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AB
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
V
V
A compreenso da tabela fica mais fcil se tivermos em mente mais duas formas equivalentes de
expressar a proposio P:
(3) A condio suficiente para B
ou seja, se A for V, B tambm ser. Basta a verdade de A para que B seja V.
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ou seja, B segue de A necessariamente. No
possvel ter A verdadeira e B falsa. No se
deve, porm, confundir essa afirmao com a afirmao obviamente incorreta de que a queda da
pedra (B) fisicamente necessria para a sua soltura (A). Evidentemente B no produz, no causa A.
O contedo lgico de P somente que a verdade de A est condicionada de B: a verdade de A
necessariamente vem acompanhada da de B (na interpretao lgica que estamos dando de P,
claro). Por essa razo que proposies como P so ditas proposies condicionais, ou
simplesmente condicionais.
Voltemos tabela de verdade. Sua justificao seria a seguinte:
1a linha: Se de fato a verdade de A se fizer seguir da de B, ou seja, se A for de fato suficiente
para B, a implicao verdadeira.
2a linha: Se acontecer tal situao, ou seja, A V e B F, a implicao ser falsa. A no suficiente
para B; A no garante B; ou ainda: se a pedra for solta e no cair, a afirmao P do fsico estar
errada.
3a e 4a linhas: Estes casos podem ser tratados conjuntamente porque em ambos a condio
suficiente (A) no satisfeita: a pedra no foi solta. Nessa situao, no h uma maneira direta de se
avaliar se o condicional V ou F. Um fsico tipicamente apelaria a uma teoria (p. ex. a mecnica
newtoniana) para indiretamente justificar P. Na lgica clssica estipula-se que o condicional V
sempre que seu antecedente F. justamente o que se mostra nas duas ltimas linhas. Foge ao
nosso escopo apresentar lgicas alternativas em que essa estipulao substituda por outra. (Uma
opo seria, p. ex., introduzir um terceiro valor de verdade, I (indeterminado), para tratar esses
casos de uma forma alegadamente mais intuitiva.)
Contraposio lgica
Examinando-se a tabela da implicao, nota-se o seguinte: se o conseqente (B) for falso e a
implicao verdadeira (situao da 4a linha), o antecedente (A) ter de ser falso; ou seja, a
proposio no-B implica a proposio no-A:
(5) B A
Essa proposio dita ser a contrapositiva de (2), sendo logicamente equivalente a ela (uma
implica a outra e vice-versa).
Note-se, todavia, que de (2) no segue que
(6) A B.
Uma forma de ver isso notar que, por contraposio, (6) equivale a
(7) ( B) ( A),
ou, dado que a negao da negao a prpria afirmao,
(8) B A,
que a implicao inversa de (2): as condies necessria e suficiente esto invertidas.