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Sade perfeita no implicaria negar a existncia da Sade, mas sim postular que ela se
sustentada no como existncia, mas como norma com a qual a existncia deveria buscar. Um
objeto ou fato normal se caracteriza por ser tomado como ponto de referncia em relao a
objetos ou fatos ainda espera de serem classificados como tal. O estado de doena
constitua, portanto, urna norma de vida inferior, incapaz de se transformar em outra norma de
vida, e o doente seria aquele que teria perdido a capacidade normativa por no poder mais
instituir normas diferentes sob novas condies (Canguilhem, 1943).
Observou Canguilhem (1943) que o mdico no se interessa pelos conceitos de Sade
e doena porque estes lhe parecem excessivamente vulgares ou metafsicos. Interessa-lhe
diagnosticar e curar, fazer voltar ao normal. A definio mdica de normalidade e tomada,
sobretudo, da fisiologia.
Se os mdicos utilizam tcnicas de laboratrio que lhes permitem reconhecer como
doentes pessoas que assim no se sentem so porque, no passado, a sua ateno para certos
sintomas foi despertada por pessoas que sofriam ou se queixavam de no serem mais as
mesmas, suscitando o conhecimento que se tem hoje (Canguilhem, 1943).
A partir da segunda metade do sculo XIX, surgiram novos padres de normalidade no
mbito da medicina geral e mental, bem como no mbito das nascentes Cincias humanas _
sociologia e psicologia. Buscava-se intervir sobre o individuo humano, seu corpo, sua mente,
e na apenas sobre o ambiente fsico, para com isso normaliz-lo para a produo. Nessa
perspectiva, o homem, tal como a mquina, poderia ser consertado e programado. Listar as
possibilidades normais de rendimento do homem, Suas capacidades, Bern como os
parmetros do funcionamento social normal passou a ser tarefa da psiquiatria, psicologia
sociologia.