteiros possui alguns subconjuntos:

- INTEIROS NÃO – NULOS


São os números inteiros, menos o zero.
Na sua representação devemos colocar * ao lado do Z.

Z* = {..., -3, -2, -1, 1, 2, 3,...}

- INTEIROS NÃO POSITIVOS


São os números negativos incluindo o zero.
Na sua representação deve ser colocado - ao lado do Z.

Z − = {..., -3, -2, -1, 0}

- INTEIROS NÃO POSITIVOS E NÃO – NULOS


São os números inteiros do conjunto do Z_ excluindo o zero.
Na sua representação devemos colocar o _ e o * ao lado do Z.

Z −* = {..., -3, -2, -1}

- INTEIROS NÃO NEGATIVOS


São os números positivos incluindo o zero.
Na sua representação devemos colocar o + ao lado do Z.

Z + = { 0,1 ,2 ,3, 4,...}


O Conjunto Z + é igual ao Conjunto dos N

- INTEIROS NÃO NEGATIVOS E NÃO - NULOS

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São os números do conjunto Z+, excluindo o zero.


Na sua representação devemos colocar o + e o * ao lado do Z.

Z +* = {1, 2, 3, 4,...}

O Conjunto Z +* é igual ao Conjunto N*

CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS ( Q )

Os números decimais são aqueles números que podem ser escritos na forma de fração.

Podemos escrevê-los de algumas formas diferentes:


Por exemplo:

♦ Em forma de fração ordinária: ; ; e todos os seus opostos.

a
Esses números tem a forma com a , b Z e b ≠ 0.
b

Dessa forma podemos dizer que N Z Q.

♦ Números decimais com finitas ordens decimais ou extensão finita:

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a
Esses números têm a forma com a , b Z e b ≠ 0.
b
♦ Número decimal com infinitas ordens decimais ou de extensão infinita periódica. São
dízimas periódicas simples ou compostas:

a
As dízimas periódicas de expansão infinita, que podem ser escritas na forma : com a, b
b
Z e b ≠ 0.

► O conjunto dos números racionais é representado pela letra Q maiúscula.

a
Q={x= , com a e b ∈ Z*}
b

►Outros subconjuntos de Q:

Além de N e Z, existem outros subconjuntos de Q.

Q* ---------- É o conjunto dos números racionais diferentes de zero.

Q+ ---------- É o conjunto dos números racionais positivos e o zero.

Q- ----------- É o conjunto dos números racionais negativos e o zero.

Q*+ ---------- É o conjunto dos números racionais positivos.

Q*- ----------- É o conjunto dos números racionais negativos.

► Representação Geométrica

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CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS ( I )


O número irracional é aquele que não admite a representação em forma de fração (contrário
dos números racionais) e também quando escrito na forma de decimal ele é um número
infinito e não periódico.

Exemplo

• 0,232355525447... é infinito e não é dízima periódica (pois os algarismos depois da


vírgula não repetem periodicamente), então é irracional.

• 2,102030569... não admite representação fracionária, pois não é dízima periódica.

• Se calcularmos em uma calculadora veremos que √2 , √3 , π são valores que representam


números irracionais.

A representação do conjunto dos irracionais é feita pela letra I maiúscula.

CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS

O conjunto dos números reais é uma expansão do conjunto dos números


racionais que engloba não só os inteiros e os fracionários, positivos e negativos, mas
também todos os números irracionais.
Os números reais são números usados para representar uma quantidade contínua
(incluindo o zero e os negativos). Pode-se pensar num número real como uma fração
decimal possivelmente infinita, como 3,141592(...). Os números reais têm uma
correspondência biunívoca com os pontos de uma reta.
O conjunto dos números reais é a união do conjunto dos racionais com os
irracionais.

R=QUI

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Sendo que Q ∩ I = , pois se um número é racional ele não é irracional e vice-versa.

Sabemos que N Z Q R

Além desses subconjuntos, o conjunto dos reais tem mais alguns importantes subconjuntos:

R* -------- Conjunto dos números reais não nulos.


R+ -------- Conjunto dos números reais positivos e o zero.
R*+ ------- Conjunto dos números reais positivos.
R - -------- Conjunto dos números reais negativos e o zero.
R*- -------- Conjunto dos números reais negativos menos o zero.

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